Astrid e Soluço: Desvendando o passado escrita por quase anonima


Capítulo 2
02: Lagertha me envia uma solução.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas!

Mil desculpas por eu ter demorado tanto!
Esta semana não foi fácil galera ! Muitos trabalhos, provas , uma peça para produzir ensaiar e apresentar. Gostaria de me desculpar por alguns erros que vocês podem encontrar no capítulo, estou sem Beta por enquanto , mas quero agradecer a Theury por ter me esclarecido algumas duvidas e também todos que leram o primeiro capitulo e aos que comentaram



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Coloquei meu capacete sobre a mesa. Banguela estava cansado e foi se deitar ao lado de Valka. Caminhei até ela e me sentei ao seu lado.

― Como foi o seu dia, filho? ― ela perguntou enquanto acariciava meu amigo que logo adormeceu.

― Muito cansativo para um dia de descanso, mas foi bom. Os gêmeos aprontaram mais uma vez. Um garoto se machucou e Astrid e eu tivemos que cuidar dele.

― Ah, aqueles dois, desde quando eram bebês sabiam dar trabalho. Já cheguei a pensar que os pais deles iriam enlouquecer ― ela disse sorrindo enquanto lembrava. ― Mas como está o seu relacionamento com Astrid?

― Está indo muito bem... Sabe, as pessoas estão sempre me perguntando quando vamos nos casar. Eu sei que isso vai acontecer algum dia, aliás todos nós sabemos, eu já pedi algumas vezes ela não negou o pedido... mas sabe como é a Astrid, né? Ela gosta de ser livre e independente, ela não me falou isso, mas eu sei... Às vezes penso que tem mais alguma coisa que pode estar atrapalhando essa decisão, mas não vejo problema algum em esperar o tempo que for... porque eu a amo. Eu quero muito formar uma família com Astrid, mas já fico feliz em apenas estar ao lado dela.

― Você tem toda razão, Soluço. O que importa é o sentimento. O casamento é apenas uma cerimônia, e vamos combinar que sentimento entre vocês é o que não falta! Mas eu percebi que tem algo a mais que está te incomodando, o que está acontecendo entre você e Banguela? ― Minha mãe sempre sabia o que dizer na hora certa, às vezes me assustava o fato de ela saber exatamente como eu me sentia.

― Na verdade, tem sim é que o Banguela... ― Olhei para ter certeza de que ele estava em um sono profundo e pareceu que era seguro continuar a falar. ― Eu estou preocupado com ele. Hoje, na aula de treinamento, enquanto todos os outros dragões tinham a mais de sua espécie para ajuda-los, Banguela era o único Fúria da Noite; me senti triste por ele e percebi que ele também ficou desapontado. Talvez eu mesmo seja o culpado, pois eu estou sempre trabalhando e ultimamente não tenho tanto tempo para ficar com o Banguela quanto eu tinha antes. Eu tenho medo de ele estar se sentindo solitário, mas Banguela é um dragão muito fiel sempre se recusou a usar a cauda que eu fiz para que ele pudesse voar sozinho quando quisesse. Se ao menos ele e Tempestade fossem da mesma espécie...

― Dragões são criaturas especiais, eles sabem como distinguir a amizade de um "namoro". Você pode notar como ele e a Tempestade se comportam, eles não se relacionam apenas por serem de espécies diferentes, mas sim pelo fato da amizade e o respeito que eles tem um com o outro ser maior do que qualquer sentimento. Mas talvez tudo que ele precisa seja saber que sua espécie não vai se extinguir ― ela disse olhando para Banguela que dormia profundamente ao seu lado.

Pensei em mudar de assunto, esperto como ele era poderia muito bem fingir um sono profundo mais estar ouvindo tudo.

― E como foi o seu dia hoje ? ― perguntei.

― Ah, foi fantástico, como todos os outros dias em Berk ― ela disse entre um sorriso, mas ficou séria ao continuar ―, mas tem uma coisa importante que eu preciso te entregar. Alguém enviou uma carta pra você.

Ela se levantou e pegou a carta que estava sobre uma prateleira. A carta estava manchada, cheia de selos e amassada. Havia um brasão e eu o reconheci. Era um brasão em cera vermelha. Atrás da carta estava escrito as iniciais "L.B. IV", com algo que parecia um mapa enrolado junto ao pergaminho o que poderia ser desta vez?

― Filho, me perdoe por perguntar se eu estiver entrometendo muito na sua vida... mas você se tornou um rapaz inteligente, forte, corajoso, educado e convenhamos que muito atraente também, não me admiraria muito se essa garota estivesse algum interesse em você. Eu sei que não seria capaz de se apaixonar por outra que não fosse Astrid… Então, quem é Lagertha? ― A pergunta foi feita com calma mas mesmo assim me atingiu em cheio, não sabia como responder. Era complicado dizer.

― Ah... eu a conheci há algum tempo... mas essa é uma longa história. Acredite, você não iria querer saber.

― Isso não tem a ver com Freia, tem? ― Fiquei mais assustado do que já estava! Pensei em negar, mas não iria adiantar. Minha mãe poderia até não perguntar mais nada, mas com certeza saberia que era mentira.

― Como a senhora sabe disso?! ― perguntei com um tom suspeito.

― Não é a primeira vez que ela interfere na vida de jovens casais para tentar ajudá--los... ― ela me respondeu calma, como sempre fazendo a minha reação anterior: idiota. ― Bom, então acho que não seria problema se lêssemos essa carta juntos ― murmurei abrindo a carta. Me levantei deixando o mapa no chão e comecei a ler em voz alta:

"Ao Líder da Tribo dos Hooligans, Um amigo, Soluço Spantosicus Strondus III.Ocorreram tantas coisas nos últimos meses... Sinto em dizer que você não foi o único a perder alguém. Leif morreu pouco depois de eu ter lhe enviado a última carta. Em sua nova vida, Leif nunca teve ódio e o rancor de sua outra vida. Quando finalmente teve uma chance de recomeçar, quando ele estava feliz, havia encontrado alguém, o ódio e o rancor nunca entrara em sua vida. O destino o tirou de mim de uma forma rápida e fria. Culpo-me pensando no fato que foi tentado me salvar de um ataque que ele se foi. O tempo foi bondoso, e assim, aprendemos que não se pode interferir aquilo que sempre esteve para acontecer. Hoje, Bertha ― esposa de Leif ― é a melhor amiga humana que eu poderia ter neste mundo.No entanto, foi por uma boa notícia que eu lhe enviei esta carta. Lembra da última, quando eu falei que um dia você iria querer me visitar...? Bem, eu acho que este dia está próximo! Três meses atrás, em uma das minhas aventuras, tive um “pequeno acidente” em um barco. Quase me afoguei, mas por sorte, fui salva por um dragão cuja espécie eu pensei que jamais veria novamente, pelo menos não fora de Berk e não longe de seu melhor amigo, um humano. Um dragão fêmea Fúria da Noite havia me puxado das profundezas do mar e graças a ela ainda estou viva.

No começo ela não gostava de ter a presença de pessoas por perto, mas depois de muitas tentativas nos finalmente a convencemos de que eramos um povo do bem e ela se tornou nossa amiga. Nós a batizamos de Lili. Ela é a dragoa mais teimosa e difícil de se comunicar que eu já ví , mas eu a compreendo, ela possui um coração livre portanto faz sempre o que bem entende. Eu sou a única que tenho permissão dela para montá-la. Por falar nisso, as pessoas aqui não costumam montar em dragões até porque a maioria deles são pequenos demais para isso; os chamamos de “dragões de jardim.” Nós os treinamos apenas para que nos ajudem a fazer algumas tarefas simples.

Achei que seria injusto se eu não lhe enformasse o que aconteceu, já imaginou como Banguela ficaria feliz se ele a visse? Foi pensando nisso, tanto que enviei essa carta acompanhada por um mapa na esperança de que você o seguisse e viesse até Vinland, acompanhado de Banguela, é claro.

Você com certeza vai amar o lugar, estamos iniciando o verão, então eu resolvi fazer uma cerimônia na expectativa de animar o meu povo que tanto tem trabalhado ultimamente.

Gostaria que viesse com seus amigos, pois pode ser perigoso viajar tão longe sozinho. Eu sei que sua vida está muito ocupada ultimamente, mas essa poderia ser uma oportunidade única para o seu dragão, porém devo lhe alertar que é quase impossível viajar em outra época do ano. O frio de Vinland me lembra o auge dos invernos em Pearl e Berk. Portanto, venha o mais depressa o possível.P.S : Se você não vier, por favor me mande uma resposta para que eu não fique preocupada. Ah, e se puder, traga um livro para mim. As pessoas não tem o hábito de ler por aqui.

Respeitosamente,

Lagertha Bears IV

Rainha da colônia de Vinland. ”

Terminei de ler a carta e olhei para minha mãe. Ela também estava pasma. Engoli em seco tentando digerir todas as informações que eu tinha acabado de receber. Houve um silêncio por alguns segundos até minha mãe soltar:

― Então existe outro Fúria da Noite! ― sua voz saiu um pouco mais alto do que o normal e acordou Banguela.




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Notas finais do capítulo

O capitulo ficou curto por eu ter usado mais dialogo nele.

Mais uma vez peço desculpas pelos erros !
Comentem, mandem sugestões, duvidas... eu receberei todas com muito carinho!

"As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem."

Lilian Tonet