Saint Seiya: New World escrita por Fernando


Capítulo 5
Capítulo 5 - Aula de História


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pessoal falei que ia posta o cap ontem, mas eu me perdi umas mil vezes escrevendo esse. Bom tá ai, espero que gostem.



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Uma casa abandonada, quer dizer, mais ou menos abandonada. Uma casa de dois andares, caindo aos pedaços, mas que tinha três quartos, um banheiro, um grande quintal no fundo e uma cozinha. A sala era bem grande, a janela era um vitral grande e o vidro estava rachado, as cortinas eram panos grandes e velhos, não tinha sofá e o piso era de tacos de madeira. Uma escada circular, de degraus de pedra verde, e sem corrimão, levava ao segundo andar da casa.

– Certo, levem os três para cima. – Disse Jabul. – Eu vou conversar com André e... Carmen.

Espera, ele pensou em como se referir a Carmen?

– Sim senhor. – Disseram os dois cavaleiros.

Eles subiram e eu pude ouvir o som de uma porta se abrindo.

– Muito bem. – Disse Jabul enquanto pegava um pacote de gaze e começava a enfaixar oque havia restado de seu braço direito. – Acho que vocês merecem respostas.

Eu e Carmen nos sentamos no chão, de frente para Jabul.

– Pra começar quem era o Wyvern? E por que ele queria a gente? – Perguntou Carmen.

– Certo, mas, antes de responder isso, vocês precisam entender oque são. Lembram-se das minhas aulas sobre a Grécia antiga? – Perguntou Jabul.

– Sim. – Respondemos.

– Então lembram-se de Atena, a deusa da sabedoria e da guerra, certo?

– Sim, mas por que Daichi, o cara que nos atacou, chamou Carmen de Atena? E oque é significa Pégaso? – Perguntei.

– Vamos lá. Os principais deuses da mitologia grega são Zeus, Poseidon, Hades, Apolo, Ártemis, Hefesto, Ares, Afrodite, Hera, Dionísio, Hermes e Atena. Esses deuses são oque regem a humanidade desde as eras mitológicas, inspirando e protegendo. Atena viu um grande potencial e se apaixonou pela humanidade, então passou a defendê-la e até viver através de uma humana. No começo isso não importou para os demais deuses, até que Ares, o deus da guerra, começou a se interessar pela humanidade também. Ares tentou influenciar os humanos, Atena não permitiu e isso deu inicio a primeira Guerra Santa, onde os humanos lutaram pelos deuses e por suas causas. Depois disso Poseidon e Hades, irritados com os efeitos dos humanos em seus domínios, também declaram guerra contra a deusa e os humanos, novamente, tomaram partido. As guerras aconteceram durante eras e eras, ao longo da historia da humanidade, sem incomodar Zeus ou os demais deuses, mas a Guerra Santa do século XVIII, contra Hades, começou a preocupar os deuses. E esses temores se tornaram mais reais na ultima Guerra Santa, no século XX, também contra Hades.

– Oque aconteceu nessas duas guerras? – Perguntou Carmen.

– Um humano. Um cavaleiro, melhor dizendo, que sempre se põem ao lado de Atena e que, nas ultimas duas guerras, chegou a ferir mortalmente mais de um deus. – Jabul olhou para mim. – Esse é o cavaleiro de Pégaso, o matador de deuses.

– Espera. – Disse Carmen. – Os deuses não são imortais? Como um humano pode matar um deus?

– A essência dos deuses é imortal, minha cara. Você pode matar um deus, mas ele voltara por que sua essência ainda vai viver e vai se reconstruir, assim como as essências de alguns humanos, que alcançam o mais alto nível de seus cosmos.

– Certo, mas oque isso tem a ver com a gente? – Perguntei, eu realmente não estava entendo mais nada.

– Após a ultima Guerra Santa contra Hades, os deuses decidiram punir Atena e seus cavaleiros. Eles tinham medo que os humanos alcançassem o nível dos deuses e os desafiassem então eles mandaram Ártemis para punir e substituir Atena, e os Anjos, guerreiros que foram aprisionados pelos deuses há milênios atrás, para matarem os cavaleiros que continuassem leais à deusa da sabedoria. Mas os cavaleiros resistiram, Atena venceu Ártemis e Apolo apareceu para proteger a deusa da lua. Apolo estava prestes a matar Atena quando o Pégaso interferiu e enfrentou o deus do sol em combate, mesmo após ter derrotado vários deuses, Seiya, o cavaleiro de Pégaso do século XX, conseguiu apenas ferir o rosto de Apolo, deixando uma cicatriz como símbolo de vergonha para o deus. Atena e Pégaso foram mortos, assim como todos os demais cavaleiros leais à Atena, e, por temor dos deuses, tiveram suas essências amaldiçoadas para que eles não mais reencarnassem. E, por um tempo, achamos que isso era verdade até que, um dia, Kiki, o antigo cavaleiro de Aries, disse que havia encontrado a Atena dessa era e que o Pégaso já estava ao seu lado.

– O parque... Aquele homem... – Disse Carmen olhando para o anel preso em sua pulseira.

– Sim. – Disse Jabul. – Aquele homem era Kiki e ele deu a vocês esses anéis para que eles reagissem a seus cosmos. E quando os despertassem, eles nos levariam até vocês.

– Então... O senhor acha que eu sou a reencarnação de um guerreiro amaldiçoado que pode matar deuses... E que a Carmen é uma deusa? – Eu disse ironicamente.

– Eu sei que é difícil de acreditar André,mas... – Eu interrompi o Jabul.

– Não é difícil de acreditar, é impossível! Eu não sou um guerreiro mitológico e garanto que Carmen não é a deusa da guerra! Nós somos apenas... Nós! – Eu devia estar gritando mais do que gostaria, mas não ligava, em que tipo de loucura eu tinha me metido?

– Você nunca se perguntou o porquê de ser tão apegado a essa garota? – Disse Prabha , que agora estava atrás de mim.

– Você tem que parar de aparecer assim. – Disse eu me afastando do cavaleiro.

– Se acalme garoto. Estamos aqui para ajuda-los, apenas isso. – Disse Cário, que também apareceu do nada na sala.

Eu estava agitado, confuso e assustado. Era muita informação de uma vez... Como esses caras esperam que eu acredite nisso? Deuses, Guerras Santas, cavaleiros, espectros, maldições e tudo isso caindo sobre mim? Não, obrigado.

– Me acalmar? Eu estou perfeitamente calmo!

– Esse é realmente o Pégaso dessa geração? – Cário perguntou para Jabul e o mesmo assentiu.

Cário suspirou e voltou-se para mim.

– Você queria respostas. Estamos tentando dá-las a você, então escute e depois se desespere.

Eu realmente não estava gostando desse cara, mas Carmen parecia interessada em ouvir o restante da historia, então voltei a me sentar. E agora estávamos sendo “vigiados” pelos cavaleiros de ouro. Maravilha...

– Continue, por favor, senhor Jabul. – Pediu Carmen.

– Pois bem, nós não iriamos nos envolver em suas vidas até que tivessem despertado seus cosmos, mas há cerca de um ano os espectros de Hades começaram a aparecer novamente. Isso significa que Pandora despertou e que está à procura de Hades.

– E por que isso é perigoso para nós? Quer dizer, se Hades não despertou, como isso poderia ser uma ameaça para nós? – Perguntou Carmen.

É impressão minha ou ela tá levando isso a sério?

– É mais complicado do que isso. Mesmo que Hades não tenha despertado, Pandora sabe que mata-la agora, antes que tenha consciência de quem e que tenha seus plenos poderes, séria uma maneira fácil de acabar com a guerra. – Explicou Jabul.

– E está fora de questão, para nós, deixar que isso aconteça. – Completou Cário.

Prabha assentiu. Ainda estava me perguntando como ele sabia tudo que acontecia no ambiente, se sempre estava com os olhos fechados.

– Por que nós? – Perguntei. – E por que o senhor me disse para levar os outros comigo?

– Seus amigos, eles também são peças importantes nessa guerra. Você descobrira em breve.

– Isso não é justo. – Disse. – Vocês prometeram respostas, mas escondem muita coisa.

– Entenda meu jovem, existem coisas que, no momento, você iria preferir não saber. – Disse Prabha. – Saber demais sobre o próprio destino... Nunca é bom.

Ele disse aquilo com certo pesar. Talvez eu não queira descobrir o porquê de ele não abrir seus olhos...

Me virei para Carmen, sua expressão estava pensativa.

– Oque você acha? Não acredita mesmo nisso, não é? – Perguntei.

– Dé... Eu não sei explicar, juro que não sei, mas algo... Alguma coisa dentro de mim diz que é verdade. Eu sempre senti que não estava vivendo a vida eu deveria... Você não?

Nisso ela estava certa. Eu nunca “achei meu lugar”. Eu sempre tentava passar despercebido por todos, por que, tinha medo de que, se eles me notassem, veriam que eu não pertenço a esse lugar. Com Carmen não era diferente.

– Mas... E nossos pais, Carmen? E nossa vida?

– Que vida, Dé? Passar os dias sendo invisíveis na escola, se matar de estudar para manter uma bolsa em um lugar que nem mesmo gostamos? E depois chegar em casa e não ter ninguém lá? Nós só temos um ao outro Dé. E-eu... Eu não sei quanto a você, mas eu sei que não quero mais viver assim e sinto que oque o senhor Jabul diz é verdade.

Eu não disse nada, era muita coisa pra digerir de uma vez e eu não estava pronto pra aceitar que ela estava certa... Por que eu sei que estava...

Carmen se aproximou e colocou sua mão sobre a minha.

– Você não vai me abandonar também, vai? Eu preciso de você, mesmo que sem essa coisa de Pégaso e Atena, eu preciso de você do meu lado... Eu sinto isso.

Pronto. Fudeu! Ela estava decidida, eu podia ver em seus olhos, ela não vai desistir disso.

– Eu ainda não acredito em nada disso. – Respondi. – Mas eu não vou deixar você sozinha, nunca. Seja lá qual for à loucura que você está colocando a gente, eu vou com você e vou te proteger. Como eu prometi que sempre faria.

Ela sorriu e me abraçou... Eu queria estar feliz, mas não estava. Finalmente entendi oque era aquela impressão de que não veria mais minha mãe.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram a aula de história do Jabul? Acho que não deixei nenhum furo muito grande na historia antiga, mas foi bem difícil encaixa tudo certinho kkk Bom é isso, digam oque acharam e até a próxima :D



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