Saint Seiya: New World escrita por Fernando


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Armadura de Unicórnio




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535874/chapter/2

Todos estavam em frente à escola, parados no meio da rua, em um silencio torturante. Ninguém falava ou fazia qualquer barulho, o único som que se ouvia eram os gritos de batalha e golpes se chocando no interior do prédio.

– Não acham que devemos ligar pra policia? – Perguntou Cauê ao meu lado.

–Acha mesmo que a policia iria conseguir resolver isso? – Disse Lucas. – Seja lá oque for que esteja acontecendo, duvido que qualquer um possa ajudar.

– Mas... Fazemos oque então? – Cauê insistiu.

Um grito interrompeu a conversa.

– Já chega! – Disse a voz do homem que lutava contra meu professor de Historia no interior da escola. – Destruição Máxima!

Uma luz roxa emanou de todas as janelas da escola, e logo, inúmeras rachaduras apareceram no prédio e ele explodiu. Pedaços de concreto voaram para todos os lados, acertando vários dos alunos que estavam ali parados.

– Aqui! – Gritei puxando Carmen para trás de um carro que estava estacionado por ali.

Lucas e Victor se jogaram para trás de algumas árvores e Cauê veio comigo e Carmen. Uma nuvem de poeira se ergueu dos destroços, fazendo todos ali começarem a tossir muito.

– Fiquem abaixados... – Disse eu, tentando reunir coragem para me levantar e olhar oque estava acontecendo.

É eu estava apavorado! E duvido muito que algum de vocês não ficaria também, tudo bem, eu disse que nunca gostei da escola, mas não a ponto de querer ver ela ser explodida em um clarão de luz roxa!

Levantei-me devagar e vi, por cima do capô, que a escola, de fato, havia sido demolida. Apenas escombros estavam no chão, ao redor deles estavam centenas de adolescentes feridos e cobertos por poeira, não é uma visão que você queira ter algum dia, isso eu garanto. Pensei em discar para a emergência ou para qualquer coisa, mas eu não conseguia parar de olhar para oque estava acontecendo. Uma parte dos escombros se levantou e o senhor Jabul saiu debaixo dela, ele estava com as roupas rasgadas, mas não muito ferido, oque era estranho por ele ter sido soterrado por uma escola!

– O Santuário deve estar desesperado! – A voz do homem estava vindo de cima. - Mandarem um mero cavaleiro de bronze para proteger aqueles dois. Por Hades! Pensaram em como facilitar meu trabalho?

Olhei para o alto e vi que o homem estava voando, uns quinze metros, acima dos escombros, mas, sua voz ainda era capaz de ser ouvida como se ele estivesse a menos de três metros de distancia.

– Oque é isso? – Carmen perguntou ao meu lado.

Ela e Cauê também estavam vendo aquilo. Isso era bom, eu não estava completamente louco.

O senhor Jabul passou a mão nos cabelos loiros, tirando um pouco da poeira que estava presa, e voltou a encarar o homem nos céus.

– Você machucou muitos inocentes hoje, Wyvern. Não vou te perdoar por isso. –Disse o Senhor Jabul, ele falava com tanta seriedade que começava até a me assustar.

– Wyvern? Isso não é nome de um dragão? – Perguntou Cauê.

– Oque? – Perguntou Carmen confusa.

– É isso mesmo. – Respondi. – É um dragão que não tem braços e nem cospe fogo, mas tem asas e é uma criatura desprezível.

Cauê assentiu.

– Como sabem disso? – Carmen perguntou, ela olhava de mim para Cauê.

– Rpg. Matamos um há umas semanas atrás. – Respondi sorrindo.

Carmen rolou os olhos.

– Mas, a menos que tenha uma espada mágica aqui também, duvido muito que a gente vá ajudar em alguma coisa contra esse. – Disse Cauê.

E ele estava certo nada que fizemos em jogos iria ajudar muito ali.

– Acha que pode me ameaçar, cavaleiro? Você nem está com sua armadura, como poderia sonhar em me vencer? – Disse o homem em meio a gargalhadas de desdém.

– Me diga qual o nome do novo hospedeiro de Wyvern? – Perguntou o senhor Jabul ao homem.

O homem riu.

– Você não precisa saber. – Ele respondeu e abriu a palma da mão direita.

Uma esfera de energia roxa se formou na palma de sua mão.

– Diga adeus, cavaleiro inútil. Rugido Deslizante!

O homem lançou a esfera de energia como se ele estivesse lançando uma bola de baseball. A esfera ia rapidamente, em direção ao senhor Jabul, e ela havia aumentado para o tamanho de uma bola de basquete.

– Senhor Jabul! – Gritei. Não sabia oque aquela esfera faria, mas as duas ultimas vezes que vi luz roxa hoje pessoas morreram ou se machucaram.

Quando estava prestes a atingir o professor, algo desceu dos céus, em frente ao senhor Jabul, e a interceptou. Uma luz forte se fez, mas logo cessou e revelou que oque protegeu Jabul era uma urna. Uma urna quadrada e de metal, toda gravada por desenhos que se pareciam com um cavalo... Não um unicórnio.

O sorriso do homem vacilou ao ver a urna. Jabu tocou a mesma e sorriu.

– Faz algum tempo, velha amiga. – Ele disse como se falasse com aquela caixa de ferro. – Pronta pra outra?

Ele colocou a mão na alça da urna, que estava na boca do unicórnio desenhado, e a puxou, liberando uma corrente. A urna se abriu, com uma luz branca que quase me cegou, e revelou um unicórnio, roxo, formado por peças de metal. Logo o unicórnio se desfez em peças e elas foram ao corpo do senhor Jabul, formando uma armadura completa em seu corpo. Ele fechou os olhos por um momento e logo, com um olhar assustado, olhou para mim.

– Eu disse para vocês correrem! – Ele estava sério.

– Mas...

– Sem “mas”, André! Você, Cauê e Victor! Peguem a Carmen e o Lucas e os tirem daqui, agora! Irei atrás de vocês quando isso terminar, eu juro, agora vão!

Olhei para Cauê e Carmen ao meu lado e eles estavam tão confusos quanto eu, mas eu sentia que tinha que fazer oque o senhor Jabul disse. Não por que ele disse, mas por que parecia que a minha prioridade principal era colocar a Carmen em segurança, como sempre. Nunca entendi isso, mas, eu sempre fui meio que o “protetor” dela desde que tínhamos sete anos.

– Temos que ir. – Disse me levantando.

Carmen parecia que iria protestar, mas olhou em meus olhos e assentiu com a cabeça.

– Certo, vamos por ali. – Cauê correu por entre as árvores.

Carmen e eu o seguimos. Eu olhei novamente para trás e vi o senhor Jabul sendo envolvido por uma aura verde. Ele saltou à altura em que o outro homem estava voando e lhe desferiu um chute, que o mesmo teve que bloquear com os braços.

– Dé! – Ouvi a voz de Carmen me chamando.

Sabia que precisava ir com eles, mas algo me dizia que eu deveria ficar e lutar. Vocês não sabem como eu odeio fugir de uma luta, me sinto um fraco e impotente. E toda a situação de hoje apenas está maximizando essa sensação.

Por fim, corri, dando as costas para a batalha que acontecia atrás de mim, e fui em direção aos meus amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Saint Seiya: New World" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.