Saint Seiya: New World escrita por Fernando


Capítulo 14
Os Deuses Gêmeos




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No topo das Doze Casas, na entrada do Templo de Atena, a tensão era quase que palpável. Três deuses estavam reunidos naquele lugar e ameaçando se enfrentar. Isso era uma situação, no mínimo, ruim.

– Atena – Kiki estava preocupado com o rumo que as coisas estavam tomando. – volte para o templo, é muito perigoso à senhorita lutar contra eles.

– Não se preocupe Kiki, eu não vou lutar sozinha. – A garota estava sorrindo sem motivo aparente.

Carmen retirou uma pequena lâmina de seu vestido, fez um corte na palma de sua mão e moveu seu braço na direção da grande estatua da deusa Atena. O movimento fez algumas gotas de sangue alcançarem a estatua. Logo a grande estatua da deusa Atena, que se localizava atrás do templo, começou a brilhar e diminuir de tamanho, assumindo a forma de uma armadura. Uma armadura completa, preta com detalhes em dourado, ela tinha um elmo grego dourado e um vasto escudo de mesma cor. Um par de asas douradas, assim como a de anjos, brotavam da proteção das costas e ela possuía uma pequena saia de metal, também negra, que ia até a metade da proteção das coxas.

– A Kamui de Atena. – Disse Kiki maravilhado com a cena.

A armadura foi ao corpo de Carmen. A garota agora se sentia pronta para o combate, ela carregava seu grande escudo sem a menor dificuldade, ele parecia não pesar nada em seu braço esquerdo. Os cabelos da garota escorriam para fora do elmo, pela parte de baixo, e o olhar dela era, sem duvida, o de uma guerreira.

– Sono e Morte, não importa de quem são subordinados, estou dando a vocês uma ultima chance de irem embora. – Disse a deusa. – Se escolherem ficar, não serei responsável pelas consequências.

Thanatos e Hypnos estavam mais tensos, mesmo sendo dois contra um, Atena era uma deusa poderosa e seria difícil vence-la, ainda mais no Santuário.

– Esse não é o local apropriado para essa batalha. – Disse Thanatos. – Vamos para o Coliseu.

O Deus da Morte abriu os braços e uma espécie de buraco negro surgiu. Logo todos ali, Carmen, Kiki e os Deuses Gêmeos, se viram no Coliseu em meio a vários soldados do Santuário que ali treinavam.

– Soldados! – Bradou o Grande Mestre. – Recuem! Para trás de mim e de Atena, agora!

Os soldados seguiram a ordem, se posicionaram atrás da deusa e assumiram a formação de contingente, com diversas fileiras prontas para o ataque.

– Soldados de classe baixa. – Desdenhou a Morte. – Permita-me começar essa batalha, meu irmão.

Hypnos assentiu.

– Você tem um prazer trivial nesses duelos com humanos, meu irmão.

Thanatos assumiu a frente, encarando Atena e Kiki. A tensão crescia a cada segundo, ambos esperavam o outro fazer o primeiro movimento, mas nenhum deles queria se precipitar e criar brechas em suas defesas. Mas o Deus da Morte logo se cansou da espera, ele deu um passo à frente e preparava seu punho, mas um raio de luz azulada desceu dos céus e se interpôs entre ele e a Deusa da Sabedoria.

– Foi mal pelo atraso. – Desculpou-se o Pégaso. – A viagem foi longa.

Carmen não pode evitar sorrir, ela havia sentido o cosmo de André se elevar e seguir na direção do Santuário e estava ansiosa para vê-lo novamente.

– Pégaso. – Thanatos disse com um sorriso perturbador no rosto. – Agora estão todos aqui.

– Quem são eles? – André Perguntou para Carmen. – Senti o cosmo deles de longe.

– Thanatos e Hypnos, deuses da Morte e do Sono. – A garota respondeu. – São subordinados de Hades.

André teve uma visão rápida ao ouvir o nome de Thanatos. Ele viu um garoto lutando contra o Deus da Morte, num lugar que se assemelhava com o Paraiso, e ele julgou que fossem os Campos Elíseos. Dessa vez ele viu a cena como se ele fosse o garoto que lutava contra o deus, e presenciou o exato momento em que o deus era ferido por uma das técnicas do cavaleiro de Pégaso, o Cometa.

O cavaleiro cerrou o punho direito.

– Você lutou contra Seiya, não é? – André perguntou ao oponente.

Thanatos riu.

– Sim, eu lutei contra seu ancestral, Pégaso. “O Cavaleiro Que Venceu A Morte”. Era assim que o chamaram depois de nosso confronto. Um titulo irônico, não acha? Considerando o fim que ele teve.

– Acho mais irônico o seu titulo, Thanatos. Você se auto intitula como a morte, mas foi vencida por humanos mais de uma vez. – O cavaleiro provocou. – Não sei como Hades ainda o mantem como aliado.

– Eu vou adorar te esmagar, seu inseto. – Thanatos respondeu.

André assumiu a postura de combate, segundos antes de Maya descer dos céus e aparecer ao seu lado.

– Os cavaleiros de ouro estão vindo. – Disse a amazona. – Cário os reuniu e estão vindo para cá.

Kiki via tudo que estava acontecendo e começava a ter esperanças novamente. O Pégaso e Atena estavam reunidos mais uma vez, ambos mais fortes e prontos para o combate, e os cavaleiros de ouro vinham em seu auxilio. Mesmo os Deuses Gêmeos sendo poderosos, não podiam lutar contra tantos inimigos de alto nível de uma só vez.

Thanatos atacou. O deus se moveu em direção a Atena, a mesma levantou o escudo, mas André se pôs entre eles.

– Você não conhece o seu lugar! – Thanatos gritou antes de acertar um soco no rosto do cavaleiro.

A força do deus era esmagadora e lançou o Pégaso contra uma das laterais do Coliseu. André chocou suas costas contra as paredes de rocha, ele sentiu seu corpo inteiro doer e percebeu que se estivesse sem sua armadura provavelmente teria morrido com a força do impacto. Maya tentou um ataque, saltou com suas garras em direção a garganta do deus, mas o mesmo segurou seu braço e a lançou para o alto. A força de Thanatos era tão grande que a garota ficou alguns segundo ganhando altitude antes de começar a despencar. A amazona mal sabia voar, precisava concentrar sua aura para o faze-lo e mesmo assim odiava. Voar nem estava nas propriedades da sua constelação! Ela não sabia oque fazer ou como parar a queda, achava que ia despencar para a morte.

André recobrou a consciência com os gritos da amazona. Ele a viu caindo a grande velocidade e se lançou para tentar salva-la. Ao contrario de Maya, André adorava voar e o fazia com extrema facilidade, afinal ele, em sua essência, era o Pégaso, o cavalo que cavalgava os céus.

– Te peguei! – André a alcançou e agarrou em plena queda, apenas alguns metros antes da amazona se chocar com o solo.

Maya o abraçou, e agradeceu aos deuses pelo amigo ser tão bom em salvar as pessoas.

– Maldito! – Carmen bradou e atacou.

A deusa usava o báculo como lança, tentando transpassar o Deus da Morte que se defendia com as asas de sua armadura.

Ainda no ar, André e Maya, se preparavam para um ataque. O cavaleiro havia visualizado que o Cometa de Pégaso já foi capaz de ferir o Deus da Morte, mas precisava de um meio para acerta-lo, desprevenido, com essa técnica. Então Maya teve uma ideia.

A amazona retirou as longas luvas que usava em suas mãos e liberou suas garras o máximo que pode. André agora carregava a garota a segurando por baixo dos ombros, como se ela fosse alguma espécie de bomba que o cavaleiro estava prestes a lançar. Ele passou perto de Thanatos e soltou a amazona sobre ele.

– Relâmpago Milenar! – Bradou a garota.

Maya revelou sua técnica mais poderosa. A garota elevou os braços aos céus e convocou um relâmpago que desceu até a ponta de suas garras, e, enquanto descia sobre o deus, a garota parecia arrastar o raio na direção que ela quisesse. Quando estava a menos de meio metro do deus, ela estendeu o braço para frente e o relâmpago atingiu o alvo.

Uma grande explosão de calor foi gerada. Atena ergue seu escudo e criou uma barreira protetora e Hypnos apenas estendeu seu braço esquerdo também levantando uma barreira. Maya estava de pé, ofegante, em frente ao Deus da Morte que apenas havia se envolvido em suas asas para se proteger.

– Foi uma bela tentativa. – Admitiu Thanatos. – Nunca vi tamanho controle sobre um elemento apenas com o cosmo. Pelo menos não de um humano.

Maya riu.

– Que bom que gostou, mas esse não foi o principal. – A garota deu um salto para trás. – Agora Dé!

O deus olhou para cima e viu o Pégaso, que descia a grande velocidade, com seu punho inflamado por sua aura azulada. Thanatos teve um momento de pânico, ele já havia presenciado aquela cena antes, foi assim que Seiya o havia derrotado anos atrás.

“Eu não consigo me mover.” – Pensou o Deus da Morte. – “Oque é isso? Oque está havendo comigo?”

O deus, em seu interior sabia oque aquilo realmente era, mas jamais admitiria. A Morte estava com medo.

– Cometa de Pégaso! – André gritou quando estava prestes a acertar o rosto de Thanatos.

Um clarão de luz se fez com o impacto, mas, quando a mesma cessou pode-se ver Hypnos segurando o braço de André pelo pulso, quase que encostado no solo. O Deus do Sono havia desviado o ataque do cavaleiro para o chão, o poder do Pégaso acabou por abrir uma cratera no solo, mas não feriu Thanatos.

– Maldito. – André estava furioso.

– Seu poder não é nem uma fração do que Seiya tinha quando enfrentou meu irmão. Mesmo que tivesse o atingido, nunca teria vencido a Morte com esse poder insignificante. – Ao terminar a frase, Hypnos, lançou o cavaleiro para longe com extrema violência.

Ele ia em direção a lateral do Coliseu, mas Maya saltou e o agarrou no ar, tirando-o de sua trajetória.

– Não devia ter interferido, Hypnos. – Reclamou Thanatos.

– Eu estava entediado. – Justificou-se o Deus do Sono. – Agora, vamos acabar logo com isso.

Os soldados do Santuário resolveram finalmente atacar. Eles atacaram em formação na esperança que seu numero conseguisse alguma vantagem na batalha.

– Não! Voltem! – Gritou o Grande Mestre.

Mas os soldados não ouviram, eles avançaram bravamente para o ataque.

– Que perda de tempo. – Comentou Hypnos. – Barreira de Sono.

O deus moveu sua mão e uma nuvem de cosmo roxo foi na direção dos soldados, fazendo todos caírem ao chão apenas ao entrar em contato com a nuvem roxa. Todos os soldados haviam adormecido e estavam espalhados pelo chão da arena.

Carmen estava começando a ficar preocupada com a situação. André estava cansado, Maya havia se esgotado para trazer aquele relâmpago e todos os seus soldados foram tirados de combate por apenas um movimento. Atena era a Deusa da Sabedoria e da Guerra, uma de suas principais características era ser uma brilhante estrategista, mas não estava conseguindo enxergar muitas maneiras de vencer aquele combate contra os Deuses Gêmeos.

Thanatos e Hypnos avançavam, Carmen se pôs em postura de combate novamente. André tentou se levantar, mas as pernas falharam o cavaleiro havia sofrido muitos danos e tinha concentrado muito poder naquele Cometa.

– André! Você precisa ficar parado ou eu não consigo te curar! – Gritou Maya, a garota estava mais esgotada que o próprio André, mas ela ainda tentava usar o que sobrara de seu cosmo para curar os ferimentos do cavaleiro.

– Eu preciso para-los! – Ele gritou de volta. – Carmen não pode contra os dois sozinha!

Ele tentou levantar novamente, mas Maya o impediu. A garota estava com as garras cravadas nas laterais de seu abdômen e o empurrou para baixo, forçando a permanecer sentado.

– Você não vai adiantar de nada se estiver morto! – Esbravejou a amazona. – Me de mais alguns minutos, eu sei que posso te curar, por favor, você não consegue nem se levantar!

A garota estava desesperadamente tentando gerar cosmo para curar o cavaleiro, mas estava nervosa, assustada e esgotada. Ela não queria que André lutasse nesse estado, sabia que era suicídio, mas o cavaleiro insistia em tentar.

– Você terá mais do que alguns minutos, Maya. – Uma voz conhecida surgiu atrás da garota. – André, deixe com a gente agora.

Cário havia chegado ao campo de batalha, e trazia os demais cavaleiros de ouro consigo.


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