Speak escrita por Ster


Capítulo 9
Heroes II


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer, apenas sentir...................... Queria estar morta após esse capítulo ao som de M83.



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08

HEROES PART II

– Ai meu deus, eu to passando muito mal. – gemeu Nathan. – Vou gorfar.

– Cuidado, Cecília, da última vez que ele bebeu muito, parecia a menina do exorcista vomitando. Lembra Yaniv? – riu Scorpius. A mesa estava lotada com todos os casais, cansados demais para dançar. Já passava das dez e em alguns minutos iriam anunciar o rei e rainha do baile. Donna brincava com uma flor e Scorpius pegou sua mão esquerda, brincando com seus dedos.

– Vocês namoram? – indagou Rose antes que pudesse se segurar. Donna penetrou seus olhos no rosto da Weasley, que ficou vermelha instantaneamente. Ela tinha olhos extremamente invasores.

– Você está brincando né, Umbridge? – Rose girou os olhos para Nathan, ignorando os risos abafados da mesa. Ele sempre revezava em chamá-la de Professora Sprout ou Umbridge. – Eles são irmãos, cortam os pulsos juntos.

– Nathan! – repreendeu Scorpius, irritado. O mesmo apenas riu, olhando para os peitos de Cecília, que o olhava enojada. – Idiota.

– Desculpa, Donna. – ele ajeitou-se na cadeira. – Você sabe que eu te amo.

– Vai se foder. – mandou ela seriamente. A mesa riu da expressão de Nathan para Donna e mudaram de assunto. Mas enquanto Scorpius observava a conversa de Yaniv e Rose, ele se perguntava internamente o porque da duvida dela, e que motivos a levaram perguntar aquilo. Talvez ela tenha ficado enciumada. Não... Scorpius não pode usar Donna dessa forma, aliás, de nenhuma forma. Ele a ama demais para cometer tal crime. Cher bufou sonoramente.

– Onde está Alvo? – indagou ela, irritada.

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MY TEARS ARE BECOMING A SEA – M83

Alvo jogou o cigarro na grama e observou o céu escuro por alguns segundos.

Os passos quase silenciosos revelaram Lorcan, que parou ao lado de Alvo. Ele era alguns centímetros mais alto e forte. Alvo tinha a leve desconfiança que na verdade o mundo era mais alto que ele. Os dois continuaram olhando para o céu e Lorcan parecia sorrir lentamente, virando seu rosto para Alvo. Lorcan pegou na mão de Alvo lentamente, o que fizera o mesmo protestar, tentando se soltar. Mas o garoto apenas sorriu, colocando o indicador na frente da boca, simulando silêncio.

– Seu segredo está seguro. – sussurrou Lorcan. Eles estavam compartilhando o mesmo espaço, o mesmo ar, e nem estavam se afastando. Houve um momento, num piscar de olhos suspenso, onde nem o ar se moveu, como se o mundo inteiro estivesse esperando por algo espetacular. Em seguida, os lábios de Lorcan estavam nos dele.

Ah.

Foi tudo que Alvo pensou.

O mundo explodiu dentro da cabeça de Alvo enquanto seu corpo tentava processar o que estava acontecendo, mas seus lábios não precisavam de tempo para processar, eles apenas reagiram ao que tinha sido desejando desde que Alvo viu aquele rosto. Por um momento, Lorcan não se mexeu e Alvo tinha medo ter cometido um erro terrível. Mas, então, as mãos de Lorcan acariciaram feito fogo sua cintura, fazendo-o tremer. A mão de Alvo veio enraizado no cabelo macio de Lorcan. Ele tinha tanto medo dele deixa-lo... Não queria ser deixado.

Seu coração batia forte. Ele sentia como se não pudesse respirar, apenas sentiu seus lábios se moverem suavemente contra os de Lorcan, de modo extremamente suave. Seus lábios eram suaves e quentes e enviou raios de eletricidade correndo para cima e para baixo da coluna de Alvo. O desejo ali contido de anos se manifestou sem segundos, a cada encontro desajeitado de línguas, bocas que não se encontravam direito ou fechavam-se antes da hora. Os dois se desgrudaram e Lorcan sorriu.

Alvo estava completamente perdido.

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– Música favorita dos Beatles?

Ela passou a garrafa de vodka de volta para Scorpius, que tomou um gole grande e tossiu quando foi feito. Eles estavam perto da quadra de Quadribol, deitados na grama. Já estavam na metade da mini garrafa de vodka e Donna sentia que podia rir a vida toda. Caso eles fossem o casal sorteado para serem o Rei e a Rainha do Baile, provavelmente estariam bêbados demais para subir as escadas e jamais saberiam por estarem tão afastados do castelo.

– Quem disse que eu gosto dos Beatles? – Scorpius perguntou enquanto passava a garrafa de volta.

– Todo mundo gosta dos Beatles – ela disse, e tomou um gole. Ela quase não percebia a queimadura quando a vodka passava por suas cordas vocais.

– Tudo bem. ‘Blackbird’ – respondeu Scorpius.

– Por quê?

– Eu não sei – Scorpius irrompeu em um ataque de risos. – Porque foi o primeiro que eu pensei?

Eles ficaram quietos por um bom tempo pouco depois dos risos morrerem. Donna virou o rosto para o céu e mordeu o lábio. Ela viu Scorpius erguer a mão para o céu, como se estivesse tocando algo lá em cima. Uma onda de melancolia passou por ela junto com a fome constante.

– Por que não me pediu ajuda? – a voz de Scorpius era de rancor. Donna virou o rosto para ele, sentida. Não gostava de falar sobre aquilo.

– Eu não preciso de ajuda. – retrucou seca.

– Você quase morreu e não precisa de ajuda? – Donna respirou fundo, impaciente. Scorpius viu que a tinha deixado irritado e resolveu terminar o que começou. – Você não precisa disso, Donna. Você já é bonita dessa forma.

– Eu sou dessa forma por causa da Mia! – ela sentou-se exasperada. – Sem ela eu seria tão gorda quanto Rose Weasley! É ridículo, é feio!

– Não, não é feio! – retrucou Scorpius, também irritado. Ele sentou-se bruscamente, fitando Donna. – É completamente normal.

– Normal? Você acha que Yaniv a convidou porque a achou bonita? – debochou Donna, rindo. – Ela gorda e feia, Scorpius. E eu não vou ser assim nem à força.

– Então você não parou, não é? – Donna parecia ter parado no tempo. Não conseguia mentir para Scorpius. Não tão bem quanto mentia para os outros, afinal, ele sim a conhecia melhor que qualquer pessoa. Donna olhou seus coturnos e colocou o chapéu em sua cabeça.

– Vamos, quero rir do Rei e da Rainha do baile.

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Violet estava irritada.

James parecia sentir isso, tanto que nem se atreveu a perguntar o que ela tinha. Não só o fato dele ter a deixado sozinha, como a forma que ele falava com Dominique Weasley estava dando nos nervos. Os dois quase falavam por códigos e sussurros raivosos, de forma que Violet nunca entendesse o que eles estavam realmente falando. James disse algo que praticamente pusera um ponto final na conversa, o que irritou a Weasley, levantando-se bruscamente da mesa e saindo, olhando furiosamente para Violet. A Longbottom aguardou silenciosamente Narcisa Malfoy subir ao palco, ignorando mortalmente James e seus comentários.

– Tudo bem com você? – indagou ele? Panaca, babaca, imbecil, escroto, cafajeste...

– Aham. – retrucou ela, seca, sem sequer olhá-lo. A senhora Malfoy sorriu para os convidados, com o mais belo e detalhado vestido negro, praticamente rindo das pobres jovens bruxas. O chapéu pontudo em sua cabeça apenas realçava a cor vermelha em seus lábios e o louro platinado, quase branco.

– Boa noite, meus queridos. – sorriu ela. – Espero que o baile tenha sido tão bom para vocês quanto foi para mim. Agora, aos indicados.

O salão encheu-se de burburinhos de agitação até Nathan dar um berro pois tinha caído.

– Nathan Nott e Cecília Lisbons. – chamou a professora Malfoy. O casal subiu, com Cecília sorridente e Nathan ao seu lado, fazendo coisas idiotas pois era a única coisa que ele sabia fazer. – Dominique Weasley e Mikael Rudewish, Paris McNair e Timothy Windwear, James Potter e Violet Longbottom.

A garota quase enfartou.

Arrelhou os olhos para James, que apenas levantou-se, inclinando-se para pegar sua mão. Violet não conseguia segurar o sorriso em seu rosto enquanto subia as escadas, lentamente, fazendo todo os esforços para não mancar. Ficou mais nervosa ainda ao ficar entre Dominique e Paris. Elas se entreolharam risonha e depois um olhar maldoso para Violet, que respirou fundo tentando ignorar.

– Eu votei em você. – sorriu Dominique. – Seu vestido é... Bonitinho?

– Não seja maldosa, Dom. – riu Paris. – Só garotas bonitas podem ser a rainha. Sem ofensas, Violet.

O palco parecia pequeno enquanto Violet respirava tijolos. Olhou para o teto, conferindo. Não queria que jogassem sangue de porco nela. Oh céus... E se fosse isso? E se fossem rir dela como em Carrie, A Estranha? Olhou para James ao lado dos garotos, parecendo estar em outra galáxia. Ele já tinha ganhado o título de Rei do Baile, então aquilo era apenas mais uma disputa. Mas Violet nunca subiu naquele palco.

Lorcan e Rose acenavam freneticamente e ela retribuiu, sorrindo.

– O Rei do Baile de Boas Vindas é... – Narcisa fez uma breve careta para o papel. – James Potter.

Os aplausos e gritos não foram poucos quando ele foi até a professora Malfoy, que lhe entregou a coroa. Ele deu um sorrisinho mínimo e olhou para as garotas, mas Violet teve a sensação de que ele não olhou para ela em específico. Narcisa abriu rapidamente o papel, girando os olhos brevemente.

– E a Rainha é Dominique Weasley. – A Weasley deu um gritinho e um pulinho, quase que empurrando Violet para fora do caminho para abraçar Paris McNair. A Longbottom engoliu seco enquanto assistia Dominique correr até James e ser coroada pela professora Malfoy. A mão dela escorregou lentamente pelo braço dele e James apertou sua mão. Ele sorriu para ela e Violet enxergou coisas naquele sorriso que outras pessoas jamais poderiam ver. Os dois desceram as escadas lentamente para a dança do Rei e da Rainha enquanto Violet fazia o mesmo, misturando-se com a multidão. Ela mancou até a saída do Salão e iniciou sua longa caminhada pelas escadas.

Socou o corremão quase surtando de ódio.

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– Bichinha. – riu Rookowood pela décima vez na noite. Lorcan fechou os olhos, respirando fundo, ignorando os jogadores da Sonserina. Odiava aqueles garotos com todas as suas forças por serem um bando de covardes em ataca-lo sempre sozinho. Lily o fitou, esperando sua reação. Ele apenas apertou sua mão e sorriu falho, ainda dançando. – Viadinho.

– O que é, Rookwood? – Lorcan finalmente perdeu a paciência, largando a mão de Lily. – Quer comer meu rabo?

– O quê você disse? – indagou ele, aproximando-se. Lílian, da altura dos dois, colocou-se no meio.

– Ei, ei, ei, sem briga aqui! – sussurrou ela, assustada.

– Eu perguntei se você quer me comer! – sorriu Lorcan, sem medo. Nos primeiros anos ele apanhava calado, sofria todas as perseguições e risos como se merecesse. Mas chegou o dia que simplesmente cansou e em vez de cortar seus pulsos e sentir-se um erro da natureza, rebateu a violência de frente, mesmo apanhando mais do que batendo. Augusto II parecia ter os olhos vermelhos enquanto tentava tirar Lílian da frente dos dois. – É a única explicação pra não me deixar em paz! Está apaixonado?

– Eu vou quebrar a sua cara! – ameaçou, empurrando Lílian, sem perceber que ela era tão forte quanto os dois.

– Parem com isso! – exclamou, quase assustada.

– Por que você está tão obcecado por mim? – debochou Lorcan. – Você sente tesão por mim? É isso? É a única explicação.

– EI! – James Potter marchou até os três, empurrando Rookwood com tanta força para trás que o mesmo desiquilibrou-se, caindo. – NÃO ENCOSTE NA MINHA IRMÃ!

A confusão estava feita. Os garotos da Sonserina pularam em cima de James, que não hesitou em bater em todos, sem pensar nas consequências. Lílian tentou parar seu irmão, mas ele virava um animal quando estava com raiva, recebeu um soco tão forte no nariz que não se importou com ninguém ao pular em cima do garoto que a batera, socando seu rosto diversas vezes. Lorcan estava petrificado com a violência e a multidão que se formou ao redor da briga, tanto que nem notou quando Alvo puxou sua mão, o afastando.

– QUEM VAI QUERER MAIS? – berrou James feio uma besta, erguendo os braços. Deu outro soco em Rookwood e outro no garoto com quem Lílian brigava.

– James Potter!!! – gritou a diretora McGonagall exasperada. Ela praticamente flutuou até o centro da multidão, se poupando de pedir licença a todos os alunos excitados pela confusão. – Como ousa!

Lílian olhou suas mãos vermelhas e cheias de sangue, e o rosto machucado do irmão, assustada. Seu pai iria mata-la!

– Relaxa, ela não pode fazer nada. – sorriu James, murmurando para Lily. – Somos os Potter


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Notas finais do capítulo

ACONTECEEEEEEEEEEU YEEEEEEEEEEEEEYYYYYYYYYY

Ai meu deus que emoção, finalmente porra!

Agora que James deu minha ansiosa partida, vou poder incluir meus papais nessa história, vamos para os núcleos familiares também, finalmente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O que vocês acharam? Cedo demais? Tosco?

Comentem!