Serenity Blood escrita por Sofia Bellatrix Black


Capítulo 9
Capítulo Nove – As irmãs Black I




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Sirius e Bellatrix ainda dormiam, ela estava completamente enrolada ao lençol de seda negro e enroscada em Sirius, que dormia apenas de calções, a cabeça dela repousava no peito dele enquanto a mão esquerda dele estava sob a sua cabeça e a outra na cintura dela. Fazia anos que Sirius não conseguia dormir bem. Mesmo antes de ir para Azkaban, ele nunca dormia em condições, desde de que se haviam separado, nunca dormia em condições.

O silêncio no quarto foi rapidamente interrompido por um estrondoso grito que acordou Sirius e Bellatrix de rompante e que os levou instintivamente a pegarem nas varinhas que repousavam em cima da cama.

“Mas que raio?!” Disse Sirius após constatar que não havia ninguém no apartamento. “Eu vou matar os vizinhos um dia, ai vou, vou!”.

“Devem ter sido os miúdos que costumam brincar na rua” Disse ela agora poisando a varinha novamente em cima da mesa da cabeceira. Aproximou-se de Sirius e tirou-lhe a varinha da mão direita, poisando em seguida junto a sua para depois enlaçar o seu pescoço. “humm Six, agora que estamos acordados, o que vamos fazer.” Ela estava nua, abraçada a ele, como é que ele podia resistir. Passou as mãos pela cintura dela, trazendo para perto dele. “Não sei, mas tenho algumas ideias, queres experimentar?”

Ela apenas riu alto, antes do lábios dos dois apaixonados se encontrarem.

Em Hogwarts, a luz do sol já brilhava fortemente da janela do pequeno quarto que Diana e Draco partilhavam a mais de um ano. Era sempre a mesma rotina, dormiam juntos, e de manhã, ainda bem cedo, acordavam e vestiam-se em silêncio, na verdade nunca iria haver nada mais que aquilo entre eles, eram demasiado diferentes para alguma coisa resulta, apenas de noite quando ninguém dava pela falta deles, é que eles dormiam juntos. Draco detestava as manhãs, detestava ter de estar com ela depois, e fingir que não existia nada entre eles. Detestava ter de ver todos os rapazes babarem-se para cima dela, detestava tudo aquilo. Draco apertava os últimos botões da camisa, os poucos que Diana deixou intactos, porque os restantes ainda estavam espalhados pelo quarto. Ele olhou-a de relance, vestia as meias do uniforme da escola.

Ele estava pronto, e ela em segundos, ficou também. Não costumavam dizer nada, nem sequer trocavam um beijo. Mas ele estava farto, irritado, aquelas manhãs deixavam sempre assim, sem vontade de ver ninguém, a não ser ela. Deixava-o sem vontade de fazer nada sem ser beija-la, abraça-la, ama-la. Ele sentia falta dela, e estar tão perto dela, fingindo ser apenas amigos, primos, fosse lá o que fosse, dava lhe vontade de matar alguém.

“Isto tem de acabar Draco, eu sei” Ela disse olhando-o. Detestava aquela maldita mania dela de lhe ler os pensamentos. Detestava mesmo.

“É falta de educação ler os pensamentos dos outros” Ele disse-lhe friamente “Não te chegam os teus, Black?”

“Ainda não me acostumei a esse nome, mas soa bem não soa! Diana Black” Disse ela sorridente “Diana Black… que te parece priminho!?”

“Parece que vais ser a capa do profeta diário e quiçá da voz da feiticeira, afinal os Black tem novos herdeiros!” Disse ele imitando uma voz estridente de uma qualquer mulher histérica.

“Talvez tenhas razão, mas quanto as nós…”

Ele interrompeu-a com um beijo, um beijo de tirar o folgo, beijava-a furiosamente encostando-a parede de pedra fria. “Porque é que não me dás uma oportunidade?”

Ela não disse nada, na verdade Diana nunca ficava sem resposta, nunca mesmo, mas ela não sabia o que lhe dizer, o seu coração mandava ir em frente mas a mente dela, dizia que aquilo só podia acabar mal, era demasiado parecidos para alguma coisa funcionar entre eles.

“Vamos começar de outra maneira” Ela disse “E Draco, embora eu ache que nós nunca vamos funcionar, eu vou-te dar essa oportunidade.” Disse ela “Mas vais-me prometer algo. Só te vais encontrar comigo, só me vais beijar a mim, só te vais deitar comigo, é só a mim, quero aquelas vadias longe, entendeste? Não tenho cara de pau para aturar aquilo, já me conheces, e vamos levar as coisas com calma, não vais sair por ai a gritar que somos namorados, porque não somos, vamos apenas sair e ver se conseguimos mesmo levar isto adiante, mas não vais espalhar por ai nada, quando for hora nós contamos. Que te parece?”

“Então, andamos a sair?” Perguntou ele “Sem ninguém saber?” Aquilo não era bem o que ele queria, mas era um começo.

“Sim, se nós conseguirmos entender bem, como um casal, depois contamos tudo a toda gente, prometo-te, mas antes de criamos confusão em volta disto, vamos tentar, só os dois. Eu gosto de ti Draco, mas sou o que sou, mas prometo que vou tentar, a sério Draco, eu vou tentar tudo, quero mesmo fazer isto, entre nós, resultar!”

Beijaram-se e ela sabia que ele tinha aceitado. “Agora não te esqueças, apenas eu. Porque se eu vir uma daquelas putas de volta de ti, acabo contigo e depois com elas. Não te esqueças, Malfoy, eu sou uma Black! E não é toda a gente que namora uma, não é mesmo”

“És mesmo filha da tia Bella.” Disse ele rindo. “A menos de três dias que sabes que és uma Black, e sempre agiste como uma.”

“Está-nos no sangue Draco! Somos Black, pelo menos eu sou. Tu és metade!” Disse ela rindo da cara dele “Mas a tua mãe, é toda ela uma Black!”

“Eu sei bem disso” Disse ele “Acredita, põe a minha irritada e vais despertar a verdadeira Black dentro dela. Era horroroso, mete mais medo que o Voldemort. Fica pior que a tia Bella e a tia Drô juntas quando o meu pai teve a infeliz ideia de chamar aos Black de traidores de sangue… nunca mais disse isso depois, a minha mãe pô-lo a dormir seis semana no minúsculo sofá do quarto de hóspedes, que não dava nem para mim, que tinha seis anos, imagina para ele. Nunca mais disse nada sobre os Black, ainda estremece de cada vez que vê a tia Bella ou a tia Drô! Principalmente a tia Drô, ela não gosta nada do meu pai!”

“Mas ela preocupasse contigo.” Disse ela “Muito me parece…”

“Sim, acho que a tia Drô, esteve sempre presente, de uma maneira estranha.” Disse ela “A minha mãe recorre sempre a ela. Acho que até o meu pai sabe que quando a minha mãe está mal, o melhor é chamar mesmo a tia Drô!” Disse ele “Mas agora, ele está em Azkaban e a minha mãe sozinha em casa.”

“E a Aliya? Nunca pensei que ela…”

“Fosse uma Black, está na cara, vá lá, ela é mesmo parecida connosco. Na verdade ela é igual a nós!” Disse ela “Mas não consigo descobrir quem é o pai dela, mas garanto-te que vou descobrir!” Disse ela decidida “Só não compreendo porque é que se escondeu, ela é sangue puro, por isso o pai só pode ser sangue puro, logo não é o marido da tia Drô.” Disse ele.

“Que conclusão brilhante Draco, de facto, nenhum de nós ainda tinha chegado a tal!” Disse ela sarcasticamente “A Aliya está determinada a descobrir quem é o pai, der por onde der!”

Sentaram-se nas duas únicas cadeiras que estavam na pequena mesa que estava ali. Diana tinha conseguido que Dobby lhe viesse trazer alguma comida, para os dois. “E tu, como é que te sentes em relação a Inês? Afinal ela é a filha perdida da tua mãe…”

“Sabes, acho que fiquei feliz. Pelo menos a Inês é a Inês, nem sei bem explicar… nós sempre nos demos tão bem, talvez fosse porque sempre fomos irmãos, mesmo sem saber, é meio estranho, mas a minha mãe nunca me parece tão feliz. A falta da filha foi sempre uma sombra na vida dela. E agora não é mais…”

“Mas aquilo entre elas vai dar problemas, digo entre as tias e a minha mãe. Parecia-me da conversa de Aliya e da tia Drô que elas já desconfiavam que aquela era a Inês… porque é que não lhe disseram antes?” Draco questionava-se quase que a ele próprio. “Pelo menos aqui não pegaram fogo umas as outras!”

“Elas parecem dar-se bem…” Disse Diana “São unidas?”

“Bastante, como te disse a minha mãe sempre recorreu a tia Drô, mas o que sei é que ela também costumava recorrer as duas, até a tua mãe ir para Azkaban, mas não sei muito sobre isso, mas mesmo assim, sempre me pareceu que elas insistiam em proteger a minha mãe de tudo o que podiam. São unidas a maneira delas, principalmente a tia Bella e a tia Drô, elas funcionam muito bem, mas mantém sempre a minha fora dos problemas.” Disse ele sorrindo “Mas a mamãe não gosta nada, diz que a tratam como se ainda fosse uma criança!”

“Ela é a mais nova?” Disse Diana “Acho que me lembro a Aliya ter mencionado qualquer coisa sobre isso…”

“Sim, primeiro nasceu a tia Drô, um ano depois a tua mãe e dois anos depois a minha…”

“Então… se a tua mãe… ela teve a Inês aos dezassete anos?” Diana parecia incrédula, Draco apenas confirmou. “Sim, tinha dezassete, acabado de sair de Hogwarts. Por isso é que lhe tiraram a Inês.”

Ele começou a comer uma maça verde e ela apenas bebia um café simples. Beijaram-se mais uma vez e Draco sussurrou para ela, quando Diana se sentou ao colo dele “Bem-vinda a família, meu amor.”


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