Serenity Blood escrita por Sofia Bellatrix Black


Capítulo 2
Capítulo Dois – A batalha no Ministério


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem todos deste novo capítulo. Beijinhos mágicos com sabor a sapos de chocolate do expresso de Hogwarts! Ah sim, neste capítulo os pensamentos da Bellatrix, vai ser a minha perspetiva diferente da batalha no Ministério, os pensamentos dela vão estar a itálico e os de Sirius a negrito. Boa Leitura meus doces *.*



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Quando saíram naquela missão, ela sabia que era a última vez que iria sair, depois tinha mesmo de desertar os devoradores da morte, como havia prometido a Sirius, e não podia sentir-se mais feliz por isso, claro que demonstrar a sua fé não era propriamente fácil, e falar com Dumbledor e entregar-lhe os detalhes da missão que havia engendrado, também não. Para bem dos seus pecados, Dumbledor era bastante compreensivo e inteligente e falar com ele era bem mais fácil do que falar com o idiota do primo, que era cabeça dura.

Apertou a capa negra com um laço forte, iriam aparatar, ela sabia. E pegou na varinha. Rapidamente uma mascara negra apareceu no seu rosto, e ela recusou-se a ver-se ao espelho. Era a última vez que ela iria pôr aquela máscara. A última. E não se podia sentir mais aliviada por isso. Bellatrix tinha ganhado o hábito de fechar a mente constantemente e depois de tudo o que havia descoberto relembrava-se sempre de manter mesmo a mente fechada.

– Bellatrix é realmente impressionante a tua capacidade de Oclumência. – A voz gélida de Voldemort inundou o local – Nem mesmo perdida em pensamentos é possível entrar na tua mente. Ensinei-te bem demais.

– Meu Lord – Disse ela fazendo uma falsa vênia. – Os meus pensamentos são sempre sobre o Lord. Sabe que sou a sua serva mais fiel.

– Não duvido Bellatrix. – Disse ele – Acredito que levarás esta missão a bom porto.

– Não duvide meu senhor, farei tudo para que aquele meio sangues nojentos morram.

– Boa sorte na missão, Bellatrix, Lucius – Disse ele – Não vou admitir erros.

Eles não responderam mais nada, apenas baixaram a cabeça e continuaram a preparar-se. Bellatrix sentiu Rodolphus ao seu lado mas não demonstrou emoção, e em segundos aparataram.

Aqueles miudinhos idiotas, liderados pelo Potter com aspirações a bancar a heroizinho do dia, irritava-a. Caramba, eles não sabiam que aquilo tinha sido planeado, mas ainda assim respondem como se achassem que conseguiriam convencer-me a mim ou ao imprestável do meu cunhado, que eram eles que mandavam. Claro que o idiota do Lucius estava cheio de falinhas mansas, idiota prepotente, mas eu tinha que manter o meu papel de devoradora da morte louca e sedente por agradar ao Senhor das Trevas.

Bellatrix ainda estava na sombra, atrás de Lucius Malfoy que conversava num tom demasiado educado com o Potter. Ela sabia bem que os miúdos estavam completamente cercados, ao lado de Harry Potter estava aquele rapaz… ah sim… Neveille Longbotton. Aquilo ia ser engraçado, ia ia…

– O bebé já tem personalidade, viram – Ela disse numa voz irritado, tendo imitar um bebé – Ele sabe como jogar, vejam só.

Ela avançou, já não tinha a máscara e poder ver Bellatrix tão perto, lembrou a Harry aquele quadro, sim, aquele mesmo que Kretcher insistia em tentar colar com magicola, e que guardava naquele antro que chamava quarto. Apesar de ter estado tanto tempo em Azkaban, tal como Sirius ainda aparentava uma enorme beleza, cabelos negros e a pele extremamente branca, e um traço de ironia naquele que dizia.

– Bellatrix Lestrange – Neveille Longbotton disse quase num sussurro que apenas Harry que estava ao seu lado pode ouvir, rapidamente Harry pode lembrar-se do momento em que no ano passado tinha assistido ao julgamento da feiticeira, pela tortura e incapacidade permanente de Frank e Alice Longbotton, os pais de Neveille.

– Oh sim, Longbotton – Disse ela secamente – Como estão os papás, já não os vejo a muito tempo, devia lhes fazer uma visitinha…

Bellatrix Lestrange era sádica, Harry podia dizer isso, e fria, não parecia ter quaisquer remorsos pelo que havia feito.

– Oh, personalidade. Gryffindores, aposto. Sempre dispostos a bancarem a heróis da festa. Ridículos. – Disse ela – A profecia Potter, agora. Ou um dos teus amiguinhos vai sofrer!

E não é que eram mesmo ridículos, em vez de fugirem, não, decidiram mesmo bancar a heróis. Tinha o miúdo dos Longbotton nas mãos, e podia ver ao meu lado Rodolphus com uma menina, que não sabia bem que era, e foi quando as portas atrás de nós se abriram, era ele. Sabia bem. Rapidamente deixei o miúdo emprestável e agora sim, ia lutar. Ah a minha sobrinha. Ninfadora. Posicionou-se a minha frente e via-se bem que tinha o meu sangue, aquela miúda não desistia, realmente a Andie disse que a filha tinha mesmo a teimosia dos Black, e não é que tem mesmo, e talento, apesar de ser eu, nem a mãe, ela dá bastante trabalho, mas tinha outras coisas, muito mais importantes para fazer e deixei Rodolphus com ela. Se aquele estupor se lembrar de atacar a minha sobrinha gravemente, eu própria o deixarei incapacitado, ao menos, tenho a fama e o proveito. E não fiquei desiludida, antes mesmo de começar a lutar com Sirius, pode ver Rodolphus ser atirado contra uma parede de pedra e a minha sobrinha de varinha na mão com um sorriso vitorioso no rosto. Uma Black, sem dúvida.

– IDIOTA! – Disse Sirius – Expelliarmus!

A varinha de Malfoy voa alguns metros e Malfoy voa em seguida para ir ter com ela. Infelizmente para ele, inconsciente. Sirius sorri enigmaticamente quando ela assume o lugar de Lucius, mas o infeliz do Rosier decide aparecer, ela não fez nada e deixou que um simples Reduto de Sirius fizesse Rosier ficar absolutamente desmaiado e pronto para ir para Azkaban.

Era agora, estavam todos demasiado envolvidos nas suas lutas para olharem para eles, apenas Lupin, que entretanto tinha apanhado Lucius Malfoy e o imobilizado, olhou para eles, e não dava para negar, aqueles dois sabiam bem o que fazia, movimentavam-se em sincronia, havia algo entre eles, que Lupin, não conseguia explicar, era como se conseguissem-se encaixar um no outro, como se fossem feitos para aquilo. Vê-los lutar era sempre algo único, e Remus tinha visto apenas uma vez, quando ainda andavam em Hogwarts, e se daquela vez tinha sido brilhante, aquela, passados tanto anos e sabendo tanto mais, seria ainda melhor.

Dumbledor, que havia chegado entretanto, olhando os dois também, ninguém se atreveu a interromper o par, cada feitiço que um mandava o outro conseguia controlar, até que ela errou um, e ele não podia deixar isso passar.

– Então prima, sei que consegues fazer melhor! – Disse ele em tom de gozo, adora tira sarro da cara dela, e sabia que isso a deixava furiosa, e bem dito, bem feito, um segundo feitiço, em cheio. E Sirius caiu no véu…

Aquela batalha no ministério tinha sido cansativa, Bellatrix estava no quarto da irmã mais velha, Andromeda, que naquele momento curava as feridas dela.

– Realmente Bella. – Disse ela em tom sério – Não podias ter feito a coisa por menos. Quantas maldições levaste.

– O idiota do teu primo não se conteve.

– Aposto que ele ficou pior que tu! – Disse ela – Era suposto terem acordado tudo e não matarem-se um ao outro, sinceramente, isto vai levar dias até curar.

– Na verdade Andie, tens mais meia hora, depois tenho que ir até a outra saída do véu, sabes o Sirius está a minha espera.

– Ah sim – Disse ela – Afinal onde é que isso está mesmo.

– Perto de nossa casa – Disse ela – Tu sabes aquela.

– Vocês mantiveram aquela casa? – Disse ele – Sinceramente, pensei que tivessem vendido aquilo… quer dizer, depois de tudo, vocês continuam com aquilo.

– A casa é segura Andie, e é de nós dois, onde podia estar melhor. – Disse ela – Por favor, compreende, prometo manter-te informada.

– Tentem não se matar – Disse ela – E por favor, tem cuidado Bella. Tu sabes que agora, mas que nunca, não vai ser fácil. Mantem-te em segurança.

Ela abraçaram-se e segundos depois, Bellatrix aparatou na “casa” deles. Situava-se bem no centro de Londres, a casa não era de longe uma mansão, era certo, na verdade era um apartamento de dois andares, ficava numa das ruas transversais da rua principal onde estava uma enorme parque. Bellatrix aparatou bem a porta, sabia bem que a rua não era movimentada, e não se enganou, nem um único muggle. Tirou do bolso uma chave, e com a ponta da varinha, murmurando qualquer coisa a chave transformou-se para abrir a porta.

Subiu o pequeno lance de escada e antes mesmo de entrar pela porta, inspirou fundo, uma, duas, três e mais vezes.

Ele estava sentado no sofá, sem camisa, com a varinha, tratava o enorme corte que tinha no abdómen, sabia que ela tinha entrado mas nem virou o rosto para encara-la.

– Não achas que foste longe demais? – Perguntou ele numa voz bastante calma, até demais para quem estava com tantas escoriações quanto ele estava.

– Não fiquei melhor – E era bem verdade, agora vestia uma camisola branca e umas calças negras de ganga, a camisola já deixava transparecer algumas gotas de sangue das feridas que Andromeda não conseguiu fechar totalmente.

Ele não respondeu, mas ela conseguia ver que ela não estava a ter força para fechar as próprias feridas.

– Deixa-me Sirius – Ela sentou-se ao lado dele no sofá – Por favor, eu posso fechar-te essas feridas.

– Não te dês a esse trabalho, eu também consigo. – Disse ele – Deixa!

– Deixa é tu de ser teimoso. – Disse ela e antes que ele dissesse mais alguma coisa, ela tocou com a varinha nele e as feridas começaram a fechar-se, era verdade que não tinha o jeito da irmã mas também conseguia fazer algumas coisas. Eles nem deram mas ficaram cada vez mais próximos e mais, e antes que ela pudesse fazer alguma coisa, os lábios dele estavam sobre os dela furiosamente, violentamente e o corpo dela no sofá sendo pressionado por o dele.


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