“Eu lamento…” Disse Andromeda “Mas nunca foi minha intensão deixar-te. Nunca mesmo! Eu não tenho problemas nenhuns que sejas minha filha Aliya, muito pelo contrário, não podia estar mais orgulhosa na jovem mulher que te tornaste, mesmo não estando comigo, posso ver em ti tudo aquilo que um Black é suposto ter, e é exatamente isso que és, Aly. Uma Black. Mas sobretudo és a Aliya, e disso, nunca te esqueças.” Disse Andromeda “Creio que o melhor que posso fazer agora é dar-te espaço, mas lembra-te que sempre que precisares de mim, estarei ao teu lado, aconteça ou que acontecer Aliya.” Ela virou-se e passou pela saída da sala comum de Slytherin, sorriu e sentiu-se nostálgica. “Toujour Pur” Rapidamente abriu-se a saída na sua frente e ela murmurou algo “Certas coisas nunca mudam, mesmo…”

“Mãe”

Andromeda podia esperar tudo, tudo mesmo, menos aquela palavra de apenas três letras. Mãe… Aliya tinha os olhos marejados e a cabeça baixa e antes que Andromeda pudesse fazer alguma coisa a filha abraçou fortemente, obrigando-a mesmo a dar um passo para trás para não caírem as duas no chão. Ela tinha esperado a vida inteira por aquele abraço, por aquele momento, mas nunca esperou que este realmente chegasse, na verdade, estava mesmo disposta a deixar para trás a sua felicidade para manter a filha mais nova em segurança. Aliya era realmente uma menina encantadora, mas ainda sim uma Black, sim, Andromeda sorriu, Aliya era uma verdadeira Black, tudo aquilo que ela um dia foi, uma Slytherin. Não que Andromeda não amasse Ninphadora, amava e só Merlim sabia quanto, mas ela tinha saído ao pai em tudo, mesmo em tudo, no entanto Aliya herdou de Andromeda tudo, o sorriso, a aparência e até mesmo o génio complicado.

“Eu nunca… se eu tivesse sabido eu…”

“Nunca foi culpa tua, nunca Aliya” Disse ela beijando a testa da filha docemente “Mas agora, podemos viver a nossa vida, Aly. Finalmente ninguém te vai tirar de mim, ninguém! Agora é tempo de ires para casa. É tempo de vires comigo.”

Aliya separou-se da mãe e sorriu e quando deu conta, viu que na verdade não tinha mesmo nada arrumado, porque contrariamente aos primos, não tinha arrumado o malão na noite anterior.

“Não tenho nada pronto, nada mesmo” Disse Aliya “Eu pensei que ia passar o Natal em Hogwarts, por isso não preparei nada e temos menos de dez minutos, amanhã posso ir e…”

E antes que Aliya acabasse a frase Andromeda sorriu a filha e disse-lhe “É para isso que serve a magia” E sem proferir mais nenhuma palavra, com um simples gesto da varinha, todas as coisas da filha voaram para dentro do malão que agora pairava no ar, centímetros acima do solo e em menos de trinta segundos, tudo estava dentro do malão e perfeitamente arrumado.

“E pronto…” Disse ela “Sempre foi brilhante a encantamentos.” Disse ela esclarecendo a filha “Na verdade foi brilhante em quase tudo, menos voo.” Disse ela rindo como se recordasse velhas memórias “Mas isso eram outros tempos…”

“Mas eu…” Disse ela “E o seu marido, e a Nimphadora…?”

“A Nimphadora sabe tudo sobre ti, o da tua existência, e nem sequer vive lá em casa… mudou-se a um ano, mas vem lá regularmente. E eu e o Ted separamo-nos a mais de dois anos, ficamos amigos.” Disse ela e Aliya percebeu que a mãe não queria muito mais conversa sobre o assunto. “Por isso sou mesmo Black, novamente, tinha saudades deste nome” Andromeda suspirou e mudou de tema novamente “Eu vivo com a Cissy, ou melhor, a Cissy dorme sempre lá em casa, porque não gosta de ficar sozinha, mas na verdade a maioria do nosso tempo é passado em casa da Bella e do Sirius. Vais perceber isso dentro em breve.” Ela disse “Vamos então, aposto que o teu Sirius já se fartou de reclamar quanto ao tempo que demoramos.”

E era bem verdade, assim que Andromeda e Aliya apareceram na entrada do salão nobre Sirius reclamava da imensa meia hora que tinha estado a espera.

“Cala-te Sirius, estás mesmo velho rezingão, não sei como é que a minha irmã ainda te atura!” Andromeda disse mas o enorme sorriso no rosto, não escondia nada, e o braço envolto na filha levou todos os presentes a rir, até mesmo Sirius que tinha acabado de ser ‘ofendido’ ria, mas ninguém disse uma palavra, as explicações ficaram para mais tarde. “Jantamos em minha casa?” Perguntou Andromeda e Bellatrix sorriu-lhe confirmando. Estava a ficar mais fácil aparatarem e moverem-se, mesmo com cautela.

“Tenham então um feliz natal” Disse Dumbledor e todos desejaram o mesmo a velho e sábio diretor e ouviu-se um clic metálico e o velho diretor virou costas sorrindo, mas uma família junta, e os Black, estavam finalmente no lado certo da lei.

Aliya só tinha aparatado uma única vez na sua vida e detestava aquela sensação, detestava de verdade, e quando aparatou com a mãe, não foi diferente, foram míseros segundos, mas o suficiente para lhe porem o estomago as voltas e assim que chegou sentiu-se cair e se não fosse o primo, Draco, a segurá-la ela tinha caído na certa.

“És mesmo fraquinha, não admira que o Rigel ande sempre atrás de ti.” Draco gozou quando a prima abria os olhos, ainda apoiada nele.

“Sempre amável Draco” Disse Aliya “Obrigada”

E Aliya pode finalmente ver a casa da mãe, Narcissa e Inês estavam a sua frente olhando para ela, com Draco ao seu lado, e a mãe dela no lado dela, verificava se a filha estava bem. A casa não era muito pequena nem muito grande, e Aliya podia ver bem que era bem ao estilo de Andromeda, de facto estava longe de ser a casa de Draco e da tia Narcissa, mas era bem grande para todos eles.

“Eu estou bem, a sério!” Disse ela “Só detesto aparatar, é só!”

Ela bebeu o copo de água que a tia lhe deu e sorriu-lhe.

“Vais ter de habituar a isso, Aly!” Disse Inês “Afinal vamos tirar a nossa licença para Maio!”

“Até lá preparo-me!” Disse ela sorrindo a prima, bebendo em seguida um golo de água.

“É melhor irem pôr as vossas coisas lá em cima” Disse Andromeda “Vocês, sim, a vossa mãe preparou os vossos quartos” Disse ela “Vá Draco, mexe-te” Disse ela sorrindo “Sinceramente, o meu afilhado!”

“Sim madrinha, ou devo dizer titi!?” Andromeda riu e Draco subiu as escadas.

“Guarda o titi para a tua tia Bella, e vais ver o que é uma verdadeira Black, querido!” Disse Narcissa e Andromeda apenas riu bem alto acompanhada de Draco e de Inês, enquanto Aliya apenas sorria.

“Não se preocupe mãe” Disse Inês “O Draco já está habituado a Diana, a tia Bella não vai ser assim tão diferente, não é mesmo Draco?”

Mas não disseram mais nada, e Draco seguiu para o quarto rapidamente, antes que se dissesse mais alguma coisa que não era suposto. Inês e Aliya apenas riram, mas as velhas não deram grande atenção ao pequeno e brilhante comentário ‘inocente’ de Inês, aquelas férias de Natal esperavam-se muito animadas.