Royal Hearts escrita por Cams, Tamires, nat


Capítulo 3
Shay - Compreensão


Notas iniciais do capítulo

Começamos a postar a história tem poucos dias e já temos comentários, favoritos e acompanhamentos ~soltando arco-íris pela boca~ Estamos muito felizes por vocês estarem gostando *------* Quero agradecer a linda da Alice Swann que foi a primeira a comentar e a primeira a enviar a ficha *o* A Hope que comentou maravilhosamente e ficou de enviar a ficha - to cobrando mesmo- kkkkkkkk e a Theory que já reservou um lugar na Seleção do príncipe Julian! Muito obrigada, vocês fazem a nossa alegria!



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A Seleção estava próxima e essa notícia me deixava nervoso, embora eu não quisesse demonstrar. Acho que deixei transparecer um pouco porque o perfeito Rei Maxon veio pra cima de mim e do Julian, seu perfeito filho, com mais um sermão sobre como tudo iria dar certo. Como nós éramos gêmeos as tarefas do Governo eram divididas entre nós, Julian que sempre foi bom com os números ficou com as finanças e a diplomacia, e eu, bem, entro na parte que a diplomacia não é necessária. Cuido do Exército Real. Segundo meu pai eu sou “pavio curto, um pouco sarcástico e orgulhoso” e essas não são qualidades que se encaixam em um diplomata. Ao olhar para Julian vejo que pela primeira vez ele perdeu o controle, e isso me traz um certo conforto, não que eu esteja feliz por isso, ao contrário, posso imaginar o que ele está passando, mas ele sempre foi tão comedido, é engraçado ver ele perder a calma. Nós sempre estivemos juntos, ele é meu melhor amigo e o único que sou capaz de demonstrar afeto. Ele sempre me entendeu e sempre cedia tudo para mim desde crianças. Acho que por isso ele ficou com a fama de bonzinho, em parte, por minha causa. Ele é a epítome do que um príncipe deveria ser, e eu tento seguir seus passos, mas não é fácil. Acho que um simplesmente um precisa ser ruim. Por mais que eu precisasse dele agora não iria admitir, então assim que nosso pai nos dispensou das nossas tarefas eu rapidamente corri na direção oposta de Jules. Cruzei o corredor, subi a escadaria e fui direto para meu quarto. Peguei o livro que estava lendo e comecei a ler. Não conseguia me concentrar pensando em como nossas vidas mudariam daqui a pouco tempo. Eu não estava preparado para conhecer a mulher que eu iria casar, nem sei se alguma dessas garotas vão me entender ou gostar de mim. Eu sempre fui fechado e não sou capaz de demonstrar meus sentimentos. A única que pode ver através de mim sem esforços é Amberly. Sempre cuidou de mim quando eu fazia algo egoísta ou errado quando criança. Acho que eu vou pirar se ficar pensando nisso sentado na minha cama sem fazer nada. Resolvo ir procurar algo pra fazer. As vezes os guardas estariam treinando ou o cozinheiro quisesse experimentar novas receitas. Esbarrei com Celeste no corredor que com certeza estava mais nervosa que eu pois estava com sua toalha pendurada no ombro e isso só poderia significar que estava indo para seu lugar de refúgio, a piscina.

– Oi Shay – Ela disse meio desanimada.

– Oi irmãzinha – Eu queria soar sarcástico, mas acabou sendo carinhoso. Droga! O que está acontecendo comigo?!

– Ora, ta aí uma coisa que não esperaria de você. Demonstração de afeto e ainda por cima EM PÚBLICO! – Ela fez uma cara de espanto tão engraçada que não pude evitar e soltei uma risada.

– Não enche pirralha! Talvez você queira conversar sobre seus pretendentes? – perguntei apenas para irrita-la. Sabia que ela estava assustada e com medo como eu, mas eu não iria conversar sobre isso com ela.

– Ah! – ela soltou com tristeza – Você não está com medo não, Shay? E se eu não gostar de nenhum deles? Tá que conheço a maioria, mas mesmo assim! E se eles não gostarem de mim? E se o amor da minha vida nem for um príncipe. Isso é tão estressante!

– Eu sei que não é fácil. Se a mamãe, quer dizer, se a rainha América, pudesse ela nos pouparia desse fardo, mas ela não pode. E eu tenho certeza que todos eles vão se apaixonar por você. Apesar de me irritar você parece agradar as outras pessoas. E não se preocupe você tem irmãos mais velhos! Só eu tenho o direito de te deixar mal. – Eu disse e pisquei para ela que retribuiu com um beijo na minha bochecha e um abraço. Corei porque ela me conhecia e sabia que não estava aberto a receber afeto dos outros, mas o abraço dela me acalmou. Rapidamente ela saiu correndo enquanto eu ameaçava destruir a piscina.

Andei, andei e andei pelo castelo e acabei indo parar no Salão das Mulheres. Pedi permissão para entrar. Minha mãe estava sentada em sua mesa atarefada. Ela me olhou por cima dos ombros e disse:

– Oi Jules, você gostaria de falar comigo? – Ao escutar ela me chamar pelo nome do meu irmão, fiquei tão zangado que dei meia volta e estava indo em direção a porta. Percebendo seu erro ela se levantou apressadamente e correu atrás de mim chamando meu nome.

– Shay, espera! Eu sou a mãe de vocês e ainda consigo me confundir. Me desculpe – ela disse.

– Tudo bem, só vim ver como você estava. Estou indo – eu disse ainda irritado pelo erro.

– Eu sei que errei, mas você não pode dar um desconto para sua mãe? Não vi direito quem estava aí, quando me disseram que era um de meus filhos supus ser o Julian porque você não tem o habito de me procurar – ela tinha razão. O Julian sempre conversava com ela e a procurava em busca de conselhos, luxo que eu não me dava. Procurava resolver meus problemas sozinho.

– Vamos nos sentar ali naquele sofá perto da janela. Você não precisa me dizer nada. – ela me disse com aqueles olhos calorosos e compreensivos.

Nos sentamos no sofá. Fiquei olhando para o jardim e pensando em como falaria, ou o que falaria. Então, sem olhar pra ela eu disse em um sussurro:

– Mamãe, você pode fazer como quando eu era pequeno e fazer carinho no meu cabelo enquanto eu deito no seu colo e me confortar mesmo sem saber o que tem de errado?

Os olhos da minha mãe, América, se encheram de lágrimas por aquele ato inesperado e apenas concordou com a cabeça. Ficamos naquela posição um bom tempo, eu apenas precisava de conforto e compreensão e minha mãe sabia disso. Depois de algum tempo uma criada chegou e pigarreou ao nosso lado:

– Rainha América a senhora precisa voltar para seus afazeres. O conselho está apressado e eles precisam dos dados.

– Não, agora eu vou ficar com meu filho – ela disse um pouco dura demais, e logo em seguida se arrependeu. Rainha América, sempre boa com todos.

– Não, mãe, quero dizer, Rainha América, tudo bem. Eu preciso ir para minha aula de esgrima agora. – eu disse me levantando apressadamente. Ela se levantou e acariciando meu rosto me disse:

– Tudo bem. Você também é um menino doce, só se esconde nesse lado duro para não demonstrar fraqueza, está tudo bem. – e me deu um beijo no rosto. Saí rapidamente para não demonstrar o amor e alegria que tinha por ela ter me entendido e me confortado, depois quando conseguisse olhar para ela novamente deveria voltar para agradecer. Saí do Salão das Mulheres e fui gastar energia na minha aula de esgrima que era justamente do que eu estava precisando para esquecer os problemas.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do príncipe Shay também! *--* Me perdoem se eu escrevi demais >< Deixem seus comentários e mandem a ficha de vocês.
Obrigada por terem lido. Beijos -Nat :*