Royal Hearts escrita por Cams, Tamires, nat


Capítulo 13
Celeste - Doce


Notas iniciais do capítulo

Eu sempre começo minhas notas assim mas tenho realmente que pedir desculpas a vcs novamente. Mil desculpas pela enorme demora para postar esse capítulo que como sempre ocorreu por causa da faculdade. Só que agora o semestre finalmente acabou e eu vou poder escrever com muito mais rapidez e as lindas das minhas amigas que escrevem comigo vão poder voltar a me amar.. kkkkk Só reforçando A FIC NÃO FOI ABANDONADA!!! Eu realmente não entendi aquele comentário e tals mas ok.. kkk Enfim escrevi esse capítulo com muito carinho então aproveitem.....



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–Então está mesmo disposta a tocar domingo? –Tom perguntou e me olhou por sobre os óculos, modernos demais se colocados em contraste com suas rugas e o cabelo branco, com um olhar no mínimo descrente e balançando a partitura em suas mãos. –E justamente essa música?

–Sua confiança no suposto talento que você afirma que eu tenho a 10 anos simplesmente me conforta muito. –Eu suspirei e cobri o rosto com as duas mãos, da mesma forma que fazia quando era pequena e acabava de mostrar algo de minha autoria, seja um desenho, um texto ou, na maioria das vezes, quando tocava violoncelo para alguém.

–Oh não docinho, venha cá... –Ele se aproximou de onde eu estava e me abraçou apertado. –Você sabe que toca divinamente minha querida, esqueça o que eu disse. Vamos ensaiar e você vai...

Eu não consegui segurar a gargalhada que veio logo em seguida, provocada pelo tom preocupado em sua voz. Ele me soltou de súbito, deu alguns passos para traz e ficou me olhando com um olhar totalmente ameaçador.

–Me desculpe Tom. –Consegui dizer quando as risadas finalmente se extinguiram. –Mas eu simplesmente não pude me deter. Você sabe que meu senso de humor é genético, não dá pra controlar.

–Não dá pra controlar sua...sua... –Tom parecia tentar encontrar alguma palavra que não violasse a sua regra de jamais usar palavrões e ao mesmo tempo expressasse sua raiva. –Aaaahhh eu vou colocar um produtinho no seu shampoo que vai transformar seu lindo cabelo em palha!

Ele me olhava ameaçadoramente e no mesmo instante nós caímos, juntos, na gargalhada. Eu me aproximei dele novamente e lhe dei um beijo estalado na bochecha, já flácida e com mais pele do que deveria.

–Claro que vai. –Eu sorri para ele, feliz. Afinal não é toda garota que tem a sorte de ter um professor de violoncelo tão presente e dedicado, quase um avô. Exceto pelo fato de que Tom não é casado e não teve filhos. Na época em que ele encontrou “seu par”, como ele gosta de dizer, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo ainda não eram permitidos em Illéa. Na verdade esse direito foi assegurado apenas a partir de quando meus pais chegaram ao poder. A essa altura Tom e seu amado já haviam perdido o contato a muitos anos. Exatamente por isso que Tom se dedicou tão inteiramente a carreira musical e se realizou dando aulas para os herdeiros do trono de Illéa, ou melhor, só para mim pois os outros dois não possuem dedicação nem vontade suficiente para com a música.

–Como eu sou uma pessoa muito boa eu vou te perdoar senhorita Celeste. Mas só dessa vez. –Ele disse e apontou o dedo para mim, tentando parecer autoritário. –Agora ande, comece a tocar logo.

Ainda sorrindo eu fui até o suporte e pequei o violoncelo e o arco, me sentei na cadeira e o acomodei, de maneira já conhecida, entre as pernas. Respirei fundo, fechei os olhos e deixei que minhas mãos seguissem seu instinto. Rapidamente a sala foi preenchida pelo som que saia das cordas, mas eu não ouvia nenhuma nota sequer. Ou ouvia. É difícil explicar a sensação que toma conta de mim quando toco. Sinto minha mão guiando o arco e meus dedos controlando as cordas. Mas com essa parte de mim não sou capaz de ouvir o som que produzo. Entretanto parece haver uma pequena parte de mim que flutua para cima impulsionada pela música, eternamente para cima, sem destino. Quando finalmente acabo de tocar e ouço as palmas emocionadas de Tom vejo que é isso que eu procuro, algo que também me faça flutuar. Ou alguém.

–Sem sombra de dúvida você vai surpreender a todos, minha princesa. –Tom disse sorrindo como um avô orgulhoso. –Mas você precisa treinar todos os dias. Não preciso te lembrar como foi da última vez não é mesmo?

–Na verdade você nem precisava tocar no assunto Tom. Sabe como eu odeio me lembrar daquilo. –As lembranças da primeira vez que eu toquei violoncelo em público, ou melhor, tentei tocar, vieram totalmente vívidas em minha mente. O desastre total em uma recepção à uma comitiva de algum país que eu preferi esquecer, que culminou em uma garota de dez anos tendo sérios problemas de incontinência urinaria em um local indevido. O rubor daquele dia me voltou à face instantaneamente.

–Oh, tudo bem Celle. Não vai acontecer de novo por que você vai treinar e vai ser maravilhosa. –Ele me reconfortou gentilmente, da maneira que poucas pessoas conseguiam. –E de qualquer forma não vou deixar você beber líquidos nas duas horas anteriores à sua apresentação.

–Você é um ser cruel e sádico Tomas. –Eu sussurrei por entre os dentes.

–Talvez seja, mas todos amam isso em mim. Agora eu tenho que ir pois a rainha me espera para uma reunião com as selecionadas sobre como escolher as músicas para uma festa no palácio. Eu diria para você treinar mais hoje, mas só de olhar para a sua cara sei que você não dorme bem a dias criança. Então vá descansar pois amanhã começaremos logo após o almoço e quero você bem disposta. Hasta luego. –Ele foi caminhando até a porta e de lá mesmo espalmou a mão sob o queixo e me mandou um beijo.

Eu acenei para ele enquanto ele ia e me levantei para guardar meu doce companheiro. Depois decidi mesmo seguir os conselhos de Tom e sai do meu estúdio de música e fui seguindo os corredores em direção ao salão das mulheres. Ao virar uma das esquinas me deparo com o príncipe da Nova África, Zaki Khumalo, observando atentamente um arranjo de flores no meio do corredor. Seus olhos atentos perceberam a minha presença rapidamente e ele logo se virou para mim com uma reverência que eu retribuí.

–Com vai princesa? –Ele me cumprimentou de uma maneira perfeitamente educada e deu um pequeno sorriso. –Dê meus elogios ao responsável por cuidar do castelo, ele está sempre impecável. Como a senhorita.

–Direi a Silvia que o senhor admira o trabalho dela. E muito obrigada pela parte que se dirige a mim.

–Oh por favor! Senhor não, você. –Ele sorriu mais largamente e sua voz já adquiriu um tom mais leve. –Precisamos mesmo de tanta cordialidade?

–Certamente não. –Eu sorri também e relaxei levemente a postura. –Pode me tratar por você também.

–Se me der tanta liberdade logo eu estarei a chamando por apelidos princesa. –Ele disse ainda sorrindo. Eu conhecia o garoto a poucos dias, estávamos conversando a no máximo cinco minutos e ele já me fazia sorrir. Definitivamente ele não seria eliminado tão cedo. –A senhorita, ou melhor, você, estaria indo fazer alguma coisa? Se quiser poderíamos passear pelos jardins, eu não tive a devida oportunidade de conversar com você no banquete que foi oferecido pela nossa chegada.

–Aaah, me desculpe Zaki, mas eu estou um pouco cansada e gostaria de ir até o salão das mulheres e descansar um pouco. –Eu disse com a voz cheia de pesar por decepcioná-lo, isso era algo que eu definitivamente precisava melhorar. Eu sempre me preocupava demais sobre magoar os outros e de menos em me magoar. –Mas prometo que assim que for possível sairei para um passeio com você, certo?

–Claro princesa. Será uma honra. –Ele fez outra reverência com a expressão falsamente emburrada e eu dei uma gargalhada, sendo acompanhada por ele.

Em meio as gargalhadas notei uma pessoa se aproximando de nós, levantei o olhar e me deparei com o príncipe alemão, Aaron Muller, se aproximando com um sorriso não muito convincente.

–Ora, temos uma pequena confraternização aqui? –Ele tentou soar engraçado mas a decepção e um pouco de raiva não estavam sendo mascaradas muito bem. –Eu estava procurando a senhorita, princesa.

–Bom, parece que me achou. Não devo ter me escondido bem o suficiente. –Eu disse de brincadeira mas tentando soar séria, o que não adiantou pois Zaki gargalhou ao meu lado e eu não me contive em acompanhá-lo. Entretanto o olhar de Aaron não demonstrava o mínimo de humor. –Me perdoe Aaron, eu estava apenas brincando.

–Claro... –Ele disse com um sorriso no rosto mas ainda sem achar graça verdadeiramente. –Bom princesa, eu vim levá-la para um encontro. Podemos ir por favor?

–Não gostaria primeiramente de perguntar se eu quero ir? –Todo o humor em mim foi substituído por irritação, tudo desencadeado pelo tom de voz autoritário vindo dele. Ou isso seria apenas sua postura natural?

–Na verdade seu irmão já permitiu que saíssemos princesa. Então, por favor, vamos. –Seu tom era claramente impaciente o que me agradou menos ainda.

–Sinto muito informar ao senhor que eu não sigo ordens dos meus irmãos e se o senhor acha que vai conseguir um encontro com um Schreave pedindo a eles o máximo que vai conseguir é sair com algum dos dois. –Minha voz já não era mais amistosa, mas mesmo assim eu tentava mascará-la.

–Princesa, -Ele falava comigo usando o mesmo tom que se usa para convencer uma criança teimosa. Acho que não preciso dizer o quanto isso me enfureceu ainda mais. – eu sei que provavelmente está cansada por ter praticado violoncelo algum tempo esta tarde, mas acho que poderia fazer um pequeno esforço e vir logo.

Aquela foi a gota d’água para extinguir qualquer forma de calma em mim. Minhas mãos se fecharam em punhos e eu senti meu sangue tomar o caminho do meu rosto e ficar lá. Minha real vontade era arrancar os olhos daquele garoto mas me contive.

–Eu não sei como são os costumes do seu país. Mas aqui os rapazes perguntam a opinião das moças sobre quererem ir ou não à um encontro. E eu não sei como sabe do meu violoncelo, mas eu ainda não lhe dei intimidade nenhuma para o senhor achar que sabe alguma coisa sobre mim. Então espero que se coloque em seu devido lugar, pois você está na minha casa e não possui nenhuma autoridade aqui. –Ele me olhava agora irritado como alguém mimado que ouviu algumas verdades. Talvez fosse exatamente isso. –Agora se me dá licença, eu tenho um encontro com Zaki. E Vossa Alteza acaba de conseguir o privilégio de ser o último príncipe com quem eu vou me encontrar. Espero que consiga lidar com isso, senhor mimado.

Eu puxei Zaki, que ficou o tempo de nossa discussão apenas observando um pouco afastado, pelo braço e segui pelo corredor pisando duro. Não olhei pra trás mas pude ouvir claramente quando Aaron se recuperou das minhas palavras e disse algo que supunha que eu não fosse ouvir.

–Mimado? Você realmente não sabe nada Celeste...

Assim que dei uma rápida explicação a Zaki, fui o mais rápido que pude para o Salão das Mulheres. Eu queria fugir o mais rápido possível daqueles corredores. Ótimo Celeste, alguns dias de seleção e você já quer fugir dos príncipes. Tenho medo de como isso vai terminar. Analisei o salão lotado de garotas e meu estômago deu outro giro. Por Deus, quando é que eu ia parar com essa aversão a grupos de pessoas desconhecidas? Respirei fundo mais uma vez e segui até onde Amberly estava ajudando algumas garotas com algumas revistas e papéis. Mas ela não me deu atenção, apenas sorriu e acenou quando viu que eu me aproximava. Olhei de novo ao redor e notei Sarah sentada em uma poltrona e falando animadamente com uma das selecionadas, acho que o nome dela era Charlotte Gray, que parecia dividir sua atenção entre um netbook e a minha sobrinha. Imediatamente fui na direção delas.

–... e eu tenho certeza que você vai amar a Tink! Ela é muito legal! –Sarah dizia animadamente para a garota enquanto eu me aproximava.

–Sarinha, você não acha que a Charlotte está um pouquinho ocupada e você devia deixa-la trabalhar? –eu disse com o máximo de delicadeza que pude, mas parece não ter sido o suficiente. Sarah me deu um olhar que era extremamente familiar e depois falou muito decidida.

–Ela é minha amiga.

–Claro que é meu bem, mas a Charlotte também tem coisas muito importantes para fazer. –o olhar da pequena continuava ligeiramente bravo. –Você não quer brincar um pouco com a tia Celeste?

–Na verdade eu aposto que não estou incomodando a Char. Você que está me incomodando com essa conversa, tia Celeste. –a determinação na voz dela me fez reconhecer aquele olhar imediatamente, ela se parecia demais com a mãe.

–Sarah! Acho que você...

–Ela não me incomoda. Eu gosto da Sarah. –uma voz doce e delicada me interrompeu, baixa como um sussurro. Charlotte parecia ter juntado toda a sua força de vontade para falar comigo.

–Quer que ela fique aqui? –eu perguntei em um tom baixo também e um sorriso muito leve tocou seus lábios.

–Eu acho que... –Ela respirou fundo e fechou os olhos, dizendo algo para si mesma, sem emitir som. –Sim, quero. Pode ficar também se quiser.

–Viiiiiiiiiu! Eu disse. –Sarah deu um pequeno gritinho e depois colocou as duas mãozinhas sobre a boca e olhou com um olhar que parecia pedir perdão a Charlotte. Em seguida olhou para mim e falou em um tom mais baixo. –Char não gosta de gritos.

Eu levantei Sarah e me sentei onde ela estava antes, agora com ela no meu colo. Ela continuou contando coisas para Charlotte e eu apenas ouvia e dava opinião sobre algo quando ela me pedia. Charlotte só falava quando Sarah lhe pedia opinião e nessas vezes ela parecia incrivelmente interessada no que a pequena dizia, sem deixar de se dedicar a algumas planilhas no netbook.

Parte de mim estava ali junto com elas, mas a outra parte vagava longe, passeando por alguns quartos dos tantos que existiam no palácio. Eu pensava nos meus irmãos e nas escolhas deles, tão difíceis quanto as minhas. Pensava nos príncipes que eu ainda não havia me aproximado e dos que se aproximaram demais. Me lembrei de Alexander, do pequeno aparelho cheio de músicas que eu sequer tivera coragem de ouvir ainda e de toda a gama de sentimentos intensos que ele me provocou. Lembrei de Zaki e de seu jeito tão divertido e atencioso. Das palavras de Aaron, carregadas de algo que eu nem sabia ao certo o que. De Lucca e de toda a estranheza que agora parecia preencher a nossa relação que sempre me pareceu tão certa. De Pierre e do mistério em torno dele, eu sentia medo na mesma proporção em que sentia atração. Me lembrei de Lorenzo, que me fazia querer fugir correndo como a garotinha que eu realmente era.

Tudo o que eu queria naquele momento era um abraço reconfortante, daqueles que são dados por braços grandes e que te abarcam e prendem de tal maneira que você poderia muito bem morar neles pela eternidade. Protegida de tudo e de todos, de todas as dores e inseguranças, de todos os erros e medos. Eu suspirei um pouco alto. Queria um abraço do Daniel.

–Já suspirando pelos príncipes minha querida princesa? –uma voz doce e alegre me despertou de meus devaneios. Quando olhei para frente me deparei com um belo sorriso que iluminava todo o rosto da garota loira a minha frente. Luna Dominic estava parada a minha frente com um pote amarelo vivo nas mãos e me olhando com curiosidade. Minha única reação foi sorrir diante daquela garota e de sua pergunta no mínimo perspicaz.

–Como não suspirar não é? –respondi com um tom brincalhão que se aproximava do dela. Ela apenas continuou sorrindo e se virou para Charlotte que parecia preocupada com algo no netbook.

–Está tudo certo Charlotte? Precisa de algo? –Luna perguntou e se sentou no espaço vago no sofá entre eu e Charlotte, mas dando atenção exclusiva a outra garota por alguns segundos até que ela balançou a cabeça em negativa. –Sendo assim eu trouxe biscoitos de baunilha com chocolate pra vocês!

Sarah deu um gritinho e esticou a mãozinha logo que o pote foi aberto para pegar o primeiro biscoito e o colocar logo na boca. Eu também peguei um deles e me surpreendi com o talento que a garota ao meu lado parecia ter para cozinhar.

–Foi você que cozinhou? –perguntei sem esconder a admiração e me lembrando que eu não sabia fazer nada na cozinha.

–Foi sim. Estão bons? –Luna deu um pequeno sorriso meio sem graça diante de nossas expressões maravilhadas.

–Perfeito. –Sarah respondeu mas sem parar de mastigar enquanto isso, o que provocou gargalhadas de nós quatro, incluindo Charlotte que havia comido seu biscoito em silêncio.

–Você precisa me ensinar a cozinhar Luna. –eu pedi e recebi um sorriso genuíno em resposta.

–Claro! Será um prazer princesa. –a garota sorria como se só estivesse ali a passeio, e não em uma competição. Eu definitivamente gostei muito dela.

Nós continuamos ali pelo resto da tarde e a sensação que tomava conta de mim não podia ser explicada em palavras. Uma sensação que eu não conhecia. Eu peguei o último biscoito no fundo do pote e o parti entre os dentes, senti a gota de chocolate rachar e seu sabor característico se fundir ao da baunilha do biscoito que se esfarelava entre meus dentes. Doce. Com um sabor que eu queria poder carregar pra sempre e que me tirava daquele lugar. Como aquela amizade que parecia acabar de começar.


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Notas finais do capítulo

Então aqui está o capítulo meus amores! Espero que tenham gostado então comentem me dizendo a opinião de vcs (deixo vcs me xingarem pela demora nos comentários.. kkk) E agradeço mais uma vez a vcs por não nos abandonarem mesmo com a minha demora pra postar. Beijossss..
Tatá..

Selecionadas, venho aqui numa intervenção para divulgar o resultado do primeiro desafio que propomos, o da organização da festa. O grupo vencedor foi o grupo 2. Parabéns a Caroline, Charlotte, Clarissa, Elissandra, Louise, Luna, Melanie, Royal, Samanta e Solaria. Nos próximos capítulos todos poderão apreciar a festa organizada por essas meninas.
Bjo Cams