Watanabe - Interativa escrita por Cloo Muller


Capítulo 8
Fora do controle


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Finalmente.
Sério! Era para ter atualizado há três dias. Mas me chamaram para trabalhar, no outro dia fui ajudar minha tia com a minha prima e ontem... Tia de novo.
Tenho novidades. Saí de um dos empregos. O comercio vai fechar.
Isso significa, que talvez os atrasos diminuirão.
Ah! Preciso estudar para o ENEM. Então sem promessas, okay!
—--> Recadinho para os que me enviaram personagens e eu ainda não os apresentei.
Vão no PV e me ataquem pedras, magias, tomates, beijos e abraços... Voçês realmente precisam puxar minha orelha.
— Vai lá, Tia Cloo! E coloca meu personagem ou te ameaço de morte.
Isso geralmente funciona, né?! kkkk

—----> Agradeço a Víbora Vermelha(Já prepara sua pipoca), a The Undying, DarkParadice e lovelydress por sempre comentarem, vocês deixam meu dia mais azul(azul, sim. Porque não gosto de rosa, mas acho uma cor bonita). ^ ^ e Chosokabe por me sempre mandar mensagem perguntando sobre a atualização(Mals os vácuos, não são intencionais :/)
Aaaaah! também tem mais pessoinhas novas na equipe Watanabe... Sejam bem-vindos Fox(amei os comentários ♥), Breneige e Odin(Próximo capitulo, teu personagem aparece)

Cheeeeeeeega de enrolação. Boa leitura!
Nos vemos lá em baixo :♥



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Academia de Watanabe

Dentro do edifício escolar, estava totalmente escuro e deserto, ou era para estar se não fosse por dois intrusos em uma das salas do último andar.

Uma menina morena de belas madeixas cacheadas, andava de um lado para o outro, tentando conter a frustração e o ódio.

— Eu poderia congelar teus ossos! Não, melhor! — exclamou olhando nos olhos cinzas de um rapaz que se escorava na parede, próximo a uma janela. — Poderia esquartejá-lo e espalhar os pedaços do teu corpo, pelas nove regiões de Watanabe.

— Eu já disse que não tive culpa, senhorita Lockwood! — disse o menino, aproximando-se da jovem Santana. — Aquela formiga vulcânica que entrou na frente, quando ordenei que o inseto infectado, ferroasse teu irmão.

— Merda! Era nossa única chance de fazer meu irmão se apaixonar por mim. — cruzou os braços, tentando engolir o choro. Lockwood sempre fora apaixonado por Luan, mesmo depois dele ter tentado matá-la.

Perdida nas lembranças de seu dramático passado, Lockwood abaixara a guarda, esquecendo-se até mesmo da presença de Vermenin Lut. O rapaz por sua vez, aproveitando a oportunidade que Santana lhe dera inconscientemente, a puxou pelo braço, deixando-a prensada contra a parede, lhe dando um beijo intenso logo em seguida. Santana, sem pensar duas vezes, colocou a mão por debaixo de sua saia vermelha rendada e retirou um pequeno punhal, que estava preso em sua liga de perna, encostando-o imediatamente no pescoço de Vermenin. Mesmo tendo apenas encostado a lâmina no moreno, uma gota de sangue saiu de dentro da pele, escorrendo pelo pescoço e pelo fio do punhal.

— Tira esse corpo de verme, de perto de mim. — Santana disse com desdém, com vontade de pôr tudo o que havia comido durante o dia, para fora. Seus olhos cor de âmbar, transmitiam o mais puro desprezo pelo toque do rapaz. — Anda. Afaste-se de mim. — Lut fez o que lhe fora ordenada, com as duas mãos erguidas na altura do pescoço, dera cinco passos para trás, sem deixar o sorriso desaparecer dos lábios.

— Ainda irei fazer teus olhos brilharem por mim. — disse Vermenin, andando em direção a saída da sala.

— Morra, verme maldito! — Santana colocou o punhal de volta na liga de perna, depois de ter limpado a lâmina com sua própria língua. Ao sair da sala com Vermenin para retornar ao covil, de onde não deveriam ter saído, se depararam com Tatsuo Kudo no corredor. — Ah, droga! Estamos ferrados!

Enquanto Vermenin e Santana tentavam uma forma de escaparem de Tatsuo no edifício escolar, Arslan Yagami faz o que pode para controlar Nice próximo às entradas das alas feminina e masculina.

Esther manteve-se de pé, ainda tentando recuperar o fôlego.

— Por que machucara meu irmão? — perguntou à Arslan, fitando seus próprios pés descalços e sujos de lama, perdera as sapatilhas na confusão e não se dera conta até o momento, mas não era isso que a preocupava no momento. Desviou os olhos, vendo Nice caído no chão.

— Essa foi a única maneira de contê-lo, já que não há um professor ou algum mago vigia por perto. — disse com indiferença, fitando o caminho que ligava as alas ao centro da academia. — Vamos leva-lo à enfermaria e… — Arslan parou de falar, ao ouvir uma risada sinistra vindo de Nice.

—  Você achou mesmo que isso aí, me derrubaria?! — Nice sentou-se no chão, massageando o local atingido pela barra de ferro. A infecção havia piorado, manchas negras já estavam na metade do rosto do jovem Uzumaki, seus olhos transmitiam a loucura no ápice.

— Contenha-se, Uzumaki. Você foi contaminado. — Yagami o orientou, perguntando a si mesmo se havia como ser contaminado por magia negra, sem fazer o pacto da aliança. Nice ficara de pé, sua expressão parecia com de um maníaco sedento por sangue. — Senhorita Uzumaki, vá chamar a alquimista Zia Ein ou o Zeno, enquanto eu seguro o teu irmão.

Sem contrariar o comando de Yagami, Esther preparou-se para correr, mas acabara caindo. Estava com medo, medo de algo acontecer com seu irmão, medo que seu irmão machucasse Yagami. Uzumaki mais nova entregou-se ao desespero, ficando completamente paralisada

Vendo que Esther entrara em choque, Arslan não pensou duas vezes e esticou ambas as mãos em direção de Nice, sussurrando “Criação”. Logo, uma espécie de círculo cheio de detalhes no centro se formou, na cor vermelha. Firmou o pé direito mais atrás do corpo tentando empurrar o círculo. No mesmo instante uma mancha negra crescera no centro do símbolo, conforme seu tamanho aumentava um esqueleto carmesim, tentara sair de dentro.

— Criação! — Arslan invocou mais alto, forçando o esqueleto sair de uma vez. — Ataque! — Ordenou, ainda na mesma posição, fazendo mais força.

O esqueleto tinha lá seus dois metros de altura e com um jeito aparentemente desengonçado. Trajava uma túnica rasgada, branca encardida com manchas de sangue seco. Ao seu redor a atmosfera parecia carregada de uma aura completamente obscura.

— Ataque! — Ordenou novamente com uma expressão de cansaço.

Assim fez. O esqueleto carmesim ajeitou a postura aproximando-se de Nice, acertando-lhe um chute na região do tórax, fazendo-o voar alguns metros na direção de uma poça de lama. O jovem Uzumaki levantou-se da queda com um sorriso zombateiro nos lábios não mediu esforços para correr na direção da Criação de Yagami, fechando os punhos em chamas. Com os passos ágeis, o esqueleto desviou-se do golpe de seu adversário, logo acertou-lhe as costelas em cheio com o cotovelo.

O impacto de Nice no chão, fora forte o suficiente para abrir uma pequena cratera.

— Não! — Gritou Esther, apavorada, vendo o irmão caído de bruços e desorientado.

Uma distração fora o suficiente. Com Arslan olhando indignado para a jovem, o Uzumaki mais velho — ainda caído —, lançara uma bola em chamas na direção de Yagami, fazendo-o ser arremessado para uma das árvores.

— O quê foi aquilo? — De longe, Katherine perguntou à Diane.

— Kathe, é o Uzumaki e o… — Diane deu uma pausa, engolindo em seco — Yagami!

Assustadas, ambas decidiram chamar qualquer professor ou mago vigia que vissem por primeiro, se necessário, procurariam até mesmo Hélida. Antes de chegarem a praça de alimentação, encontraram com Kalina correndo em direção oposta.

— Meninas voltem! Está rolando uma briga incrível perto da entrada dos dormitórios. — disse, Foster afobada — Na visão, eu não tive certeza de quem era um dos rapazes, mas o está apanhando é o babaca do Uzumaki.

— Kalina! — repreendeu Kathe.

— É o Yagami! Está louca?! — Diane aproximou-se da amiga, falando mais baixo — Tem boatos, dele ser usuário de magia negra.

— Sério?! — Kelina ficara pensativa por um momento, antes de abrir um largo sorriso e sair correndo em direção dos rapazes. — Melhor ainda!

— Por que ela odeia tanto o Nice, mesmo?! — Diane perguntou, mas fora ignorada. Kathe a pegou pelo pulso, para continuarem a busca por ajuda.

Dormitório dos professores

Zia Ein estava sentada em um carpete na posição de lótus — com as pernas cruzadas e os pés em oposição às coxas —, meditando.

Por estar só e em um ambiente fechado, tirara sua máscara deixando-a no centro de uma mesinha, junto de algumas pedras diversificadas.

No quarto, haviam vários objetos diferentes, que despertariam a curiosidade até mesmo do próprio Oráculo. Colares, estátuas e amuletos de diversas cores, modelos e tamanhos, espalhados pelo cômodo, ou pendurado em uma das paredes, ou sobre um suporte. Numa estante no canto do quarto, vários livros de alquimia e meditações estavam perfeitamente organizados. Atrás da porta, uma katana e uma espada dourada, foram cuidadosamente presa nas bainhas ao lado de um cedro com uma enorme pedra vermelha posicionada no topo.

Naquele instante, a admirável professora estava aumentando o poder de sua audição com a meditação. Prestando atenção em quaisquer pequenos ruídos, que surgissem fora ou dentro do cômodo, mantendo a respiração sempre silenciosa e profunda.

De todos os ruídos, quase imperceptíveis, um lhe chamou muito a atenção, logo seu sexto sentido vibrou, fazendo-a abrir os olhos, revelando as magníficas íris cor de âmbar.

— Magia Negra! — sussurrou. Os Orbes que estavam pousados ao chão, em volta da pequena mulher, logo suspenderam-se na altura dos ombros da mesma.

Num sobressalto, Zia pegou sua máscara de ouro e a colocou no rosto, seguindo em direção da porta. Quando a abriu, deu de cara com sua aluna Diane ao lado da amiga. Ambas tentavam recuperar o fôlego.

~//~

Nos Olhos de Yagami haviam fúria e algumas veias rompidas, deixando vazar um pouco de sangue. O jovem levantou-se de onde estava caído, retirando os galhos do ombro direito, seguindo em direção de Nice, que ainda tentava se levantar do chão, sem muitas forças.

A Criação de Arslan desaparecera no instante em que seu adversário o atingira, aquela bola de fogo, apesar de pequena, continha um poder altamente concentrado. Por usar tal força, Uzumaki estava esgotado de magia, e Yagami também havia chegado a beira de seu limite, mas estava disposto em acabar com o que ainda lhe restava.

Nice esforçava-se para se manter em pé, e quando finalmente ficara ereto, Arslan dera um rugido lhe acertando um golpe de punhos pechados na maxilar do moreno, derrubando-o novamente. Yagami continuou desferindo várias sequências de soco no rapaz, ignorando Esther, que assistira a cena violenta, inerte.

Completamente cego de um ódio fora de controle, o jovem pálido suspendeu sua mão direita para cima, na palma da mesma, surgiu uma pequena chama negra com fluidos carmesim.

Pronto para descarregar no peito de Nice, uma mão feminina segurou seu punho desfazendo as chamas de Arslan, o impedindo de cometer tal ato e o puxou de cima do moreno que já estava desacordado.

— Contenha-se, Yagami! — Apesar da frieza na voz, Zia a mantinha completamente calma sem alterar o tom.

— Senhorita E… — Arslan tentou pronunciar o segundo nome da professora, mas, desmaiou no exato momento que tivera sangramento nasal.

Com agilidade, a pequena professora o segurou, evitando que o jovem caísse.

— Criança tola!

Sul de Watanabe

O clima a noite, no sul de Watanabe era tenso. Para qualquer ser vivo que não estivesse aconchegado em um abrigo ou que não fosse acostumado com as fortes rajadas dos ventos, em menos de uma hora já estariam congelados — se não mortos —, entretanto, um homem completamente agasalhado por vestes negras e com o rosto protegido por uma máscara branca, estava sentado em uma enorme pedra, no pico de uma colina, próximo a sede do Guardião do Inverno, aguardando sua mensageira.

O brilho da lua era o suficiente para iluminar a Capital do Inverno, apesar da neve ter escondido boa parte da cidade, a beleza continuava ali, nas casas cuidadosamente planejadas e bem estruturadas, todas voltadas para o Palácio de Cristal.

De todas as noves capitais, esta era de longe a mais rica: Ninguém roubava para matar a fome, ninguém dormia nas ruas ou morria de frio, a desordem e o caos eram mais raros do que o próprio calor do verão.

No céu, um pássaro negro fora avistado pelos olhos de coruja do homem que estava no alto da colina, logo mantendo-se em pé.

O pássaro negro — que mais parecia um pequeno falcão — era rápido apesar de pequeno, esforçava-se o suficiente para conseguir lutar contra as rajadas que traziam consigo flocos de neve. Finalmente aproximando-se do homem, antes de pousar sobre a neve, o pássaro fora ganhando a forma de um humano, ou melhor, de uma bela jovem. As penas negras aos poucos diminuem seu tamanho e adentrando a pele alva da garota, deixando apenas os braços a mostra, onde o vestido florido não protegia o corpo do vento gélido.

— Como foi, Angel?

— Eu disse que o filho de Saito Takeru, o quer ao seu lado para a batalha que se aproxima. — respondeu a menina, com uma voz nem um pouco contente. — Resistiu um pouco, mas, no fim aceitou. Disse que queria quitar a dívida que tinha com o teu pai.

— Isso! Finalmente as coisas estão começando a ir para frente e logo, logo… — percebendo que a pequena Hill, dera uma pausa, então disse — Você deveria estar alegre, meu Falcão das Montanhas. Seu mestre está prestes a ter seu sonho realizado.

— Querer romper os selos para beneficiar a si mesmo, não é um sonho digno de ser realizado, mesmo que seja por vingança ao seu pai. Sei que nos tempos antigos, seres mágicos eram caçados e sacrificado pelos humanos, mas hoje não é assim. Eu vivi três ano naquela dimensão, e conheci pessoas extraordinárias. Eduardo é uma pessoa gentil, as crianças do orfanato tinham uma inocência de deixar qualquer um com um sorriso no rosto e a Kaoru, e-ela — deu uma pausa, cabisbaixa — ela sempre me apoiava em tudo, e mesmo quando eu errava, ela me ajudava a me recompor.

— Angel! — bradou Saito — Não se esqueça do motivo de ter se infiltrado na dimensão humana, não se esqueça do que fizeram contigo e nem das humilhações, existem muito mais dessa pessoas horrendas. — uma pausa — Agora, não esqueça que deves me obedecer sem questionar-me.

— O que deu em você?! — indagou a jovem, com os olhos marejados — Quando era criança e antes mesmo de ficar sabendo sobre seu pai, você era mais amável e sem prazer em ver o mal fluir. Você está se transformando em um monstro igual ao seu tio, igual a Elaine. — As lágrimas desciam sem pedir permissão, sem controles. — Não quero fazer parte desse complô contra as dimensões, contra o meu mundo.

Um tapa fora ouvidos de longe. A pequena, antes chorando agora pasma com o ato de seu senhor, estava caída na neve, apoiada com o braço direito enquanto a mão esquerda pousava sobre o rosto vermelho, onde havia sido agredida.

— Levanta-te. — ordenou com repugnância — Sou seu mestre, Falcão das Montanhas. Deves me obedecer sem questionamentos. — Hill fez como ordenado, ficara de pé, mas mantendo a cabeça baixa escondendo as lágrimas que não pareciam querer cessar nunca. — Agora, leve-me ao covil.

Uma neblina escura começara a dar voltas em torno do corpo da jovem, até a mesma esconder a pequena por completo. Angel esticou o braço direito para o lado, ainda cabisbaixa, logo as penas começaram a aparecer. O mesmo aconteceu com o braço esquerdo e com o restante do corpo, em poucos segundos sua transformação estava completamente. Uma ave — cinco vezes o tamanho de quando chegara ao pico da colina —, grande o suficiente para carregar uma pessoa ou mais. Um belo falcão negro.

Seu mestre aproximou-se acariciando o pescoço emplumado, montando logo a seguir. Assim, Angel Hill bateu asas, e voara para o norte.


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Notas finais do capítulo

Entãoooo?! Como foi hoje?
Quero saber se os deixei intrigados, com raiva, se ainda me amam(se acha, coitada! kkk), criticas construtivas(sempre bom, né?!)
...
Okay, por hoje é só.
Próximo encontro será nos Reviews, ou no próximo capitulo para os fantasminhas! ^ ^
Vou indo. Preciso almoçar rsrsrs
Bye e até a próxima.
Beijinhos mágicos da Srta. Müller :♥ ^-^