Com a volta pra Hogwarts batendo os portas, meus 'afazeres' tem dificultado muito eu ver qualquer um dos meus amigos, o ministro da magia exige que seja eu a continuar a cuidar do caso do Luke, embora eu poderia fazê-lo ficar preso pro resto da vida, o tempo estava acabando e Victor já tinha resolvido o problema, com certeza, é cada vez mais complicado pegar qualquer comparsa dele.

– Hermione? - Harry entrou na minha sala no MM (Ministério da Magia)

– Tem um tempo pra mim agora?

– Agora? É um pouquinho complicado sabe, tenho muitos papeis pra assinar, antes de Hogwarts.

– SIm eu entendo, só queria te fazer um convite, um jantar, sem essa baboseira toda de trabalho ou escola, antes de você se transformar em minha professora?

– Eu topo, mas não será hoje, tudo bem?

– Sem problemas, eu já sei que você vai, vou contar contigo, pode ser amanha a noite? EU te busco.

– POde ser Harry, agora vai, tenho que trabalhar.

Eu já estava exausta, como um ministro poderia juntar tantas coisas nao feitas em um departamento só? Cruzes!

Eu tinha certeza que esse departamento do MM estava vazio, quase todos passaram aqui para dar tchau, o que eu acho extremamente desnecessário.

Ficar só me ajudava a pensar. Principalmente no Draco, tenho evitado a presença dele a todo o custo, quer dizer, eu não tenho nenhuma gota masoquista no meu corpo.

– Você sempre tem essa ruga entre os olhos quando esta diante de um problema que não consegue resolver.

–Draco! Você me assustou.-

– Não teria se assustado se estivesse aqui na Terra.

– O que você está fazendo aqui. - ele entrou e fechou a porta.

– Estava preocupado com minha prima. Minha unica prima, sabe como é.

– Não é preciso se preocupar, não comigo.

– Hermione, você tem olheiras, há quanto tempo você não tem tido uma boa noite de sono - ele segurou meu rosto com as mãos, como se eu fosse uma porcelana que se quebrasse facilmente.

_ Eu o recuperarei, depois. Agora me conta o que você está fazendo aqui.

– Eu tinha que te ver. Sabe aquelas loucuras que dá, se não fizer.

– Draco, o que você quer? Sejá claro, como você ressaltou, eu nao t...

– Eu quero você Hermione, é só você que vai acabar com isso, eu passei dois anos sem sequer saber noticias, não querendo noticias, e você aparece de repente, como se fosse um terremoto, abalando todas as estruturas que eu tinha criado, nem mesmo a Dafne tem conseguido.

– Draco, você bebeu? Porque se fo... - Ele me beijou, me levantou da cadeira e me beijou como se eu não fosse mais pesada que uma boneca.

Eu jamais me esqueceria de como era o beijo do Draco, o jeito que os nossos corpos se ligam ,como se ele tivesse sido moldado pra mim e eu pra ele.

– Draco - me afastei, eu tenho que me afastar.

– Dessa vez não Hermione, agora não, não me tira de perto de vc agora, eu vou ficar louco, entende? Louco!

E nos beijamos como se fossemos morrer.

– Como saimos daqui?

– Pó de Flu. - Ele me deixava sem forças, pra qualquer coisa.

Mal deu tempo de sairmos da lareira e o Draco tirou minha blusa, nunca tínhamos feito algo assim, selvagem, era necessidade aquilo. Ele tinha dormido.

Eu levantei e fui fazer um chá. Eu preferi não morar com meus pais, eu fico lá as vezes, mas minha privacidade é tudo pra mim.

– Não te vi na cama - ele estava só de cueca, lindo como sempre.

– Draco, não chega perto.

– O que foi Mione?

– Até quando Draco, até quando eu vou ser essa sua via de escape?

– Do que você está falando?

Eu não perdia a calma com frequencia.

_ Disso Draco, é disso que eu estou falando! - gritei e levantei a mão dele, com a linda aliança que tínhamos escolhido um dia, juntos.

– Hermione, você sabe o que aconteceria com ela caso eu me separe dela, agora que todos já sabem que ela está gravida. Eu preciso pensar nela.

– E Em mim Draco, quando nessa sua cabeça doente onde só existe um lugar pra Dafne, vc pensa que eu também tenho sentimentos?

– Eu pensei Hermione, por meses eu pensei em você e só em você e você mentindo pra mim.

– Chega, para de colocar a porra da culpa na doença que eu tive um dia Draco, para, eu já não aguento. Vai embora.

– Hermione, não faz isso.

– O Que Draco, não fazer oque? ME defender, erguer um pouco de barreiras pra mim, por mim Draco? Todo mundo precisa Draco, ate mesmo eu, preciso me proteger, proteger meu coração pelo menos. Agora vai. Por favor. - Levei ele porta a fora. Encostei na porta e chorei, porque nem sequer passou pela cabeça dele que eu ainda amo ele. Ele usou o que queria, e é pros braços dela que ele vai voltar.

POV Draco

MERDA MERDA MERDA.

Eu sou um imbecil. é definitivamente eu sou um imbecil.

– Draco? - Minha mãe estava acordada, ela sempre me esperava. - Sua camisa esta do avesso, arrume-a, sua noiva não merece ver isso.

– Se fosse só minha camisa do avesso mamãe, a solução seria tão facil.

– Quer conversar?

Fomos para a Biblioteca, ninguem nos ouviria lá.

– Mamãe, a até onde a senhora iria para ajudar um amigo.

– Nunca pensei nisso. Porque?

– Até onde a senhora se sacrificaria para ver a felicidade de um amigo?

– O que você fez Draco?

– Hoje, ou meses atras?

– Não me faça de boba.

– O filho da Dafne não é meu, e não adianta, não falarei de quem é.

– COmo você pode Draco?!

– Agora não importa mais, mas eu acabo de descobrir que amulher que eu pensei ter deixado de amar há muito tempo, ainda me ama, como eu ainda a amo, e eu não vou poder ficar com ela.

_ Você estava com a Hermione.

– Quando eu vi a gente já estava na cama dela, mas o ponto não é isso, até porque eu tenho certeza que não vai se repetir.

– Draco, eu sei que você deve gostar muito dessa pessoa que você está defendendo, mas você tem que pensar em você também.

– Eu não farei nada para prejudicar a Dafne, o casamento já esta marcado, eu estarei lá, assim como todo e qualquer Malfoy, eu cumprirei minha palavra.

– Não. não como qualquer Malfoy meu querido, você chega a ser o mais burro do que qualquer um que eu conheça. Agora vá dormir. - Ela beijou e me deixou pensando na verdade, eu era o Malfoy mais burro que já nasceu.