Esse Seu Jeito - Perina escrita por Thamires Dias


Capítulo 7
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Adoreeii os comentários, você são umas fofaas. E estou impressionada com o número de acessos da fanfic, em apenas 5 capítulos, muito obrigado mesmo.
Agora vamos ao que interessa, boa leitura pra vocês !



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" De uns tempos pra cá, meio sem querer, alguma coisa aconteceu."

Legião Urbana

Karina está no chão, gritando e me xingando, eu a deixo ali gritando pego sua mochila, coloco nas minhas costas, e então tiro o skate de dela.

– Dá pra me ajudar moleque? - ela grita.

– Calma, garota! - eu digo, então me abaixo para pegar ela no colo.

– Nem pense nisso, só me ajude a levantar, nada de me pegar no colo. - ela fala.

– Fica quietinha, e deixa eu te ajudar. - digo, e então a pego no colo. - Uau, você não pesa nada.

– Por que ta falando isso, você achava que eu era gorda?

– Logico que não, seu corpo é muito bom, na verdade. - eu falo rindo, e vou andando devagar até a academia. - Ai. Porque me socou, garota?

– Por que você está tirando uma com minha cara. - ela responde, como é possível alguem conseguir da um soco mesmo estando machucada?

Atravesso a rua, e entro na academia, todos estão acho que se aquecendo, e a primeira a nos ver é a Bianca.

– Karina? O que aconteceu? - ela grita, e todos ficam olhando pra mim com a Karina no colo.

– O que esse moleque fez pra você? - o tal Duca fala, já avançando em minha direção;

– Eu não fiz nada. - eu falo dando um passo pra trás.

– Acho melhor você dizer o que fez com a Karina. - Cobra fala também ao lado do Duca.

– Gente, ele não fez nada. - Karina se manifesta. - Apesar de me atropelar com o skate, e depois deixar aquele troço no caminho pra mim tropeçar.

– Por que você está no colo dele? - Bianca pergunta.

– Por que ela ta sentindo dor, ela acha que quebrou o pé. - eu digo, e parece que a Esquentadinha se lembra que seu pé está doendo.

– Tem como me levar no hospital? - ela fala, e faz uma careta. - Ta doendo bastante.

– Zé pega a K no colo, enquanto pego a chave na minha mochila. - Duca, fala e vai pro vestiário. O idiota que beijou a Karina, vem pra perto de mim para pega-la.

– Nem pense nisso. - eu digo, dando outro passo pra trás. Karina que já estava se preparando pra ir se apoiar no Zé, segurou com força meu pescoço. - Eu estou indo com vocês para hospital, isso é culpa minha, e eu assumo minha responsabilidade.

– Ela nem gosta de você, moleque. - Zé fala avançando de novo. - Eu quero levar a Karina.

– Ninguém te perguntou o que quer. - me afasto de novo. - Ela vai comigo.

– Dá pra parar vocês dois. - Karina diz, já se irritando. - Zé deixe que Pedro me leve, e o moleque se você continuar dando esses passos pra trás, e eu cair, eu vou quebrar sua cara.

– Okay, manda o cãozinho de Muay Thai, parar de tentar te pegar de mim. - eu falo, e todos me olham estranho, e então eu percebo que essa frase tem duplo sentindo, mas não corrijo.

Duca aparece com a chave, e nos chama para o carro. Coloco a Karina no banco da frente e me sento atrás com a Bianca que está tentando ligar para o pai.

Karina está muito quieta, e as vezes olha em minha direção, com a testa franzida, e eu meio que entendo a confusão dela. Já que ontem eu fui um completo idiota com ela, mas estou tentando entender, depois que a Thainá chegou e ela saiu, eu a procurei por todo o lugar, e quando decidi falar com ela, a vi conversando com o tal de Zé, e vi que eles entraram juntos para o cinema, e por coincidência era o mesmo filme que Thainá e eu iriamos ver. E então depois ver ela beijando aquele lá, me deu um troço que fiz de tudo para irrita-la.

– Pedro, eu vou estacionar, e você e a Bianca levam a Karina pra dentro. - Duca diz, assim que para o carro em frente ao hospital.

Saio do carro e pego a Karina de novo, ela tenta protestar mais eu não deixo, e a pego mesmo assim. Entramos e fomos direto para a secretaria, então nos manda pra um quarto, e colocam a Karina na cama, e a enfermeira dá uma olhada no seu pé, e diz que não quebro que é só uma torção, então ela dá um saco de gelo pra Esquentadinha e diz que vai pegar a botinha pra ela.

– Eu vou lá fora, encontrar o Duca, e esperar meu pai. - Bianca avisa e sai do quarto.

– Ai, isso doí pra caramba. - Karina diz quando preciona mais um pouco a bolsa de gelo.

– Pow, Esquentadinha, desculpa mesmo. Eu não queria que se machucasse. - eu digo, já que estou me sentindo culpado.

– Para de frescura, moleque. - ela responde. - Isso nem é culpa sua, é minha por ainda ter parado pra falar com você.

– Até pedir desculpas pra você é difícil, em. - eu reclamo.

Então ficamos em silêncio, e eu dou uma verificada nela, ela está com um shortinho de luta, e uma regata, acabo me distraindo apenas por olhar pra ela.

–Para de me olhar assim. - ela diz com raiva.

– Desculpa, é que você tem um corpo legal. - eu falo, e mentalmente me soco, quem fala pra uma garota que ela tem o corpo legal? Sou um idiota.

–Cala a boca. - ela diz.

Então não sei o que me dá, eu me aproximo dela, e ficamos perto demais.

– Já te disse, como gosto que calem minha boca. - eu digo, então olho pra sua boca. - Cai dentro, Esquentadinha.

– Por que me chama de Esquentadinha, você sabe que eu não gosto. - ela diz, ignorando a minha proposta.

– Por que combina com você. - eu respondo, então admito pra ela o que tem acampado na minha cabeça de uns dias pra cá. - Você me deixa louco, Esquentadinha.

– Você que me deixa louca, vive me irritando. - ela diz já com raiva de novo. E sei que ela não me entendeu.

– Eu não quis dizer assim, eu quis dizer que você mexe comigo, de um jeito que ninguém mexe. Você fica sob minha pele.

– Lá vem você com esse papo de novo. - ela reclama. - Odeio quando você tenta tirar uma comigo.

Eu me aproximo dela, que arregala os olhos, e então vou me aproximando até que nossas bocas estejam próxima.

– Não estou tirando uma com sua cara. - eu digo, então a beijo, e diferente das outras vezes, esse beijo é calmo e harmonioso, até que a porta se abre.

– Karina, você está bem? - Gael entra, e eu pulo da cama e me afasto da Karina.

Gael pode não ter percebido, mas tenho certeza que Duca e Bianca perceberam o que estávamos fazendo, já que Karina está vermelha e eu também. Ela explica pro paio que aconteceu, mas deixou a parte que eu participei disso de fora, apenas disse que eu estava na rua na hora e a ajudei. Quando vejo que ta na hora de eu ir embora, pois tenho colégio, tento sair de fininho.

– Você já vai, Pedro? - Gael diz. Então se aproxima de mim, e eu me tremo todo. - Obrigado por ajudar a Karina.

– De nada. - engulo seco, mas aperto sua mão.

– Duca dá uma carona para ele. - eu vou dizer que não precisa mas aceito, pois percebo que estou sem dinheiro. - E obrigado por me trazer, moleque.

– É sempre um prazer, Esquentadinha. - respondo, e os outros três riem do apelido.

Duca, Bianca e eu vamos pro carro, quando chegamos no nosso bairro, Bianca diz querer falar comigo, mais já estou muito atrasado digo para conversarmos depois.

**

Depois do colégio passei na casa do João, pois apesar dele ser um idiota, precisava falar com alguém sobre essa confusa não-relação com a Esquentadinha. Assim que chego em sua casa, ele grita pra entrar, e já sei que ele está jogando escondido. Quando ele ver que sou eu, ele tira a manete escondida debaixo da almofada, e liga a TV.

– E ai Lek ? - digo me sentando ao seu lado.

– Fala aew. - ele responde vidrado na TV e eu sei que o único modo que ele vai me ouvir, vai ser se eu jogar também. Começamos a jogar, e penso em contar pra ele sobre Karina, mas resolvo não dizer nada, João tem o emocional de uma azeitona, melhor conversar com a Tomtom. Mas aproveito pra jogar um pouco, não sou viciado igual ao João, mas curto jogar também.

– Então ficou sabendo da social que vai rolar na casa da Bianca hoje? - João pergunta.

– Nem tava sabendo. - falo enquanto tento não morrer no jogo. - Mas você vai. Já que está gamado na filha mais nova do padrasto.

– E você que está de olho na mais nova? - ele revida, eu fico quieto, faço apenas uma careta. - Então o que resolveu da demo? Nada do dinheiro?

– Na real, não resolvemos nada. Amanhã teremos uma reunião pra ver isso. - eu digo, e acabo me lembrando da letra que fiz. - Sabe de uma nova, eu escrevi uma letra, e ...

– Nem vem, Pedro, não aguento mais nenhuma "Garotas Atrevidas" ou "Sou o doidão dono do seu coração". - ele me interrompe. - Já disse que escrever não é seu forte.

– Se você me deixasse falar, saberia que a letra ficou muito boa, que a Tomtom adorou e que achei uma musa inspiradora.

– Okay, se a Tomtom gostou, deve ser razoável. Agora sobre a musa, cada dia você encontra uma, quem é a da vez?

– A Esquentadinha. - eu digo, primeira vez que admito isso. Pois é verdade, e não posso negar mais. João continua jogando, então se vira pra mim e arregala os olhos, e para o jogo.

– Você não está brincando? - ele diz surpreso. - Pedro você realmente está afim daquela maluca? Você sabe que ela adora te bater? - então ele começa a rir como se fosse uma piada.

– Sim, ela adora me bater, e sim ela é doidinha. Mais sei lá, ela é .... - paro de falar, pois ele continua rindo. - Quer saber, nem sei por que estou te falando isso. Tô indo embora.

– Para de graça, Pedro. - João diz. - To tirando uma com sua cara, e você está me dizendo isso, pois sou seu melhor amigo.

– É mas ....

A porta abre e a tia Dandara entra, e assim que me ver vem me abraçar.

– Pedrinho, que bom que está aqui. - ela diz. - Você vai pra casa do Gael?

– Nã....

– Vai sim, mãe. Ele veio pra gente ir juntos. - o João me interrompe. Da onde ele tirou isso?

A tia ficou toda feliz e disse que leva a gente. Eu ainda tentei não ir, apesar que eu queria ver a Esquentadinha e saber como ela está, mas não queria ir numa social em que o pai dela estaria, ele me dá calafrios. Mais acabei aceitando, já que a tia disse que iria tirar o seu Gael de casa.
Passei em casa com João, tomei um banho, troquei de roupa. E quando estava saindo, meus pais disseram que eu teria que ficar com Tomtom pois eles iriam sair, minha irmanzinha que não é nada boba, logo se arrumou e disse que eu poderia tomar conta dela lá.

Então partimos pra casa do Gael, ao chegarmos e estava rolando uma música chatinha, Bianca veio falar com a gente, e João ficou todo todo, mas o Duca apareceu rapidinho e acabou com a graça dele.

– Pedro eu quero conhecer a Karina. - Tomtom disse, então eu pergunto aonde ela está pra Bianca.

– Ela ta no quarto, ela nem queria que a festinha rolasse. - ela responde, enquanto levava a gente no quarto delas. - E agora com esse pé torcido, ela está mais que de mal humor.

– K, tem visita pra você. - bianca diz assim que entramos no quarto.

– Já disse que não quero ninguém aqui no quarto. - Karina diz, de costas pra gente em sua cama, ela está de pijama e eu seco a bunda dela naquele shortinho.

– Sempre nervosa. - eu digo, então ela se vira e olha pra mim.

– O que você está fazendo aqui moleque? - ela diz, mas então ver a Tomtom. - Só o seu irmão maluco pra te trazer numa festa chata.

– Nem ta chata a festa, você que não sabe curtir. - Bianca resmunga e sai do quarto.

– Senta aqui comigo, Tomtom. - Karina diz, e libera um espaço pra ela.

Elas engatam numa conversa, e me esquecem completamente. Então fico rodeando o quarto, ele é dividido, e é fácil ver quem dorme em qual lado, o lado da Karina tem uns pôsteres legais, é descontraído e simples, já o de Bianca é mais feminino. Olho na direção da mesinha ao lado da cama da Karina, e vejo ma foto sua, e a pego, e fico olhando.

– O que você ta mexendo ai? - Karina diz quando me ver com o porta retrato na mão.

– Só olhando. - respondo.

– Pê, você acredita que a Karina tem aquela música que você gosta. -

Tomtom fala, pulando da cama, então ela me puxa e me senta na cama. - Escuta, olha que legal.
Eu pego o fone e escuto a musica, balançando a cabeça. E para Karina não ficar sem ouvir, pego meu plug e conecto os dois fones em seu celular, e escutamos musicas juntos, vejo Tomtom sair de fininho do quarto. E sorrio, eu amo minha irmã!

– Ah, você tem que escutar essa musica aqui. - Esquentadinha diz e troca de musica.

E ficamos nisso, eu mostrava musicas do meu celular para ela e ela para mim, em nenhum momento o assunto do beijo surgiu, então resolvi deixar quieto por enquanto. Por fim, acho que Karina estava cansada pois ela foi encostando em meu peito, e automaticamente pus meu braço ao seu redor, e depois de varias musicas acabamos adormecendo ao som de Your Window Pain - Kirsch Bass.

– O ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - eu quase pulei da cama, quando Gael entrou no quarto gritando, mas Karina continuou dormindo.

Gael estava quase roxo de tanta raiva, tia Dandara estava com um sorrisinho de deboche, já Bianca e Tomtom estavam sorrindo abertamente.

– Não está acontecendo nada, apenas caímos no sono.- eu explico.

– Então larga minha filha e vai dormir na sua casa. Antes que eu te acerte.- ele diz bravo.
Tiro me braço de Karina, e apesar de saber que todos estão olhando, tiro o fone do pescoço dela, e a ajeito na cama, e puxo o lençol para cobri-la, então percebo como ela parece um anjo dormindo, claro que só dormindo.
Todos nós saímos do quarto, Gael me ameaça mais umas mil vezes, mas Bianca e Dandara dá uma segurada nele. Eu e Tomtom nos despedimos deles, e vamos andando pra casa, nossos pais ainda não chegaram.

– Vocês estavam tão bonitinhos dormindo juntos. - Tomtom diz, quando chegamos em casa. - Olha eu tirei uma foto.

Então me mostra uma foto que Karina e eu estamos dormindo, e a única coisa que eu realmente gostaria é que o sorriso que Karina está dando na foto, fosse direcionado para mim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam amores? Ficou bom, aqui nessa fanfic, eles vão ficar um pouco confusos sobre os sentimentos, vai ter coisas parecidas com a novela, mas aqui eles ficarão juntos um pouco mais rápido. Espero que tenham gostado, e terça-feira tem mais.
E tenho um pedido pra fazer, leitores fantasmas por favor apareçam, preciso de comentários para sobreviver. E aos que já comentam, continuaam, eu amo vocês por me dá esse momento especial.
Beijos meus amores ^^