Esse Seu Jeito - Perina escrita por Thamires Dias


Capítulo 26
Capitulo 24


Notas iniciais do capítulo

Nossa decepcionei tanto vocês assim por ter atrasado um dia? Quase ninguém comentou, me deixaram de lado em. Mas não tem problema, venho hoje postar mais um capítulo. Espero que vocês não me matem, mas já aviso que tempos turbulentos viram na vida do nosso casal. Espero que gostem, sei que não vão amar pois complicações estão vindo seguidas. Mas vamos ao que interessa, booa leitura.



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Se você me disser que seu lugar é junto a mim, eu vou até o fim. Mas se você me disser que tudo acabou aqui, eu deixo você ir.

Deixo Você Ir - Onze 20

Minha mãe tomou um calmante, e conseguiu dormir. Já eu fui para o Perfeitão para ajudar Lincoln.

– Seu pai foi embora mesmo, garoto? – ele pergunta ao mesmo tempo que coloco o avental.

– Sim, mais isso não interfere no seu trabalho, não é Lincoln. – digo amargo, e ele volta para cozinha.

Coloco um sorriso no rosto e vou servindo mesas, e ajeitando as coisas. Vamos dizer que estou em negação, não quero pensar, falar ou agir conforme o que acabou de acontecer na minha vida. Na verdade, eu quero minha namorada aqui para me ajudar. Mas penso melhor, e percebo que não quero que Karina me veja assim, no meu pior momento.

– Alguém precisa de ajuda num restaurante cheio? – João aparece com a Camila ao lado.

– Sempre sonhei em ser garçonete, igual aos animes. – Camila diz ao colocar um avental.

Apenas sorrio para os dois, e tenho certeza que João já contou a ela o que presenciou lá em casa. Então só agradeço a ajuda e voltamos ao trabalho. Perfeitão estava cheio o que é normal todo domingo de tarde ficar assim, mas eu resolvi que iria fechar de noite.

Quando anoiteceu eles me ajudaram a fechar o restaurante, e eu subi para casa. Encontrei minha mãe arrumando algo para comermos, ela me olhou e percebo que ela estava chorando, vou até ela e a abraço. Tomtom chega nesse exato momento, e nos olha com dúvida.

– Por que está chorando mãe? – ela pergunta se aproximando.

– Vamos conversar no quarto Tomtom. – minha mãe diz, a levando para o quarto. – Pedro pode terminar de arrumar os sanduiches?

Concordo com a cabeça, e imagino a dor que a Tomtom vai sentir. Era exatamente isso que ela tinha tanto medo. Meu celular vibra e eu o pego no bolso.

Esquentadinha: O João me disse o que aconteceu, eu sinto muito. Mas uma bomba estourou aqui em casa também. Preciso de você.

Moleque: Não posso ir. Minha mãe e irmã precisa de mim.

Esquentadinha: Okay, não queria te tirar da sua família.

Moleque: Mesmo se quisesse, não conseguiria.

Olho minha resposta e me arrependo, por que fui tão seco com ela. Nem perguntei o que aconteceu, e o pior é que eu sei que ela não tem culpa. Apesar de me arrepender, não faço nada. Termino os sanduiches e os coloco na mesa, e vejo minha mãe na porta.

– A Tomtom ta te chamando? – ela diz, chorando também.

Vou para o quarto e vejo minha pirralha chorando de soluçar, na cama dela.

– Ele foi embora, por que Pê? – ela diz quando me sento ao lado dela, e ela vai para meu colo.

– Sim, mais ele continuará vindo te ver. – eu digo.

– Eu sei, mas mamãe não disse o por que ele foi embora? – ela explica. Eu deveria saber que Tomtom não iria se prender só na falta do nosso pai, ela iria querer sabe o motivo.

– Se a mãe não te contou, eu não devo também. – eu digo, ela concorda e se ajeita no meu colo.

Minha mãe entra no quarto e se junta a nós. Ficamos a noite toda assim, deitamos e acabamos dormindo juntos.

Sou o primeiro a acordar, me levanto sem incomodá-las. Como sei que minha mãe não gostaria que eu faltasse aula, me arrumo para ir para o colégio. Encontro o João na escola, e ele tenta conversar mais eu não quero papo. Na verdade só penso em encontrar a Karina e lhe pedir desculpas pela ignorância de ontem. Quando as aulas acabam, o pai do João nos busca e nos deixa na Ribalta. Eu falo para o João subir, e eu vou atrás da Karina que deve está se arrumando para ir para o colégio. Quando já estou há algum tempo esperando, vejo Fabi e a chamo.

– Fala aí, Fabi. Você viu a Esquentadinha? – pergunto.

– Ela veio para treinar, mais saiu mais cedo com o Cobra. Eles devem está no QG. – ela diz, eu agradeço e sorrio forçado, e vou para o QG.

Hoje em dia, eu aceito melhor a amizade da Karina com o Cobra, mas isso não significa que gosto ou super adoro ver os dois juntos. E no momento não estou gostando nada disto. E tudo só piora assim que entro e vejo Karina quase no colo do Cobra com ele a abraçando enquanto ela chora.

– Por favor, não chora K. Você sabe o que isso faz comigo. – ele diz, acariciando suas costas. A raiva me cega, e eu assumo uma postura e bato minhas palmas pausadamente.

– Que cena tão linda. – digo sarcástico.

Eles se viram e me olham, Karina com os olhos vermelhos de tanto chorar, e Cobra com um olhar acusador. Como se fosse eu agarrado com a namorada dele.

– Pedro, está tudo bem? – Karina se levanta e vem até em mim. E quando vai me abraçar, dou um passo para trás.

– Não estou bem, mas você parece que está melhor com seu amigo a consolando. – eu digo.

– Preferiria que fosse você, mas não sei se lembra, você foi um completo estupido comigo ontem. – ela diz, enxugando as lágrimas. Eu me recordo que vim pedir desculpas, mas não consigo deixar o fato que Karina sempre corre para o Cobra quando precisa de apoio. Uma voz na minha cabeça sussurra: “Ela correu até você, só que a ignorou e ainda foi um idiota com ela”. E eu a ignoro, e falo a coisa mais estupida do mundo.

– Sério, que me prefere? Então por que estava montada no seu amiguinho?

– Eu não acredito nisso. – ela diz chocada. – Qual o seu problema?

– Meu problema, é que quando eu mais preciso da minha namorada, ela está passando por uma barra também.

– Você diz como se eu tivesse planejado isso. – ela se indignada.

– Eu sei que você não planejou, mas então eu me arrependo do o belo idiota que eu fui, e venho pedir desculpas a minha namorada. E eu a encontro com o amiguinho que sempre está disposto a dá ombro, e quem sabe um dia você dá ....

– CALA A BOCA. – quem diz é o Cobra, e ele avança e me segura pela blusa. E pela primeira vez, não estou com medo. Posso apanhar, mas não serei um covarde. – O que aconteceu com você, para ser tão babaca com sua namorada, moleque?

– Solta ele, Cobra. – Karina diz calmamente, e Cobra me solta.

– Não sei o que está acontecendo com vocês, mais isso está ridículo. – Cobra diz, olhando de mim para Karina. – Não deixe que problemas familiares, estraguem isso que vocês têm. E isso vem do cara, que tem bagagem familiar enorme.

Ele saí do QG e nos deixa sozinhos, respiro profundamente e tento pensar com clareza.

– Okay, eu exagerei. Me desculpa. – digo, e ela apenas concorda com a cabeça. – Agora me conta, o que aconteceu lá na sua casa?

– Você não vi acreditar. – ela diz dando uma risada triste. – Bianca é adotada, você acredita nisso?

– Uau! Isso sim é novidade. – digo surpreso.

– É por isso que ela tinha feito e dito todas aquelas coisas para mim, ela estava com raiva. – ela justifica as atitudes da irmã.

– Para né, Karina. Agora você vai defender sua irmã psicótica, só por que ela é adotada?

– Ela fez coisas ridículas, mas ela é minha irmã. E além de tudo eu a entendo, eu acho que piraria também em saber que sou adotada.

– Isso não justifica! – eu exclamo. – Ela te disse coisas que te machucam até hoje, para mim Bianca é apenas uma garota mimada que surta à toa.

– Surtar por ser adotada, isso é um motivo a toa? – ela diz com raiva. – Ser um grosso com a namorada, pois o pai é um burro que traiu a mãe, já é super normal né.

– Não sei, mais não sai tratando mal ou humilhando minha própria irmã. Como eu disse, ela é uma mimada.

– Quer saber, não quero falar com você. – Karina diz, pegando suas coisas. – Quando meu namorado, lindo, fofo e principalmente compreensivo voltar, você me procura e me avisa.

Ela se vira e vai embora, eu simplesmente dei minha opinião, para mim Bianca tem algum distúrbio de personalidade, ou pode ser apenas atuação. Já que é tão boa nisso.

– Você fez um intensivo sobre como ser um completo idiota em uma noite? Ou o que? – Cobra diz saindo dos fundos.

– Além de lutador agora escuta conversas dos outros também? – eu pergunto.

– Olha Pedro, eu até entendo que você está sofrendo com a separação dos seus pais, isso é completamente normal. Mais não desconte na Karina, a menina é louca por você, ela veio aqui me contar do seu problema, mas só falou sobre o quanto estava preocupada com você.

– Ela te contou sobre a separação? – digo, ela não tinha esse direito.

– Na verdade, todo o bairro está sabendo. Todos viram quando seu pai saiu com malas, e foi para casa daquela professora da Aquazen. – Cobra fala como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Eu saio correndo do QG, que merda é essa? Meu pai além de trair minha mãe, vai morar com aquela desgraçada. Eu vou até o prédio da mulher, então falo que tenho algo para entregar a ela na portaria, e eles me deixam subir. Bato no apartamento e Roberta se surpreende, mas bota um sorriso cínico no rosto.

– Marcelo, o seu filho está aqui. – ela avisa, e meu pai vai até a porta.

– Pedro, o que ... – ele começa, mais eu não sei o que me dá, e lhe dou um soco no rosto.

– Você é um babaca. – digo, e saio de lá.

Quando estou descendo, meu celular toca.

– Alô!

– Pedro, meu guitarrista. Senti sua falta hoje na Ribalta, preciso te contar algo que vai mudar sua vida. – Nando diz ao telefone.

– Mudar mais? Será que quero escutar?

– Sim, você quer. – ela fala rindo. – O Dinho Ouro Preto me ligou depois de escutar sua demo, e disse que gostaria que a Galera da Ribalta abrisse os shows da nova turnê dele. Sua banda disse que topa, mas precisam de você. O que diz?

Minha vida está totalmente de cabeça para baixo, acabei de socar meu pai, que traiu minha mãe, que agora quer o divórcio, minha irmã está sofrendo, fui um idiota com minha namorada, ela está com raiva. Eu penso em tudo isso antes de dá minha resposta. É exatamente disso que preciso para não pirar no meio disso tudo, então respiro e digo a coisa que pode transformar minha vida como músico.

– Sim, estou dentro. Galera da Ribalta vai para estrada junto com o Dinho.

– Então venha para cá se puder, para conversamos sobre as autorizações dos pais. – ele diz e desliga.

Vou direto para Ribalta, e subo as escadas direto para a sala dos professores. O pessoal da banda está com o Nando e um celular no meio.

– Sim, vocês irão comigo para uns 9 shows. Terão hotel, comida tudo bancada como se fosse da minha própria banda. – Dinho diz pelo celular.

– Para aew, Dinho. O Pedroca acabou de chegar. Ele é o guitarrista. – Nando diz, e me puxa para seu lado.

– É tipo um prazer falar com você cara. – eu digo sorrindo.

– Fica tranquilo que agora somos parceiros de turnê. – ele fala. – Agora como dois de vocês são menores, precisam de autorização dos pais. Vou mandar por email, mas agora eu tenho que ir. Falou galera. Tchau Nando parceiro.

– Para tudo Brasil, sério que vamos de turnê com o Dinho Ouro Preto. – Sol comemora.

– Será que os pais de vocês vão deixar vocês irem? – Carlos pergunta olhando pra mim e a Sol.

– Eu acho que minha mãe vai deixar, estamos no fim do ano, e eu já passei em quase todas matérias. – eu digo, e então aponto para Sol.

– Dona Bete vai ter que deixar, minhas notas não estão tão ruins. Acho que rola sim.

– Então Galera da Ribalta está viajando. – Nando comemora.

– Você vai com a gente Nandão?

– Vou sim, vocês acham que eu ficaria de fora. – ele fala rindo.

– Triste mesmo vai ser deixar meu negão com essas Maria-luvas soltas por aí. – Sol lamenta e então me lembro da Karina. A gente pode estar brigados mais acho que ela deve saber que viajarei.

– Será quando tempo iremos ficar viajando? – pergunto.

– Uns 5 meses, a partir de sexta agora. – Nanda fala, e eu logo penso na minha mãe, será que ela vai deixar?

Ficamos o resto da tarde conversando, eu vou para casa e encontro minha mãe no restaurante trabalhando.

– Dona Delma, amor da minha vida. – digo a beijando e abraçando.

– O que você quer, Pedro Ramos? – ela pergunta.

– Tem um papo sério pra bater com a senhora, mais depois de fechar o restaurante nós conversamos. – digo, já me arrumando para ajudá-la.

Quando é um pouco mais tarde, entra no restaurante Karina, Bianca e Gael, eles arrumam uma mesa e eu sou obrigado a ir servi-los.

– Boa noite família, o que vão querer? – pergunto educadamente, Karina nem olha para mim, sua irmã segura sua mão e olha feio pra mim. As ignoro e presto atenção no seu Gael.

– Vamos querer o prato do dia, e suco de ... – Gael fala, mas eu o interrompo.

– De laranja para o mestre, de uva para Bianca e mamão para a Es.. Karina. – digo, anotando o pedido, e não olhando para as irmãs.

– O que está acontecendo com vocês dois? – Gael pergunta para a Karina, paro um pouco para escutar a resposta dela.

– Pelo visto, não está acontecendo mais nada.

O resto da noite passa do mesmo modo, eu servindo mesas e Karina me ignorando. Quando vejo eles se levantarem, eu rapidamente vou até a mesa, e pego em seu braço.

– Preciso conversar com você. – eu digo, Gael e Bianca param também.

– Outro dia conversamos, meu pai que eu vá para casa. – ela responde.

– Pensando bem, acho bom vocês se resolverem. Não gosto de ver minhas filhas tristes por causa de marmanjo. – seu Gael diz, e abraça a Bianca e vão andando.

– Okay, o que quer falar? – ela diz impaciente.

– Vamos lá pra cima. – digo a puxando pela mão. – Mãe estou subindo, depois me liga pra ajudar a fechar.

Então a levo para minha casa, e a levo para meu quarto. Ela olha para minha cama, e então olha para o criado que tem uma foto nossa num porta retrato que Tomtom me deu, sorri tristemente. Eu me sento na minha cama, mas ela prefere sentar na da Tomtom. Ficamos um tempo nos encarando, e então eu vou para seu lado, e a beijo apaixonadamente. Ela suspira e me beija de volta.


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Notas finais do capítulo

Se estão se perguntando, se Perina vai sofrer? A resposta é sim, aqui também terá sofrimento. Mas vocês sabem que no fim tudo dá certo né? Bom, espero que vocês comentem e deixem a opinião de vocês sobre como a K vai reagir com a viagem do Pedro, como ele vai contar para ela? Fale o que quiserem, anjos. Eu realmente senti falta de muitas leitoras, como a Camila SC, a Sra Watson, a Bia Riguete, a Isa Wesley, a CarolCunha7 que está muito sumida, a Claúdia Queiroz, a Maah B silva, a diva QueenMoon, entre minhas outras leitoras e sim, eu sinto falta e sei o nick de cada uma. Espero que tenham gostado.
NOTICIA URGENTE: Gente acho que todos sabem que dia 08 e 09 de outubro é o Enem, e sim, eu irei fazer. Não sei se sabem mais meu sonho é fazer Jornalismo, mais moro no interior, então preciso ir para uma universidade na capital, preciso tirar uma nota maravilhosa no Enem, por isso abdiquei de postar, essa quarta e esse domingo que virão, pois estou numa maratona de revisão e estudo. Espero que não fiquem tristes por isso, pois além de amar escrever para vocês, preciso disso para meu futuro. Então voltarei com 2 capítulos para vocês no dia 12/10, talvez 3 capítulos. Mas espero que entendam minha situação. Beeijos e até dia 12. Comentem em, por favor, senão ficarei mais triste do que o Gael na fossa. haha