Esse Seu Jeito - Perina escrita por Thamires Dias


Capítulo 12
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero pedir desculpas por está postando só hoje, mas aquele problema com a internet ainda continua, então minha amiga (BFF) fez o enorme favor de postar pra mim. Espero que vocês aproveitem o capitulo, booa leitura!



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“Não dá mais pra negar que eu me apaixonei”

Jorge e Matheus – Seu Olhar

Estava me arrumando pra ir à casa da Dandara com meu pai e Bianca, quando Tomtom me liga dizendo que o Pedro sumiu, que não aparece em casa há horas. Eu já desconfiava que tivesse algo errado, pois ele estava muito estranho ao telefone, sua voz não estava naquela animação costumeira. Tento ligar pra ele varias vezes, mas só chama, ou cai na caixa postal. Então rapidamente invento uma desculpa para meu pai, e quando ele ficou falando demais, invento que estou com cólica, ele na hora deixou quieto e disse que eu poderia ficar em casa. Esperei eles saírem, e fui em direção ao Perfeitão, estava chovendo bastante, mas sempre amei a chuva, então nem levo um guarda chuva. Assim que chego vejo a mãe do Pedro, percebo algo de estranho nela também, pois está bem abatida.

– Oi dona Delma. – eu digo a cumprimentando.

– Já disse que minha nora pode me chamar apenas de Delma. – ela diz sorrindo, e eu fico vermelha. Não fazia ideia que o Pedro tinha contando a sua mãe, sobre nosso namoro. – Está tudo bem?

– Está sim. Será que o Pedro está por aqui? – eu pergunto.

– Achei que ele estivesse com você, pois sumiu o dia todo. – ela fala, e vejo que está ficando preocupada.

– Ele está lá na Ribalta. – Nando que acabou de entrar diz.

– Ah! Então eu vou lá falar com ele. – digo, mas Nando me puxa para um canto.

– Menina selvagem, me deixa dá uma palavrinha com você rapidinho?

– Claro que pode baleia. – eu falo e ele sorri.

–Vou mandar a real. Acho que o Pedroso não está legal. E sei que a única que pode animar o garoto é a ferinha dele.

– Serio? Acho melhor não, eu não sirvo pra animar ninguém, acho melhor eu deixa-lo sozinho. – digo, pois é a verdade, não sei consolar ninguém.

– Oh! Lindinha, Pedro é mais parecido com você do que vocês dois imaginam, você quando está triste se fecha e quer socar e bater em tudo ou todos, já ele vai para um canto e quebra o pau na guitarra, e tenta extravasar assim como você na luta. Aconselho você a ir lá, e dá uma surtada e ele vai se animar, pois ele adora te irritar e ele vai adorar te ver fora da casinha.

– Até que você é um bom conselheiro. – eu digo e sorrio pra ele.

Saio na chuva novamente, e fico mais encharcada, e entro na academia e subo pra Ribalta, escuto a guitarra desde o primeiro degrau. Quando chego vou direto para aonde o som está vindo, e vejo Pedro tocando e percebo que ele está chorando. Eu fico parada por um tempo, pois não sei o que fazer, ele sempre pareceu tão forte, então me lembro do que o Nando disse, e vou conforme minha mente maluca me diz pra eu fazer. Se a Bianca me visse agora, iria perceber que não foi só ela que herdou os talentos de atriz da mamãe, penso sorrindo interiormente. Depois do meu teatrinho, Pedro me conta o que aconteceu, e eu faço umas doideiras e quando percebo nós estamos nos beijando loucamente na chuva.

Estou encharcada e Pedro também, mas não conseguimos parar de nos beijar. A chuva e os beijos do Moleque para mim são a combinação perfeita.

– Estou adorando isso, mas tenho que ir, meu pai acha que estou em casa quase morrendo de cólica. – eu falo, e ele faz um beicinho lindo.

– Vai não, Esquentadinha. Eu gosto de te beijar na chuva, quer dizer eu gosto de te beijar e ponto. – ele diz me dando selinhos.

– Eu também adoro, mas tenho que ir, pois amanha você vai lá em casa, e se meu pai sonhar que menti pra ele só vamos piorar a situação. – digo enquanto vou me desgrudando dele. – E você lembre-se do que eu disse: nada de se meter nessa historia dos seus pais.

– Sim senhora Esquentadinha. – ele diz batendo condolência. Sorrio, pois ele está uma graça assim todo molhado.

Eu vou correndo pra casa, e torcendo para que meu pai não tenha chegado. Mas assim que abro a porta vejo meu pai na poltrona, já penso: “Fudeu”.

– Que coisa linda! Você não estava passando mal, dona Karina? – ele pergunta se levantando.

– Fui à farmácia comprar um remédio pra mim. – eu digo.

– Não sou idiota, Karina. – ele diz. – Vou deixar você tomar um banho, tirar essa roupa molhada, e amanhã conversaremos sobre seu castigo.

– Por que castigo? Só dei uma saidinha, e eu não queria jantar com você e sua namorada. – falo com raiva.

– O problema não é você dá uma saidinha, o problema é você ter mentido. E você sabe que uma das regras daqui é nunca mentir. – ele briga. Então do nada aponta para o meu pescoço. – Isso é um chupão? Karina quem te deu esse chupão?

– Que chupão? – me faço de desentendida.

– Não se faça de boba. Foi aquele garoto metido a engraçadinho? – meu pai pergunta.

– Okay seu Gael, foi o Pedro. – eu falo e meu pai arregala os olhos, então resolvo soltar a bomba agora. - E ele pode fazer isso, pois é meu namorado. – digo saio correndo para o banheiro. Tiro aquela roupa molhada e tomo um banho quente e vou pra cama rindo da cara de choque do meu pai.

Acordo com o despertador me levanto e vejo que Bianca ainda está dormindo. Tomo um banho, faço minha higiene e coloco minha roupa de treino, e desço pra tomar café.

– Bom dia, senhorita da cólica de mentira, tenho um chupão no pescoço e tenho um namorado. – meu pai logo diz quando me vê.

– Bom dia, pai neurótico que não dá um sossego pra filha caçula, e fica enchendo o saco dela logo de manhã. – falo me sentando, e ele me olha feio. – Se você pode brincar eu também posso.

– Me respeite Karina, não sou qualquer um. – ele fala, e eu reviro os olhos. – E se quer saber, já sei qual vai ser o seu castigo por namorar escondido, aparecer toda marcada e mentir pra mim.

– Já disse que não preciso de castigo. Precisei sair ontem para o meu namorado, só ajudar. Sobre o chupão isso foi da festa. E sobre o namoro podemos resolver isso de noite.

– Bom dia família. - Bianca chega e se senta. – Já discutindo a essa hora?

– É sua irmã que está cheia de segredinhos, e namoro escondido. – diz papai.

– Até que fim o Pedro pediu, em K. Já estava passando da hora. – Bianca comemora.

– Nada disso, não concordo com isso. Como ele pede você em namoro sem minha permissão. – meu pai diz.

– Primeiro Bianca e Duca começaram a namorar escondido, e o Duca nem precisou pedir pra você. – eu falo, e Bianca concorda comigo. – Segundo, hoje de noite você vai receber esse pedido ridículo, já que o Moleque insistiu, porque por mim, ele nem viria aqui. – eu falo me levanto e pego minha mochila. – Agora estou indo treinar, e depois vou para o colégio.

– Karina volta aqui. Não terminamos de conversar. – meu pai grita assim que eu saio e fecho a porta.

Saio rindo de casa, e vou andando até a academia. Assim que entro vejo Duca começando o treino, vou até os armários guardo minha mochila. Coloco os equipamentos, e logo vou me aquecer e começo o treinar.

**

Quando estou saindo do colégio, recebo uma mensagem do Pedro.

Moleque: “Vou chegar à sua casa às 19h, está Okay?”

Esquentadinha: “Se prepare e vai de colete, pois meu pai viu o chupão, e está uma fera.”

Moleque: “Já to sabendo, sua irmã me contou. Mas vou arriscar, já conquistei a ferinha, quem sabe conquisto o senhor fera?”

Esquentadinha: “Boa sorte, e não conte com minha ajuda, você que quis pedir.”

Moleque: “Obg pela ajuda ;) Sqn! Até daqui a pouco.”

Fico no ponto um tempo esperando o ônibus, até que ele aparece, entro e coloco meu fone e me lembro da primeira vez que encontrei o Pedro dentro do ônibus, e sorrio pois nunca imaginaria que estaria sendo pedida em namoro por ele, é incrível como as coisas mudam.

**

Estou sentada no sofá enquanto meu pai anda pra lá e pra cá, Bianca convenceu meu pai que era melhor ele aceitar esse namoro meu com o Pedro, pois não tinha mal algum. Então agora ele está esperando o Pedro, enquanto estou super tranquila vendo meu programa de focas. Quando batem na porta, meu pai me manda atender.

– Oi Esquentadinha. – Pedro me cumprimenta assim que abro a porta, e eu sorrio, pois ele está um gatinho, com uma blusa vinho de gola V.

– Oi Moleque. – digo e então o puxo para um beijo só para irritar meu pai.

– Podem parar. – meu pai logo fala quando Pedro vai aprofundar o beijo.

– Desculpa seu Gael. – Pedro se desvencilha de mim, e vai cumprimentar meu pai.

– Quero os dois sentados agora. – seu Gael diz, eu e Pedro nos sentamos e eu reviro os olhos. – Primeiro de tudo, como assim você deixa minha filha com esse chupão no pescoço?

– Ah! Foi fácil, a Esquentadinha é bem branquinha, qualquer coisinha ela fica marcada. – Pedro fala, mas então quando olha pra cara do meu pai e ver que ele está com cara de poucos amigos, logo diz em seguida. – O que quis dizer é me desculpa senhor, é que foi sem querer.

– O que não entendo é que até mês passado vocês só brigavam, por que agora resolveram começar a namorar?

– Simples, a Karina não consegue tirar as mãozinhas de mim. – ele fala, e eu o soco. – Não disse! Ela acha que me engana fingindo que me bate, quando na verdade quer me acariciar. – ele diz e eu reviro os olhos.

– Antes de eu me estressar com você, acho melhor você pedir a mão dela em namoro. – meu pai diz.

– Meu Deus, em que época você vive pai? Pedir a mão em namoro? – eu falo balançando a cabeça.

– Karina seu pai está certo. – Pedro puxa o saco.

– Viu até que o menino não é tão sem juízo. – meu pai fala adorando.

– A gente tem que entender que no tempo dele as coisas eram feitas assim, então a respeito à época dele, eu acho certo isso. – Pedro fala sem pensar, e eu começo a rir.

– Você está me chamando de velho? – meu pai diz brabo, o Pedro quase urina nas calças enquanto eu estou adorando tudo isso.

– Não Seu Gael, nunca você está inteirasso, mó coroa gato. – Pedro fala, e meu pai bufa.

– O senhor é muito engraçadinho, e eu vou deixar esse namoro acontecer. – ele fala, e eu o olho pensando: “Como se isso fizesse diferença.”.

– Muito obrigado, seu Gael. – Pedro diz se levantando e apertando a mão do meu pai.

– Mas se você pensar em machucar minha filha, você será um homem morto, pois irei quebrar cada ossinho seu. Decorou? – meu pai fala esmagando a mão do garoto.

– Sim, decorei. Super decorado. – ele fala balançando a mão.

– Karina pegue um copo d’agua para o engraçadinho aqui, enquanto falo uma coisinha com ele. – meu pai pede, e eu até penso em recusar mais tenho uma ideia melhor.

– Claro papai. – falo doce, Pedro está do meu lado no sofá, pois já se sentou de novo; Levanto-me bem devagar e arrumo meu short que peguei da Bianca, pois os meus estavam todos sujos, ouço o Pedro arfar e dou gargalhadas interiormente. Nunca fui uma menina sexy, mas como sei dessa tara do Pedro resolvi provocar ele, e ainda na frente do meu pai. Vou até a cozinha rebolando, quando me viro vejo meu pai está sentando no sofá ao lado dele pegando-o pelo pescoço, e dizendo:

– Olho para cima entendeu moleque? Por que não serão apenas seus ossos, serão seus lindos olhinhos.

– Sim senhor. – Pedro diz então ele olha pra mim e eu sorrio pra ele descaradamente. Meu pai fala algo no ouvido dele e Pedro fica pálido, só que não dá pra escutar.

– Karina estou indo para meu quarto, mas estou de olho nos dois. – meu pai avisa, e vai pro quarto dele.

– Está bom. – eu digo encostando na pia.

Assim que meu pai entra lá pra dentro, Pedro vem até mim e me abraça.

– Você é má, você sabe disso né? – ele fala me apertando na pia.

– O que eu fiz? – me faço de boba.

– Você fez isso só pra eu olhar para sua bunda. – ele fala, e então me levanta e me senta na bancada perto da pia. – Agora vou te castigar.

– Ixii, não curto 50 tons de cinza. – eu falo me lembrando do livro que é uma modinha.

– Você já leu? – ele me pergunta dando um sorrisinho malicioso.

– Não. Mas a Fabi adora esse livro, e não me cansa de contar, mas... – não termino a frase, pois ele cola sua boca na minha. Ele suspira profundamente contra a minha boca então enrolo minhas pernas em torno dele o puxando mais pra mim. Nossas línguas travam uma batalha em nossas bocas, suas mãos vão pra minha bunda, e rapidamente lhe dou um beliscão e ele tira a maldita mão de lá.

– Pai, Karina cheguei. – Bianca entra em casa, e na hora eu e Pedro nos desgrudamos. – Até que fim vocês estão juntos.

– Ei Bianca. – Pedro fala arfando com ela enquanto eu desço da bancada, tentando recuperar a respiração.

– Oi cunhadinho. – ela fala, então olha pra mim e dá um sorrisinho. – Já encararam a fera?

– Já, foi ridículo. – eu falo, então me viro pro Pedro. – Falando nisso, o que meu pai disse no seu ouvido?

– Ah! Ele disse que se eu te desrespeitar, ele corta o meu amiguinho. – ele diz fazendo uma careta de dor. Na hora eu e Bianca começamos a rir.

– Meu Deus só seu Gael pra falar umas coisas dessa. Vou deixar o novo casal namorar. – ela fala e vai indo pro quarto, mas então se vira. – Só um conselho, acho melhor vocês se sentarem no sofá e ficar comportados, pois se o papai pega vocês dois do jeito que eu peguei, Pedro você não só perderá seu amiguinho como perderá a sua vida. Boa noite cunhadinho e maninha.

Eu mostro a língua pra ela, quando o Pedro corre literalmente para sofá. Vou até ele e me sento, e ficamos namorando. Logico que não vou admitir pra ninguém, mas estou adorando namorar com Pedro.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Qual foi a parte mais engraçada? - Eu adorei o Pedro falando que a K é branquinha e qualquer coisa ela já está marcada, vê se isso é coisa pra se falar para um pai, ainda mais o Gael hahaha .... Espero que tenham gostado, e que comentem respondendo a pergunta, e podem reclamar pedir, qualquer coisa. E sobre os comentários anteriores, eu vou responder aos pouquinhos, até poder responder todos. Obrigado, e beijinhos!!