Cartas para os Mortos escrita por Dama da Rosa


Capítulo 18
Irmãos Cahill, de As 39 Pistas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/534958/chapter/18

Aos irmãos Cahill,

É uma honra escrever aos famosos (ou nem tão famosos...) irmãos Cahill. Achei muito disperso escrever separadamente, já que vocês são cinco, então virão mais perguntas e comentários à parte.

Desculpe a pergunta, mas... de que época vocês são? Nunca consegui decifrar. Quanto a Madeleine, por que vocês não a consideram? Por que nunca julgam o Madrigal como Cahill autêntico, pode-se assim dizer? Enfim, essas são questões de família, resolvam entre si.

Como eu já disse na carta à Grace Cahill, eu vivo confusa sobre qual clã eu pertenço. Às vezes, penso que sou Janus, por conta das minhas habilidades na escrita... sem contar as habilidades artísticas (eu sei desenhar bonecos de palito muito bem!)... mas eu também poderia ser do Ekaterina, já que tenho alguns dotes na mecatrônica da vida (embora eu curse nutrição, mecatrônica era minha segunda opção). E eu sou muito misteriosa, poderia pertencer ao Madrigal. Caso consigam me ajudar nesse caso, eu agradeceria (ao mesmo tempo seria macabro receber a resposta de vocês, já que estão mortos há um tempão).

Vamos às perguntas.

A Luke Cahill: meu caro fundador do clã Lucian, por que seu nome tinha de ser Luke? Parece que todos os Lukes são uns encapetados. Todos têm problemas, seja qual for esse problema. Antes que um dos cinco pergunte, sim, eu sou normal. Mas só um pouquinho, haha. Enfim, você, Luke, o mais velho dos Cahill... foi justamente o mais velho que fez a maior burrada. Bonito, né? Ficar queimando as coisas dos outros só porque é a coisa mais influente de todos os tempos? É um belo exemplo para os incendiários, senhor Cahill. Deixa os filhos de Hefesto aqui orgulhosos, menos pela insanidade e pela crueldade.

A Katherine Cahill: KatKat! Como vai a minha inventora preferida? Digo, hum, terceira, porque em primeiro lugar vem meu irmão Leo Valdez e em segundo vem Dédalo. Foi mal. Espero que você esteja bem... morta, porém bem. Ah, amei a ideia de colocar o bilhete dentro da estátua Sakhet. Demorou um bom tempo para achar, mas não faz mal. Enquanto eu fazia meu trabalho sobre eletricidade, eletromagnetismo e circuitos (isso foi no ano passado), vi que Nikola Tesla estava envolvido e que ele era um Cahill. Ele quase achou todas as 39 pistas. Sinto muito por Thomas ter te traído (se bem que foi você que pegou a pista dele). Ah, e uma última coisa, vocês poderiam ter pensado um pouco mais antes de ter criado a bomba atômica.

A Thomas Cahill: acho que não tenho muito a te dizer porque, bem, nunca me aprofundei no clã Tomas como eu queria. Sou daquele tipo de pessoa que procura saber de tudo o que está acontecendo, mas isso não ocorreu com o Tomas. Mas tenho coisas... interessantes a perguntar. Enfim, Jesse Owens foi um Tomas? Tenho meus motivos para perguntar. E... Lara Croft? Sério? Que bizarro. Meu pai assistiu aos jogos do Babe Ruth, e disse que ele jogava extraordinariamente e que era uma ótima pessoa, diferente dos outros Tomas. Aliás, alguns Tomas são legais. Não muito inteligentes, entretanto. Continue explorando... aí onde está.

A Jane Cahill: sinto muito por sua decepção com seu irmão Luke. Sei bem como são os irmãos mais velhos. Você teve uma boa iniciativa começando a pintar para passar o tempo e para ver se a tristeza passava. Quando fico triste escrevo, porque ajuda um pouco. Ou eu me entupo de sorvete, mas isso não vem ao caso agora. Bem, pintar te levou a um legado Janus impressionante. Meus parabéns. Espero que, aonde quer que esteja, continue sendo uma ótima artista. Sabe... uma das frases mais bonitas que eu já ouvi, (créditos a minha mãe, haha) foi "a motivação é uma das coisas mais difíceis de ser obtida, mas quando você alcança seu objetivo, ela passa a ser o melhor presente de todos".

A Madeleine Cahill: é bom saber que não sou só eu que não quero sair loucamente pelo mundo afora procurando 39 ingredientes que resultam na vida perfeita. É muito insano. Acho que insanidade não é comigo. Gosto muito do clã Madrigal. Quer dizer, apesar de vocês tentarem impedir os outros a qualquer custo de encontrar uma pista, gosto de vocês. Admiro muito os pacifistas do seu clã. Enfim, continuei pacificadores assim (não pegue exemplos dos de Panem, por favor, vai ser um desastre).

Bom, obrigada por me ouvirem. Ou lerem, que seja. Fiquei feliz em escrever a vocês, embora minhas perguntas não vão ser respondidas. Foi até divertido.

Mais uma vez, valeu! Se cuidem!

Com afeto,

Gabe Frost.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas para os Mortos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.