Teen Paradise escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 8
Percy




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“Luke vai embora amanhã”.

Digitou Percy no celular, e enviou para Nico as surreais palavras, como se transformá-las em algo sólido pudesse torna-las reais. Não acreditava que aquele filho da puta estava fugindo. Fugindo, sim, é a palavra mais correta para a situação, julgava Percy. Abandonando não apenas ele, como Thalia e Annabeth.

Percy não conseguia não sentir raiva de Luke. O rapaz nem avisara para ninguém, ele ficou sabendo por um dos capangas de Luke.

— Percy, não fique assim. Nós iremos falar com ele – a doce voz de Annabeth preencheu o silêncio, dissipando os pensamentos tumultuosos de Percy.

O moreno abaixou o olhar até encontrar as belíssimas íris cinzentas de Annabeth, cuja cabeça estava repousada sobre seu peito, o corpo junto ao seu, o que não seria ruim, se o motivo principal não fosse a falta de espaço. O sofá que ele tinha em sua casa da árvore nunca fora lá muito espaçoso, e o conforto que ele oferecia não era lá essas coisas.

— Eu também não acredito que ele vai embora e nem pensa em se despedir – se lamentou Annabeth, parecendo bem ao mergulhar naquele monólogo, como se a ajudasse.

Percy beijou o topo do cabeça dela, enquanto os dedos deslizavam pela extensão das costas dela. Também não acreditava, também não engolia que Luke estava fazendo tudo aquilo por causa de Thalia. Mas não conseguia falar.

— Eu sei que Robert falou que ele iria para Londres por causa da mãe, para um tratamento melhor. Mas quer saber? Isso é uma mentira. Até semanas atrás ele discutiu feio com Thalia porque não iria largar a venda de drogas, e agora ele simplesmente decidi largar tudo? Tenho certeza de que é por causa de Thalia e Nico. Ele é um imbecil! Tão, tão estúpido!

Annabeth havia se sentado, balançando a cabeça negativamente, ela parecia com raiva, o que mostrava que seu monólogo não havia ajudado em muita coisa. Percy se sentou também, e segurou as mãos de Annabeth, olhando para ela enquanto suas testas se encostavam lentamente.

O rapaz sabia que Luke era um irmão para Annie; e ele praticamente cresceu com Percy. Era uma situação delicada para ambos, mas não podiam se precipitar antes de bater na porta de Luke.

— Shh... se acalme, ok? – sussurrou Percy, roçando seus lábios antes de beijá-la brevemente. — Nós vamos falar com ele. Vamos dá um jeito nisso, como sempre damos.

Percy tomou os lábios de Annabeth para si novamente, mas desta vez em um beijo prolongado. Não havia como resistir a Annie, e quando eles começavam a se beijar era uma sensação inexplicável. Percy não fazia ideia do que acontecia com eles emocionalmente – ele gostava dela, de verdade, mas o descostume com esses sentimentos o deixaram dormente e tudo parecia meio incerto -, porém, a química que eles tinham, fisicamente falando, era algo inegável.

— Sim, vamos – ela sussurrou, com os lábios rosados roçando sobre os de Percy. Ela soltou um longo suspiro em seguida, mais pesaroso do que qualquer outra coisa e então se afastou. Percy a fitou, com o semblante demonstrando confusão, mas antes que perguntasse, a garota veio a falar. — Eu vou ir falar com Luke agora. Não consigo ficar com isso na cabeça.

— Annie, eu não posso ir agora. Tenho que ficar com minha mãe até Jenny chegar. Mas se quiser ir tudo bem, só tome cuidado. E me ligue se acontecer qualquer coisa que irei ir correndo para lá.

Aquilo havia fechado um consenso entre ambos. Annabeth saiu da casa da árvore, se despedindo com um beijo, e alguns minutos depois Percy também desceu, para encarar seu próprio e maior problema.

***

A sala de estar de sua casa era simples e toda a decoração parecia desajustada com o espaço que foi arrumado para se colocar uma cama hospitalar e aparelhos. Os olhos de Percy, um intenso azul-esverdeado, vagueava pelo local, a procura de sua mãe. Quando os olhos param na cama e percebe que ela não está lá, seu coração dá um sobressalto que parece que ele está prestes a sair de seu corpo, subindo pela sua garganta e abrindo caminho até a boca.

Seus pés começam a agir antes de seus lábios, que passam a chamar o nome da sua mãe. Sally.

— Mãe! – nenhuma resposta o alcançam. Ele vai para a cozinha e só encontra a zona de sempre, depois vai até o banheiro. A porta estava destrancada. Ele bate incansavelmente na superfície de madeira. — Mãe, abre a porta, por favor – ele já havia dito um milhão de vezes para não fechar a maldita porta. Um milhão!

Ele solta um suspiro e, em um momento de desespero encontra-se perto de arrombar a porta. Deveria, a muito tempo, ter retirando suas fechaduras. Mas então, escuta um tique, baixo e suave, e a porta se abre. Sua mãe o olhava de maneira muito zangada, o máximo que sua condição física permitia. Ela se apoiava na pia e no batente da porta.

— Por Deus, Percy! Será que eu nunca mais terei um momento de privacidade? – ela diz, tentando voltar para a cama segurando a parede, Percy rapidamente a segura e a leva até a cama. A mulher, em seus plenos quarenta anos, senta-se na borda com muito esforço, embora tentava não demonstrar tal. Na cabeça, o lenço estava torto, mas Percy não comentou.

— A senhora sabe que o médico aconselhou não fechar as portas, pode vim acontecer algo – a voz de Percy era paciente e atenciosa. Ele não falou o obvio. Era nítido a verdade que os dois sabiam. O algo que poderia vim acontecer era Sally ficar tão fraca que escorregaria; ou pior, o câncer poderia vencer a guerra. 

— E pensar que eu que deveria fazer o papel de mãe aqui – ela gracejou, dando uma risada que terminou em uma tosse que parecia bem dolorosa. Percy odiava vê-la naquele estado. Queria tirar cada fio de sua força vital e dá-la. Ele aceitaria trocar de lugar com ela sem nem pedirem.

— Temos que reclamar com Deus então – ele tentou fazer piada, mas ela havia sido de tão mal gosto que ele se arrependeu meio segundo depois e tentou mudar de assunto. — Eu irei precisar dá uma saída, estou só esperando a Jenny chegar, tudo bem?

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim. O Luke parece que vai embora.

— Oh, que pena. Ele é tão bom com você, Percy. O que está acontecendo com ele?

Nesse exato momento, seu celular tocou.

Isso poupou Percy de explicar que Luke estava indo cuidar de sua mãe em Londres. Era um pouco vergonhoso para Percy falar sobre isso, já que o rapaz sempre fez de tudo para pagar o tratamento de Sally, embora seus esforços não fossem grandes coisas. Era difícil, muito difícil para ele fazer isso sozinho. Seu pai havia os deixado a muito tempo, e Percy, sinceramente, nem sabia se ele estava vivo ainda. E não se importava.

Ele decidiu ignorar a chamada, pois já estava prestes a sair de casa. Ouvia a enfermeira já abrindo a porta de casa.

— Oi, Jenny – cumprimentou Percy vendo a enfermeira aparecer na sala. Ele se virou para sua mãe, depositou um beijo em sua testa e saiu pegando o celular, vendo a chamada perdida de Annabeth.

Enquanto entrava no carro e dava partida, retornou a chamada. Annie atendera no segundo toque.

— Percy, você já está vindo? – a voz dela o alarmou. Estava notoriamente desesperada.

— Acabei de sair de casa. O que aconteceu?

— Venha rápido, estou no apartamento de Luke.

Ele conseguia ouvir a voz de Thalia ao fundo, conversando com alguém. Percy estava preocupado pelo estado de Annie. Afundou seu pé no acelerador, ganhando o máximo de velocidade que seu velho carro permitia – o que não era muito.

— Aconteceu algo, Annie? Me diga.

— Luke não tá aqui, Percy. Tudo sumiu, as roupas, coisas pessoais, tudo.

***

— Que droga de carro! – Percy chutou, furioso, a roda dianteira de seu veículo. Ele respirou fundo, tentando manter a coerência dos pensamentos. Pressionou a ponte do nariz com os dedos, como se aquilo fosse amenizar a dor de cabeça que sentia.

Seu carro havia decidido morrer quando ainda lhe restava alguns quarteirões de seu destino. E nenhum milagre parecia fazê-lo ressuscitar. Por isso ele ligou para Leo, seu mecânico, amigo e quebra galho de todas as horas.

Sentado no meio fio por alguns minutos – intensos minutos, quando se tinha algo importante para fazer – até que por fim uma outra lataria velha parava perto da sua e seu amigo colocava o rosto para fora da janela, os cachos castanhos despenteados e um sorriso divertido.

— Alguém pediu um mecânico?

Percy se levantou, praticamente saltando do meio fio e entrou no carro.

— Cara, valeu mesmo por quebrar essa para mim. Essa merda já devia estar aposentada a muito tempo, mas terá que andar por alguns anos. Preciso ir para a casa de Luke, pode me deixar lá?

— Mecânico e taxi... Acho que tenho mais vocações do que imaginava. E quanto ao seu carro? Tá saindo fumaça do capô, não quer que eu veja se pelo menos ele não vai explodir?

— É urgente, meu carro pode esperar – dito isso, Leo balançou os ombros, e deu partida no carro. Percy batucava os dedos na janela, extremamente impaciente. A ligação de Annie havia o deixado perturbador e ele sabia que Leo conseguia ver aquilo, mas tomava uma escolha inteligente em não tocar no assunto. — Como vai as coisas com Calipso? – perguntou Percy, tentando manter qualquer normalidade.

— Estão ótimas, mil maravilhas. E vão continuar até os pais dela saberem. Aí eles irão me chutar de casa, tenho certeza.

E a conversa parou por aí mesmo.

Quando Percy chegou no apartamento de Luke, se deparou com Annie sentada no sofá inexpressiva – pensativa, talvez, Percy não sabia distinguir -, Thalia andando em círculos e Nico debruçado na bancada que dividia a cozinha da sala. Quando Annie o viu, saiu correndo para o abraçar. Por um momento Percy não sabia o que fazer, e demorou um pouco para assimilar o que acontecia e envolver a silhueta feminina em um abraço.

Ele olhou para Thalia, que havia parado de fazer sua caminhada. Ela balançou a cabeça negativamente, parecia tão desolada quanto Annie, mas não parecia permitir-se chorar. Nico permanecia olhando para bancada, com as mãos na cabeça e joelhos apoiados na superfície.

— Ele já foi para Londres? – perguntou Percy, temeroso.

— Parece que não – foi Thalia que respondeu — Conseguimos falar com a mãe dele agora a pouco, ela disse que ele não está lá. Onde ele poderia estar?

Annabeth soltou um longo suspiro, desfez do aperto de Percy, parecendo prestes a tomar uma decisão – e todos ali sabiam que quando isso acontecia, ninguém era idiota de ir contra. Annie geralmente estava certa.

— Ele... pode estar finalizando os negócios. Sabemos que a rede dele é enorme, e que sumir sem dar vistas pode tornar as coisas turbulentas e a incerteza poderia trazer guerra entre a gangue dele e os rivais – analisou ela. A voz metódica não combinava com os olhos avermelhados e molhados. — Ele deve estar na “sede”, e não por muito tempo.

— Acha que ele nos deixará entrar? – questionou Thalia, com um tom que beirava ao pessimismo.

— Ele vai – impôs Annabeth. E ninguém disse mais nada.

Todos entraram no carro do irmão da Annie em silêncio, e o percurso foi assim. Sabiam que na primeira palavra dita, viriam outras. Uma torrente incontrolável de indignação, raiva e culpa.

Era tarde da noite já, as ruas estavam calmas e quase desertas. A lua estava escondida entre as nuvens, que prometia chuva para alguns dias. Logo estendia-se a frente dele vários prédios, edifícios que faziam parte da área mais largada da cidade. Annie abaixou o farol e seguiu até estacionar em frente a um galpão que parecia estar inabitado a séculos.

Thalia foi a primeira a sair do carro, e logo todos estavam expostos a brisa fria da noite.  Eles se entreolharam, e Annabeth foi a primeira a tomar a atitude de ir até a porta. Ela bateu três vezes.

— Vamos lá, isso é ridículo – interveio Thalia, que, no momento, dispensava qualquer cordialidade. Ela foi até a porta, e tentou girar a maçaneta. Estava trancada. Depois ela foi até o portão maior do galpão, as correntes estavam ali, mas o cadeado não estava preso. Ela entrou, e tudo estava tão escuro que por um momento pensou se não estava em um lugar estranho.

Então ela ouviu um tiro, e se agachou, agora assustada.

— Thalia! – gritou Annie, puxando Thalia para longe do portão. Ela estava bem, felizmente.

— Que diabos você está fazendo, seu infeliz incompetente? – eles ouviram o rugido feroz de Luke ainda lá fora. Logo, uma luz fraca se acendeu no galpão, não o suficiente para iluminar todo o lugar.

— Luke, sou eu! Annie. Estou entrando – a jovem não parecia temer, confiava que Luke não deixaria que ninguém a machucasse. Ela fez um movimento para que os outros ficassem onde estavam e entrou. Percy a seguiu de qualquer maneira.

Luke descia uma escada que ligava o seu “escritório”, que era como Percy chamava de implicância. Não parecia feliz em os vê-lo, mas não era como se Percy esperasse uma recepção calorosa.

— Me desculpem por isso, infelizmente nenhum lugar está livre de idiotas – falou Luke, frio, claramente se referindo ao barulho alto que ouviram outrora. — O que vocês vieram fazer aqui?

— Você iria embora? Você nos deixaria aqui nos perguntando o que diabos aconteceu com você para que no dia seguinte sumir de Bristol? Você ainda pergunta, Luke? – Annie não poupou suas palavras; seus olhos voltaram a ficar marejados, e as lágrimas escorriam pela sua bochecha. Ela caminhou até ficar de frente a Luke,

Percy soltou um suspiro, erguendo as duas mãos ao alto.

— Nós viemos apenas conversar, Luke. Por favor. Somos seus amigos. Seus melhores amigos – ele abaixou as mãos, voltando a deixa-as pendendo ao lado do corpo.

— Luke, o que eu preciso falar para que você fique? O que eu preciso fazer? Apenas me diga, que eu faço agora – suplicou Annie; sua voz denunciava que ela estava falando sério, não era apenas um blefe. Ela faria de tudo pela família e amigos, e Percy apreciava essa qualidade dela. 

— Eu só preciso sair daqui, tá legal? Tem a minha mãe, ela precisa de cuidados. Aquele lugar velho que ela tá não é bom, e eu fingia acreditar no contrário para eu poder viver minha vida normalmente. Bristol já não é mais para mim, vocês não veem? Está tudo acabado para mim. Toda essa porra está na merda. Não há mais lugar para mim.

Luke parecia destruído. Essa era a verdade. Fisicamente estava bem, os cabelos tingidos de castanho de um spray barato, a cicatriz coberta, as vestimentas quase sem nenhum gasto. Mas os olhos... seus verdadeiros olhos demonstravam os demônios que rondava entre as profundezas de sua mente.

A moreno se aproximou deles, cauteloso, para balancear com o temperamento tempestivo de Annabeth.

— Sempre terá lugar para você, Luke. Você é meu irmão, cara. Você é importante para nós, não pode simplesmente sair de nossas vidas assim... – argumentou Percy.

— Eu estou tão brava com você! – falou Annabeth, sorrindo em meios as lágrimas. Ela deu um risinho nervoso, e o abraçou. Luke a abraçou de volta e beijou o topo de sua cabeça.

— Eu sei, você tem razão. Eu sinto muito.

Percy virou a cabeça a tempo de ver Thalia e Nico entrarem no galpão, tão distantes que chegava a ser forçado. Luke desfez do abraço de Annabeth, olhando para Thalia diretamente. Percy percebeu que ele fazia um enorme esforço para não olhar para Nico.

— Antes que você fale algo, me deixe falar – começou Thalia, a voz tão calma que era até estranho — Eu sinto muito, Luke. Eu sinto muito mesmo que tenha que terminar desta forma. Eu jamais quis te magoar – agora Percy poderia dizer que viveu para ver Thalia chorando, pelo menos uma lágrima solitária em seu rosto. — Eu não sou a garota certa para você, pode apostar nisso. Eu sempre fui sua irmã, e sempre tinha que ser assim. Eu seria muito mais canalha se continuasse com você, sabendo que eu não correspondia toda as suas expectativas.

— Que bela irmã que eu tenho! – zombou Luke, agora com a voz mais alta e sarcástica. — Eu te dei tudo, e o que recebi em troca foi a pior das traições. Porque vocês dois – ele disse, apontando para a garota e Nico, ainda sem sequer olhar para ele — São dois idiotas. E eu poderia mandar mata-los agora, seria só estalar os dedos.

— Luke, por favor se acalme – interveio Annabeth, que tentou segurar o braço dele, mas foi repelida.

— Eu tenho nojo de vocês, e eu tenho certeza que terão uma vida miserável. Agora: SAIA DAQUI! – ele berrou a última parte. — Saiam fora daqui antes que eu mate vocês!

— Eu... me perdoe, Luke – foi a única frase de Nico naquela história toda. Envergonhado, se sentindo o pior dos seres humanos, e cabisbaixo, ele saiu do galpão. Thalia soltou um longo suspiro exasperado, parecia que não havia acabado de falar, mas só recolheu suas lágrimas e retirou também.

— Annie, será que pode nos dar um momento? – pediu Percy, segurando o braço da garota com delicadeza. Ela assentiu e foi também saiu do galpão, desaparecendo de vista. Percy direcionou sua atenção para o amigo, e lhe deu um abraço camarada. Odiava aquele tipo de demonstração afetiva com pessoas do mesmo sexo, mas ali era uma das raras situações que aquilo era necessário. — Sabe que te apoiarei em tudo. Desde que não se esqueça de suas raízes, nem de seu parceiro. Eu acalmo a Annabeth, ela é durona.

— Até demais – Luke riu, dando tapas nas costas de Percy antes de se afastarem. — Eu não queria que as coisas fossem assim, mas não há outra solução.

— Sempre existe outra solução, Luke – Percy disse; ainda estava esperançoso que conseguiria fazê-lo mudar de ideia.

— Apenas cuide da minha menina, poderia fazer isso por mim?

— Sim, com toda certeza.

— E Percy, sei que não procura nenhum compromisso sério, mas Annie gosta muito de você, eu não seria idiota com ela.

Percy concordou com a cabeça; aquele era um assunto que ele levava sem muita reflexão. Mas agora que Luke dissera, talvez ele pensasse no relacionamento dele com Annabeth sem medo.

Eles trocaram um olhar que carregava uma nostalgia que ninguém entenderia. Memórias que jamais o deixaram. Estavam juntos desde sempre, eles e Nico. Em todas as descobertas mirabolantes, desavenças e problemas.

Um barulho estrondoso cortou aquela névoa que os envolvia, transformando o semblante nostálgico em um preocupado. Luke puxou Percy para trás, e logo eles subiam apressados a escada, enquanto mais daquele barulho preenchia o silêncio.

— Isso são tiros? O que está acontecendo? – Percy estava perdido; ele não fazia parte daquele mundo de Luke e estava muito bem daquele jeito.

— É a polícia – foi um dos subordinados de Luke que avisou, entregando uma arma para o rapaz e desparecendo. Percy só se preocupava com Annabeth no momento, e ele já descia de novo as escadas quanto Luke o agarrou, o encarando incrédulo.

— Você quer sobreviver ou não? Faça sua escolha agora.

Percy se soltou de Luke e desceu as escadas correndo.


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Notas finais do capítulo

Só faltam dois capítulos para o final ;)
E o próximo é o da Bianca!
xx.



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