Teen Paradise escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 6
Annabeth


Notas iniciais do capítulo

PENSEM NUMA PESSOA QUE ESTÁ SURTANDO? POIS BEM, EEEEEEEEEU MESMA! GENTE EU TO SURTANDO COM ESSE CAPITULO! SOCORRO
LARGADA
NO CHÃO
EM CONVULSÃO (8'
Ok, esse capitulo é muito aguardado por mim, pois eu amo a Annie em fanfic ela é diva brilhante e sexy. Morram com ela nesse capitulo, pois sinceramente já estou no tumulo.
Enjoy!



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As luzes banhavam o corpo seminu de Annabeth Chase, incentivando-o a dançar em cima do palco para aqueles homens nojentos e barbudos. Mexia o quadril de um lado para o outro, descendo ao chão de forma sensual em frente ao um poste de metal. Os cabelos soltos e olhar sensual a davam um aspecto muito de pessoa mais velha, mas aquela garota só tinha dezessete anos. O vestido vermelho era provocativo, assim como o batom vermelho prostituta.

Os homens sentados no sofá a aplaudiram e ela sorriu de jeito forçado, rebolando até descer do palco e ir para a cozinha do bar em que trabalhava. Pegou uma garrafinha de água e bebeu, tomando consciência do quanto estava desidratada após vinte minutos em cima de um palco. Os cozinheiros nem ao menos prestaram atenção nela, continuaram a fritar os petiscos para os clientes. Damien entrou na cozinha alguns segundos após ela, com uma caixinha dourada na mão. Ele sorria empolgado.

– Parece que hoje você bateu seu recorde – ele comentou, animado, entregando a caixinha nas mãos de Annabeth. A garota sorriu, animada também.

– Sério? Quanto?! – ela perguntou, curiosa, balançando a caixinha em suas mãos. Não fazia barulho, o que significava que não tinha moeda e apenas notas. Espera ela que sejam de valores altos.

– Não sei, mas não acho que seja pouco. O bar estava lotado e todos os homens pararam para te assistir – ele comentou. – Bem, deixei 15% no escritório e já está liberada do seu turno.

Damien era o melhor patrão do mundo, pelo menos Annabeth achava. Ele havia deixado Annabeth trabalhar em seu bar como garçonete (mesmo que ela tenha usado uma carteira da ID falsa), mas, nas horas vagas, ela dança pole dance para conseguir mais economias. Ela ganhava muito dinheiro naquele lugar e era o suficiente para pagar sua diversão, suas drogas e bebidas, e ainda juntar o dinheiro para pagar sua faculdade que futuramente iria entrar. Ela estava tão animada que correu para o banheiro exclusivo para o funcionário, se trocou de roupa e se sentou no chão para contar o seu dinheiro.

Ela ficou extasiada quando se deu conta do tanto de dinheiro que havia conseguido naquela noite. Juntando as gorjetas, o dinheiro da dança e já com os 15% retirados, ela havia conseguido 400 euros. Realmente, um recorde para ela, que nunca passava de 300 euros a cada dança.

Respirou fundo e sentiu seu celular mexer no bolso da calça jeans. Era Nico a ligando.

– Oi – ela disse, o celular entre a orelha e o ombro enquanto ela guardava o dinheiro na sua bolsa.

– Estou aqui fora te esperando – seu namorado anunciou.

– Tudo bem, estou saindo já, me espera ai – ela disse e desligou.

Tirou o batom vermelho da boca e foi até o escritório de Damien, deixando a caixinha com os 15% do bar. Por mais que trabalhar no bar fosse bom, não era aquilo que ela queria para sua vida. Não mesmo. Ela se sentia nojenta quando aqueles homens velhos e barbudo a olhava com luxuria quando dançava todos os sábados. Pelo menos aquilo rendia uma boa grana.

Annabeth se despediu de Damien e de suas amigas garçonetes e saiu do bar, sentindo o ar puro fazer cócegas em seu nariz, sem aquela atmosfera de bebidas e ambiente fechado.

Localizou o carro de Nico encostado na rua e abriu a porta do passageiro, se jogando em cima do banco e sentindo um alivio nas pernas cansadas. Virou o rosto e depositou um beijo na boca de Nico.

– Como foi o trabalho? – ele perguntou, inocente a toda a situação de Annabeth.

O moreno sabia que ela trabalhava como garçonete, mas não que ela dançava num poste para os clientes.

– Cansativo, como sempre. Então, algum motivo especial para ter vindo me buscar? – ela perguntou, curiosa. Nico raramente vinha busca-la, e às vezes Annabeth nem queria que ele viesse com medo de curiosamente ele entrar no bar e vê-la seminua num palco.

– Sim – ele disse, misterioso. – Eu... eu gosto muito de você, te admiro pra caramba, você é batalhadora, otimista, divertia, uma amiga e tanto e uma namorada melhor ainda...

Tirou uma caixinha dentro do bolso e Annabeth quase teve um surto pensando que ele iria pedi-la em casamento. Será que ela teria coragem de dizer não? O coração dela batia rápido. Céus, ela não tinha nem coragem de terminar com ele imagina dizer não para um pedido de casamento.

– Eu só queria te dar um presente – ele disse, abrindo a caixinha e mostrando um colar com um pingente de lua dentro do mesmo. Annabeth soltou o ar preso, aliviada, e sorriu.

– Que lindo, Nico – ela disse, pegando a caixinha e analisando o colar. Era realmente muito bonito, a lua prateada cheia de detalhes e a correntinha de prata fina.

Nico pegou o colar e Annabeth se virou para que ele colocasse no pescoço da mesma.

– Obrigada – ela agradeceu e o beijou.

Nico era uma pessoa maravilhosa para Annie, mas infelizmente a relação deles eram estranha demais até para a loura. Como era possível namorar alguém e gostar de outro? Annie não entendia e nem queria entender. Com Nico ela estava bem, feliz, estável... mas com Percy... ela se sentia incrível.

Nico deu partida no carro e levou Annie para casa, que ficava a uns três quarteirões do bar em que trabalhava. O garoto ficou fazendo perguntas a ela sobre como havia sido o trabalho e ela teve que arrumar muitas mentiras. Ela mal podia esperar para tudo aquilo acabar, ela entraria para Cambridge e finalmente se livraria de todo aquele inferno de vida.

O moreno estacionou o carro no meio fio e eles começaram a se beijar de um jeito calmo. Annie insistia em esquentar arranhando as costas do garoto e passando a mão no abdômen por baixo da blusa, mas Nico não parecia estar acompanhando o ritmo dela, já que suas mãos continuavam paradas na cintura da garota. Por fim eles se separaram e Annie tinha um sorrisinho sem graça no rosto.

– Até mais – ela disse, abrindo a porta e pegando sua bolsa.

– Tchau – ele respondeu, sorrindo de lado e dando um breve aceno.

Annie fechou a porta e se virou, fazendo uma careta enquanto andava até sua casa.

Mal colocou os pés na humilde casa de subúrbio e pode ouvir os gritos lá de dentro. Ela soltou o ar pesadamente e girou a maçaneta, sendo inundada por gritos.

– Eu já falei para você sair dessa casa! Não sei o que ainda faz aqui infernizando a minha vida! – gritava Atena, com uma vassoura na mão. Frederick, o pai de Annabeth, fazia uma expressão com as mãos para ela manter a calma, mas Atena estava vermelha de raiva.

– Amor, eu já te falei que não te trai! – ele disse defensivamente.

– Claro que não! Eu só peguei uma vadia trepando em você, Frederick! Suma da minha frente, o pedido de divórcio está ali em cima da mesa há semanas! Não sei porque não assinou ainda!

– Ah, meu moranguinho, quando vai me perdoar?

– Nunca seu cretino... – Annabeth parou de encara-los fixamente (vendo que eles tão pouco notaram a presença da garota) e ela subiu as escadas correndo, segurando as lágrimas.

– Annabeth?! – chamou Atena, mas ela ignorou e continuou a subir as escadas correndo até chegar ao seu quarto e fechar a porta com força.

Todo dia era aquele inferno dentro daquela casa. Seus pais brigavam pois supostamente Frederick havia traído Atena, mas, no final da noite, ela sempre ouvia barulhos estranhos vindo do quarto do casal. Ela não entendia que infernos era aquilo, mas todo dia de manhã tinha que se sentar na mesa e encarar o formulário de divórcio, pensando quando seu pai iria assinar e sair de sua vida. Ela tinha vontade de fazer picadinhos daquele papel, não poderia suportar ver seus pais separados.

Com a respiração pesada, ela entra no banheiro e toma um banho, tirando todo o suor e cansado daquele dia. Vestiu roupas confortáveis que basicamente era uma calça jeans com um moletom, e se sentou na escrivaninha para estudar. Não conseguia se concentrar, era um inferno toda noite. Ainda conseguia escutar os gritos de sua mãe lá embaixo, o rock pesado no quarto de seu irmão e o latido do cachorro da vizinha.

Essa era a vida dela, um verdadeiro inferno. Ela estava tão cansada daquilo que não conseguia nem mais reunir forças para fazer outra coisa a não ser estudar para passar na faculdade.

Fazia duas semanas que enviara a sua carta de admissão para Oxford e Cambridge, suas faculdades dos sonhos, e até agora nenhuma resposta, o que a deixada ainda mais tensa.

Annie respirou fundo e abriu a gaveta, tirando um frasco com pílulas. Pegou duas e colocou na boca, bebendo a água quente de uma garrafinha em cima da escrivaninha. O remédio, Ritalina, a ajudava a se concentrar e ela praticamente esquecia de tudo que acontecia ao seu redor e só prestava atenção nos livros. Abriu o livro de física, assim como o caderno, e começou a rabisca fórmulas e resolver problemas de lógicas que o professor havia passado como dever de casa.

Geralmente, Annie era odiada na escola de Bristol. Principalmente pelas garotas. Não que ela fosse uma vadia ou a que ferrava todos, mas simplesmente porque ela era incrível. Annabeth conseguia ser a mais nerd da escola e a mais desejada, coisa que num total não andam juntos.

Annie puxou novamente a gaveta e tirou de lá um cigarro de maconha, acendeu com um isqueiro e o levou até os lábios com agilidade, tragando. A Ritalina deixava-a concentrada e não mais relaxada, isso só a maconha conseguia fazer. Esse era o conjunto que ela precisava: Ritalina e maconha. Suas melhores amigas.

Algum tempo depois alguém bateu na porta do seu quarto, fazendo a garota tomar um susto e apagar correndo o cigarro de maconha quase no fim. Ela jogou o resto pela janela e ligou o ventilador para o cheiro se dissipar. Bateram mais forte na porta.

– Já vai – ela gritou, esperando um pouco a fumaça se dissipar.

Ela abriu a porta e deu de cara com seu irmão mais velho, Malcom, um vagabundo que não faz faculdade e acha que trabalhar num restaurante vai garantir a vida dele toda.

– Nossa, maninha, as coisas aqui dentro estão sinistra. Bob Marley andou te visitando? – ele perguntou de maneira sarcástica.

– O que você quer, idiota? – perguntou sem nenhuma paciência, cruzando os braços em frente ao peito e olhando no rosto de seu irmão. Ele era bem parecido com ela, menos os olhos que eram escuros.

– Acho que andaram te vigiando, pois está na cara o porquê de você não ter entrado na universidade – ele caçoou da garota, que apenas fez com ela se irasse e gritasse com o mesmo.

– Fala logo!

– É para você.

Malcom apenas estendeu três envelopes para Annabeth e saiu rindo para dentro do seu quarto. Claramente ele havia aberto a correspondência de Annabeth, como sempre. Annie entrou no quarto e fechou a porta com força. Seu irmão era um capeta, e se não era poderia se passar.

Suas mãos tremiam ao carregar os envelopes refinados para a cama. Ela se sentou e ajeitou os envelopes um do lado do outro, pensando no qual iria abrir primeiro. Ela estava nervosa, aquilo era o futuro dela, era algo que poderia mudar de vez toda aquela vida infeliz. Por fim, pegou o envelope com o selo da Cambridge e tirou a carta lá de dentro.

Era a faculdade de seus sonhos, a segunda melhor faculdade do Reino Unido, a melhor faculdade para o curso que ela queria fazer. A faculdade mais acessível a ela e a que certamente se daria melhor. Ela tinha que passar, não tinha como ser recusada, não é? A nota mais baixa que tirou foi um 7 em história no primeiro ano.

Ela puxou a carta, mas não era de admissão e sim de rejeição. Annie olhou incrédula para o papel e sentiu um peso enorme em sua cabeça, como se o céu tivesse desabando sobre ela. Engoliu em seco e fungou, deixando a carta na cama e pegando a próxima, de Cambridge. Recusada, também. A próxima e última era de Londres. Se fosse recusada ela estaria perdida. Teria que novamente sair desesperada enviando cartas para faculdades, esperando ser aceita em alguma. Tirou lentamente a carta dentro do envelope, mas bem no topo já estava pedido recusado.

Ela jogou tudo no chão e passou a mão no rosto. Era como um grande furacão rodando em torno dela, a sugando, trazendo o caos. Annie se sentou no chão, em posição fetal, abraçando seus joelhos e começou a chorar.

Coisas assustadoras começaram a passar em sua cabeça e o medo se alojou em seu coração. Ela não sabia se era real, só sentia o medo. Eram alucinações que estavam a assombrando. Ela queria gritar, mas não conseguia. Tinha algo errado, ela queria gritar. As alucinações, ela queria mandar aquilo embora. Mas estava na cabeça dela, tudo na cabeça dela. Como mandaria embora? Eram coisas assustadoras, demônios e vozes. Ela estava alucinando por conta dos remédios e da maconha. Sem dúvidas era por causa disso. Mas ela estava assustada.

Pegou o celular no bolso e tremendo tentou ligar para Nico. Caiu na caixa postal rapidamente. Tentou ligar para sua melhor amiga, Thalia, mas ela também não atendeu. O desespero tomou conta dela e ela tentou gritar, mas nenhum som saia de sua boca. As alucinações continuavam. Ela tentou ligar para Percy então, ele atendeu no segundo toque.

– Annabeth? Oi? – ele falou do outro lado da linha. Annabeth não respondeu, apenas ficou quieta ouvido a voz dele, ainda assustada – Annabeth? Annie? Você está ai?

– Percy... – ela se forçou a falar, sua voz saiu num sussurro mesclado ao terror e medo.

– Annie?! Annie, o que aconteceu? Tudo bem? Por que você está falando dessa jeito?

– Percy... – ela disse novamente, não sabia como falar, não sabia o que falar – Vem... pra cá.

– Annie?! Estou ficando preocupado, o que aconteceu?

– Monstros, Percy... por favor.

E Annie desligou, soluçado. Olhou para os lados, procurando algo, mas não viu nada. A janela balançou e ela tomou um susto, subindo em cima da cama e se escondendo embaixo das cobertas. Vai passar, não está acontecendo nada, é coisa da minha cabeça, coisa da minha cabeça, ela tentava convencer, mas ainda estava assustada e vez ou outra ouvia vozes sussurrando em sua mente. Ela se arrependeu, e muito, de ter tomado remédio e depois fumado.

Não saberia dizer quanto tempo passou, mas Percy se deitou na cama puxando o corpo pequeno de Annabeth para ele. O moreno a abraçou e ela ainda estava num estado paralisado.

– Annie, o que aconteceu? – ele perguntou de forma calma e doce.

– Eu... eu... – ela tentou dizer, mas não conseguia.

– Ok, shh... apenas descanse – ele disse, beijou a testa dela e acariciou seus cabelos até a mesma dormir.

Nenhuma voz falou mais em sua mente e as alucinações pararam. Nem sonhos ela teve aquela noite.

***

Quando Annabeth acordou, teve a surpresa de ver Percy ao seu lado, com os braços protetoramente em torno dela. Aquilo era estranho, muito estranho. Geralmente não dorme com um garoto assim, somente depois de uma transa, o que não é o caso. Afastou os braços lentamente do garoto e deu um pulo da cama, correndo para o banheiro.

Que diabos havia acontecido? Ela não se lembrava direito. O coração dela batia muito forte, ela estava confusa. Aquilo não podia continuar. Ela não poderia continuar com Nico enquanto seu coração batesse por Percy. Chega de caminhar errado, vai que é por isso que nada na sua vida dar certo, como um castigo.

Annabeth tomou um banho rápido e vestiu uma calça jeans com uma blusa xadrez por cima de uma regata branca. Pegou sua bolsa de lado e saiu do quarto, deixando Percy dormindo ainda. Era uma tentação para a Annie deixar o moreno ali, mas tinha que resolver uma questão primeiro, antes que ela enlouquecesse.

Desceu as escadas correndo e se surpreendeu pelo silêncio que estava a casa. Sai disparada para a rua e andou até a casa de Nico. Era detestável não ter um carro, as vezes pegava o do seu irmão, mas agora não seria possível já que a lata velha fazia muito barulho e anunciava para deus e o mundo que alguém estava saindo. Enquanto caminhava, ouvia música no seu fone de ouvido. Aproveitou e mandou mensagem para Nico dizendo que estava a caminho. Eram 10horas e o garoto devia estar voltando da igreja que era obrigado a ir pela sua mãe.

Annie bateu na porta da casa dele e quem atendeu foi Maria.

– Annabeth! Querida, que bom te ver – ela deu um abraço apertado na loura, que devolveu de forma desajeitada. Agora ela estava nervosa. Não é todo dia que desmanchava um namoro.

– Bom te ver também, srtª Di Angelo. O Nico está? – perguntou, dando um sorriso de canto e ajeitando a alça da bolsa em seus ombros.

– Sim, está lá em cima, irei chamar ele – ela anunciou, mas quando estava se virando Annie se apressou em dizer:

– Tudo bem, eu vou lá – deu um sorriso para Maria e passou pela mulher, subindo as escadas bem conhecidas.

Bianca acabara de sair do quarto dela e passou por Annabeth esbarrando no ombro da loura de propósito. Annie ignorou e entrou no quarto de Nico sem bater. O quarto estava todo escuro, a cama toda bagunçada, pôsteres de bandas colados nas paredes. Nico estava jogado na cama, a coberta o cobrindo. É, hoje ele decidiu não rezar. Annabeth ficou parada na porta, tentando ver quem estava ao lado dele, mas o quarto estava escuro demais e sua visão não havia se acostumado.

Com raiva, decidiu acender a luz e chutar a cadeira próxima, provocando um estrondo e acordando assustado o casal deitado na cama. Annabeth olhou incrédula a cena, a boca escancarada. Sabia que Nico a traia às vezes, até a própria fazia isso. Mas aquilo era demais. Ela nunca havia flagrado... e também, a pessoa que ele estava... Ela sentia ânsias.

– Bela cena – Annie comentou, irônica.

– Annie... – disse Thalia, envergonhada, com o lençol cobrindo-a até o pescoço; como se Annie não soubesse que ela estava nua.

– Annie é o caramba! Nico, seu filho da puta. Traindo com a minha melhor amiga?! Isso é baixo até mesmo para você! – ela disse, não se importando em falar alto.

– É mesmo Annie, aprendi com você, que inúmeras vezes me traiu com Percy. Meu melhor amigo – disse Nico.

– Thalia, Luke te ama, é louco por você! Você não tinha o direito de fazer isso com ele!

Thalia abaixou a cabeça, decidida a não discutir com Annabeth. Todos ali não tinham nenhum direito de fazer nada, e muito menos de falar. Nico não ficou quieto, o garoto não estava envergonhado, achava mais aquilo como vingança. Sabia que Annabeth vivia escondido com Percy e para ele aquilo já deu o que tinha que dar. Ele seguiu seus instintos, que estavam apontados para Thalia, assim como da punk para o moreno.

– Você não tem que falar nada Annabeth, é mais errada que todos nós juntos.

– É, tem razão – disse Annabeth, com uma careta amarga. Ela olhou para Nico profundamente, até admirando o garoto por continuar falando com Percy após saber que ele transava com a sua namorada. Será que ela conseguiria falar com Thalia? Não por Nico, mas por causa de Luke... o garoto era louco por Thalia... – Terminamos, oficialmente então. Tchauzinho.

Annabeth se virou e fechou a porta do quarto. Bianca passou novamente no corredor e entrou no quarto com um risinho de deboche. Bianca estava adorando ver Annie provar do próprio veneno. Annabeth passou furiosa pelo corredor e desceu as escadas, nem se despedindo de Maria. Ok, respira, não tenho com o que me enfurecer, eu fui ali justamente para terminar com ele.

[...]

A noite estava se aproximando e Annie já estava a caminho do trabalho. Vestia calça jeans e um sobretudo, a bolsa com suas roupas estava penduradas sobre o ombro. A maquiagem forte e ousada já estava em seu rosto e os cabelos caiam sobre o ombro como cachinhos feitos no babyliss. Ficou a tarde toda sem falar com Percy e com ninguém. O moreno devia ter enviado umas vinte mensagens preocupados com ela, mas ela não respondeu nenhuma. Thalia também enviara mensagens pedindo desculpas e pedindo para não contar para Luke, que ela iria contar na hora certa.

As cartas de rejeições da faculdade a essa hora eram cinzas dentro da lixeira; e era isso o causador do mal humor de Annabeth nesse fim de tarde.

Ela finalmente chegou ao bar e entrou sem cumprimentar ninguém. Vestiu a roupa de garçonete e começou a trabalhar, servindo os clientes e anotando pedidos. O bar estava lotado, uma vez que era domingo e tinha jogo. Quando estava voltando para a cozinha e pegar uma porção de batata fritas, seu chefe, Damien, a parou.

– Annabeth, o que você está fazendo? – ele perguntou, cruzando os braços com uma expressão séria. – Está com uma cara fechada e não está agradando os clientes.

Annabeth suspirou e olhou para o lado, mordendo o interior da bochecha. Damien, por mais velho que seja, sempre fora atencioso com a garota e sabia de seus problemas (já que ela teve que contar todos para trabalhar ali, por pena, praticamente).

– Não entrei para faculdade, para nenhuma que enviei carta – confessou.

– Sinto muito – ele disse a abraçou meio desajeitadamente – Poderia te dispensar, mas hoje não dá, o bar está lotado e precisamos de você. Mas, para te animar...

Ele não completou a frase, apenas foi até o freezer e pegou uma garrafa de whisky, entregando para a garota. Ela deu uma risadinha e aceitou a garrafa de bom grado, pensando no quanto Damien era demais.

– Pronto, agora sim. Pronta? Já são nove horas...

– Sim, ok. Já sei – e saiu rindo para o banheiro com sua garrafa.

Vestiu o vestido vermelho provocante que cobria só meio palmo abaixo da bunda. O decote era grande e dava uma boa visão de seus seios avantajados. Annabeth colocou os saltos agulhas e a meia calça com liga. Finalizou com uma tiara na cabeça e já estava pronta. Ela já sabia que iria bater seu recorde de novo, o bar estava cheio.

Foi até atrás do palco e sinalizou para o DJ mudar para uma música sensual. Entrou no palco rebolando e atraindo todas as atenções para ela. Caminhou até o poste e começou a dançar e rebolar de forma sensual e provocativa, fazendo expressões que causavam a loucura dos homens. Cada vez que alguém colocava o dinheiro na caixa ela dançava até o chão com as pernas abertas, mostrando a calcinha vermelha, e depois subia, rodando no poste.

Enquanto dançava, captou um par de olhos verdes que rapidamente fizeram as bochechas dela pegarem fogo. Percy se sentou num sofá bem de frente a ela, com uma luxúria louca no olhar enquanto fumava. Annabeth deu um risinho, vendo que o garoto gostava muito do que estava vendo. Dançou e rodou mais um pouco, até ver Percy colocar uma nota bem generosa na caixa. Ela riu para o garoto e desceu sensualmente os degraus do palco, atraindo olhares de luxuria para seu corpo. Ela se sentou no colo de Percy de frente para ele, colocando cada perna ao lado do corpo dele, roçando suas intimidades.

– Ah, você não está fazendo isso – ele disse, com a voz repleta de desejo.

Annabeth jogou a cabeça para trás e rebolou no seu colo, segurando seus ombros. Todos os olhares se concentravam em neles, os homens pensando no quão sortudo aquele garoto era. Annabeth olhou profundamente para Percy, que sorria malicioso. Levou o dedo médio e indicador até a boca e o chupou até o fim.

– Já está acabando, me espere e vamos para sua casa – ela sussurrou no ouvido dele.

Percy estava tão desnorteado que nem respondeu. Annabeth saiu de seu colo e subiu ao palco novamente, finalizando a apresentação e saindo do palco. Se trocou de roupa no banheiro dos funcionários e quando desceu, Damien a esperava com sua caixa.

– Hoje foi perfeito, garota – ele disse, a abraçando de lado – Não precisa tirar os 15%, pode ficar tudo para você hoje, como um presente. Torço para que entre para a faculdade, você merece.

– Muito obrigada, Dam – ela disse, animada; e beijou a bochecha do homem.

– Seu namorado está te esperando lá fora – ele disse, bagunçando os cabelos da loura de implicância.

Annabeth riu e saiu o mais depressa possível do bar, indo até o carro de Percy. Ela se jogou no banco, deixando sua boca e a caixa em qualquer lugar e o beijou. Era só isso que importava agora. Ele.


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Notas finais do capítulo

Olá gente, de novo. O que acharam? Críticas? Comentários? Não vai gastar nem um minutinho do seu tempo, e por que não? Eu gastei duas horas nesse capitulo para vcs, acho que mereço sua atenção com seus comentários....
Beijos!



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