Teen Paradise escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 5
Luke


Notas iniciais do capítulo

ai que saco minhas notas apagaram tenho que escrever de novo e nao lembro qqq
sorry gente pela demora e tal, mas é que estou participando no desafio de song fic aqui no nyah e tenho que postar todo dia se quiserem ler a fanfic é Legendary Lovers e é Percabeth!
então, também demora aqui por que é bem dificil escrever Teen Paradise, cada cap é com um personagem e tem que desenvolver toda a história num cap só e tal... complicado. O prox é da Annabeth, então vai demorar ainda mais por que ela é o tipo de personagem cheia de probleminhas e personalidade.
Bem, enjoy



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O apartamento de Luke era o estilo de um garoto podre de rico. Totalmente mobiliado com peças lustrosas e cada coisa em seu devido lugar. Embora o interior fosse belo, o exterior era decadente. Luke não poderia chamar muito atenção, de forma que morar numa cobertura cinco estrelas era totalmente dispensado.

O tempo estava aberto e o sol banhava Bristol com intensidade anormal, mas dentro do apartamento parecia que uma tempestade de raios acontecia.

– Luke! Você ainda tem tempo de desistir disso! Começar uma vida nova comigo, podemos fugir, ir para outro país, começar do zero, esquecer tudo isso – Thalia estava exaltada, as lágrimas rolando em seu rosto enquanto falava. Luke estava sentado no sofá, o cotovelo apoiado na coxa e o rosto entre as mãos. – Luke, o tráfico não vai te levar a nada!

A garota fuzilou Luke com seus olhos azuis, ela queria que ele estivesse olhando para ela. Mas ele não fazia isso e Thalia estava ficando com mais raiva. Ela caminhou até o garoto no sofá e empurrou seus ombros com força, fazendo ir para trás e suas costas se chocar contra o sofá. Thalia não conseguia domar sua raiva, ela agia sem pensar nas consequências. Ele a encarou mortalmente e se levantou. Ele era um pouco maior, de forma que Thalia tinha que erguer um pouco o queixo para encara-lo. Ela gostava daquilo, fazia-a parecer ameaçadora.

– Você vai acabar preso – ela cuspiu – e quando isso acontecer você vai está sozinho.

– Chega! – ele gritou, segurando os pulsos da garota com força. Ele a encarou de perto, o que fez Thalia tremer de medo por dentro, mas por fora ela não iria entregar os pontos. – Tudo que eu tenho veio do tráfico, e ainda vem me dizendo que ele não me levou a nada?! Todos me respeitam! Todos me temem! E você me adora, já que sou eu que banco suas drogas, então por que você não cala a sua boca?!

Thalia se afastou de Luke e lhe deu um tapa no rosto, usando toda a força que conseguiu canalizar de sua raiva. Luke a encarou, com o rosto endurecido, mas não iria bater nela. Não era agressivo com nenhuma mulher e além do mais, ele a ama. Ele daria a vida por ela. Daria tudo. Menos largaria o tráfico.

– Eu te odeio! – ela gritou de forma estridente e saiu tempestuosamente do apartamento dele, batendo a porta com tanta força que Luke pensou que ela iria se partir.

Imediatamente Luke se sentiu mal por ter usado aquelas palavras com sua namorada. Ela era sua única família. Ela e Annabeth; e ele cuidava delas com sua vida, não deveria magoar nenhuma das duas, mesmo que ambas façam coisas extremamente estúpidas.

Com raiva, ele estilhaçou uma estatueta de vidro que estava em cima de uma cômoda. O vidro se estilhaçou no chão, mas a raiva não. Ele queria ir atrás de Thalia, dizer que a amava e que sentia muito, mas sabia que a garota era cabeça dura e nunca deixaria as coisas tão fáceis assim.

As vezes, até achava que Thalia não gostava dele. Não como ele a amava. E isso deixava com que qualquer coisa envolvendo outro garoto se tornasse briga. Bem, teve uma vez que ele socou um garçom que meio que dera em cima dela.

O louro foi ao banheiro e abriu um cofre que ficava embaixo da pia. Tirou dali um par de lentes de contatos negras e a colocou no rosto. Após isso colocou uma camada de pó na maldita cicatriz que tinha no rosto (feita numa briga de faca com um cara da gangue rival) e colocou spray preto no cabelo. Ajustes ali, e lá, ele estava pronto para ir para seu ponto.

Se ele era traficante, o mais procurado de Bristol, não poderia andar por ai dando mole.

Luke saiu do seu apartamento correndo, indo até a garagem do prédio e pegando seu carro importado que usava para tratar de assuntos do tráfico. Ele era preto e turbinado, ótimo para correr e se esconder entre a mata quando estiver fugindo da polícia.

O caminho era conhecido, então Luke não demorou nem 10 minutos para chegar até o ponto de drogas, que na verdade era um galpão abandonado na periferia de Bristol.

– E ai, chefão – cumprimentou um drogado nojento, jogado no chão enquanto fumava um baseado. Luke passou reto por ele, sem nem ao menos olha-lo.

Ele caminha um pouco até chegar no ponto em que um garoto estaria te esperando para lhe pagar. Os jovens desesperados por dinheiro sempre ficavam interessados em entrar no negócio de Luke, já que 30 % do valor da venda permanece com o vendendo. E Helton, um jovenzinho de 15 anos, havia pegado 400 gramas de maconha três dias atrás para vender numa festa. Até hoje não viera pagar sua dívida com Luke, então o louro teve que mandar seus homens o pegarem. E ali estava ele. Helton, assustado como um gato medroso, os olhos castanhos tremendo, a testa suando.

Luke sorriu desdenhosamente e pediu para que os seguranças que seguravam seus braços o soltassem. Helton suspirou aliviado quando isso aconteceu.

– Então, onde está meu dinheiro? – perguntou Luke, segurando uma adaga afiada nas mãos. Ele passou a ponta da lamina calmamente no seu dedo indicador, olhando como um sádico para Helton.

– Eu vou te pagar, prometo. Mas nem todos que compraram me pagaram ainda, me dê mais três dias... – Helton implorou, como uma criancinha.

Luke gargalhou, o rosto sombrio.

– Olha garoto, não tenho paciência para amadores hoje, e você teve o azar de meu dia está sendo péssimo. Então é melhor você me dá a grana agora – rosnou Luke, com um olhar selvagem. O louro andou até o garoto e o segurou pela gola da camisa, deixando a ponta da adaga bem perto de sua garganta.

– O que você vai fazer co-comigo?

– Claramente não vou te matar, como poderia me pagar depois?

Dito isso, Luke abaixou a adaga e cortou o braço de Helton. Não foi muito grande e foi superficial. Um filete de sangue começou a descer pelo braço do garoto, nada preocupante. Luke colocou a adaga na sua calça e logo deu um soco na barriga de Helton. Ele gritou e se curvou de dor. Luke o jogou no chão e chutou novamente sua barriga e a cabeça do garoto. Ele gritava para Luke parar, mas nada adiantava. Após bons chutes, Luke parou e olhou com desprezo para o garoto.

– É isso o que acontece com quem não me paga. Meu dinheiro em três dias, se não pode se considerar morto.

Luke deu as costas e voltou para seu carro, não tendo mais rumo, já que havia resolvido os assuntos pendentes do tráfico e havia brigado com a pessoa que mais importava para ele.

***

– Luke, não sei como você ainda tem a cara de pau de chamar Thalia para esse passeio idiota – ralhou Annabeth, enquanto dirigia seu carro a caminho da casa da melhor amiga. Luke bufou no banco do carona e passou a encarar a janela.

– Não é idiota, Annabeth – rosnou. Annabeth deu de ombros, cientes de que não tinha como debater com o amigo. Ele estava mal por ter brigado com Thalia e queria mostra-las uma parte secreta da vida dele. Ele nem sabia por que, mas achava que já estava na hora.

Annabeth estacionou em frente à casa de Thalia e mandou um sms para a garota. Ela e Luke trocaram de lugar, já que a loura não estava muito afim de ficar pedindo orientações de onde ir.

Foram eternos cinco minutos até que a garota punk aparecesse na porta com suas roupas cheias de spikes, o olhar feroz e o cabelo bagunçado. Thalia caminhou até o carro e abriu a porta de trás com força, fechando-a estrondosamente.

– Irei mandar a conta do concerto pra sua casa, Thals – brigou Annabeth.

– Vai se foder, Annabeth e leva Luke junto com você – Thalia cruzou os braços e esperou impacientemente.

– Se for ficar fazendo birra igual a uma criança é melhor nem ir – disse Luke.

– Cala a boca e vamos logo.

Luke deu partida no carro e entrou numa rodovia. O rádio estava ligado, tocando os atuais hits do mundo, Thalia e Annabeth conversavam animadamente, deixando Luke totalmente excluído. Às vezes Annabeth tentava incluir Luke, mas Thalia prontamente mudava de assunto e ignorava a presença do namorado.

Ela realmente estava furiosa, e o mal da garota de quando está nesse estado é sair ignorando tudo e a todos.

O caminho foi longo, quase trinta minutos num silêncio perturbador.

Quando Luke finalmente viu a casinha verde sentiu seu estomago afundar. Isso era a coisa mais difícil que ele iria fazer. Sem dúvidas. Mas tudo bem, era uma antiga dívida entre ele, Annie e Thals. Luke estacionou e desligou o carro, olhando para frente tentando reunir coragem. Ainda há tempo de fugir, ainda há tempo de não mostrar a família que deixara para trás. Ainda há.

– Chegamos – ele anunciou, mas claramente não precisava.

– Não me diga, sr. Obvio – ironizou Thalia, para impaciência de Annabeth. O loura fez uma careta e pegou o celular.

– Saem do carro e se resolvam agora, não tenho paciência para suas bobeiras, vocês não são crianças! – ela ralhou, olhando feio para Luke e depois pra Thalia – Andem! O que estão esperando?

Thalia revirou os olhos, mas não se mexeu nem um centímetro. Luke resmungou algo sobre Thalia ser cabeça dura e abriu a porta do carro, fechando-a logo com força. Ele caminhou até a traseira do carro e esperou Thalia ali; a garota demorou um pouco para aparecer, mas logo caminhou birrenta até Luke, com os braços cruzados e os olhos elétricos.

– Thalia, você vai ficar com essa palhaçada mesmo?

– Que palhaçada, Castellan?

– Essa! Cara, você já saia de tudo isso quando aceitou a namorar comigo! Por que isso agora?

Thalia inclinou a cabeça para o lado e revirou os olhos impaciente. Luke ficou esperando por uma resposta, que não veio. E nem precisava. Ele já tinha noção do que se tratava. Thalia não gostava dele o suficiente, estava arrumando empecilhos para brigar e terminar. Embora esse fato lhe doesse o ego, ele não conseguia suportar ficar sem Thalia.

– Vamos esquecer isso, está legal? Sem brigas? – indagou Luke, chegando próximo da garota e tirando um saquinho com um pó branco. Ele estendeu para garota, com um sorriso de lado – Um presente de paz, aceita?

– Sem brigas... tá, mas... isso ainda é perigoso – Luke riu e puxou a garota pela cintura, beijando-lhe.

A boca de Thalia era macia e carnuda, tão convidativa e gostosa que Luke nunca poderia cogitar a ideia de enjoar. Ele subiu suas mãos para as costas da garota, apertando-a mais em seu corpo enquanto o beijo se aprofundava.

– Ok, casalzinho, vamos entrar? – perguntou Annabeth, saindo do carro com uma careta de nojo. Luke riu e segurou a mão de Thalia, já feliz por finalmente ter feito as pazes com a garota.

Eles caminharam em suspense até a entrada da casa onde Luke hesitou em apertar a campainha. Quem atendeu foi uma moça na casa dos 30 com um uniforme branco.

– Senhor Castellan, que bom que nos veio visitar esse mês – ela disse sorridente. Olhou para as meninas com preocupação – E trouxe visitas! May sem dúvidas vai amar!

Mesmo não sabendo quem é May e o que tudo aquilo significava, Thalia e Annabeth seguiram Luke para dentro da casa.

– Ela está na sala, irei preparar cookies e deixar vocês a sós – a mulher sumiu por uma porta e Luke se virou para as meninas com um olhar preocupante, quase envergonhado e com raiva.

– Não se assustem, May é a minha... – ele fez uma pausa, olhando para o lado e engolindo em seco – minha mãe. Ela tem alguns problemas... mas vocês insistiram em conhecer minha família biológica. Ela é minha única família.

Annabeth sentiu um aperto em sua garganta e teve vontade de chorar, pular nos braços de Luke e conforta-lo. Eles foram até a sala de estar, no caminho eles passaram por um corredor onde tinha alguns retratos na parede, inclusive de uma jovem muito bonita com um garotinho louro. A sala não tinha muita mobília, havia apenas o necessário, de modo que os dois sofás, as três poltronas e a mesinha de centro se encarregavam de toda a decoração do ambiente. Numa das poltronas vermelhas tinha uma senhora de ralos cabelos brancos, ela tricotava rapidamente, sem prestar realmente atenção no planejamento.

Seus olhos se pousaram em Luke e ela deixou o material de tricô cair no chão. A mulher se levantou e caminhou até Luke, o abraçando com força.

– Luke, meu menino, como foi a escola? Você está atrasado, eu já coloquei o seu almoço – ela perguntou num tom meigo, largando o filho e o olhando com doçura. Seus olhos verdes se direcionaram para as meninas, que permaneciam paradas ao lado de Luke, sem saber oque fazer. – Ah, são suas amigas? Aposto que uma dela é sua namorada. Sei como são os adolescentes, sempre namorando. Já fui adolescente, sabe. Me apaixonei, foi tão bom.

Ela continuou a tagarelar, voltando a se sentar na poltrona e pegando seu material de tricô. Luke se virou para as meninas, com os olhos carregados de dor. Ele odiava que elas o vissem assim, mas não podia se esconder pra sempre.

– Ela... ela tem um distúrbio e esquizofrenia – ele comunicou baixinho para as garotas. Conduziu ambas para um sofá e se sentou numa poltrona ao lado de Thalia – Mãe, essa é minha namorada, Thalia, e essa é minha amiga Annabeth.

– Oi, prazer em te conhecer – respondeu Annabeth educadamente.

– Oi – disse Thalia.

– Que gracinhas elas são meu filho, espero que nunca parta o coração de uma mulher como Hermes fez comigo. Mas tudo bem, Hermes, eu ainda continuo te amando, esperando que você volte um dia.

– Mãe, por favor, volte a realidade – pediu Luke num muxoxo.

– Ah filho, está é a realidade! Estou feliz que você tenha vindo, vou preparar uns biscoitinhos – ela já ia se levantando, mas Luke a interrompeu.

– Tudo bem, a Leey já foi preparar, sente-se.

Mas ela não se sentou. Ficou encarando as paredes, parecendo apavorada por algo. Annabeth e Thalia ficaram inquietas no acento, olhando o ambiente, mas não tinha nada. May começou a gritar e a colocar as mãos nos olhos. Annabeth e Thalia colocaram a mão nos ouvidos, olhando Luke em busca de ajuda. A enfermeira logo veio conferir o que estava acontecendo, mas May não parou de gritar. Luke e as meninas se levantaram, e Luke nada pode fazer a não ser leva-las para fora, indo embora.

***

– Luke, todo esse mato está me deixando irritada! – reclamou Thalia aos tropeços, enquanto Luke a guiava pela mão. A venda preta nos olhos da garota a impedia de ver qualquer coisa.

– Calma, já estamos chegando, doçura – ele zombou. Após alguns minutos de caminhada eles pararam. Se encontrava numa clareira, onde uma cachoeira se estendia a sua frente. Thalia cheirou o ambiente, prestando atenção. – Espere mais um pouco.

Luke se abaixou na grama e deixou a cesta no chão, logo retirando toda a comida lá de dentro e arrumando tudo em cima de uma toalha branca. Quando olhou para trás viu que Thalia não estava parada ali atrás, e sim andando despreocupadamente em direção ao rio da cachoeira. Luke correu até ela e a segurou erguendo a garota no ar e a rodando. Ela riu e se debateu, mas no fim eles acabaram dentro da água.

Thalia tirou a venda dos olhos e beijou Luke após dá uma rápida olhada pelo local. Eles começaram a rir e a jogar água um no outro.

– Que lugar é esse? – ela indagou, olhando mais uma vez em volta. O sol daquela manhã era incrível e deixava o ar abafado, mas era perfeito com aquela água gelada.

– Apenas um lugar especial – ele disse, mordendo o lábio da garota e a puxando para seus braços. – Para fazermos uma coisa especial...

Ele beijou novamente Thalia com toda a paixão e devoção que sentia pela garota. Thalia sorriu e tirou a blusa de Luke, entendendo o recado.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=mfiQuz6jfjs


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