Un Lazo Que Nos Une escrita por Raqueel Souza


Capítulo 27
Meu perverso


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii gente, feliz ano novo, primeiro cap do ano o/ eu consegui mds, nem creio. Bem, quero agradecer pelos comentários e pelo carinho de todas e ao mesmo tempo me desculpar pela minha ausência aqui, mil coisas mudaram na minha vida e isso se refletiu tbm aqui, agora que trabalho não tenho tanto tempo pra me dedicar a algo que amo tanto que é escrever, mas mesmo assi obrigada galera, por tudo, por não terem desistido de mim ♥ Bora pro cap gente ♥



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Paulina riu emocionada- Como é bobo. –deixou o bilhetinho sobre a cama e cheirou a rosa vermelha. – Que linda. – murmurou pensativa, quando ouviu o choro estridente de Arthur. – Ai meu Deus, filho! – disse pulando da cama, pegando sua camisola do chão, colocando-a e indo correndo até o quarto do garotinho.

... Ai filho... O que foi, bebê?-  questionou pegando em seus braços e tocando o pequeno rostinho. – Meu Deus, febre, muita febre!

...

...

...

— Paulina estava sentada na sala de espera do hospital, chorando desesperada acompanhada de Cecília.

Cecília- Minha filha acalme-se, vai dar tudo certo o Carlos Daniel já está lá dentro com o pequeno, ele me mandou uma mensagem dizendo que o bebê já está até no colo dele, que ele já parou de chorar e já está até rindo. – disse abraçando-a. – Calma, menina, calma...

Paulina- Ai... Graças a Deus... Eu não ia agüentar se tivesse acontecido algo a mais... Tadinho ele estava chorando tanto e com tanta febre.... – contou chorando, com culpa. – Foi tudo culpa minha. O que eu vou falar pro Carlos Daniel, meu Deus ele vai me matar.

Cecília- Você vai esperar os ânimos se acalmarem e vai contar a verdade pra ele. Louco de raiva ele já está, sabe que ele não vai se contentar com qualquer historinha, ele é louco por esse bebezinho e sabendo que ele saiu daquele coquetel chorando. Ai fico até preocupada, meu filho é louco. Mas calma amorzinho, a gente vai dar um jeito de segurar esse garoto.

Paulina- Maldita hora em que eu saí de perto do meu filho! – se martirizou.

Cecília- Sempre achei que seu namorado, apesar de tudo fosse uma boa pessoa, que meu filho estivesse exagerando em não querer que o Arthur ficasse perto dele, mas ... Jamais vou perdoar a atitude dele quanto ao meu neto. Desculpa, mas eu não vou perdoar nunca. –repetiu decidida.

Paulina- Eu juro pra você que não esperava isso dele, John me ajudou tanto com o Arthur, desde sempre, quando estava grávida, quando dei a luz. Não esperava essa atitude de quem me ajudava a trocar o meu bebê. Jamais passou pela minha cabeça que ele pudesse bater no meu filho.Quando vi meu filho chorando e ele o segurando pelo braço quase tive um ataque, que ódio.- falou em um misto de raiva e decepção.

Cecília- Eu imagino... –murmurou beijando os cabelos de Paulina. –Foi uma loucura, acho que era a última pessoa que você imaginaria que pudesse fazer isso.

Paulina- Claro, eu confiava plenamente nele, entende? Sempre foi atencioso,sempre fez de tudo por nós dois, o... O Arthur que sempre, bem, desde que começou a falar, começou a ter empatia por ele e eu não entendia o porquê já que era tão carinhoso e atencioso, mas... Ai eu não sei, não consigo entender.

Cecília- Crianças são muito sensíveis apesar de não ver maldade, mas agora vemos que essa empatia toda tinha algum fundamento. Que raiva desse seu namorado.

Paulina- Ex namorado. –corrigiu-a um tanto sem jeito.

Cecília- Ex? Ai... Está super certa em ter terminado, canalha.

Paulina- Cecília, eu... Eu... Não quero que diga ao Carlos Daniel.

Cecília- Que foi o John que fez isso como pequeno? Mas co...

Paulina a interrompeu- Não. Falo do termino do meu relacionamento com John.

Cecília a fitou sem entender- Mas... Como... Eu não entendo você... Bem... Eu não quero me meter, mas pensei que... Bem... Que estivessem juntos.

Paulina- Não, não estamos, na verdade é bem mais complicado do que você imagina. Simplesmente não sei o que fazer, eu... Amo seu filho. – confessou baixando o olhar. – Nunca deixei de amá-lo, ele... Me machucou muito sabe, e eu de verdade tentei odiá-lo com toda a minha alma, mas é o meu perverso favorito, entende?! –confessou rindo e chorando ao mesmo tempo.

Cecília sorriu e a abraçou- Eu entendo meu bem... Imagino o quanto deve ter sido difícil, como mulher e ainda mais como mãe, não deve ter sido nada fácil. Não sei se suportaria, mas a vida jogou com vocês, quem diria que você ia engravidar. Eu perguntei pra vocês no dia da sua festa se vocês estavam se protegendo, lembra? Questionei, eu disse que você estava diferente.

Paulina- Sim, foi nesse dia que tudo aconteceu. Você me disse que estava com a pele mais vistosa, com um olhar diferente, que estava com cara de grávida. Fiquei super com medo e achei estranho também,  mas nem imaginava que estava certa.

Cecília- É foi uma surpresa e tanto, quando Carlos Daniel me contou, nem acreditei. Fiquei um pouco brava no início porque bem, ele... É terrível. Mas aí ele me contou que era seu o bebê, fiquei brava de novo porque você era uma criança na época. Ai filha eu morria de medo disso acontecer, porque também fui mãe muito nova e sei de todas as conseqüências, tive que abrir mão de tanta coisa pra cuidar dele, sei o quanto foi complicado, e quando ele repetiu isso quis matá-lo. –contou olhando-a apreensiva. –Mas quando eu vi aquela coisinha tão pequena e linda, me derreti inteira. Aquele sorrisinho safado de Carlos Daniel, eu olho pra ele volto no tempo, como pode ser tão igual?

Paulina- Eu me pergunto isso todos os dias desde que ele nasceu. Não dava pra esquecer ele se olhava pro meu filho e o via em cada traço, nos olhos, nas expressões, quando ele apronta e olha com a mesma cara. O jeitinho todo doidinho, arteiro.

Cecília- Nem me fale é igualzinho, eu olho pro Carlos Daniel e ele já faz aquela cara, revira os olhos todo desconfiado fazendo perguntas aí já sei que ele fez merda. E o Arthur é a mesma coisa. Claro, convivemos pouquíssimo até agora, mas como ele é agitado já notei, corri tanto naquele coquetel, não preciso fazer aeróbica por uma semana. – contou rindo.

Paulina- Minha vidinha. –sorriu orgulhosa. – Ele é todo terrivelzinho... No início, logo nos primeiros meses, já dava pra notar que ele seria agitado, ele não queria ficar no bercinho só no colo, eu brincava com ele e ele queria que ficasse o tempo todo só com ele brincando, não podia fazer nada, achava que tinha algo errado pra ele ser assim, e até hoje, vejo bebês da idade dele super quietinhos, que claro, são agitadinhos, mas que não falam igual a ele, não fazem perguntas, ele está muito precipitado, de uns mês e meio pra cá ele entrou  em uma onda de “por quês” que está me assustando.

Cecília- O pai dele também era assim, babá nenhuma agüentava o Carlos Daniel, meu Deus.

Paulina- Ai... Imagino... É...  Estão demorando tanto, né? – perguntou mudando de assunto, preocupada.

Cecília- Verdade, o Carlos Daniel disse que estavam saindo, mas... Se demorarem mais eu vou atrás deles.

Paulina- Ai e a Carol que não chega, liguei pra ela faz tempo.

Cecília- Calma você ligou tem meia hora, esse hospital é afastado. –disse acalmando-a. –Ali ela, Carol? – a chamou.

Paulina- Ai amiga que bom, que você está aqui. –disse indo abraçá-la, aflita.

Carol- Calma amiga... Foi o que estou pensando, né? Aquele ridículo machucou mesmo o pequeno.

Paulina- Foi... Foi isso, e... Nossa estou super nervosa o Carlos Daniel entrou com ele, porque apesar de nervoso tinha mais condições que eu... Eu não conseguia nem falar, só mandei mensagem pra ele e ele foi correndo buscar a gente.

Carol- Ai pelo amor de Deus, Paulina esse cara é um louco... Quando que a gente ia imaginar que ele faria algo assim?

Paulina- Nunca, né?!

Cecília-Carol, agora que você chegou, vou deixar ela aqui com você porque ela está muito nervosa, vou entrar atrás deles.

Carol- Tudo bem dona Cecília. – disse vendo-a atravessar depressa a sala. – Você já contou pra ele? – perguntou se sentando junto com Paulina.

Paulina- Não, ainda estou pensando como vou falar isso pra ele... Ele vai querer me matar, já me questionou mil vezes e como eu só conseguia chorar, me safei, mas agora...

Carol- Eu imagino ami... Paulina? Porque você está com roupa de frio nesse calorzão? Miami inteira nas praias e você em plenos 32°F aí toda maluca com essa roupa. Eu em, tira isso. – falou puxando o lenço de seu pescoço e vendo alguns “hematomas”.

Paulina- Me devolve isso aqui. – disse irritada tomando o lenço de suas mãos, olhando-a envergonhada.

Carol a olhou com um meio sorriso – Paulina do céu... Não acredito nisso. Meu Deus, você... Você... Agora eu entendi isso tudo... Putzz isso tudo foi no coquetel?

Paulina- Xiiiiu escandalosa, ai que vergonha.

Carol- Você deu pra ele, né? Finalmente meu Deus... Amiga, ahh não por isso essa roupa, você deve estar destruída.

Paulina- Cala boca Carol, vamos falar de outra coisa...

Carol- Não... Agora eu quero ver, tira isso daí. –disse puxando a blusa da amiga.

Paulina- Não Carol... Não... Sai amiga. – se esquivou tentando se afastar.

Carol- Só me diz uma coisa... Foi o Carlos Daniel, né? –perguntou séria. - Claro que foi. – respondeu sua própria pergunta. – Ahhh depois eu quero saber tudooooo, com os detalhes mais sórdidos e você vai me deixar ver essas marcas aí, viu? Quero ver tudo.

Paulina- Mas amiga.

Carol- Xiiiiiiiu, você vai me mostrar. É que ele me disse um dia sem querer que quando te pegasse você ia pagar por todas as vezes que fugiu dele. Ai adorooooo, você vai me mostrar viu querida? E vai me falar tudo.

Paulina- Tá... Tá, sem escândalo. – pediu envergonhada.

Carol riu- Hmmm deve ter dado a noite inteira e agora fica fazendo a santa. – cochichou .

Paulina- Carooool...

Carol- Amiga o boy te deixou toda mole, não foi? Pode falar Paulina eu sei, nossa, ainda mais ele... Meu Deus.

Paulina- Carooooool... –murmurou entre os dentes.

Carol- Afff Paulina, não tem ninguém aqui, é hospital de rico, já viu rico ficar doente?

Paulina- Caroooool xiu! Olha lá, eles estão vindo... Aiii que vergonha. – murmurou olhando Carlos Daniel de longe com Arthur nos braços. – Eu mato o Carlos Daniel, juro que ele estava com uma camisa de manga cumprida.

Carol começou a rir – Paulina do céu... –murmurou reparando em algumas marcas em seus braços musculosos.

Paulina- Por que ele tá com essa blusa meu Deus, que vergonha.

Carol- Pelo menos dá pra ver que o Arthur está melhor. – falou se aproximando com Paulina.

Paulina- Graças a Deus, como ele está? – questionou distribuindo vários beijinhos pelo rosto de Arthur. – Tá doendo muito ainda, bebê? Fala pra mamãe, pequeno. E essa tipóia? – perguntou vendo o bracinho imobilizado. - O que ele tem?

Carlos Daniel suspirou já mais calmo. – Foi uma sub-luxação no ombrinho dele, que é basicamente uma luxação leve, um trauma na articulação iniciando um processo infeccioso dos tecidos, por isso a febre alta.

Cecília- O que? Mas em tão pouco tempo?

CD- O médico me explicou que foi como se tivessem tentado separar o bracinho do troco, e ele disse que pode afirmar quase com certeza que é impossível uma queda ter ocasionado tudo isso. –contou, fitando Paulina sério.

Paulina- Ah... Impossível? –questionou sem jeito. – Mas... E... E agora?

CD- O doutor passou os antiinflamatórios adequados pra idade dele, deu uma injeção que me doeu até na alma o ver tomando, e... Bem, ele vai ter que ficar com a tipóia por pelo menos vinte dias, né garotão? – perguntou beijando os cabelinhos do garoto.

Arthur- Ahaam... – concordou um tanto sonolento. – Mais eu sou foite, e estou bem.

Paulina o pegou em seus braços o abraçando. – Oh meu homezinho, a mamãe ficou com tanto medo.

Arthur- Eu não, poique o papai Cailos Daiel me dizeu foite.

Paulina fitou Carlos Daniel sorrindo. – É meu amor, o papai está certo você muito forte.

CD- Vamos pra sua casa ou pra minha? – Perguntou olhando-a sério. – Precisamos conversar, você sabe. –disse bem próximo a ela.

Carol fitou Cecília- Uii já está nessa sua casa ou a minha...

Paulina- Xiu Carol.

Carlos Daniel sorriu sedutor – Tá um calor aqui, né gente? Porque esses agasalhos todos? –provocou.

Paulina o fitou séria- Você é ridículo. – respondeu fitando as marcas expostas em seu pescoço e braços. – Qual a necessidade de tirar a blusa de mangas cumpridas?

CD- Calor pequena, muito calor.

Paulina- Você me mata de vergonha. – sussurrou com raiva.

CD- Culpa sua meu amor, essas marcas não se fizeram sozinhas, muito pelo contrário.

Arthur- Quisso papai? – perguntou tocando alguns arranhões no braço do pai.

Carlos Daniel sorriu mordiscando seu lábio inferior e fitou Paulina. – Isso filho, então... O papai encontrou uma gatinha muito linda, a mais linda de todas, aí ela me arranhou quando fui pegar ela no colo sabe.

Arthur- E... Você tazeu ela pla mim? –insistiu.

CD- Não dava filho, viu como ela deixou o papai?

Arthur- Eu sá dizí pla Palina que eu quelia um gatinho, ou um gatinho mulei, mais ela dizeu “não filo”.

Carlos Daniel sorriu e beijou a testa do pequeno. – Um dia o papai te dá um gatinho.

Paulina- É que você ainda é muito pequeno e gatos são sujos, e você.... – falou se referindo a Carlos Daniel. – É ridículo, gatinho. –ironizou irritada.

Carol- Gente, numa boa, parou de ficar cochichando, a gente também quer ouvir. Não é, dona Cecília? –perguntou cutucando-a.

Cecília- É, claro... – respondeu atendendo o celular. – Com licença, já volto. – disse se afastando.

Paulina- Vamos pro meu apartamento? Vem amiga, você também.

CD- Vamos, eu já acertei tudo com o hospital.

Carol – E sua mãe?

CD- Ela está com o carro dela, eu aviso depois.

Carol- Deixa até a mãe pra trás, dá valor em amiga?!

Paulina- Carolinaaa, você fala demais.

 CD- É isso aí Carol, alguém precisa ficar do meu lado.

...

...

...

Apartamento de Paulina

 

 

...Ela cheila a pózinho de fada e tiqueti.

CD- A mamãe cheira a que?

Arthur- Pó de fada e tiqueti.

CD o beijou na bochecha. - Oh meu pequenininho... Quer dizer que a Paulina cheira a pó de fada e chiclete?

Arthur- Athui ama cheilinho de mamãe. - respondeu sorrindo.

CD- Tá doendo o bracinho ainda , anjo? -perguntou preocupado. 

Arthur- Não... Poi que a minha Palina tá demolando? 

CD- Foi pegar sua mamadeira, meu pequeno. - sorriu beijando os cabelos do menino.

Arthur- Selá que ela foi compai mais pó de fada? -questionou, olhando-o  pensativo. 

CD- Não sei filho... Talvez sim. - respondeu paciente, acariciando os cabelinhos dele. - Que susto você deu na gente, em Molequinho? Acho que nunca fiquei tão desesperado. 

Arthur - O que susto?

CD- Susto é... Algo que  se "sente" quando ocorre algo inesperado, que te preocupa. 

Arthur- Ah... Mas agola eu tô legal “cala”.

CD- Hmmm cara, vê se pode.

Arthur- Cailos Daiel dizeu “cala”, então Athui dizeu "cala" também.

Carlos Daniel o beijou na bochecha varias vezes. - Hmmm meu galã lindo e gostoso, papai te ama filho. 

Arthur- Papai também te ama filo. - disse contornando seu rosto com os dedinhos.

CD riu- Não, tem que ser “também te amo papai” . Porque eu sou seu papai e você é meu filho.

Arthur- Athui filo?

CD- Aham.

Arthur- Cando Athui papai?

CD- Vixe só quando for grandão.

Arthur- hmm... Tesselante.

CD- É interessante, amor? - o beijou. - Gostoso.

Arthur- Eu sei. 

Carlos Daniel o olhou- Ai ai ai, não creio. Metidão em! 

Arthur- Mas eu gotoso, sá me dizelam. -murmurou sonolento.

Paulina- Aqui pequeno. -disse entrando no quarto, e inclinando- se dentro do bercinho. - Nossa já está quase dormindo. - beijou o menino.

Arthur- Palina tiqueti e pó de fada... -balbuciou.

Paulina- O que? - perguntou colocando a mamadeira na boquinha do bebê. 

Carlos Daniel sorriu observando-os. - Ele disse que você cheira a pó de fada e chicletes. 

Paulina sorriu um tanto sem jeito. - Meu Principezinho.

CD- Pode deixar que... Eu dou a mamadeira, amor. - disse tocando a mão dela. 

Paulina- É... Claro... Pode dar. - respondeu nervosa, dando espaço a ele. 

CD- Não esquece que temos que conversar.

Paulina- Tudo bem... - respondeu saindo do quarto.

...

Carol- Nossa Paulina, demorou né... - disse vendo- a entrar na sala desconsertada .

Paulina- Porque... Não eu... Estava dando mamadeira pro Arthur e... Falando com ele aí...

Carol riu- Um poço de culpa.

Paulina- Do que está falando? 

Carol- Você nem demorou.

Paulina- Então por que está enchendo o saco? - perguntou se sentando ao seu lado.

Carol- Conta tudo. Quero desde o início. –exigiu vendo-a sentar-se ao seu lado. – Vai minha filha, o que rolou lá no coquetel, onde vocês estavam lá? E essas manchas no corpo todo? Você deu pra ele lá?

Paulina- Amiga, cala a boca! – disse tentando fazê-la parar.

Carol- Grossa, fala logo. – insistiu impaciente.

Paulina- Não fica falando que eu dei, isso é desagradável. Tá... Eu dei.

Carol- Ahhh não brinca, isso tá na cara né Paulina, quero detalhes meu amor, aqui a gente só trabalha com detalhes sórdidos.

Paulina- Ok... Ok, mas vamos falar baixo porque ele está ali do lado. – advertiu. –É... Não tem o que contar, só rolou e pronto... Bem, eu provoquei ele, confesso, estava morta de ciúmes daquela ‘putinha’ que ele levou você viu que corpão? E o tamanho dos peitos dela, olhos azuis, loirona toda poderosa, afff só de pensar me dá um ódio. Enfim, aí eu comecei a provocar ele com o John, fazendo carinho, beijando ele toda hora afinal, sabia que o Carlos Daniel estava me olhando. Ele  levou uma mulher linda, eu precisava maltratar, a gente ficou um tempão só se provocando e como já estava ficando irritada resolvi beber e sair da vista dele.

Carol- E???

Paulina- E ele foi atrás de mim depois de um tempo, foi todo doido me puxando pelo braço e me puxando para um corredor enorme, eu briguei com ele, tentei escapar, mas quando vi já estava em uma salinha lá. – contou receosa.

Carol- Hmmm salinha.- repetiu sorrindo. – E?

Paulina- Você não vale nada, né Carol? –disse brincalhona. – E... A gente discutiu eu estava puta com ele.

Carol riu- Puta com ele ou puta para ele? –indagou maliciosa.

Paulina- Nossa... Xiu, tá?! Eu estava muito brava com ele, o acusei de várias coisas e ele também me acusou, estava bem grosseirão, um ogro. Só que ele é o ogro mais gostoso que já existiu, e ficou me provocando e... –cobriu o rosto com as mãos, envergonhada. – E quando eu vi ele já estava me chupando. – pronunciou muito rápido.

Carol a olhou- O QUÊ??? Péraí, eu ouvi mesmo isso? Todos os sócios dele, vários nomes importantíssimos naquele saguão, várias dondocas frescas lá falando de grifes caras e suas futilidades e a minha amiga, sendo chupada pelo milionário maravilhoso. Meu Deus como podia imaginar.

Paulina- Xiiiiiiiiu Carol cala a boca! –disse envergonhada.

Carol- Continua amiga, quero saber a parte da fodeção.

Paulina- Meu Deus, fodeção, minha amiga é uma maloqueira, louca, pornô .

Carol- Contaaaaaaaaa.

Paulina- Ok, depois de todo o rolo do coquetel ele veio aqui e discutimos, porque ele achou que depois de tudo o que rolou eu tinha vindo com o John pra minha casa. Nós discutimos e ele estava todo possessivo aí me agarrou todo bruto, ficou me dizendo mil coisas e rolou... Rolou muito, eu não transava assim há muito tempo.

Carol- Hmmmmm nossa ele te destruiu, não foi? Fala, tá com a maior cara de acabada, toda roxa, amiga é enorme não é?

Paulina arregalou os olhos- Carol, vamos parar, já deu né? Já falei demais até.

Carol- Não agora fala.

Paulina a olhou envergonhada. – Ok Carol, é, é enorme ok? Ele foi muito bem agraciado. Hoje... – abaixou o tom. – Acordei toda sem jeito, eu lembrava dele toda vez em que ia me mover, eu fui fazer xixi e... Ardeu até a alma.

Carol riu- Amiga do céu.

Paulina- Não, não foi muito exagerado e nem ele tem o pau tão grande assim, mas... Eu tava olhando assim e... Não sei como eu tive coragem de perder a virgindade com ele, como eu era louca, né?

Carol- Amiga para que eu vou ficar curiosa, e eu não quero que a nossa amizade termine assim.

Paulina- Ai não é aquela coisa assustadora tipo aqueles pornôs exagerados, é um pau... grande, ai... enorme, me faz muito feliz.

Carol- Mas a senhora está se revelando em, meu Deus, a gente quase nunca fala besteira, mas quando fala... Foi ele que te deixou assim, né? Pode falar se eu não estivesse aqui a senhorita estaria dando pra ele agorinha.

Paulina- Claro que não, né querida, em outras circunstâncias sim, mas... Não, eu tenho amor a minha ‘florzinha’.

Carol- Ele tem mais ainda amiga, aproveita.

Paulina- Tá louca? Não posso, tá doendo tudo. Eu tô horrível também toda cheia de marcas.

Carol- Tô vendo, né. Até assumiu as marcas, colocou vestidinho e tudo. – observou. Olhando várias marcas em seu colo. – Tá só o pó.

Paulina- E mais dolorida que nunca.

Carol- Relaxa, você vai acostumar de novo. Agora só consigo pensar que o pau do John é pequeno.

Paulina- É normal, não é pequeno, mas também não é grande. Não quero comparar, ele também manda bem se é isso que está se perguntando.

Carol- Ele nunca te deixou assim...

Paulina- É que o John é carinhoso, gosta de fazer com carinho, com calma. E... O Carlos Daniel é tipo uoooooooou, juro, a noite não precisava ter acabado.

Carol- O Carlos Daniel é tipo vou te virar do avesso e um pouco mais?!

Paulina- Exatamente.

Carol olhou em seu relógio de pulso. – Tenho que ir amiga, entro no trabalho daqui uma hora e antes de ir quero passar em casa pra tomar um banho. – a beijou na bochecha. – Se cuida em, e vê se não vai dar mais que eu não quero ter que comprar cadeira de rodas pra ninguém.

Paulina- Affffff que ridícula, exagerada... – se levantou.. – Vou fazer ele ir embora, ok? Não vai dar certo ele aqui.

Carol- Sei... Vai lá, não precisa me levar na porta, quase moro aqui.

Paulina- Se cuida. Minha maluquinha. – se despediu caminhando até o corredor.

— Carlos Daniel abriu a porta com tudo.

Paulina- Aiii doido.

CD- Desculpa. – pediu fechando a porta. – Ele dormiu.

Paulina desviou o olhar do dele. – É... Acho que já está na hora de você ir embora, né?

CD- Sabe que precisamos conversar. –insistiu se aproximando dela.

Paulina- Não, estou com raiva de você, com raiva por tudo o que me faz sentir, e quando digo tudo, é desde a confusão até a vergonha que me fez passar lá no hospital, você é um ridículo, não tinha nada que tirar a blusa de manga cumprida. - disse enquanto ele deslizava a língua em seu pescoço. - Eu... Presta atenção em mim. - pediu fazendo-a olhá-lo. 
CD- Eu tô prestando, bebê. -respondeu tocando a bunda dela por debaixo do vestido soltinho. -Eu estava com calor princesa, e daí que viram as marcas, foram detalhes deixados pela minha mulher gostosa e muito, mais muito apaixonada. Se for pela minha mãe, amor... No coquetel ela já sacou tudo, e já sabe de tudo porque quando cheguei em casa ela já viu tudo.

Paulina- Mas... Ai que vergonha, eu lá conversando com a sua mãe toda chorando preocupada e ela sabendo que eu tava dando pro filho dela a noite toda. - resmungou com culpa.

CD- E daí que você tava dando pro filho dela? Ele tava adorando demais, muito mesmo... Muito. -falou entre beijos em seu colo. - Porra eu não posso ficar perto de você que logo já quero... Tudo, tudo com você. - falou enfiando a mão entre suas pernas, tocando sua intimidade.

Paulina- Não... –sussurrou mordendo o lábio. –Amor, é sério.

CD- Eu estou sério. – murmurou olhando-a nos olhos.

Paulina- Eu odeio perder o controle de algo assim, quero ter uma conversa séria, mas é impossível. Não consigo me centrar, não consigo pensar em nada.

Ele a abraçou pela cintura.

CD- Então pensa só em mim. – a beijou. – Eu te amo.

 Paulina- Não complica, deixa tudo como está, pra mim não mudou nada, e seria conveniente que para você fosse da mesma forma. – se afastou.

CD- Conveniente pra quem? Amor... Para! O seu orgulho não vai apagar o que vivemos essa noite. Você me ama, eu sei, senti amor em cada beijo seu, em cada carícia, em cada suspiro. -murmurou, arrastando os lábios por seu pescoço, que carregava as marcas da noite passada.

Paulina semicerrou os olhos, sentindo seus lábios lhe queimarem a pele. - Sinto em dizer, mas está vendo coisas onde não existem... 

Carlos Daniel a puxou para si, fazendo seus corpos se chocarem bruscamente. - Então olha pra mim, olhe dentro dos meus olhos e diz, diz tudo. Você disse que estou vendo coisas que não existem, então me mostra, vai?! Mostra o que carrega aí dentro?!

Paulina fechou os olhos, respirando ofegante contra seu pescoço.

CD- Vamos, por que não me olha nos olhos, já que vejo coisas onde não existem, olha pra mim e diz que não me ama, que não te provoco nada, que essa noite não foi nada pra você?! -sussurrou, a poucos centímetros de seus lábios. 

Paulina- Não faz isso... Não faz. -pediu, ainda sem olhá-lo. 

CD- Se arrependeu, é isso? - questionou-a inseguro.

Paulina- Não! Não, você sabe que não. - o olhou. - Foi... Foi... Foi uma loucura, você sabe disso. - o beijou. -  a gente é uma loucura. Foi intenso, foi com... Saudades... Foi... 

CD- Maravilhoso, pequena... - a interrompeu com um breve beijo.

Paulina o mirou angustiada

CD- Por favor, não me olhe assim. - a beijou na testa. - Eu sei que pra você está tudo errado e que e está confusa, mas amor, a gente se ama, e é isso que impor...

Paulina- Eu não amo você! - o interrompeu. - Para de confundir as coisas, foi uma noite... E só. Foi maravilhosa, mas só uma noite. 

Carlos Daniel mirou-a sem jeito. - Pô linda, não fala assim. - pediu entristecido. - Isso quer dizer que... A gente não tem nada?

Paulina- Sim. É óbvio que a gente não tem nada.

Carlos Daniel se afastou, dando as costas a ela. - Nada... - deslizou as mãos pelo rosto, em um misto de nervosismo e decepção. - Como nada, Paulina? Como não temos nada, depois de tudo aquilo? A gente se amou, Paulina, você foi minha, minha em todos os sentidos, eu achei que...

Paulina- Achou errado, não foi nada... Apenas uma noite de amo... Uma... Uma... Sexo, isso sexo... Puro sexo.

CD- Aham “uma sexo”, viu? Você sabe que não foi só isso. Para linda. - disse colando o corpo ao dela. - Para, por favor, não faz isso comigo, por favor, não faz. -pediu beijando em seu pescoço, as marcas que ele havia deixado. - Viu? Você fala que não foi nada, mas tá toda nervosa aqui. Por que treme tanto, em? 

Paulina- Ca... Carlos Daniel, me solta. - pediu, sentindo os lábios dele descerem por seu ombro. 

CD- Não... - balbuciou abaixando a alça de seu vestido. - Não solto... Não até me dizer a verdade...

Paulina- Carlos Daniel estamos em frente ao quarto do Arthur, para... - murmurou de olhos fechados. 

CD- Eu ouvi, ouvi você falando com a Carol. - disse tocando uma de suas coxas. - Ouvi você dizer que foi uma loucura, que amou a nossa noite, que... Faria de novo, que a noite não precisava ter acabado.

Paulina- Ah... Ouviu? - perguntou sem graça, sentindo-o tocar seu quadril.

CD- Ouvi, minha “doloridinha”. - enfatizou com um pequeno sorriso.

Paulina- Droga. - balbuciou envergonhada.

CD- Não precisa ter vergonha, pequena, nem disso, e nem de todas as marcas que estão no seu corpo agora. -beijou um de seus seios por cima da camisola. - É só pra lembrar que foi minha. 

Paulina- Acho que... Não poderia esquecer, não é mesmo? -murmurou, segurando seu rosto entre as mãos. - Só não pode acontecer de novo, não vai! 

Carlos Daniel riu tocando a bunda dela com as duas mãos. - Fica tranqüila minha doloridinha, eu sei fazer acontecer.

Paulina- Será que sabe, mesmo?

CD- Fala pra mim? Deixa eu ouvir de você? Assim na minha frente.

Paulina- Do que está falando? 

CD- Que ficou dolorida. Fala pra mim, pequena? Diz que está dolorida pelas coisas que fizemos, diz o que te fiz sentir? -pediu espalhando beijinhos por seu pescoço.

Paulina o empurrou de repente, desviando o olhar do dele, como se buscasse palavras ou então a sanidade que precisava.

Paulina- Não vou falar nada, OK? Agora quero... Que saia da minha casa.

CD- Vai sim, vai... -puxou-a pelo braço de encontro a seu corpo. - Vai dizer tudo. -murmurou tocando sua cintura.

Paulina- Pervertido. -murmurou olhando seus lábios.

CD- Vai pequena, diz pra mim o que te fiz sentir, fala pra mim porque tá dolorida? Eu... Fala quero ouvir dessa boquinha gostosa, fala vai... Fala o que sentia enquanto fodia você. 

Paulina- Você é gostoso, muito gostoso... E... Me dói tudo, você surrou a minha bunda, dei a noite inteira, e... Estou bem...

CD- Fodida?

Paulina- Afffff OK, estou toda marcada, não vou poder por um biquíni tão cedo, satisfeito?

CD- Quero foto depois.

Paulina- Que? Ficou louco, só pode. Melhor você ir embora. 

CD- Na melhor parte? Não, imagina. Tivemos uma noite maravilhosa, você foi carinhosa comigo como não era a três anos, e agora está toda grossa, pensa que não percebi?

Paulina- Ai que ódio de você, quero te mandar embora, quero abominar você, mas eu não consigo, eu não consigo, entende? E te odeio por isso, porque quero te odiar, mas ahhhhhhh. Vai embora, por favor? Sei que não vai me fazer bem, que vai me machucar de novo, humilhar de novo meus sentimentos.

CD- Me escuta, eu te amo, te amo mais que tudo... Desde que me deixou, fiquei vazio, eu tô ficando louco Paulina, parece insano, mas eu durmo e... Fico te procurando na cama esse tempo todo, na esperança de que talvez por um milagre tenha voltado pra mim, passo o dia pensando em você, em quando vou poder te encontrar e ver esses olhos lindos.

Paulina o abraçou forte, deitando a cabeça em seu peito. – Você é louco, tenho medo amor, muito medo.

CD- Olha pra mim. – pediu segurando seu rosto entre as mãos. – Você é o melhor de mim, você se apaixonou por um moleque, que agora já é um homem, e quando um homem se depara com uma mulher de verdade ele sabe exatamente como cuidar, amar e levar pra sempre... E... Eu sei que para sempre é tempo demais, mas... Eu quero que o meu para sempre seja com você.

Paulina o beijou entrelaçando os braços em seu pescoço. – Lindo... As coisas não são tão simples, há muitas coisas entre o nosso “Para sempre”.

CD- Um “não” não é? –questionou com os olhos marejados. – O Incrível e perfeito John. – Ironizou se afastando dela.

Paulina- Era esse o ponto que queria chegar.

CD- Eu sabia que era ele, sempre ele, seu galã de olhos verdes, azedo ridiculo9, que ódio. Eu sabia, aquele filho da puta me paga. Você não pode ficar com ele Paulina, eu te amo, eu sou o homem da sua vida, aquele cara é um babaca, acha que te ama, mas só quer te exibir como um troféu. Um vai querer a sua boceta e o outro vai querer o seu amor e a sua boceta, será que é tão difícil? É... Eu sou o segundo, tá? Só pra esclarecer. –disse nervoso. – Ai meu Deus, eu nem sei mais o que eu tô falando.

Paulina- Carlos Daniel foi o John quem machucou o Arthur.

CD- Não me fala de John porqu... O QUÊ???

 


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Notas finais do capítulo

Curiosa pra saber o que acharam dessa Paulina tão confusa, e de todo o resto, comentem mto que solto o cap q tá pronto dps de pelo menos 10 coments, obrigada por tudo, comentem, comentem comente, façam os caralhos tudo ae e, bjsss amoo vcs ♥