Un Lazo Que Nos Une escrita por Raqueel Souza


Capítulo 21
"Me namolai / Ficando louca"


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou com mais um capítulo quentinho,e dessa vez nem demorei.
Gostaria de agradecer todos os comentários e em especial a linda recomendação que recebi da Lalilima,obrigada mesmo.
Lembrando que comentários e recomendações são sempre bem vindos,sem contar que me dá mais estimulo para escrever..
Sem mais enrolação aqui está o capítulo fresquinho.



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Quatro horas depois/ Shopping Blue World.

Carlos Daniel saía de um renomado ateliê Italiano, acompanhado de Cecília e Arthur.

CD- Pronto filhão, agora nos vamos arrasar nesse coquetel. Ficamos muito gatos de terno, todo alinhado e tal, vamos colecionar corações. – disse animado, beijando Arthur na bochecha.

Arthur- Anw... Gotei muito teino, fiquei gato e legante. A minha Palina tinha que tei vido, ela vai me achai muito gotosão. –murmurou sorrindo para Cecília.

Cecília- Fiquei morrendo de amores, nunca tinha visto uma criança tão pequena de terninho assim, sapatinho social, gravatinha borboleta e tudo. – falou encantada, vendo Arthur ficar sério. – O que foi amorzinho? – perguntou preocupada. – Você ficou sério de repente.

Arthur- É que... Que... Eu quelo a minha mamãe. –disse baixinho, deitando a cabecinha no ombro de Carlos Daniel. – É que eu... Fico... É... Com sadades, e se ela esquecei do Aithui?

Cecília- Não amor, nunca! As mamães não esquecem dos seus filhos, e nem faz tanto tempo assim que saímos, daqui a poucos nós já vamos e aí você poderá matar as saudades dela. – o tranqüilizou, paciente.

Arthur- Ah, mas... E se ela arranjai outlo John? –perguntou receoso, fazendo Carlos Daniel rir.

Cecília- Não se preocupe meu anjinho, isso não vai acontecer. – falou rindo do jeitinho do garoto.

Arthur- É, mas.... Mas eu tenho sadades. – choramingou, escondendo o rosto na curva do pescoço de Carlos Daniel.

CD- Ah bebê, não chore. Olha, nós já provamos os ternos, vimos os últimos ajustes e já estamos indo tá bom? Não precisa se preocupar. – disse tentando distraí-lo.

Arthur- É... – murmurou entre soluços. – Masi se a minha Palina arrumai outlo John?Hã? Hã? E se ela ficai “ai agola eu quelo outlo namolado, dessa vez com o cabelo de outla coi” – disse imitando Paulina.- Viu? O que vai acontecei na... Na minha vida? O... O Athui vai ficai cholando. – concluiu passando uma das mãozinhas pelo rosto.

Cecília riu- Ai meu Deus, que coisinha mais “cute”. Calma meu docinho, olha, a sua mamãe não vai arranjar outro namorado hoje, tá? Ela não vai arranjar “outro John”.

Arthur olhou-a sorrindo, em meio às lágrimas. – Vedade?

Cecília- Sim meu amor.

Arthur- Mas eu estou com sadades. –disse escondendo o rosto no pescoço de Carlos Daniel novamente.

CD- Ô filhão não se preocupe. E tem mais, se ela arranjar outro namorado a gente... Bem... A gente bate no safado, arrebenta com a cara dele, não se preocupe que nenhum engraçadinh...

Cecília o interrompeu dando um tapa em seu braço. – Para de falar essas coisas para o garoto! – disse pegando-o em seus braços. – Bebê, ele é bobo tá? Não liga, não.

Arthur sorriu tentando enxugar o rostinho. – É... Eu vou pegai o fafado.

Cecília- Quê? Que pegar o safado que nada, Arthur. Ta vendo o que você ensina pro moleque Carlos Daniel?!

CD- Só estava lhe mostrando os meus métodos. – falou um tanto sem jeito. – É, então filho... É que... Sabe, é muito feio resolver as coisas assim, dessa forma.

Arthur- Feio?

Cecília- Sim, muito feio.

Arthur- Ahh...

CD- E aí filho, já que provamos os ternos, o que acha de comermos uns docinhos agora? – sugeriu na tentativa de distraí-lo.

Arthur sorriu- Athui ama docinhos.

Cecília- Carlos Daniel, acho que a mãe dele não gosta que ele coma doces.

CD- Ah, mas é só um docinho inocente. Vamos naquela doceria canadense ali filho? –perguntou apontando a doceria. – Papai vai comprar um pirulito do tamanho da sua cabeça pra você.

Arthur- Ebaaaa... Athui ama pililitos. –murmurou com os olhinhos brilhando.

CD- Ah filho então, só por hoje, vamos ser felizes e comermos o que quisermos.

Arthur- É, vamos felizes... Mas eu ainda quelo a minha linda.

CD- Tá bem, então o papai te leva pra casa assim que comermos os doces. E não se preocupe que não vai dar tempo de ela arranjar nenhum namorado não. Bem, eu espero.

Arthur- É que ela e a tia Calol adolam ficai falando de namoladinho. Ficam “ ai aquele boy lindo, nossa que gotosão, que magia” – disse imitando-as.

CD- Affff mulheres.

Cecília- Não seja bobo Carlos Daniel. E quanto aos doces, eu não me responsabilizo, se ela brigar a culpa é sua!

CD- Ai mãe, relaxa. Vem na minha que é sucesso, e você vai ver... Ela nem vai perceber que eu dei doce pra ele. – disse aproximando-se da doceria, junto com Cecília e Arthur. – Vou deixar você escolher o que quiser filho. E se não agüentar comer tudo hoje, eu levo pra minha casa e você come quando sua mamãe autorizar que você vá até o meu apartamento.

Cecília- Que legal você ficar estragando o menino assim, né? –ironizou reprovando o que ele dissera.

CD- Ai mãe, ninguém é perfeito.

...

Apartamento de Paulina

... Aí amiga, eu acho que ele não deveria ter mentido assim pra você, ainda mais usando o seu filho para isso. Apesar de saber que ele tem motivos para não querer que se relacione com o Carlos Daniel, creio que nada justifica o que ele fez, mas... Eu o compreendo, não acho certo, mas o compreendo. – disse Carolina, entrando no apartamento cheia de sacolas, junto com Paulina.

Paulina- Sim eu sei de tudo isso, mas... Não sei o que fazer! Não sei como vou encará-lo depois disso, é difícil pra mim. Eu sei que fez por insegurança, mas não me sai da cabeça o fato dele ter usado o meu filho pra isso. Quase tive um treco quando ele me disse todas aquelas coisas, quis matar o Carlos Daniel e quando eu chego lá... Ele me olha nos olhos e me diz tudo de uma forma que, não poderia duvidar. Ele foi sincero comigo, e... – suspirou, colocando uma infinidade de sacolas sobre um dos sofás. –Eu sinto Carol, o Carlos Daniel me disse a verdade, ele nunca colocaria meu filho em algo assim. Engraçado, ele parece tão apegado ao bebê, mesmo tendo contato minimamente com o meu filho até então, sinto que já está muito ligado ao Arthur.

Carol  fitou-a um tanto sem jeito, sentando-se no sofá a sua frente . – É... Eu... São... Os laços de sangue. – jogou as palavras, finalmente conseguindo dizer algo concreto. – Ele é o pai do bebê, é normal que se sinta tão ligado a ele dessa forma e... E... Você não havia me dito que... Que o Carlos Daniel sempre quis ser pai? – perguntou um tanto vacilante.

Paulina- É... Talvez seja isso... – murmurou pensativa.

Carol- Além de tudo, o Arthur é a cara do pai dele. Esse pode ser um motivo a mais para que ele se sinta tão ligado assim... Imagina você descobrir que tem um filho e que ele é a sua cara, deve ser uma delicia reconhecer suas formas em alguém. Ainda mais no Arthur que é tão fofo.

Paulina sorriu- Ai, isso é. Sabe que estou preocupada? Arthur nunca saiu com alguém que não fosse uma de nós duas e... Fico com o coração apertado, não posso evitar. Quero saber se está bem, se está se divertindo e... Tenho medo, já pensou se o Carlos Daniel some com o meu filho? – perguntou preocupada. – Ai meu Deus, já começo a me arrepender de tê-lo deixa ir com...

Carol- Amiga, sem paranóias, ok? Carlos Daniel não é nenhum psicopata, é o filho dele, ele te ama e nunca faria algo assim. – a interrompeu, tentando tranqüilizá-la. – Te entendo, é bem coisa de mãe ficar fantasiando essas coisas, mas relaxa, daqui a pouco eles estão aí, você vai ver.

Paulina- Você tem razão, bobagem minha... Mas já deu saudade do meu pequeno, eles estão demorando demais.

Carol- Ai que boba... Já eles estão aí. Ele, a dona Cecília e seu boy magia. – disse provocando-a.

Paulina- Que boy magia que nada, parou em! Eu devia era ficar sozinha, homem da muito trabalho. Tem o John que mentiu pra mim e agora não sei como vou encará-lo por isso e por mil outras coisas e... Pelo pai do Arthur que fica atrás de mim dizendo coisa que... Aff, estou cansada disso. –disse em tom de irritação.

Carol- Nossa super difícil a sua situação. Dois boys lindos e maravilhosos correndo atrás de você, brigando pelo seu amor. Um loiro, rico, gatíssimo e um moreno maravilhoso, milionário, gostosão do sorriso lindo, que ta na cara que faria tudo para provar o que sente por você. –falou sorrindo debochada.

Paulina- Não se esqueça que esse moreno com todas essas qualidades aí, me machucou mais que ninguém, e que apesar de tudo não posso simplesmente agir como se tivesse esquecido o que me fez. Mas ele me diz coisas tão lindas que...

Carol- Que te deixa ainda mais confusa, tanto em relação a ele, quanto em relação ao o que sente pelo John. – interrompeu fazendo-a desviar o olhar e deixando-a em completo silêncio. – Juro que não queria estar em seu lugar, apesar dos privilégios.

Paulina- Sinceramente? Nem eu! – respondeu pesarosa. – Eu o amo, nunca deixei de amá-lo, mas não dá pra esquecer o que ele me fez. E também, não dá pra esquecer que John esteve ao meu lado o tempo todo, quando me sentia mais sozinha do que nunca. Não me apaixonei pelo John do nada, não foi algo que eu estimulei em mim, foram as atitudes, o seu jeito tão lindo de cuidar de mim e do meu filho, ele me ajudou muito com o Arthur, sempre. Foi... Foi seu jeito de se entregar sabe? De cuidar para que eu estivesse sempre bem, de me fazer querer olhar pra frente sempre, de querer me fazer cuidar de mim mesma. E... E com o Carlos Daniel é uma loucura, é tudo tão intenso, algo que não posso controlar.

Carol- Percebi. – disse com um meio sorriso. – Ontem chegou toda estressadinha, não quis dizer o que aconteceu na casa do Carlos Daniel, toda descompensada, vestido amassado. Manchinha no pescoço e tudo.

Paulina o olhou alarmada, colocando a mão em seu pescoço. – Você percebeu? – perguntou enrubescendo.

Carol – Como não notar? Ta enorme isso aí amiga, eu olhei pra essa manchinha o dia todo e estive evitando a conversa, mas não dá mais, a curiosidade me impede. Foi o Carlos Daniel né? Tenho certeza que sim, o John nunca foi de te deixar marcada assim vai conta. Transou com ele? – perguntou animada.

Paulina- Ai... Mas, é claro que não! – respondeu envergonhada. – Como acha que... Que... Ai que vergonha meu Deus.

Carol- Ah não amiga. Que vergonha que nada, nunca houve segredos entre nós, eu não me importo com essas coisas você sabe. Anda me fala. – disse com expectativa.

Paulina- Ai Carol, por favor, não vamos falar disso tá?! – pediu tentando evitar o assunto.

Carol- Ahhh que nada. Se não quisesse falar do assunto não teria deixado rastros... Agora anda me conta.

Paulina- Droga, como vou esconder isso? – perguntou em um misto de vergonha e preocupação.

Carol- Eu conheço alguns métodos e te ajudarei a amenizar essa manchinha, assim que me contar o que rolou. Como foi a transa?

Paulina- Que transa Carol. Não houve nada. Bem, quase... Estávamos conversando e... Ele foi me agarrando e... Envolvendo-me de uma forma inexplicável e quando me dei conta já tinha rolado coisas demais, então... Tá bem Carol, quase transei com ele, e quando eu digo quase, foi quase mesmo e... Foi loucura minha, me deixei levar e quando vi, ele já tinha tirado meu vestido quase que por completo e então quando me dei conta da loucura que iríamos cometer... Impedi que continuasse.- contou, um tanto receosa.

Carol deu um gritinho- Uooooooooool, babado do ano. Ele deve ter te pegado de um jeito que.... Como você pode resistir a isso? –perguntou histérica.

Paulina- É isso que estou me perguntando até agora... Não poderia ter me permitido a isso, mas já que me permiti, por que não consegui ir até o fim? E será que eu queria mesmo que ele fosse até o fim? Não me entendo, sabia? Não sei se estou arrependida por ter me permitido ou por tê-lo impedido de continuar. Não está certo isso, não deveria ter esses pensamentos, esses desejos. Já se deu conta que estou traindo descaradamente o meu namorado? Ele não merece isso, estou me sentindo à pior pessoa do mundo, por estar enganando-o assim. –murmurou com os olhos marejados.

Carol- Tá bem que não está certo você estar traindo ele, mas... Aff Paulina que lerda você é. Você tinha era que ter dado pra ele logo. O boy é gostoso e te quer, cara ele ia te pegar de uma maneira. Está esperando por você a quase vinte dias. Ele ia bagaçar com a sua pessoa, te deixar toda dolorida no outro dia v...

Paulina- Carol! – interrompeu-a envergonhada. – O... Que deu em você? Quer me deixar mais envergonhada do que já estou? –perguntou sem ter onde por a cara. – De onde você tirou essas coisas? Você está falando igualzinho ao Carlos Daniel, sabia?!

“Ele mesmo disse amiga e na frente da mãe dele, quando estiveram aqui. Droga, pena que não posso te dizer nada. Você nunca me perdoaria.” – pensava Carolina olhando-a em silêncio.

Carol- Bem amiga...Ele... Quando ele veio aqui pela primeira vez... Ele estava... É.. Ai meu Deus, com uma amiga e bem... Ele disse a ela que... Que estava esse tempo todo sem... Sem pegar ninguém, porque... Porque só queria você e... Aí eles viram o Arthur e... A amiga dele foi embora e... Ele ficou brincando... Com o Arthur e... Aí você chegou. – mentiu, tentando contornar a situação.

Paulina- Não acredito que ele trouxe aquela mulherzinha aqui... –disse com raiva.

Carol- Que mulher?

Paulina- Ué, não acabou de dizer que ele trouxe uma mulher aqui? – perguntou sem entender. – Tenho certeza que era aquela loirinha.

Carol- Eu? Ah claro... Trouxe, mas ela foi embora rapidinho. Era uma amiga. “Ai meu Deus, o que faço agora” – se perguntava internamente.

Paulina- Que raiva. Cretino, mentiroso, aposto que é mais uma de suas conquistas. Ainda tem a cara de pau de trazer suas amantes pra ver o meu filho.

“Ai senhor o que eu fiz? Agora o Carlos Daniel vai me matar. Como vou concertar isso? Pensa Carolina, pensa.” – pensava aflita.

Carol- Nããão amiga. – disse desviando o olhar. – Eu a conheço! Veja só como esse mundo é pequeno, temos uma amiga em comum, e ela é... Casada, tem seis filhos e é super fiel ao marido, não pense besteiras. Inclusive o Carlos Daniel... É... É sócio do marido dela, e quando ele comentou que vinha até aqui, falou de mim e ele só deu uma carona.

Paulina- Ahm, sei. E por que nunca me falou dessa sua amiga? Sim, porque você não me falou dela, eu tenho certeza! Ela tem seis filhos, eu me lembraria.

Carol- É que ela entrou na faculdade há pouco tempo, e temos duas ou três aulas semanais em comum, sem contar as palestras em que nos encontramos.

Paulina- Ah sim. – disse convencida.

Carol- A... Amiga, adorei as nossas compras de hoje, vamos arrasar nesse coquetel. – disse tentando mudar de assunto.

Paulina sorriu- Claro, eu amei o meu vestido! Valorizou muito o meu corpo, amei o caimento.

Carol sorriu aliviada, por sua desculpa tê-la convencido. – Ah, como você precisasse que o vestido valorizasse algo, você tem um corpão.

Paulina- Ah, mas é sempre bom melhorar. – falou mexendo em uma das sacolas.

Carol- Uhum, você não precisa disso. Me diz, pra quem aqueles caras ficaram assobiando e mandando beijo no ateliê ham? Pra mim é que não foi, estou de calça. Esse shortinho curto aí em... Arrasou, os carinhas perderam o ar eu ouvi o “Ui quanta carne em delicia” –falou- imitando-os.

Paulina- Aff que nojo, eu não me importo com essas coisas. – repugnou-os enojada.

Carol- Hmm Carlos Daniel vai amar isso tudo no coquetel. – Provocou-a sorrindo. – Ai amiga, esqueci de te contar... Ele esteve na joalheria em que eu trabalho , amm ante ontem. E caraca, rendeu o faturamento mensal.

Paulina- O Carlos Daniel?

Carol- Sim amiga, comprou uma série de coisas, eu que fiz as vendas, o cara é rico em, meu Deus. Comprou uma série de abotoaduras exclusivas, relógios novos caríssimos, umas correntes e pulseiras em ouro maciço e... Uma coisa bem especial, que ele mesmo escolheu e pediu para que personalizássemos do jeito que ele idealizou pra você. –contou animada.

Paulina- O que? Ele acha que agora vai me comprar com jóias? Está muito enganado e...

Carol- Ah não Paulina você não vai recusar! – a interrompeu. – Eu não queria estragar a surpresa e, eu como funcionária da joalheria jamais poderia estar cometendo esse tipo de indiscrição, mas... Ele não está querendo te comprar, como você mesma disse. É um presente de aniversário.

Paulina- D.. De aniversário? – perguntou surpresa. –“ Ele não se esqueceu.” – pensou com uma pontada de felicidade.

Carol- Óbvio que não, ele sabe que seu aniversário é nesse sábado. E foi todo lindo escolher uma jóia e pediu para personalizarmos do jeito que ele quis, tornando uma peça única, é algo muito especial amiga. – falou sorrindo.

Paulina- Eu... Eu não poderia aceitar Carol, é algo... – suspirou visualmente mexida. – Não posso.

Carol- Amiga, não posso te dizer o que é, mas é de ouro amarelo, vinte e quatro quilates, ou seja, 100% ouro, ouro puro,viu? Com uma pequena pedra de Garnet azul. É uma pedra linda e muito valiosa, encontrada na ilha de Madagascar. Você não vai fazer ele gastar dez mil dólares em um presente atoa, vai?

Paulina- Dez mil dólares? Ele só pode estar ficando louco, agora que não aceito mesmo. Não, isso é loucura. –disse decidida.

Carol- Amiga, por favor?! Ele foi lá todo apaixonado e atencioso, escolheu cada detalhe com todo o carinho, escreveu um cartão sorrindo todo bobo, que eu quase chorei ao ler as palavras dele, pra você não aceitar?

Paulina deixou um sorriso bobo escapar. – Jura que ele fez tudo isso? – perguntou encantada.

Carol- Juro amiga. É algo que... Quando você ver, não vai poder recusar, eu tenho certeza.

...

CD- Olha filho, o papai já limpou a sua boquinha e tudo, ela nem vai perceber que você comeu doce, tá? Agora você não pode dizer nada a ela. Se não ela vai brigar com a gente. – disse entrando no elevador do prédio, com o bebê no colo e com os braços cheios de sacolas.

Arthur- Tá bom, é seguedinho da gente. – respondeu sorrindo. – Eu gotei muito de passeai com o papai.

CD- Ai que bom filho, o papai fica muito feliz que tenha gostado de passar a tarde com o papai e com a vovó. – disse apertando o botão do elevador.

Arthur- Poi que a vovó ficou lá no sópis? –perguntou curioso.

CD- Ah ela quis comprar roupa, e a gente não podia ficar esperando, né? Já pensou, termos que ficar esperando, ela experimentar várias roupas? E se ela quisesse comprar calcinha e demorasse ainda mais? Não, não ia dar certo.

Arthur- Eca, que muleizinha, né papai?! – disse fazendo-o rir.

CD- Verdade filho, muito mulherzinha. Por isso eu não gosto de sair com ela, mas hoje foi legal, porque compramos muitos brinquedos legais, comemos doces, apostamos corrida.

Arthur- E eu ganhei, poique eu sou muito rápido. Você viu como eu corri no sópis? – perguntou sorrindo com expectativa.

CD- Claro filho, muito rápido. A gente se divertiu demais. – respondeu beijando-o na bochecha.

Arthur- É mesmo. – disse deitando a cabecinha no ombro de Carlos Daniel. – Lembla aquela mulei no sópis, que dizeu que eu sou lindo igal a você? Ela também ela linda, um pouco linda.

Carlos Daniel sorriu- Lembro sim filho. É, até que era bonita.

Arthur- Sabe... Eu acho que ela tava quelendo me namolai.

Carlos Daniel deu uma gargalhada. – Pois é filho, eu... Também acho, meu galã conquista todas.

Arthur- Mas não dá, eu sá namolo há muito tempo. A tia Calol ia ficai muito ciumosa de mim, se ela sabesse disso, eu acho que nem vou contai se não ela vai me bigai. – disse pensativo.

Carlos Daniel riu- Pois é garotão. Nem comenta nada.

...

 

Apartamento de Paulina

 

Paulina- Não acredito que você deu um fora nele amiga, aquele boy é perfeito, ainda é jogador de basquete, loiro, lindo, tem o corpo perfeito. – disse sorrindo com animação.

Carol- Mas ele só veio dar em cima de mim pra saber de você, e eu não iria me deixar ser usada dessa forma.

Paulina- Aff, mas eu nem quero nada com ele amiga. Fica com ele e ao invés de se deixar ser usada, use ele você. – sugeriu com um meio sorriso. – Além disso, eu... – foi interrompida pelo som incessante da campainha.

Carol- Deve ser eles.

Paulina- Até que enfim, né. – disse se levantando e indo até a porta.

... Aeeeeeeee. – gritou Arthur se jogando em seus braços. – Que sadades meu amoi. – disse abraçando-a forte.

Paulina- Ai meu amor, não faz assim, porque você pode cair. – falou cessando o abraço e beijando-o na bochecha.

Arthur- Te amo. – disse olhando-a nos olhos.

Paulina- Onw, eu também te amo muito filho, não imagina o quanto. –disse arrumando os cabelinhos do bebê, e fitando Carlos Daniel em seguida. –É... Entre. – murmurou dando passagem para que ele entrasse.

CD- Nos divertimos muito não é, filho? !- disse sorrindo enquanto colocava as sacolas ao lado de Carol. –Oi Carol. – cumprimentou-a feliz.

Carol- O...OI.

Arthur- Muitão, a gente fazeu muitas cosas legais. – disse sorrindo. – Oiii meu amoi. –disse cumprimentando Carol.

Carol- Oi meu príncipe lindo. – falou levantando-se e o pegando nos braços. –Amor da tia.

Arthur sorriu e a abraçou. – Viu papai? Ela ta muito peixonada.

Carlos Daniel riu fitando Paulina. – É, eu também.

Arthur o olhou. – Mamãe. –chamou enciumado, erguendo os bracinhos em sua direção. – Me pega.

Paulina- O...Oi filho. – respondeu pegando-o em seus braços.

Arthur- Sabe que eu te amo, né? – perguntou beijando-a no rosto.

Paulina- Sei sim filho. – respondeu fitando Carlos Daniel.

Arthur- Então me ola. – pediu encarando-a.

Paulina sorriu- Eu estou olhando.

Arthur- Agola sim. – disse mirando-a sério. – Sabe... –sussurrou em seu ouvido. – Acho que o papai está te olando muito, mas eu vou te cuidai, tá? Não se pleocupe.

Paulina o fitou, sem jeito. – Tá... Tá bem filho... –É... Essas sacolas? – perguntou olhando Carlos Daniel, que estava parado a sua frente de braços cruzados fitando-a descaradamente.

CD- Ah é... São os brinquedos que comprei pra ele. – murmurou envergonhado, por ser pego no flagra com seus olhares indiscretos.

Paulina- É... Então acho melhor você levar de volta, porque o meu filho já tem muitos brinquedos, e não precisa de nada seu! – falou séria.

Arthur a fitou sem entender. – Athui pecisa. Eu quelo os blinquedos, eu também escoli, são meus, o meu papai me deu.

Paulina- Para de ser interesseiro Arthur.

Arthur baixou o olhar- Não sou isso daí.

CD- Que isso linda? Eu comprei pra ele, e como ele mesmo disse, ele escolheu comigo cada um deles. Deixe o garoto ser feliz. – falou tentando convencê-la.

Carol- É amiga, não tem nada demais em aceitar os presentes, é o pai dele, poxa!

Paulina- Aff, tudo bem. Mas eu não quero você dando as coisas pra ele desse jeito, pelo menos não sempre.

CD- Ok linda, como quiser.

Arthur- Então eu vou podei ficai com os binquedos? – perguntou sorrindo.

Paulina- Vai filho, mas não se acostume. – disse contrariada.

Arthur- Obaaa, ta vendo é poi isso que eu te amo. Você é meloi. – disse abraçando-a.

Paulina- É né, seu sem vergonha.

Arthur- Não, Athui não figogonho. – disse sorrindo. - Ahh, tia Calol? – chamou olhando-a.

Carol- Oi amorzinho? – respondeu carinhosa.

Arthur- Ola, pode me chamai de “Thui” poique o “Ai” eu peidi cando eu te vi.

Carol- Ahh eu não acredito. – disse sorrindo e se aproximando de Arthur. – Que coisinha mais gostosa da tia, só você anjinho.

Arthur- Anw que romântico... Você gotou? – perguntou com timidez.

Carol- Claro anjo, gostei muito. – respondeu pegando-o dos braços de Paulina.

Arthur- Viu papai? Ela gotou. –falou sorrindo, enquanto fitava Carlos Daniel.

CD- Eu vi sim filho, você foi muito bem. – sorriu orgulhoso.

Arthur- Obigado, ainda bem que a gente ensaou muito.

Paulina fitou Carlos Daniel séria- Ah tá explicado, agora já sei porque ele falou tudo tão bem.

CD- Não filho. –murmurou alarmado. – Essa parte não era pra contar.

Arthur- Não? – perguntou sem graça.

CD- Não, ela tem que pensar que foi espontâneo. - explicou-o.

Arthur- Não papai se eu espantai a tia Calol, ela nem vai quelei mais me ligai.

Carlos Daniel riu- Não disse “espantando” filho, e sim “espontâneo”. É o mesmo que naturalmente, ela tem que pensar que apenas fluiu. Entendeu?

Arthur- Nadinha.

CD- Tudo bem filho, você não precisa entender isso agora. -Disse se aproximando do garotinho. – Agora o papai tem que ir embora. – disse beijando-o na testa.

Arthur- Não papai, fica.

Carlos Daniel fitou Paulina, em seguida voltou a mirar o menino. – Não posso amor, tenho que buscar a sua vovó no shopping.

Arthur- Ahh... – murmurou entristecido.

CD- Da um abraço aqui no papai pra eu ir? – pediu abraçando-o. – Ai que delicia.... Papai te ama muito, viu?!

Arthur- Eu também te amo, muitão. – respondeu cessando o abraço e beijando-o no rosto.

CD- É... Você pode ir comigo até a porta linda? – perguntou olhando Paulina que assistia tudo em silêncio.

Paulina- É claro. – disse, já caminhando até a porta de entrada.

CD- Tchau filho, tchau Carol. – se despediu indo atrás de Paulina.

Carol- Tchau...

...

CD- É... tchau amor. – Se despediu fitando-a com um sorriso nos lábios. – Ahh... – se aproximou novamente. – Sua bunda fica maravilhosa com esse shortinho. – sussurrou em seu ouvido, dando uma leve mordiscada em sua orelha, fazendo-a se arrepiar.

Paulina- V... Você é louco. – disse desconcertada, fechando a porta a suas costas.

Carlos Daniel deu aquele sorriso cafajeste que ela já conhecia tão bem. –Só por você pequena... Só por você. Bem, já vou indo. – disse apertando o botão do elevador.

Paulina- É... Carlos Daniel? – chamou.

CD- O que? – respondeu virando-se e dando de cara com Paulina bem próxima a seu corpo.

— Se olharam nos olhos como se suas miradas se falassem entre si, por segundos.

Paulina- Sabe, acho que... Quem está ficando louca sou eu.

CD- A é? E... Por que? – perguntou fitando a boca dela já bem próxima a sua.

Paulina- Por isso. – disse antes de colar os lábios aos dele de forma intensa.

Carlos Daniel fora pego de surpreso por sua atitude, mas logo a correspondeu na mesma intensidade, ele segurou o rosto dela por entre suas mãos, e deixou que sua língua tocasse a dela sedenta por aquele beijo, ditando um ritmo suave e voraz ao mesmo tempo. Paulina sugava seus lábios com intensidade, enquanto pressionava-o contra a parede, suas línguas se enlaçavam em uma dança continua e apaixonada.

CD- Você me enlouquece, sabia? – perguntou ofegante cessando o beijo por um instante.

Carlos Daniel desceu umas de suas mãos para a cintura dela, pressionando-a contra seu corpo enquanto voltava a beijá-la com intensidade.

Paulina- Hmm. – protestou tentando inutilmente cessar o beijo.

CD- Gostosa... - murmurou baixinho, puxando o lábio inferior dela entre seus dentes. – Vamos sair daqui linda, vamos para o meu AP, sim? –propôs ofegante, espalhando beijos por seu pescoço.

Paulina- Não dá... Olha, o elevador está quase chegando. – murmurou ofegante, fitando o painel de monitoramento do elevador.

CD- Sabia que é pecado isso? – perguntou fitando sua boca vermelha, pelo beijo trocado.

Paulina- Pecado? -questionou intrigada.

CD- É, acender o fogo de alguém e depois não querer apagar? – perguntou ofegante, fazendo-a corar.

Paulina- Não seja bobo. – disse fitando o elevador se abrindo, vazio.

Carlos Daniel fitou o elevador. – Até o coquetel anjo. - Se despediu com um selinho demorado.

Paulina- Até o coquetel... –murmurou vendo-o entrar no elevador.

 

 

 

 


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