Un Lazo Que Nos Une escrita por Raqueel Souza


Capítulo 20
Olhares Conectados


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, olha dessa vez nem demorei hein.
Obrigada pelos comentários e peço que continuem a comentar,isso é o que me estimula a continuar,saber que estão gostando.Bom sem mais enrolação aqui vai mais um capítulo,espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/534624/chapter/20

Dia seguinte/ Apartamento de Carlos Daniel.

...

CD- Eu te disse que poderia tirar o tempo que quisesse para cuidar da sua filha... Aliás, está tudo bem? –perguntou preocupado.

Leonardo suspirou deixando algumas pastas sobre a mesa e se sentando. – Agora sim, já resolvi todos os tramites da Eloísa lá no México, tive que fechar o escritório dela, acertar com os funcionários. Registrar os documentos, enfim, coisas de praxe necessárias para fechar uma empresa. Daqui alguns dias terei que voltar pra assinar alguns papéis, sabe como é né, legalizar tudo com o juiz.

CD- Nossa, imagino como foi, e está sendo difícil pra você... Eu... Queria já ter ido ver a sua filhinha, mas fiquei receoso por ela ser tão novinha e, também porque pensei que você precisasse ficar só com ela por um tempo...

Léo- É, quando liguei aqui mais cedo, sua mãe me falou, mas já pode ir vê-la se quiser ela é... A menininha mais linda que já vi, em toda minha vida. –disse sorrindo com encantamento.

CD- Ela deve ser uma gracinha, a Eloísa era muito bonita.

Léo sorriu- Sim realmente eu acho que ela se parece muito com a Elô, sei que dizem que bebês não se parecem com ninguém, mas ela sim se parece com a mãe. É loirinha assim, olhos claros... Ahh - suspirou. –Sabe, mesmo não gostando dela do jeito que... Ai, mesmo não a amando, eu... Senti muito pelo que aconteceu, me doeu muito perdê-la, se pudesse voltar no tempo... – fez uma pequena pausa. - Eu me sinto tão culpado, estou quebrado.

CD- Pô cara, sei como deve estar se sentindo, e... Realmente não é fácil, mas... Não sei, tenta compensar tudo isso cuidando e se dedicando ao máximo a sua filhinha... Tenho certeza que se dedicando a ela você se sentirá bem melhor.

Léo- Sim, eu prometi pra Elô que cuidaria e me dedicaria ao máximo a nossa filha, e é isso que farei. A Laurinha agora está em primeiro plano em minha vida.

CD- Sim, agora você já tem por quem viver. E olha, é como eu já havia dito antes, pode tirar o tempo que precisar para cuidar dela, se precisar de qualquer coisa e só me avisar.

Léo- Pô, obrigada... De verdade. –respondeu agradecido.

CD- Não precisa agradecer cara, você sabe que a gente é irmão, to aqui para o que você precisar... Sabe, nunca imaginei você assim todo paizão.

Léo- Sabe que posso te dizer a mesma coisa, não é?!

CD- É verdade, é impressionante a forma como um filho muda tanto a cabeça da gente. Me diz uma coisa, está cuidando dela sozinho?

Léo- Não, contratei uma enfermeira pra ajudar com ela nesses primeiros dias, não entendo nada de bebês, e... Como ela é recém nascida, contratei uma ajuda especializada, a enfermeira vai poder me alertar melhor com alguns cuidados que devo ter com ela.

CD- Você não disse que ela estava grávida de sete meses?

Léo- Então, eu me equivoquei, a verdade é que fui um irresponsável, não participei em nada. A Eloísa havia comentado comigo há algum tempo que a gravidez era complicada, por conta de alguns problemas de saúde que ela teve há alguns anos, e que por isso o parto pudesse se antecipar, mas por fim ela conseguiu levar a gestação até o fim, mas.... Teve que abrir mão de sua própria vida.

CD- E... Como foi lá? –perguntou um tanto receoso.

Léo- Foi... Foi... Bem, foi horrível! Quando cheguei, ela já havia entrado em trabalho de parto e, não saí do lado dela nenhum segundo se quer, acho que era o mínimo que poderia fazer depois de todo o mal que fiz a ela. Eloísa teve uma queda significativa de pressão, já quando as contrações estavam muito intensas e em um intervalo de tempo, curtíssimo. Ela estava muito alterada e conseqüentemente, eu também fiquei... Ela me amava cara, me amava como ninguém. Me disse inúmeras vezes, enquanto se contorcia de dor. – Suspirou, fazendo uma pequena pausa. – Enfim, ela foi levada para a sala de parto assim que conseguiram reverter o quadro de ‘hipotensão’, que ela já desenvolvia desde a adolescência, mas que se agravou durante a gravidez por conta de mudanças hormonais, entre outros fatores que contribuíram para que isso se agravasse ainda mais na gestação. Então... Tiveram que fazer uma cesariana, porque apesar das fortes contrações, a Elô não tinha dilatação o suficiente para que a bebê pudesse nascer e com a variação constante da pressão, ela não poderia arriscar um parto normal, apesar de que qualquer intervenção cirúrgica traria risco, mas como ela já estava bem debilitada, optaram pela cesariana. A Elô já não tinha forças para trazer nossa filha ao mundo de forma natural, além do fato de que no penúltimo ultrassom, constataram que a neném estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço... Eles tiraram a neném, ela nasceu perfeita apesar de tudo, mas... Vários fatores, inclusive o da pressão baixa, culminaram para que a Elô sofresse

uma hemorragia grave, a qual não conseguiram reverter e... Que provocou a sua morte. – contou um tanto abatido.

CD- Eu sinto muito cara. Mas... É... – limpou a garganta. – E essas pastas? –perguntou, tentando apaziguar, o clima ‘pesado’ que se pôs no ambiente.

Léo- Ah claro, esses são os documentos do novo escritório, a planta, o relatório final, o documento de compra do prédio e esse bloquinho aqui. – o entregou o bloquinho. - São os convites do coquetel que ainda faltam entregar, e por falar em coquetel... Já está tudo acertado como você pediu. Contratei um Buffet de gastronomia francesa como queria, o mesmo daquele restaurante em que jantamos na nossa primeira noite em Miami, lembra? Aquele em que tratamos que pegaríamos várias gostosas em nossa passagem por Miami, que iríamos virar a noite naquele cassino em que as atendentes fazem topless o tempo todo e...

CD- Tá, eu lembro agora, chega! Isso é passado, trato desfeito, ok? – o interrompeu, sem graça.

Léo- Trato desfeito né? Mas sei que quando a gente virou a noite naquele cassino você comeu aquela loirinha peituda, em cima da roleta de...

CD- Cala a boca! Aff ok, comi. Satisfeito? Comi mesmo, tava se esfregando em mim o tempo todo, era gostosinha, ficou roçando aqueles peitões em mim e... Peguei mesmo, peguei muito. Mas foi só aquela noite, nunca mais a vi. E nem quero ver, porque agora tudo mudou. Alem do mais, era a minha primeira noite em Miami, fomos a um cassino e... Só quis me divertir. – justificou. – Foi gostoso pra caralho, mas passou.

Léo- Ahh, mas ela ficou gamadona em você que eu sei, pegou ela de jeito. –afirmou com um sorriso satisfeito. –Ela sempre me pergunta de você, quando quiser repetir a dose, é só me avisar que eu falo com ela. A Juju adorou você.

CD- Aff Léo para. Eu fiquei com ela, mas no outro dia tudo mudou e sabe por quê? Porque reencontrei a mulher da minha vida, a mulher por qual jurei que depois dela não amaria nenhuma outra! A mulher pelo qual sofri esse tempo todo. E depois desse dia não peguei mais nenhuma, porque eu só quero ela, porque eu só consigo querer ela. – declarou sério.

Léo- Porra cara, mas isso já faz quase vinte dias.

CD- Você acha que eu não sei?! – disse com um olhar pesaroso.

Léo- E você está a esse tempo todo sem...

CD- Estou! – o interrompeu envergonhado. –Tô sofrendo cara, quase vinte dias sem sexo, sem... Sem nada. Estou em pura abstinência, e isso tudo pela Paulina, ahh, mas quando eu... Quando eu pegar ela, eu...

Léo- Cara, isso é o seu record, não sei como você consegue.

CD- Eu já to pirando, você não está entendendo, estou igual aqueles adolescentes com tesão que tem que ficar se... Se... Deixa pra lá. –disse agoniado.

Léo- Nossa cara, que horror, a situação é tensa ter que apelar para “mão amiga”. Te entendo perfeitamente.

CD- Mão amiga? Ah credo, já entendi, que horror... É foda, quer dizer... Não, não é foda. – ironizou desanimado.

Léo- Relaxa cara, todo homem faz isso, mesmo tendo mulher.

CD- Ahh, mas eu não precisava disso não em, sempre tive mulher a minha disposição. - falou com um sorriso cafajeste.

Léo- É eu sei, você sempre foi o mais filho da puta de nós dois.

CD- Não posso fazer nada se elas preferem o papai aqui, sabe como é né, moreno gostoso, alto, sensual, pauzão e tudo, fazer o que? Bem dotado demais, eu ‘manjo’ dos prazeres, sei fazer gostoso se pego uma vez elas querem de novo e de novo, elas olham pra mim e o que vem na mente delas?! – perguntou de um jeito convencido. – “sexo, sexo, sexo quente, uhh gostoso” - finalizou respondendo sua própria pergunta.

Léo- Aff você é chato em. Se acha, isso que dá a mulherada sair com os caras e ficarem contando tudo o que fazem, deixam os caras com o ego lá no céu. Apesar de que às vezes isso é muito bom.

CD- Não, não. São elas que comentam meu filho. – disse sorrindo e jogando uma bolinha de papel em Léo.

Léo- É né, deixa a Paulina saber desses comentários.

CD- Não, pelo amor de Deus cala essa boca! Ela me odeia por tudo o que fiz, se ela ouve um negocio desse, vai querer me fuzilar. Além de tudo eu mudei, confesso que é difícil me controlar às vezes, quando vejo, já falei mil besteiras, mas a amo, a amo e estou mudando por ela.

Léo- OK, senhor mudado.

CD- Ta agora voltando ao assunto “coquetel” onde estávamos mesmo?

Léo- Amm... Ahh sim lembrei... Continuando, também contratei alguns Barmans, especializados em bebidas e coquetéis do mundo todo, que é o essencial, enfim, está tudo certo para o coquetel, que inclusive será no próximo sábado.

CD- Ta eficiente em cara? Gostei de ver. – brincou, jogando uma bolinha de papel em Leonardo. – Espera, próximo sábado?

Léo- É querido, foi você que escolheu o dia, agora nem vem querer mudar porque não dá mais tempo, 75% dos convites já foram entregues, hoje é quarta. Além disso, você me apressou demais pra isso e os negócios não podem esperar... – Carlos Daniel o interrompeu.

CD- Relaxa cara, não vou mudar nada ok? É só que... O tempo passou rápido, e com tudo o que aconteceu, bem, depois que descobri o meu filho eu... Só quis ficar com ele, acabei deixando tudo de lado.

Léo- Claro, te entendo perfeitamente, eu faria o mesmo.

CD- E... Você vai ao coquetel não é mesmo? –perguntou inseguro.

Léo- Claro que vou cara! Acha mesmo que vou perder um evento, em que quase me matei para organizar? E outra, vai estar cheio de gata lá, tenho que estabelecer as relações. Sabe como é né, novo país, nova cidade, novas gatas. Cara, bora comer umas gringas, né?! – falou animado.

CD- Nossa nem assim você muda, falo nada. – o respondeu, mostrando indignação.

Léo- Claro que mudo, vou viver para minha filha, mas também tenho que me divertir né.

CD- Ahhh isso é verdade, a maioria das mulheres que vão são todas muito gatas. Cara, a Paulina vai, bem, eu espero. Quer lugar mais bem freqüentado? Não existe né?!

Léo- Você está apaixonado não vale, mas concordo plenamente. E o bebê, você também vai querer que ele vá?

CD- Claro que quero. E, ele vai com um terninho igualzinho ao meu, só que sob medida para ele, já cuidei de todos os detalhes, e hoje tenho que levá-lo para provar, fazer os ajustes, para ficar tudo certinho na anatomia do corpinho do bebê. Liguei para Carol ontem à noite, ela disse que falaria com a Paulina. E Carol acabou de me mandar um email dizendo que Paulina concordou, então daqui a pouquinho vou buscar ele. – disse sorrindo, satisfeito.

Léo- Que legal cara, gostei da idéia, se tivesse um moleque acho que faria o mesmo. O mini Bracho vai ficar ‘charmosão’. –falou sorrindo, ao imaginar.

CD- Isso é, o menino é bonitão. ‘Ta ligado’ que foi eu que fiz né?! Então não poderia ser diferente. – murmurou com um sorriso convencido nos lábios.

Léo- Afff o cara se acha, não tem jeito. Mas é... O garoto é lindo. – assumiu fazendo algumas anotações em um bloquinho. – Ah, já ia me esquecendo, me entregaram o dossiê oficial, registrado, tudo nos conformes, com informações confirmadas e... Bem, só com as algumas informações alteradas, como algumas datas por exemplo.

CD- É agora eu sei, a Carol me esclareceu muitas coisas, quando li o dossiê reparei que a data em que Paulina faz aniversário, estava diferente, da que eu lembrava, jamais poderia esquecer o aniversário dela, e suspeitei mesmo que muitas informações de datas estivessem alteradas, até mesmo a do tempo em que ela está aqui em Miami. Carol me contou tudo, tipo que meu filho tem dois anos que completou três dias antes de chegarmos aqui, que ela esta aqui há quase três anos e não há três anos já completados como pensávamos.

Leonardo o olhou receoso. – Poxa, fiz a maior confusão... Eu sinto muito cara, mas como você queria o mais rápido possível, acabei... – Carlos Daniel o interrompeu.

CD- Relaxa Léo, não vou reclamar, eu entendo. – o tranqüilizou, compreensivo.

Léo- Porra, achei que ia levar o maior esporro. – confessou suspirando aliviado.

CD- Não, de boa. Hey, você já entregou o convite da Paulina?

Leonardo sorriu- Claro... O Dom Juan já pode ficar sossegado, porque o convite da gostos... Eita. – Falou vendo Carlos Daniel encará-lo sério. – Paulina, eu disse Paulina.

CD- Aham, pode continuar. –disse ainda fitando-o sério.

Leonardo limpou a garganta. – Como ia dizendo. A Paulina, já recebeu o convite para o coquetel e... Com antecedência.

Carlos Daniel sorriu. – Ótimo, mal posso esperar para vê-la nesse coquetel, ela e o meu bebê.

Léo- Imagino, afinal tudo isso, no fundo é só por ela.

CD- Sim, só por ela.

Léo- Não se esqueça que por conta de serem sócios, o namorado dela também estará lá. –lembrou-o cauteloso.

CD- É... Eu sei. Quanto a isso infelizmente não posso fazer nada, mas só a satisfação de tê-la ali, já é o suficiente. – respondeu com um sorriso tímido brincando em seus lábios.

Léo- Cara realmente é impressionante, nunca pensei que te veria assim suspirando, com os olhos brilhando só de falar dela. Eu em, vou até ir embora, vai que é contagioso. – falou se levantando e indo até a porta. – Ahh eu também deixei um

convite com aquela loirinha dos olhos azuis, a amiga da Paulina. –concluiu sorrindo meio sem jeito.

CD- Hmmm ui ui ui Carolina, quem diria... – o provocou, vendo seu rosto corar.

Léo- Ihhh cara, nada a ver, parece que bebe. Foi com ela que deixei o convite antes de viajar, porque a Paulina não estava. –contou, se sentando novamente.

CD- Uhum sei... E, você reparou nos olhos dela...

Léo- Aff, Poxa, só fui entregar os convites, não tem nada a ver... Porra, claro que também não sou cego, ela é gostosa pra caramba, não mais que a Paulina, mas né, toda delicadinha, peitinho legal, quadril largo, carinha de princesa, toda coxuda. Comeria numa boa, não, melhor eu casaria. – falou com um sorriso cafajeste estampado nos lábios.

CD- Cara, de verdade. Não sei se eu te bato, por ter usado a minha mulher como exemplo ou por ter falado assim da Carol.

Léo- Vixe, eu a usei como exemplo? – perguntou receoso.

CD- Uhum... –respondeu sério.

Leo- Ah, desculpa. E... Há alguns dias atrás você também falava do mesmo modo, não me julgue.

CD- Você pode falar assim cara, mas só das fáceis, das quengas mesmo entendeu? A Carol não meu, ela é gente boa.

Léo- Boa, põe boa nisso, Carol é gostosa pra caralho.

CD- Da pra respeitar a moça?

Léo- Porra, ele esta mesmo sendo cavalheiro com todas as mulheres, senhor é mais sério do que imaginava.

CD- Claro, estou mudando entendeu? MUDANDO. – disse enfatizando a última palavra.

Léo- Hm sei... Lembro que uma semana antes de virmos pra cá, estávamos em um hotel em Cancun e na praia, todas as gostosas que passavam nós falávamos qual pegaríamos ou não, e me lembro bem de você falando. “Aquela eu comeria, aquela também, a loirinha eu pegava de jeito, olha que peitinho bonitinho. Quer apostar que como aquela dali ainda hoje?”

CD- Aff para Léo, isso é... Passado. – disse envergonhado. -Fica contando meus podres, eu em, cara chato.

Léo- Cafajestes mudam?

CD- O amor pode mudar o mundo e, o homem é apenas parte dele.

Leonardo sorriu- Hmmm olha o cara, cheio de frases românticas. Meu herói, aposto que vai comer várias gostosas com essas frases. Sério cara, tem meu respeito.

CD- Que comer várias, o que cara, não quero comer ninguém. Quer dizer, só a Paulina. Não, comer não... Bom, não só comer, eu a amo e... Ai seu panaca. – Disse jogando uma bolinha de papel em Leonardo. – Você está me confundindo todo.

Léo- Sério cara você está muito bom com essas frases românticas, vai colecionar corações. Me impressionei juro, se eu fosse mulher eu dava pra você agora mesmo.

CD- Eeeeeeeeeee rapaz, ta louco? Pirou? Ihhh dava pra mim, olha as idéias do cara. Viadinhooooo, eu em. Só por Deus.

Léo- Ihh olha, eu disse se eu fosse mulher, ta me estranhando né, só pode.

CD- Ahh você que ta querendo dar pra mim aí, e eu é quem estou te estranhando?

Léo- Eu disse por conta de suas frases de matador cara, se eu fosse mulher né meu, foi um exemplo.

CD- Mas nem fodendo, já pensou você mulher, meu? Credo, Deus me livre. Na boa Léo, acho que você seria uma biscate. – disse inesperadamente.

Léo- Biscate, eu? Está louco? Sai dessa. Olha, você é quem pega mais mulher de nós dois, então se fosse assim, você seria a biscate. Sério, você ia dar demais Carlos Daniel. – falou fazendo Carlos Daniel olhá-lo instantaneamente.

CD- Pirou? Dar? Eu??? Logo eu? Claro que não meu. Nunca na minha vida. Se eu fosse mulher, nunca ia dar cara, nunca! Jamais ia deixar alguém me comer. Você só pode ter pirado, eu ia morrer virgem. Ta louco, ficar abrindo as pernas cara, eu? Logo eu ficar levando rola? Nunca! Ficar chupando pinto, levando pirocada na cara, não nunca. – disse enojado. – Ainda mais biscate, imaginou ter que ficar dando pra todo mundo? Eu ia ser a mulher mais pura desse mundo. Agora, pelo amor de Deus, vamos mudar de assunto porque está estranho. Que nojo, dar velho, Creio em Deus Pai.

Léo riu- É né, ficou com medo só de pensar.

CD- Claro meu, já pensou . Mulher sofre, coitadas, ficar levando vara. – disse pensativo.

Léo- Mas é disso que elas gostam.

CD- Hmm, depois eu que seria a biscate né? Você aí todo chegado.

Léo- Chegado nada, eu em. Não, parou com isso.

CD- Ia ser biscate sim, das piores ainda, ia adorar um anal. – disse rindo, fazendo Leonardo se levantar no mesmo instante.

Léo- QUE???? Ahhh só por Deus, com uma dessas vou até embora, anal ó o cara velho. - Disse indo até a porta. – Olha ta tudo certo aí, qualquer coisa, me liga, me manda um email, anal hmm olha as idéias do cara, credo, me deu até uma coisa ruim agora.

CD- Ok, Tchauzinho dona biscate, ops Leonardo.

Léo- Há há há, que engraçado. – disse saindo da sala.

...

Apartamento de Paulina/ 1 hora depois.

... – Arthur saiu correndo.

Paulina- Filho vem aqui com a mamãe, coloca pelo menos a fralda, por enquanto. –pediu correndo atrás do garotinho.

Arthur- Nããão mamãe, eu pefilo assim. – disse passando correndo ao lado de Paulina.

Paulina- Ai filho, por favor, coloca pelo menos a fralda, então pequeno? Não é nada bonito ficar assim. – disse tentando convencê-lo

Arthur- Nãão, Athuizinho não gota faldas, é coisa de quiancinhas e o Athui já é um homem. –falou correndo por trás de um dos sofás.

Paulina sorriu. – Você ainda é um bebê. E, além disso, seu papai já deve estar chegando, quer que ele te veja pelado, assim? –perguntou tentando fazê-lo mudar de idéia.

Arthur- Ahh mamãe, ele acha legal, é cosa de homem, as muleles não entendeliam. – disse correndo até a porta de entrada.

Paulina- Que legal o que Arthur, vem logo colocar essa fralda, vem? – pediu parando de correr. – Poxa filho, não pode ficar mostrando o pipizinho, não.

Arthur- Mas é que eu goto pelado. Pefilo muito, assim. – respondeu encostado na porta de entrada.

Paulina - Hm prefere assim, né? E se te der vontade de fazer xixi? – perguntou olhando-o.

— Arthur a fitou com os olhinhos arregalados. – Ohhhhh não, ela me venceu... Nãããão, nããão, que latimas, um homem samais pode abandonai a sua luta. - disse fazendo drama. – Mesmo assim óh bela Palina, eu me entlego. – falou, tapando a parte da frente com as mãozinhas, e balançando a cabeça em sinal de negativo. – Fui deotado.

Paulina riu- Meu Deus Arthur, o que foi isso? – perguntou se aproximando e o pegando em seus braços.

Arthur- É que eu estava me entlegando, igalzinho no filme que a gente vimos.

Paulina- Ai Deus, é cada uma que você inventa. Poxa, me cansou sabia? – perguntou indo até o quarto do bebê.

Arthur- É que eu sou um homenzinho muito veloz, case uma máquina.

Paulina sorriu. – Nossa, que máquina.

...

Paulina- Pronto filho, viu? Não custou nada colocar a roupa. – disse abotoando o bori de cor branca, do pequeno.

Arthur- É vedade, agola eu vou ir lá com o papai, poi que eu tenho que ficai gato pla festa. – falou olhando Paulina.

Paulina- Ah eu tenho certeza que você vai ficar muito gato, o mais lindo do coquetel. – respondeu encantada, ao imaginá-lo de terno. – A mamãe também vai comprar o vestido hoje, junto com a tia Carol.

Arthur- Eu não sou toquiquel. – disse olhando-a.

Paulina- Não bebê, coquetel é a festa. –murmurou sorrindo, enquanto colocava uma bermudinha estampada com o símbolo do super homem, que ia até quase os joelhos em Arthur.

Arthur- Ah eu nunca fui em uma festa toquitel. – disse olhando-a inocentemente.

Paulina- A mamãe nunca te levou em festas assim filho, primeiro que você é muito pequeno e essas festas costumam acabar muito tarde e depois tem muito barulho, e

bebês precisam de tranqüilidade. Mas é a inauguração dos escritórios Bracho aqui em Miami, e seu papai quer muito que você vá. – explicou, calçando um chinelinho novo em Arthur.

Arthur- Eu gotei desse chileninho mamãe. – disse balançando o pezinho.

Paulina- É, eu iria colocar um tênizinho, mas seu pai disse para ir bem mais confortável, calma filho, deixa a mãe passar o elastiquinho do chinelo por trás do seu pé, se não você vai deixar cair toda hora.

Arthur sorriu- É vedade. Você não acha que combinou com o meu pé, mamãe? – perguntou fitando o próprio pezinho.

Paulina sorriu. – Claro filho, quando a mamãe viu esse chinelinho ontem no shopping se apaixonou, e né você ama esse personagem.

Arthur- É Aithuizinho ama. Mamãe agola eu sá posso pulai, aqui?

Paulina sorriu- Não filho, sem pular no berço, deixa a mamãe terminar de arrumar você. – respondeu arrumando o cabelo de Arthur.

Arthur- Mais eu Sá estou bonito, não pecisa mais d... – se silenciou ouvindo o barulho da campainha. – O... Papai. – gritou empolgado, pulando no berço.

Paulina- Eita, calma filho. – pediu o pegando nos braços. – Ai não se mexa tanto Arthur. – disse enquanto pegava a bolsa do menino.

Arthur- Mas é o meu papai, eu quelo abli a poita. – disse mexendo-se agitado.

Paulina – Calma, nós já estamos indo abrir a porta. – falou andando pelo corredor. – Calma se não você vai cair, sua bolsa está pesada...

— Paulina abriu a porta, e ali estava ele a sua frente acompanhado de Cecília, parado olhando-a nos olhos como nenhum outro, com aquele sorriso lindo estampado em seus lábios, ficaram algum tempo se olhando como se conversassem em silencio, pelas miradas conectadas, como em uma espécie rápida de transe.

CD- Oi linda. – a cumprimentou com um beijo no canto da boca, sem dar tempo que ela pudesse desviar ou fazer qualquer outra coisa.

— Paulina o olhou ficando ruborizada de imediato, enquanto Cecília fitava Carlos Daniel sem poder acreditar.

Paulina - É... E... Entrem. – murmurou dando passagem para que pudesse entrar.

Arthur- Você besou ela? – perguntou fitando Carlos Daniel.

Carlos Daniel o olhou um tanto sem jeito. – É... Eu... Então filho, como você está? – perguntou o pegando em seus braços, voltando a mirar Paulina nos olhos.

Arthur- Eu vi você besando a minha mamãe, é um rolance? – perguntou fitando Carlos Daniel que não tirava os olhos de Paulina.

Cecília- Então bebê... É que, bem, foi um beijo no rosto. – justificou fitando os olhares trocados entre os dois. – E então Paulina, quanto tempo. - Disse sorrindo.

Paulina- Sim, é verdade... É... Eu saí da sua casa ontem e... – falou, olhando Carlos Daniel. – E bem, estava nervosa, nem te cumprimentei, me desculpe, estava atrasada pra vir ficar com o Arthur, pois a minha amiga que estava com ele tinha que sair. – falou abraçando-a.

Cecília- Não, imagina eu te entendo, filho é prioridade, ainda mais sendo um bebê. – disse simpática. – Você está linda. – respondeu cessando o abraço.

Paulina- Ai obrigada, bondade sua. Você também está muito linda, bem, sempre foi. – respondeu sorrindo.

Cecília- Ai olha quem fala. – murmurou vendo Arthur abraçado a Carlos Daniel. – E você não vai me dar um abraço?

Arthur a olhou- Oiiiiii. – disse se jogando nos braços de Cecília, sorrindo.

Cecília- Ai pequeno, que susto, achei que ia cair. – falou abraçando-o. – Lindo da vovó.

Arthur- Linda do Aithui.

CD- Vamos mãe? –perguntou fitando Paulina.

Cecília- Vamos filho. Você não vai dar um beijo na sua mamãe para irmos? –perguntou se aproximando de Paulina com o bebê..

Arthur- Ah clalo. – respondeu dando um beijo na bochecha de Paulina. –Te amo linda, eu sá volto, e me liga. – disse fazendo todos rirem.

Paulina- Ta bom, bebê.

CD- Bem, então vamos, tchau princesa. – se despediu olhando-a, enquanto Cecília saia com o Arthur.

Paulina- Tchau, aqui está à bolsa dele. – respondeu entregando a bolsa a ele, sem deixar de olhá-lo. – Aqui está tudo que ele pode precisar fraldas, lencinho, mamadeira.

CD- Tudo bem, amor. –respondeu se aproximando dela sem perder o contato visual.

— Não vai besai a minha Palina. – disse Arthur fitando-os no colo de Cecília, fazendo-a rir.

Carlos Daniel o olhou sorrindo, e em seguida fitou Paulina. – Sim senhor... Tchau pequena.

Paulina- Cuida bem do bebê. –pediu com timidez.

CD- Pode deixar, vou cuidar muito bem do nosso tesouro. – disse saindo.

— Mamãe te amo, plincesa do meu univeiso, liga plá mim, gata. – gritou Arthur, quase do elevador.

Paulina sorriu e caminhou até a porta. – Te amo filho. – respondeu sorrindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!