New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 8
See You Around, Friend


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada (ou antes de tudo, me corrijam se estiver errado), venho avisar que já notei a presença de alguns integrantes do Clube Do Spoiler pelos comentários. Por isso vou começar a postar alguns pequeninos trechos de cada capítulo seguinte no meu Twitter, que agora é @_JustAFicwriter. Se eu falar nas notas daqui, a galera de revoltados do Clube Contra o Spoiler vai dar o ar da graça aqui, e isso NÃO será bom.

Enfrentei um bloqueio criativo dos grandes antes deste capítulo, então ele não ficou lá "a perfeição". Mas para compensar, já consegui escrever o próximo, e só não vou postá-lo hoje porque minhas provas começam nesta semana e só terminam no dia 29, então vou programá-lo para o próximo sábado, certo? Certo ;)

Então... vai ter uma personagem nova hoje. Ela é uma pessoa que conviveu com o Finn na época de Finchel (sete anos atrás), porém ainda pode ser uma vilã. Mas não para os pombinhos principais, mas sim para... Ah, eu sei que vocês ainda vão ler, boa leitura!



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— Mas o que está acontecendo aqui? — Falei, quando eu e Blaine chegamos ao andar dos colunistas.

Praticamente todos os funcionários tinham parado para conferir algo estranho que passava entre a galera. Vendo nossas expressões de interrogação estampadas na cara, Quinn veio até onde nós estávamos.

— Eu te explico, Finn: a Cassandra não vem ao trabalho uma vez por mês, para resolver umas coisas que nem eu mesma quero saber. Quando ela falta, os jornalistas fazem a festa, já que, teoricamente, eu mando nessa joça por hoje.

— Você? — Blaine apontou para o rosto da loira.

— Essa é a hora em que vocês começam a me agradecer por deixar a Santana fazer uma corrida de cadeiras giratórias no meio do corredor. — Q aponta para o fim do corredor, e logo vejo Santana sentada em uma cadeira descrita anteriormente, de costas para onde eu estava, segurando um…

— Extintor de incêndio? Sério?

— Quem chegar primeiro na linha de chegada usando os extintores, ganha. — A Fabray volta a explicar, voltando para a movimentação. — Preparados?

— Sim, capitã! — Santie e Sebastian (OI? Perdi alguma coisa, com certeza) já estavam posicionados. Ele, do mesmo jeito que ela estava: sentado, de costas para mim e segurando um extintor.

— 5, 4, 3, 2… vai! — Os funcionários gritaram, ao passo que os dois destravaram a fechadura dos extintores e saíram em disparada pelo corredor, deslizando com o ar escapando dos objetos que estavam segurando. Estranho ou engraçado, sim ou claro?

— Isso aqui está muito parecido com aquela cena de “Brooklyn Nine-Nine”, você não acha, Finn? — O Anderson me cutucou.

— Pode crer, cara.

— Ganhei! Toma na cara, querido chefe! — A latina saiu gritando, quando chegou primeiro na linha de chegada e praticamente sambou na cara do Smythe. — Você viu, Finny? Você viu? Eu venci aquele palerma!

— Santie, ele ainda é seu chefe, sabia? — Adverti, fazendo-a se calar logo em seguida.

— Sem problemas, Hudson. — O próprio Sebastian veio ao nosso encontro. — Faz parte do jogo. Vence aquele que conseguir fazer o outro se demitir da empresa.

— Então era disso que você estava falando outro dia, Lopez? — Perguntei, arqueando as sobrancelhas depois e já caminhando para meu escritório.

— Oh, sim, meu caro Finkenstein. Mas foi ele quem pediu, depois de tantas provocações em cima de mim. — Ela se defendeu, apontando para o chefe.

— Santana, aprenda uma coisa: quando você aponta a mão para mim, vem um dedo para mim e três dedos seus voltam para você mesma. Está se culpando involuntariamente. — Santie ficou visivelmente irritada com as palavras do chefe. Tive de segurar minhas risadas naquele momento, tamanha era a tensão entre nós enquanto estávamos parados ali.

— Acho melhor eu entrar no meu escritório e fazer alguma coisa de útil. Presenciar uma discussão entre chefe e secretária não está nos meus planos. Não mesmo. — Pisquei meu olho esquerdo e logo destranquei a porta da minha sala.

— Vai se… — Fechei a porta com tudo antes de ouvir a “palavra especial” que viria da boca dela. — EU SEI QUE VOCÊ ME OUVIU, HUDSON!

.::.

— Blaine, eu vou almoçar em algum restaurante aqui perto. Quer vir?

O horário de almoço havia começado mais cedo, por causa da Quinn e suas “ordens”. Até ali, o dia não estava tão normal assim: alguns minutos antes, quando eu estava indo ao banheiro, começaram a dançar uma espécie de Harlem Shake ali, naquele andar. Claro que fiquei sem ação, mas acabei deixando pra lá.

— Não posso. Já combinei de ir almoçar com outra pessoa. — Piscou o olho.

— Só pela sua piscada, já entendi duas coisas. A primeira é: você vai sair com o Jesse de novo. Boa sorte com isso. E a segunda é: não devo contar isso para a Santie.

— Sabia que você é o único que me entende?

— Conviver 24 horas por dia com você dá nisso. Agora preciso ir. — Trocamos um aperto de mão e logo depois eu fui de elevador até o térreo.

Coloquei meus fones de ouvido para ir a pé até o restaurante ouvindo música. De imediato, a primeira canção a vir foi “Shake It Off” - a canção que representa os recalcados – e então eu parecia um doente mental dançando timidamente pelo caminho. Cheguei no local e parei de dançar no mesmo instante. Ao me sentar numa das mesas de lá, peguei o cardápio e comecei a analisar os pratos executivos.

— Olá, senhor. Deseja alguma coisa? — Uma voz feminina se pronunciou perto de mim.

Ergui o cardápio e não pude acreditar em quem era a garçonete. Lembraria daquele rosto de longe.

— Harmony Destiny? É você mesmo?

— Finn Hudson? Quanto tempo!

Levantei-me da cadeira e a puxei para um abraço amigável.

— Não me lembro do dia em que você me contou que queria ser garçonete.

— E esse dia não existe. As circunstâncias da vida me levaram até esse emprego. — Ela puxou uma outra cadeira à minha frente e se sentou nela. — Às vezes, o mundo pode ser cruel a ponto de te demitir sem um motivo plausível.

— Então você chegou a ser jornalista?

— Quase. Fui redatora de um telejornal da BBC News por uns três anos e meio, depois de concluir a faculdade.

— Uau. É o emprego que todo aspirante ao jornalismo costuma sonhar.

— Só que os relacionamentos entre colegas por lá são proibidos. Pelo menos nas dependências.

— Deixe-me ver se eu entendi: você se envolveu com alguém do departamento.

— Eu me arrependi tanto de ter me envolvido com aquele cara, sabe… Não que ele fosse a pior pessoa do mundo. Pelo contrário, era um ótimo namorado e era muito carinhoso comigo; mas eu mesma não tinha certeza se o amava ou não. Alguns boatos sobre nós vazaram pelos corredores e chegou até o meu chefe. Por isso fui demitida. — Respirou fundo, antes de voltar a falar. — Não sei se você conhece. Ele se chama Sebastian Smythe.

Gelei. Não consegui encontrar as palavras certas por alguns segundos. Como eu contaria a ela que agora trabalho no mesmo andar que o ex-namorado dela e que ele ainda vive entre tapas e beijos com a minha (quase) melhor amiga?

— Já o conheci. Pelo menos no meu novo emprego.

— E onde você trabalha agora?

— Preparada? — Arqueei as sobrancelhas. — Sou colunista do The New York Times.

— Sério? Ah, meus parabéns, Finn! — Harmony pôs suas mãos em cima das minhas, sorrindo abertamente em seguida. — Sempre soube que você conseguiria. Desde aquele dia em que nos conhecemos na NYU.

— Lembro desse dia como se fosse ontem.

E então, todas as memórias daquele dia vieram à minha mente como num flash de luz.

Rachel, você pode esperar aqui na recepção, por favor? Só vou até a sala do reitor para ajeitar algumas coisas sobre a minha entrada na NYU.

Tudo bem. Você tem sua inscrição e eu tenho as revistas de fofoca ao meu lado. — Rach apontou para uma pequena bancada com uma pilha de revistas em cima. — Pode ir.

OK, então.

Entrei na sala do Reitor Martinez e me deparei com outra sala de espera. “Esse cara gosta de fazer seus futuros alunos esperarem, só pode”, pensei, enquanto me sentava – mais uma vez – numa das cadeiras presentes ali. A secretária estava sentada à frente de sua pequena mesa com um computador rudimentar e alguns papéis espalhados ali. Acomodei-me no banco e fiquei esperando por alguns segundos, até que uma jovem garota ao meu lado me cutucou.

Também esperando para conversar com o reitor?

Pareço fazer alguma outra coisa? — Ela se encolheu no próprio espaço. — Desculpe. É que eu estou realmente muito ansioso para entrar na NYU.

Tudo bem. Eu também estou ansiosa para ingressar nesse mundo. — Voltou sua atenção para a televisão posta mais à frente, porém logo voltou a falar comigo. — Que curso pretende fazer?

Jornalismo. — Respondi timidamente. — E você?

Que coincidência, eu também quero fazer jornalismo. Com o que você sonha quando terminar a faculdade?

Está um pouco longe para pensarmos nisso, não acha? Nem sei se vou terminar mesmo o curso…

Mas você parece ser um jovem persistente. Não vai desistir enquanto não conseguir ser o que tanto sonha.

Tá certo, você me convenceu com isso. — Inclinei meu rosto para o lado dela. — Meu sonho mesmo é escrever para o The New York Times. Perdi muitas noites imaginando como seria ter meu próprio mérito reconhecido naquele grande jornal. E você?

Sou um pouco diferente. Imagino a mim mesma trabalhando na frente das câmeras do BBC News ou coisa do tipo. Quero ser aquela jornalista que leva a informação para todos os que assistem.

Senhorita Harmony Destiny? — A secretária chamou. — O Reitor Martinez já está disponível para falar com você. Pode entrar.

Ainda vamos nos ver muito neste ano. Sou Harmony Destiny. — Ela se levantou, mas estendeu a mão para mim logo depois.

Creio que nos veremos. Finn Hudson, satisfação em te conhecer.

Por que não usa a palavra “prazer”?

Se tem uma coisa que eu aprendi com minha amiga mais descabida do planeta, é que “prazer” geralmente significa outra coisa que não merece tomar vez na nossa conversa.

Harmony riu discretamente, separando nossas mãos e caminhando até o escritório do reitor.

POV Narrador

— Santana…

— O que é, cara de fuinha? — Ela respondeu bravamente pelo interfone.

— Ainda sou seu chefe e posso te demitir.

— Sim, chefe Smythe? — Tratou de corrigir, fazendo-o rir brevemente.

— Eu estou indo almoçar no meu restaurante favorito. Gostaria de ir comigo?

— Não, obrigada. Prefiro catar comida no aterro sanitário a ter de almoçar com você.

— Posso transformar esse pedido numa ordem sem dificuldade. Aproveite enquanto ainda pode responder educadamente.

Santana bufou de raiva, pela sétima vez só naquele dia. Sua paciência estava chegando ao limite antes do horário de almoço, e tudo por causa de Sebastian. Sem ter o que fazer – já que sua amiga Quinn optou por ir embora sozinha sem avisar à secretária disso – optou por responder calmamente.

— Tudo bem, eu vou. Mas vamos a pé?

— Eu falei “restaurante favorito”, não “restaurante próximo”. Vamos no meu carro.

— Então larga essa bunda da cadeira e vamos logo. Quanto mais rápido fizermos isso, mais rápido eu volto para meu lugar. De onde eu não deveria sair para encarar o seu rosto.

Depois de alguns segundos em silêncio, a latina tomou um belo susto quando seu chefe saiu do escritório e apareceu ao seu lado, com as chaves do carro na mão direita.

— Fico tão admirado com a sua delicadeza, sabia? — Ele disparou, quebrando o gelo.

— Como eu disse antes, vamos logo com isso.

.::.

— Um filé à parmegiana, por favor. — Sebastian pediu ao garçom do restaurante, enquanto sua secretária ainda analisava o cardápio.

Mentira. Ela só queria irritá-lo mesmo, pois queria levar a história do “vence aquele que fazer o outro se demitir” até o fim, sem medir as consequências do que poderia acontecer. Curiosamente, ele também pediu seu prato cinco segundos depois de olhar para as comidas oferecidas pelo local, pois também queria mostrar que sabia jogar direito.

— Um camarão à grega, então. É o que eu conheço neste cardápio. — A latina sorriu graciosamente para o funcionário, que se retirou, e logo ela disparou um dedo do meio peculiar para o rival. — Você pediu logo só para me irritar, não é mesmo?

— Um mágico nunca revela os truques que tem na manga. Mas, e você? Também demorou a escolher por minha causa?

— Se depender da minha capacidade de contar as coisas, você morre mofado nessa cadeira e não descobre se eu realmente quis te irritar ou não. — Rebateu.

— Admito: você sabe como levar uma pessoa ao limite da paciência.

— Quando eu quero uma coisa, eu faço com a perfeição que exijo. Ainda me lembro de quando ajudei o Finn com a coisa do namorado da irmã adotiva dele.

— Agora eu fiquei curioso. — Pôs seus cotovelos sobre a mesa, cruzando as mãos em seguida.

— Não é nada demais. Tinha essa história de que o namorado dela, que se chamava Sam Evans, a forçou a ter relações mais do que íntimas antes da hora. Graças a Deus ela não engravidou, mas o Hudson me pediu para ficar de olho nele enquanto os irmãozinhos adoráveis faziam faculdade aqui em New York.

— E eu posso saber como você fez isso?

— Usei meu lindo e maravilhoso charme.

— Charme esse que eu nunca vi em você.

— Fecha essa porra de boca e me escuta.

— Calma aí, bitch. Só te provoquei.

— Lembra daquele dedo do meio? — O jornalista afirmou com a cabeça. — Posso enfiá-lo naquele canto sem maiores problemas.

— Que “meda”.

— Vai me ouvir ou não? — Ela estava praticamente gritando com o moreno. — Tudo bem.

Sam? — Santana viu o loiro do outro lado da rua, atravessando a mesma para chegar na calçada onde a latina estava. — Sam Evans? É você mesmo?

Eu acho que te conheço… — Ele respondeu, quando chegou perto dela.

Sou Santana Lopez, a amiga bitch do irmão da Rachel.

É, eu acho que te vi com ele e a Rach antes dos dois irem para New York.

Certo. Você e a Berry-Hudson ainda namoram?

Ainda ficamos trocando carinhos por internet.

A Lopez ergueu as sobrancelhas, logo achando estranho duas pessoas ainda serem tão fofas mesmo depois de se separarem em duas cidades. Ela tinha alergia a fofuras, diga-se de passagem.

Nossa, que 'fófis', mas enfim… pretende entrar na faculdade algum dia?

Claro que quero. Só não sei quando vou decidir isso.

Por quê? — Perguntou, enquanto os dois caminhavam lado a lado pela calçada.

Ainda não escolhi o curso perfeito para mim, entende? Quero fazer algo que realmente me atraia.

Vamos fazer o seguinte: nesta quinta-feira, eu não terei nada para fazer. E você provavelmente também não terá.

Na mosca. — Sam abriu um sorriso mais largo do que a própria boca de truta, fazendo Santie rir de um jeito estranho.

Vamos nos ajudar: eu te ajudo a escolher seu curso entendendo como é a sua vida, e você me ajuda a ver em qual universidade eu me encaixo, analisando minha rotina. Pode ser?

Não entendo como você pode ser maliciosa e adorável ao mesmo tempo.

Tenho esse talento. — Jogou as madeixas para trás, como se fosse uma modelo esnobe. — E então? O que acha?

Na minha casa, às 20h?

Santana viu como foi fácil conseguir invadir o espaço pessoal do loiro sem arrombar portas, então logo estendeu sua mão.

Fechado. A gente se vê.


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Notas finais do capítulo

*Aquela parte do "prazer/satisfação" eu aprendi com uma amiga minha. Quando ela conhece novas pessoas, em vez de dizer "prazer em conhecer", ela diz "satisfação em te conhecer, porque o prazer vem depois". #VamosRir*
Por favor, sejam gentis com a Harmony. Ela tem seu ponto negativo, claro (ex do Sebastian? Futuramente isso não vai ser legal); mas vejam pelo lado positivo: ela não foi um interesse amoroso para o Finn na época da faculdade. Ou pode ter sido. Também posso fazer Hudstiny (juntei os dois sobrenomes, ficou bom?) acontecer, então não me detonem, certo? Certo.

Essa parte entre Sam e Santana vai agradar a vocês E MUITO nos próximos capítulos. Querem spoiler? Corram para o meu Twitter, seus mal amados :P

Vamos lá, quero ver todo mundo comentando, favoritando, e em caso de extrema animação, recomendando. Não custa pedir =D



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