New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 4
Unexpected Persons & Universities


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, vou logo avisar para vocês algo que eu já disse na minha outra fic, mas vale reforçar: tanto esta fanfic aqui como a minha história original, "O Infinito de Joseph Weeks", serão atualizadas aos sábados, até para que fique mais fácil para vocês. Quem quiser ler, basta procurá-la no meu perfil! =D

Queria agradecer aos comentários e favoritos que a história já tem. Vocês não sabem o quanto eu fico feliz com a recepção positiva! Isso até me inspirou a escrever mais de New York Love Story :)
Excepcionalmente hoje, não teremos um nível tão alto de Finchel circulando por aqui. Só no início, que é quando teremos mais um artigo de Finn para o jornal falando sobre seu relacionamento; porque eu quero, desde já, começar a desenvolver as relações secundárias, que são aquelas Blaine/Jesse e Sebastian/Santana.

Preparados para novas emoções? Boa leitura! :D



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— Atrapalho alguma coisa?

— Imagina, Quinn. Pode entrar.

Eu já havia terminado mais um artigo para o The New York Times, mesmo sabendo que a minha coluna só estrearia no domingo. Estava concluindo mais um dia de grandes textos quando a loira bateu à minha porta e entrou sem grande cerimônia.

— Pelo jeito você já terminou de escrever por hoje.

— Não há muito o que fazer. Pelo menos não enquanto a coluna não estrear.

— Então a história não deve ser tão interessante assim.

— Como? — Perguntei, achando que aquilo havia sido uma ofensa.

— Sem querer te contrariar, mas quando os autores terminam logo de escrever seus artigos, é porque eles não exigem tanto esforço; logo, não são tão interessantes.

— Para uma secretária, até que você sabe de muita coisa.

— Já fui jornalista na minha cidade natal, daí sei de algumas noções básicas do jornalismo em si.

— Bom, eu posso te garantir que o que eu escrevi não é desinteressante.

— Então eu posso ler um pouco, não é? — Quinn arqueou as sobrancelhas.

— Sente-se e leia. — Levantei-me da cadeira, dando espaço para que ela se sentasse e lesse as minhas palavras.

— Vamos ver, então.

Finny, é pra você! — Minha mãe me chamou, e eu logo desci as escadas para ver o que era.

Uma carta? Que antiquado… — Rachel surgiu de Nárnia e rapidamente já estava perto de mim. O bastante para que eu sentisse meus pelos se arrepiarem com a sua presença.

Você ainda vai me matar de susto um dia desses. — Respondi.

Pega logo, querido. — Carole entregou-me a carta. A primeira coisa que fiz foi ver o remetente.

Oh, Deus. É da NYU. — Exclamei.

Abre logo, então. — A mais baixa falou.

Tá, tenham calma. — Abri o envelope, e em seguida desdobrei a carta. — Caro Finn Christopher Hudson, é com orgulho e prazer que nós da New York University anunciamos que… Você foi aceito em nossa instituição para o curso de Jornalismo. — Fiquei estático, e não consegui falar mais nada.

Meu Deus, Finn. — Rach ficou boquiaberta.

Eu vou para New York. Eu vou para New York. Eu… vou… para… New York! — Gritei de felicidade, recebendo um abraço das duas. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Finalmente meu sonho de cursar Jornalismo na NYU havia se realizado!

PARABÉNS!! — As duas repetiram, animadamente, enquanto me enchiam de abraços e beijos.

OK, amores da minha vida, podem parar. Eu já estou muito crescidinho para essas coisas.

Não acredito que o meu filho vai estudar em New York!

Acredite, mãe. Isso é real. — Eu disse, vendo que ela já começava a chorar.

Mãe, tem alguma carta para mim? Sabe, de NYADA? — Rachel perguntou.

Eu não sei, querida. Olhe ali naquela pequena pilha na mesa da sala.

Ela foi até lá e procurou sua possível carta dentre as várias que haviam ali, enquanto eu viajava nas possibilidades que poderia encontrar em New York.

Mãe… Finny… A carta chegou.

Calma, Rach. Consegue abri-la? — Falei, quando cheguei mais perto dela.

Não sei se consigo, Finn. Abre pra mim?

Tá, me dê a carta.

Rach me entregou a carta e eu logo desembrulhei o envelope que a cobria. Li todas as palavras contidas ali, sob os olhares nervosos da baixinha e da minha mãe.

Eu nem sei como vou dizer isso… — Comecei a falar, mas fui interrompido.

Não precisa dizer. Eu não passei, é isso?

Posso terminar? — Me impus. Mesmo sendo a garota mais amável do mundo, Rachel tinha seus momentos de estresse onde quem conseguia pará-la era considerado o maioral.

Ela baixou a cabeça, assentindo a minha pergunta e então eu retomei.

Adivinha quem foi aceita em NYADA com uma carta escrita à mão por Carmen Tibideaux?

EU NÃO ACREDITO! — Sua felicidade era tanta que ela pulou em meus braços, me abraçando e permitindo que eu pudesse sentir o seu perfume natural.

Querida, você vai matar o Finn desse jeito.

Deixa, mãe. Já me acostumei com esses ataques de estrelismo. — Me pronunciei, ainda abraçado à Rach.

Ela parecia não querer me largar, e eu confesso que adorava quando esses abraços vinham, ainda que involuntariamente. Eram as únicas vezes em que eu podia estar mais perto dela sem ser prejudicado pelos meus sentimentos estranhos pela minha própria irmã. Adotiva.

Lembro-me de quando isso acontecia. Por fora eu parecia estranhar esse “feminismo exagerado” dela, mas por dentro eu viajava num mundo onde eu poderia ser feliz como quisesse. E se eu realmente quisesse a felicidade, teria de ser ao lado dela. Rachel Barbra Berry Hudson.

— Tenho de admitir, Finn. Você escreve de um jeito que me faz sentir as mesmas coisas que o relatado aqui. — A loira abriu um sorriso gentil e se levantou da cadeira, me deixando sentar nela outra vez.

— Com isso, eu acabei de provar a você que… — Arqueei as sobrancelhas, mostrando vitória perante a indagação de Quinn anteriormente.

— Nem sempre escrever em menos tempo significa pouco interesse e inspiração.

— Se você ainda quiser voltar ao jornalismo, anote isso em um caderno para nunca mais esquecer.

.::.

— Hey, Finkenstein! — Santana, discreta como sempre, gritou do final do corredor para mim, enquanto eu fazia alguma coisa no lado de fora do escritório. Confesso que esqueci o que estava fazendo, tamanho o grito. — Talvez eu seja demitida!

— E você fala como se fosse uma boa notícia. — Blaine, que estava por ali, vociferou.

— Preciso transparecer tranquilidade. Se alguém me vir nervosa, é aí que meu emprego decente vai para o ralo.

— Boa tática. — Comentei. — Mas por que você “talvez” seja demitida?

— Noah Puckerman se demitiu. Isso é ótimo, ele realmente era uma pessoa muito legal no estilo que chamo de “só que não”. Mas caso você não saiba, ele é meu chefe, e se eu não for dispensada, o único emprego “decente” daqui é como limpadora de vaso sanitário, coisa que não vai rolar.

— Ai, amiga… Tá ruim pra você, viu? — Com a maior cara de surpreso que poderia fingir, Blaine falou.

— Pare de ser você mesmo na minha frente. Não é legal.

— Também te adoro, Santie. — Ele rebateu.

— E se o Noah for apenas substituído, Santana? Não precisa pensar em demissão.

— Duvido que isso aconteça. Cassandra July é um horror quando se trata de demitir ou substituir pessoas. Dizem que isso afeta até a menstruação dela.

— Exagerada… — Afirmei.

— Santana! — Quinn apareceu de algum lugar incógnito, direto para a nossa conversa. — A Cassandra quer falar com você. Agora.

— Foi bom ter vocês como amigos. São meus convidados de gala no meu enterro.

— Pessimismo te define, Lopez. — A loira ironizou.

— Aqui pra você! — Antes de se mandar para o escritório de Cassandra, a latina fez o favor de mostrar o dedo do meio e esfregá-lo na cara da “amiga”, causando em mim e Blaine um ataque de risos. Santie sempre soube ser a delicada do grupo, no nível Só Que Não.

— Ela nunca muda. — Concluí, voltando à minha sala em seguida.

POV Narrador

Já irritada, Santana quase deu um soco forte na porta da sala de Cassandra July, mas conteve as mãos para evitar uma provável demissão se concretizar de vez. Tudo o que fez foi apenas bater duas vezes na coisa de madeira e perguntar se podia entrar.

— Uau, Santana, esta foi a coisa mais educada que você já fez por aqui. Entre, por favor. — A chefe loira arregalou os olhos com o comportamento da secretária, que apenas entrou e deu de cara com um homem alto, de bom porte físico, cabelos castanhos e dono de irresistíveis olhos.

— Por que me chamou até aqui, Sra. July? Eu serei demitida? — O medo conseguiu seu lugar na voz da morena.

— E por qual motivo eu faria isso, Lopez?

— O Noah saiu do jornal, daí… — Ela foi interrompida por Cassandra.

— Foi por isso que eu te chamei. Você não será demitida nem remanejada para outra função, pois apesar de seu comportamento meio… — Pareceu procurar a palavra mais adequada para a ocasião. — …meio explosivo, ainda faz um ótimo trabalho como secretária. Então, quero que conheça seu novo chefe e colunista do The New York Times. Este é Sebastian Smythe.

— Vem cá, você resolveu reformular toda a ala dos colunistas por aqui? — Santie não se controlou nas palavras.

— Vou fingir que não percebi sua indelicadeza e responder essa pergunta. — A latina imaginou um dedo do meio mentalmente para aquela “velha” recalcada. — Sim, estou colocando novos colunistas por aqui. Temos de renovar a aura desse jornal, querida. — A July logo se lembrou do novo jornalista plantado em pé a poucos metros e rapidamente se aproximou dos dois. — Santana, este é Sebastian Smythe, seu novo chefe. Sebastian, esta é Santana Lopez, sua nova e nada delicada secretária.

— Obrigada pelos elogios, Sra. July. — A Lopez se virou para o jovem, e percebeu o olhar descontraído e ao mesmo tempo concentrado do Smythe em seus olhos. — Prazer em te conhecer, Smythe.

— O prazer é todo meu, Lopez. Pressinto que teremos uma ótima relação por aqui. — Ele respondeu, sem deixar de olhar para a nova secretária um segundo sequer. Com Santana, já não era a mesma coisa.

Ela adorou o jeito com que Sebastian se portava, mas realmente tinha enormes problemas com quem era “educado demais”. Da última vez que ela conheceu uma pessoa assim, acabou se apaixonando e tendo o coração quebrado quando viu sua paixonite com outra garota no metrô. E sim, essa paixão era o Puckerman que se demitiu. Por isso ela implorou tanto para trocar de chefe, mas nunca conseguiu. A essa altura do campeonato, trabalhar com mulheres seria menos complicado. Santana, então, estava de frente com o seu próximo grande desafio: um novo chefe excessivamente educado, mas irresistível demais para ser ignorado por ela.

— Eu tenho sérias dúvidas… — Ela disse, mais para si mesma.

— Bom, eu acho que a sua nova secretária pode lhe mostrar onde fica seu escritório, não é mesmo? — Cassie sugeriu, fazendo a atenção dos dois se voltarem para ela.

— É, eu acho que posso. Me acompanhe, senhor. — Seb acompanhou a ajudante, saindo da sala de Cassandra junto com ela e ainda com um sorriso abobalhado no rosto. Enquanto os dois saíam, Quinn entrava no escritório, com os olhos arregalados.

— Sério que eu vi isso, chefa? Santana Lopez com sorriso sincero?

— O mundo dá voltas, cara Fabray. No caso da Santana aí, deve ser por causa do novo chefe. Não quer ser demitida, então banca a educada. — A loira mais velha respondeu.

— Eu vi algo completamente diferente nos olhos dela, Cassandra. Parece… apaixonada. Com ele também não é diferente.

— Bobagem. Eles nunca teriam a chance de se apaixonarem aqui em New York. O tempo é muito curto para isso.

.::.

— Finn… — Blaine chamou o amigo e chefe pelo interfone, com uma voz extremamente nervosa.

— Você sabe que pode ir ao banheiro quando quiser.

— C-como você sabe? — O secretário estava surpreendido pela resposta antecipada do Hudson.

— Eu tenho uma janela. Posso te ver daqui.

— Tá, eu volto rapidinho.

Antes que Finn pudesse responder qualquer coisa, o Anderson saiu em disparada ao banheiro, que se localizava no fim do corredor. Porém, não viu por onde andava – ou melhor, corria – e deu de frente com um completo desconhecido aos seus olhos, derrubando as coisas do outro homem e ainda por cima caindo acidentalmente em cima dele.

— Oh, céus, me desculpe… Eu não estava olhando por onde andava.

— Não seria mais conveniente dizer “por onde corria”? — O jovem respondeu, sorrindo timidamente em seguida e olhando para a posição em que estavam.

— Opa, deixe-me sair de cima. — Blaine se levantou e pegou a pasta que havia derrubado do cara, entregando a ele em seguida. — Desculpe, mais uma vez.

— Tudo bem, acidentes acontecem. — Ele afirmou, passando a mão pela roupa e terminando por analisar a pequena corrente que saía do contorno do pescoço do apressado. — Acho que já vi essa corrente antes… Sem querer me intrometer, mas você se lembra de quem te deu isso?

Mesmo estranhando a pergunta do desconhecido, o secretário respondeu à pergunta.

— Eu tinha 11 anos quando ganhei isso de um amigo de infância. Jesse St. James. Nos separamos aos 13, quando o pai dele foi transferido para Washington, D.C.

— Que interessante. Porque... meu pai foi transferido para esse mesmo lugar, quando eu tinha a mesma idade. E também porque meu nome é Jesse St. James.


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Notas finais do capítulo

Finalmente fiz um capítulo onde todos os pares amorosos obtiveram destaque! Como isso é um grande milagre na minha vida, espero que vocês comentem dizendo o que acharam, e respondam também a seguinte pergunta: vocês querem mais capítulos divididos em duas partes, uma com o POV de Finn e outro POV de narrador em 3ª pessoa? Eu, pelo menos, acho que ficaria interessante, porque aí poderíamos ver os outros se desenvolvendo sem o Finn se intrometendo, não acham?

E que os comentários comecem ;)