New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 3
Dinners & Advices From Friends


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse, aqui está mais um capítulo para vocês. As atualizações serão sempre aos sábados, pelo menos até que eu tenha um bloqueio criativo, o que não deve ocorrer tão cedo.

Hoje tem um grande avanço na história da relação Finchel e a prova de que Finn, Blaine e Santana são verdadeiros amigos. Espero que gostem, e boa leitura :D



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Ao voltar para meu escritório, logo me lembrei da outra parte do artigo. Forcei minha mente a lembrar dos acontecimentos da noite que se sucedeu àquela conversa entre mim e Rachel.

Eu até podia estar com meus 22 anos, mas estava se comportando como um verdadeiro adolescente problemático naquela fatídica noite. Ninguém mandou Rachel Berry trazer seu primeiro namorado sério para um jantar justamente no dia em que eu comecei a vê-la com outros olhos, não é verdade? Sam e Rachel pareciam ser o casal mais perfeito do mundo; estavam sorrindo sem parar e sendo carinhosos um com o outro a cada 3 segundos. O incômodo que eu estava sentindo na hora do jantar em família era tanto que até minha mãe percebeu meu pequeno ataque psicótico.

Finn, você está bem? — Ela perguntou, enquanto eu devorava um pedaço de lasanha.

Tô ótimo, por que não estaria? A garotinha inocente que sempre conviveu nesta casa como irmã adotiva cresceu e até trouxe o primeiro namorado para jantar aqui aos 19 anos. Eu devia estar feliz, mas infelizmente eu estou nervoso pela faculdade em New York, e isso não está ajudando a organizar as coisas da minha mente. Me desculpe se eu estou causando algum mal-estar, mas é que eu realmente teria coisas melhores pra fazer se não fosse você, mãe. — Falei tudo isso num piscar de olhos, sem nem pensar duas vezes.

Sam e Rach arregalaram os olhos e voltaram a comer, fingindo que nada aconteceu. Minha mãe me encarou com uma cara do tipo “teremos uma conversinha daqui a pouco”. Brittany, a irmã de Sam, estava na mesa também e ficou de boca aberta por um bom tempo. Já eu… Bem, eu finalmente me toquei do mico que estava pagando só em continuar sentado ali depois do meu momento “libera e joga tudo pro ar” e saí da mesa, correndo em disparada para o banheiro e com direito a garfo caindo no chão. Tranquei-me lá e bati o punho com força contra a testa. “Burro sem noção, é isso que você é, seu idiota de merda”, pensei comigo mesmo. Quase ninguém sabia, mas até eu tinha meus momentos Pat Peoples quando ficava com raiva ou então me preparava para chorar.

Dito e feito: assim que parei de se menosprezar, acabei deixando que as lágrimas viessem. Nunca havia me apaixonado de verdade por ninguém na vida, e quando finalmente descobri o amor, já era tarde demais. Eu simplesmente não podia ter Rachel para mim por duas razões que qualquer um que me conhecesse saberia explicar: 1. Ela é nada mais, nada menos do que minha irmã adotiva. Crescemos como irmãos, seria abominável se eu iniciasse uma relação mais íntima com alguém que era praticamente da família; 2. A Berry tem um namorado que parece ser bem atencioso e carinhoso. Eu nunca, jamais nesse planeta Terra, faria isso com ninguém na vida porque me considerava másculo demais pra ser 'o perfeito'.

Finny, você tá vivo? — Rachel bateu à porta do banheiro umas 10 vezes antes de encostar a cabeça na mesma e voltar a falar. — Eu sei que é estranho sua irmã caçula encontrar o amor ideal antes de você, mas não precisa ficar com raiva.

Que ótimo, ela acha que a minha raiva é por causa disso Quemdera fosse.”Pensei novamente, antes de enxugar o rosto na toalha que havia do lado da pia e me encarar no espelho.“Me sinto horrível. Vou ter que abrir essa porta e encarar o casal 20 de um jeito ou de outro, então vamos logo com essa porra.” Abri a porta de vez e saí, descendo as escadas sem nem falar com ela.

Desculpa mais uma vez. É o estresse da NYU que fica me matando aos poucos. Enfim… — Resolvi não me sentar à mesa outra vez; já foi pegando o casaco e dando um beijo na cabeça de minha mãe. — Tchau, mãe. Sam, foi realmente um prazer te conhecer e desculpa qualquer coisa aí. Digo o mesmo pra Brittany. E, Rachel… — Virei-me para ela, que já estava de volta à sala de jantar. Não consegui olhar em seus olhos, então disse friamente: — Nos falamos depois, então. Preciso ir, gente. — E depois saí batendo a porta com tudo.

Eu apenas não podia acreditar em meus próprios pensamentos originados depois daquela batida de porta.

Eu acho que gosto da minha própria irmã

.::.

— E então, Blaine? Vamos para casa? — Falei, por meio do interfone. Eu já havia desligado as coisas no escritório, então só dependia da permissão de meu secretário para irmos.

— Mas já? Pensei que você demoraria mais por causa do artigo.

— Terminei antes da hora e a Cassandra permitiu que eu fosse embora mais cedo.

— Tá, vou desligar minhas coisas. Nos vemos em 30 segundos.

— Muito engraçadinho você, não? — Pude ouvir um ataque de risos do outro lado da linha.

Depois de fechar as cortinas e desligar as tecnologias que existiam por lá, tranquei a porta da sala e encontrei um animado Blaine Anderson rindo loucamente com Quinn.

— Então é por ela que você não se mostrou interessado em ir embora mais cedo?

— Temos várias coisas em comum, Finn. Pelo menos eu já tenho certeza de que ele não vai querer nada sério comigo, e isso é ótimo. — A loira se justificou, fazendo-me sorrir com a piadinha no final.

— Além do mais, ela já me contou sobre todos os podres dos colunistas deste andar.

— Tinha que ter fofoca no meio, já imaginava. — Falei, gesticulando a mão e apontando para o elevador. — Já podemos ir, cara?

— Claro! — Ele logo se levantou, pegando suas coisas e dando um abraço em Quinn. — Nos vemos amanhã, loira.

— Será um prazer te ver novamente, querido Anderson.

— Sabiam que tenho alergia a papos muito femininos? — Cortei o barato dos dois, e logo eu e meu secretário já estávamos no elevador, voltando para o térreo.

— Você é um estraga prazeres, Finn.

— Encararei isso como um elogio. — Sorri de um jeito falso.

— Ah, quase me esqueci de avisar. Santana quer jantar conosco lá em casa às 20h.

— Por isso ela disse que você me diria alguma coisa. — Pensei alto.

— Já havia falado com ela? — Perguntou.

— Santie disse que queria colocar o papo em dia e reunir o trio mais perigoso do McKinley.

— Era um quarteto. Tinha a…

— Rach. — Completei a frase.

— Se quiser, eu posso pedir a Santie para que nós não toquemos nesse assunto mais tarde.

— Nada disso, Blaine. Vou escrever sobre ela mesmo, nada mais justo do que relembrar como ela era para inspirar nos textos. — Eu disse, friamente, como se Rachel Berry já fosse um assunto do passado. O elevador parou no piso térreo e se abriu.

— Que horas são, Finn? — Ele questionou.

— São 17h30, ainda. Por quê?

— Droga, o metrô vai passar na estação em cinco minutos! — Aumentou o tom de voz, obviamente nervoso com o fato.

— Então é melhor nós corrermos!

.::.

— E vocês ainda conseguiram entrar no metrô? — Santana perguntou, depois de Blaine ter contado sobre a nossa aventura na volta para casa. O jantar estava mais animado que eu pensei que seria, devido as circunstâncias.

— Tive que jogar algum ser humano para o lado só para conseguir entrar. — Comentei.

— Algumas pessoas não perdem a brutalidade. — Ela retrucou.

— Não é verdade, Santie. Finn não era tão brutal assim na época do colégio. — O moreno veio em minha defesa.

— Só se ele era normal na sua frente, cabelo de miojo. Esse cara… — A latina apontou para mim. —…Me defendeu várias vezes.

— Você era minha única amiga do sexo oposto, eu tinha que te defender daqueles pervertidos. — Falei, arrancando risos de Blaine e uma expressão sem sentido de Santana.

— Queria ver você defendendo a Rachel, Finn. Nunca vi esse tipo de coisa na escola. — Ele comentou, deixando tudo mais sério no momento.

Fisguei um pedaço de carne que estava em meu prato apenas para não ter de tocar no assunto de novo; mas não teve outra: eles optaram por insistir nisso.

— Uma hora você vai ter de falar sobre isso, Hudson. Seu projeto é justamente sobre ela. — Ela quebrou o silêncio do ambiente.

— Tenho de concordar com ela, cara. Continuar em silêncio só vai deixar a coisa toda mais complicada.

— Que ironia. — Tentei desviar do assunto. — Parece que estamos repetindo a mesma coisa daquele dia.

— Tô perdida, de que dia você está falando?

— Quando eu saí bravo do jantar “em família” e nós acabamos nos encontrando na pizzaria perto de casa. Vocês, amigos sem noção, me deram conselhos que acabaram me ajudando. Lembram? — Perguntei no final.

Uau, isso é o que eu chamo de saída triunfal. — Santana Lopez colocou seus cotovelos sobre a mesa, enquanto ela, eu e Blaine Anderson esperávamos nosso pedido de pizza tamanho GG para um jovem deprimido como eu.

Quanta delicadeza, Santie. — O mais novo teve de intervir. — Você deve estar bem confuso agora, Finn.

Eu sei. Por isso contei para vocês. Será que tem algum jeito pra eu parar de pensar nisso? Ou melhor, nela?

Quando a pessoa começa a se apaixonar, é difícil não se concentrar nisso. — A latina voltou a ficar séria.

Só que o seu caso é pior do que os outros. Está gostando mais do que devia da própria irmã. — Blaine advertiu, elevando seu tom de voz.

Tá, mas ela não tem o meu sangue. Seria até possível nós ficarmos juntos, mas… — Fui interrompido pelo Anderson.

Mas você tem medo que a família rejeite, já que cresceram como irmãos. E ela tem esse novo namorado… Sam Evans, não é?

Isso. É o que complica toda a situação. Não sei se vou conseguir dormir essa noite, só pensando nisso.

Toma um calmante, talvez você precise. — Ela ironizou.

Vamos ignorar o que a inteligência rara aqui falou. — Ele sorriu sarcasticamente para Santana, que mostrou o dedo do meio como retribuição. Uau, tenho amigos muito decentes. — Mas e a Rachel? Sente alguma coisa por você?

Só afeto, eu acho. Rach sempre me tratou como “o irmão mais velho”, não tem como ela pensar outra coisa.

Então faça com que ela veja a melhor parte de você. Precisa ser o cara que também é com os seus amigos mais normais, e eu garanto que vocês vão ficar muito próximos.

Mas e quanto ao Sam? — Interroguei. Santie levantou a mão, e mesmo contra nossos olhares de protestos resolveu falar.

Eu posso dar um jeito nele.

Nada disso, Santana Lispector. Não vamos usar da violência neste caso. — Adverti.

Não é nesse sentido que eu falo. Sabe, eu posso me aproximar discretamente dele, conhecer suas reais intenções, coisas do tipo. E duvido que ele rejeite o pedido de uma ex-vadia líder de torcida do McKinley.

Não mesmo, criatura! O Sam vai querer sair correndo das suas vistas na primeira oportunidade. — Blaine disse.

Espera um pouco, Blaine… Até que não é uma má ideia.

OI? — Ele praticamente gritou.

Ele nunca falaria de forma sincera com ninguém da família. E eu também duvido que a Brittany Pierce-Evans saiba de alguma coisa sobre isso. — Respondi. — Se a Santana se aproximasse de um jeito normal e se apresentasse como a amiga que ela nunca foi nem será, talvez o Sam logo queira se abrir.

Me chama de inteligência rara que eu gosto, cabelo de miojo. — Ela se vangloriou.

— Ah, disso eu me lembro muito bem. — A morena falou, logo depois de eu ter lembrado de tudo.

— Claro, a pizza chegou logo depois dessa parte, Santie. Quando tem comida no meio, você lembra até de como o garçom estava vestido e maquiado quando vem entregar os pratos. — Ironizei, causando um ataque de risos em Blaine.

— É impossível estar com vocês e não ter uma crise de risadas. — Me pronunciei.

— Também amamos você, Finn. Só que do nosso jeito.


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Notas finais do capítulo

Samchel chegou para estragar a alegria do Finn, enquanto Blaine e Santie continuam sendo "os melhores amigos" do cara.
Comentários? São importantes, quero ver o que acham da fic até agora ;)

P.S.: Gostaria que vocês dessem uma lida na minha one-shot Sebtana, "Chains", e dissessem o que acharam dela. Fiz com muito carinho.
http://fanfiction.com.br/historia/533991/Chains/



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