New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 22
BÔNUS! One Day With Madison, by Ryder Lynn


Notas iniciais do capítulo

Vou contar uma coisa para vocês: quase que esse capítulo não saía a tempo! O universo conspirou e eu entrei em bloqueio criativo justamente na hora de escrever esse bônus. Graças à Chery Melo (a colaboradora criativa deste capítulo), isso não afetou o cronograma da fic, então cá estou eu com esse bônus narrado pelo Ryder, contando como foi seu dia de babá com a Madison Caroline (Mini-Diva) Berry-Hudson enquanto Finn e Artie descobriam aquele negócio do paradeiro da Rachel lá...
Falando nisso: gente, eu sei que surpreendi a todos, mas não precisava de tanto ataque do coração, não é? Rachel é a nova Piper, sabemos disso, e é por esse motivo que ela VAI APARECER em carne, uniforme laranja e osso no próximo capítulo! Quem está animado? o/

Enfim... acho que é só isso, boa leitura e aproveitem esse bônus ;)



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— Ryder, posso te agradecer outra vez por quase ser demitido pela Cassandra só por minha causa? — Finn disse, quando me encontrou na porta de seu apartamento.

Teria sido mais um dia normal como motorista de Cassandra July, mas um certo Finn Hudson me salvou do martírio, pedindo à Poderosa Chefa que eu ficasse tomando conta de Madison, sua filha, enquanto ele resolveria umas coisas para uma “segunda temporada” de sua coluna sobre Rachel – eu tinha quase certeza de que aquilo era mentira, mas nunca agradeci tanto a um quase desconhecido por ter me livrado de mais um dia trabalhoso.

— Imagina, você está fazendo um favor pra mim. Aquela mulher entrou numa TPM que só Deus salva. — Ironizei, já adentrando o lugar.

— Como a minha temporada de artigos para o New York Times acabou, nem posso mais usar minha influência para te salvar do que ela pode fazer.

— Use a Madison. Não é ela o motivo de eu estar aqui?

— Boa ideia, jovem Lynn. — Sorriu discretamente. — Eu vou sair com o Artie e com a Santana para resolver algumas coisas ligadas ao assunto Rachel. Não tenho hora para voltar, espero que isso não te atrapalhe.

— Como eu disse, você está fazendo um favor para mim. E além do mais, ser babá de crianças da idade da Mad é como uma terapia, me ajuda bastante.

— Tudo bem, então. Tem comida congelada na geladeira e telefones de restaurantes estrangeiros colados lá, caso precise. Ela é muito elétrica e…

— Fica tranquilo, cara. Minha fase de psicopata já passou há tempos. — Interrompi-o, já empurrando ele para a porta. — Vou me divertir muito com a garota, a não ser quando ela estiver dormindo. Como agora.

— Quando ela acordar, você pode explicar a ela minha situação?

— Vai procurar coisas que te ajudem a encontrar a Mamãe Poderosa dela. Entendi, tchau! — Rolei a porta na cara de Finn, sem medo de levar bronca por isso.

Sentei-me no sofá em frente a televisão, sintonizando-a em algum canal que pudesse prestar àquela hora do dia. Curiosamente, estava passando “Toy Story 2” na ABC, o que me impressionou por um instante, mas logo não dei mais bola e comecei a assistir. Poucos minutos depois, ouvi um barulho de dois pés pisarem no chão da sala de estar.

— Com licença… — Madison se pronunciou ao me ver. — Cadê o Déda? E quem é você?

Finn me contara antes que seu apelido, para a filha, era “Déda”, então respondi gentilmente:

— Eu sou Ryder, um amigo do seu pai. E seu Déda teve de sair para procurar coisas que ajudem ele a encontrar sua mamãe. Enquanto isso, me deixou tomando conta de você. Tudo bem?

— Ele vai encontrar a mamãe? — Rapidamente se animou, deixando a timidez de lado.

— Se tudo der certo, ele vai, sim. — Sorri de modo discreto.

— Legal, porque eu nunca vi a minha mãe.

— Como assim? Nunca a viu? — Concordou com um balançar de cabeça em resposta. — Mas por quê?

— Minha vovó Carole diz que eu já vi a mamãe, mas eu era muito pequenina assim... — Fez um espaço bem pequeno entre os dedos, mostrando o quanto era pequena. Criativa, essa garota. — ...e por isso não lembro do rosto dela.

— Mas você já viu alguma foto de sua mãe? — Perguntei inocentemente.

— Já. Eu guardo uma que a vovó me deu quando eu era mais nova. Quer que eu mostre a você?

— Pode ser. — Concordei, e Madison foi buscar a tal foto.

Poucos segundos depois, retornou de seu quarto com um pedaço de papel pequeno nas mãos. Entregou em minhas mãos e eu vi a garotinha, no dia em que nasceu, no colo de sua mãe, que eu pensei ser Rachel. Apesar de mostrar apenas os rostos das duas, deu para notar que o semblante da mulher estava bem destruído, e seu olhar não aparentava ser de felicidade.

— Minha mãe era muito linda, não acha? — Ela quebrou o silêncio, e eu fiquei impressionado com o que Mad dissera. Mesmo com a mãe parecendo bem triste, a garota ainda conseguia enxergar um pouco de beleza nela.

— Era, sim. E talvez ainda seja, certo?

— Eu não sei, tio Ryder. — “Eu não sou seu tio”, pensei. Mas deixei isso de lado. — Se ao menos eu soubesse onde ela está...

— Hey, mas não é isso que o seu pai está fazendo agora mesmo? — Afastei-me, dando espaço para que a mais nova sentasse. — Ele está procurando algo que possa levar à sua mãe. E aí você vai poder vê-la. Não seria muito legal? — Usei minha melhor voz de “animador de crianças às sete da matina” possível.

— Claro que seria! Imagine se ela estivesse morando na Torre Eiffel, eu poderia visitá-la e ainda realizar o meu sonho... — Ergueu os olhos para cima, como se estivesse imaginando alguma coisa.

— Mas nós podemos ir até ela agora mesmo. Já usou a sua imaginação?

Decidi entrar no mundo de Madison Caroline Berry-Hudson (não me pergunte como descobri o nome completo dela), porque era exatamente o que eu faria durante toda a manhã. Os melhores babás são aqueles que brincam junto com as crianças, que se imaginam dentro do mundo delas e que se divertem tanto quanto os menores. Pesquisei em alguns blogs antes de vir pra cá, tenho de ressaltar. E apesar de eu não ter nenhuma relação de parentesco com a menina, logo criei uma empatia por ela. Tudo bem, meu passado não é dos melhores, devido à coisa toda da Kitty, mas acredito estar suficientemente recuperado para lidar com esse tipo de coisa.

— Ainda posso usar a minha imaginação? — Mad perguntou, tirando-me do transe mental.

— Mas é claro! Para onde você quer ir? — Recostei minha cabeça no sofá, e ela fez o mesmo.

Direcionamos nossos olhares para cima e logo a pequena começou a dizer o que queria imaginar.

Imagino eu e você, tio Ryder, andando bem próximo a Torre Eiffel. De repente, eu vejo duas pessoas que me parecem familiares. Um homem e uma mulher.

Mad? — O homem grita. Eu meio que o reconheço só pela voz.

Déda? — Grito de volta, e então corro para o seu abraço, deixando você a ver navios ali. — É tão bom te ver, papai!

É muito bom te ver também, querida... — Viro minha cabeça para o lado e reconheço a mulher que estava ao lado dele.

Mamãe? É você mesma?

Sim, querida! — Afasto-me do meu pai e corro para o abraço da minha mãe. — Sempre ansiei por esse dia, e agora você está aqui, me abraçando...”

De repente, ela parou de falar o que está imaginando. Virei minha cabeça para o lado e notei que uma lágrima solitária descia de seu olho esquerdo.

— Hey, por que está chorando?

— Não sei por que imagino essas coisas. Eu sei que ela não vai mais voltar pra mim...

— Madison, eu tenho certeza de que você ainda vai vê-la. Palavra de ex-escoteiro mirim. — E de ex-psicopata também, mas eu não queria assustar a menina.

— Tudo bem. — Deu de ombros. — Mas podemos fazer outra coisa?

— Claro que podemos. Deixe-me pensar... — Fingi pensar por alguns segundos, até levantar o dedo indicador em sinal de ideia. — Você tem papel e tinta?

— Tenho, sim. Por quê, tio Ryder?

Eu não sou seu tio, criatura!” Pensei comigo mesmo, mas o bom senso me impediu de dizer isso. Mais uma vez.

— Vamos pintar algumas coisas.

[…]

— Madison, por favor, não faça isso!

Supliquei, mas por mais que eu tentasse, ela não me ouvia. E lá estava eu, encurralado no chão, tendo meu rosto pintado por uma garota de seis anos que provavelmente se arrependeria de ter feito isso com o “tio” anos depois.

— Vai ser divertido, tio Ryder! Fica quieto... — Mad repetia, enquanto passava seus dedos na minha cara.

— Nem quero ver como fiquei no espelho.

— Mas faz parte da coisa toda, vai ter que se ver, sim! — Meu Deus, que garota mandona, viu? Nem sei a quem ela puxou... só não foi ao pai, posso garantir. — Prontinho! Espera aí que eu vou pegar um espelho.

Após 13 segundos cronometrados, ela voltou com um espelho de mão e praticamente esfregou-o em meu rosto.

— Gostou do leão que eu fiz? — Perguntou. Normalmente eu responderia com um elogio, mas estava bem claro que aquele desenho não era de um leão na minha cara.

— É... tem certeza de que isso é um leão?

— Não sei. Era pra ser um.

— Então, o que é isso?

— Também não sei. Para de fazer pergunta difícil, tio Ryder!

[…]

Depois de uma ou duas horas, Madison finalmente dormira. No chão. Talvez eu nunca mais volte aqui para cuidar dessa garota, e olha que eu ainda nem arrumei meu rosto para parecer ao menos apresentável para Finn quando ele voltasse. “Eita, Giovana. Se ele chegar aqui e ver esse caos, a coisa vai ficar feia para o meu lado”, pensei. Mas o programa que estava passando na televisão era tão interessante que não me movi do sofá. Acabou que o Hudson chegou e encontrou essa cena linda e maravilhosa: Mad dormindo no chão como se fosse a coisa mais legal do mundo e eu... bem, eu não estava em condições de descrever o que era aquilo na sala de estar. Ou ao menos descrever o que acontecera com o meu rosto.

Sem dizer uma palavra, Finn pegou a filha no colo e a levou para a cama. Decidi começar a arrumar os brinquedos e os papéis espalhados, a fim de contornar a situação. Ele logo voltou e começou a me ajudar.

— Pelo jeito, vocês se divertiram bastante, não é mesmo? — Disse ele.

— É, eu tenho meus métodos para animar crianças. — Ironizei, tentando sorrir.

— E um deles é deixar que elas pintem sua cara.

— Tá, isso foi um improviso. Ela pediu e eu já estava cansado mesmo, então… deixei. — Joguei alguns brinquedos na caixa e fui em direção ao banheiro, disposto a limpar a sujeira da minha face.

— Espera. — Inesperadamente, Finn tirou seu celular do bolso e ativou a câmera. — Eu preciso tirar uma foto disso!


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo passou rápido, não é mesmo? Foi até menor que os anteriores, por ser apenas um bônus e eu não tava com muita criatividade essa semana, então saiu isso aí. Curtiram? Vão comentar? Eba, me fizeram feliz =)
"How I Met Your Mother" e "Deixe a Neve Cair" estão com a corda toda, vão lendo e devorando cada pedaço... em janeiro tem uma nova fic surgindo aí. E adivinha com quem eu vou escrevê-la? Com a Chery Melo, óbvio ;) Também tenho outros projetos para 2015 (Yasmin, precisamos falar sobre a Amelia), mas esse com a Melo é a minha principal aposta para o início do próximo ano. Preparados? Hora de comentar!



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