New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 21
I Will Find You, Rachel


Notas iniciais do capítulo

E chegou o capítulo mais esperado de New York Love Story! Finalmente descobriremos onde a Rachel se enfiou durante esses sete anos de sumiço, e de quebra ganharemos cena Sebtana e Ryder dando uma de... babá? Tá estranho? Não se preocupem, garanto que vocês vão AMAR esse capítulo com todas as forças.

Creio eu que o fim desta fanfic está próximo. O último capítulo, de número 26, será postado em 3 de janeiro de 2015, como um especial de Ano Novo (eba, todo mundo feliz). Mas é claro que virá um epílogo depois, então não se preocupem! Desde já, agradeço a todos vocês por terem lido NYLS. Numa época onde as dramaturgias só 'prestam' se tiver porcaria no meio, consegui fazer uma história com início, meio e um fim que está próximo, sem precisar apelar para nada que não fosse fora da classificação +16. E os comentários de vocês, então... me animaram bastante e me encorajaram a continuar. Amo vocês, de coração ;)

E para os que ansiavam por How I Met Your Mother: notas finais. Preparem-se... para o capítulo e para o SAMBA QUE VOU DAR NAS SUAS CARAS :P



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POV Narrador

— Eu não entendo como você não se cansa disso.

Sebastian se pronunciou, depois de ter se jogado em sua própria cama ao lado de Santana. Como se fossem dois ninfomaníacos, ambos foram direto para a casa do Smythe praticar mais ações tão nojentas que não valem a pena serem descritas.

— Querido, eu sou Santana Lopez. Aguento qualquer tranco.

— Posso confessar uma coisa que eu queria ter dito desde o Halloween? — A latina assentiu. — Não consegui dormir naquela noite. E nem foi pela morte do Jesse, mas sim por sua causa. Quem mandou você sensualizar naquela fantasia de Mulher-Gato?

— Estou desmaiada depois dessa.

— E não conta pra ninguém, mas… eu meio que passei por uma ereção de madrugada.

— Desculpa, mas essa a Quinn precisa saber depois! — Santie se sentou na cama. — Sério que eu causo todo esse furacão na sua vida? Não pensei que me amasse tanto.

— Pra você ver quanto amor eu sinto por você, não é mesmo? Você é realmente uma perdição pra mim, Santana.

— E você é o melhor erro que eu já cometi. — Ela respondeu, selando seus lábios com os de Seb mais uma vez.

— Só por curiosidade… onde você vai festejar o Natal? — Ele também sentou-se na cama, começando a deslizar seus dedos por entre os cabelos lisos da mulher ao lado.

— Eu não sei. Talvez eu vá com o Finkenstein e a filha dele para Lincoln, rever uns amigos, socializar com a família… afinal, o espírito natalino é estar com a família, certo?

— Ao menos, você tem uma família que mora a alguns quilômetros de distância. Eu vou dar um jeito de comemorar com alguém por aqui mesmo em New York. — O semblante do moreno logo se desfez, lembrando-se dos seus familiares nada próximos.

— Mas onde mora a sua família?

— Acredite se quiser… lá em Abu Dhabi.

— Nos Emirados Árabes? Sério? — A Lopez olhou impressionada para o rapaz.

— Foi uma escolha do meu pai, o trabalho dele exigia que a família trocasse de país a cada dois anos. Eu tive de ficar com minha tia Sue Sylvester na Califórnia, ou então nunca terminaria os estudos.

— Poxa… então você realmente não tem onde ficar na única época do ano onde eu deixo de lado a minha personalidade agressiva.

— Mesmo? Ah, essa eu não quero perder por nada.

— O que quer dizer com isso, Smythe?

— Posso festejar o Natal contigo? — Ele mandou a pergunta na lata, sem mais nem menos, sem preparação psicológica para isso. Em vez de ser o inverso – perguntar se ela poderia ficar com ele no feriado – Sebastian fez uma pergunta que só aqueles parentes acomodados poderiam fazer.

.::.

Aquela havia sido uma noite incomum para Artie Abrams. Ser o apoio de consolo para a melhor amiga – que também era o amor da sua vida – e ainda fazê-la engasgar com o macarrão temperado de tanto rir durante o jantar? São coisas que nunca aconteceriam na rotina comum do jovem detetive particular, e por isso ele fez questão de deitar na cama com um sorriso bobo na cara.

Porém, alguma coisa o incomodou justamente durante o sono que prometia ser o melhor em tempos. Enquanto voltava para casa, Finn ligara para ele, avisando que uma forma de encontrar Rachel era pela mãe dela, uma tal de Shelby Corcoran, e que ela guardava a localização da garota a sete chaves junto com a mãe do próprio Hudson. Aquilo não parecia ser boa coisa, e na sua condição de detetive, seu dever era descobrir o que havia por trás daquilo.

Foi após isso que o Abrams teve a inusitada – mas não abominável – ideia de procurar o nome de Rachel pelos dados da Polícia Civil dos Estados Unidos. Tudo bem, era uma ideia meio improvável, já que uma moça tão boa como Rach com certeza não estaria numa ficha policial. Mas, apenas para garantir, ele procuraria o nome dela. Com a preguiça deixada de lado, o cadeirante conseguiu pegar seu notebook, que estava num criado-mudo ao lado da cama, e recostou-se na madeira alta da mesma.

Usou seus poderes de hacker – adquiridos num curso intensivo dado pelo próprio colega de faculdade, um tal de Rory Flanagan que provavelmente estaria morto ou curtindo as garotas da Nova Zelândia naquele momento – para invadir o sistema central da Polícia, e no programa de arquivos de infratores, procurou pelo nome “Rachel Barbra Berry-Hudson”. “Provavelmente ela ainda usa o nome de adoção”, pensou consigo mesmo antes de notar que o nome não se encontrava na lista de itens pesquisados e encontrados. Então, como num impulso, apagou o “Hudson”, ficando apenas “Rachel Barbra Berry” na caixa de digitação.

Curiosamente, o nome – acompanhado de uma foto dela ao lado – apareceu rapidamente na tela do computador.

— Então quer dizer que a mocinha tem passagem pela polícia, não é mesmo? Vamos ver o que ela escondeu do Finn esses anos inteiros… — Exclamou para si mesmo, clicando no nome de Rachel em seguida.

O que Artie descobrira sobre o possível paradeiro da jovem não era agradável. Não mesmo.

POV Finn

— Ryder, posso te agradecer outra vez por quase ser demitido pela Cassandra só por minha causa? — Falei, quando rolei a porta do apartamento e o encontrei na porta, com uma sacola cheia de coisas diferentes que eu sabia para que serviam.

— Imagina, você está fazendo um favor pra mim. Aquela mulher entrou numa TPM que só Deus salva. — Ironizou, já adentrando o lugar.

— Como a minha temporada de artigos para o New York Times acabou, nem posso mais usar minha influência para te salvar do que ela pode fazer.

— Use a Madison. Não é ela o motivo de eu estar aqui?

— Boa ideia, jovem Lynn. — Sorri discretamente. — Eu vou sair com o Artie e com a Santana para resolver algumas coisas ligadas ao assunto Rachel. Não tenho hora para voltar, espero que isso não te atrapalhe.

— Como eu disse, você está fazendo um favor para mim. E além do mais, ser babá de crianças da idade da Mad é como uma terapia, me ajuda bastante.

— Tudo bem, então. Tem comida congelada na geladeira e telefones de restaurantes estrangeiros colados lá, caso precise. Ela é muito elétrica e...

— Fica tranquilo, cara. Minha fase de psicopata já passou há tempos. — Interrompeu-me, já me empurrando para a porta. — Vou me divertir muito com a garota, a não ser quando ela estiver dormindo.

— Quando ela acordar, você pode explicar a ela minha situação?

— Vai procurar coisas que te ajudem a encontrar a Mamãe Poderosa dela. Entendi, tchau!

Rapidamente a porta deslizou à minha frente, me fazendo arregalar os olhos logo depois. E como num passe de mágica, o telefone celular tocou em meu bolso, fazendo os primeiros acordes de “Blank Space” soarem num volume absurdo.

— Oi, Artie. — Falei, após ver quem telefonava no visor e atendê-lo.

Mudança de planos, corre aqui pra minha casa e depois ligamos para Shelby.

— Aconteceu algo com você? Precisa de ajuda?

Sim! Quero dizer, não!

— Oi?

Aconteceu uma coisa, mas não comigo. E é algo que eu preciso te mostrar.

— Tudo bem, onde fica o seu apartamento?

Após ouvir o endereço, anotei mentalmente – tenho esse poder, morram de inveja – e saí direto para o apê onde ele morava. Ao dar de cara com a esquina, olhei para o céu, ensolarado como nunca, e falei:

Eu vou te encontrar, Rachel Berry-Hudson. Sei que vou.

.::.

O trânsito logo às sete da manhã me impediu de chegar mais rápido ao apartamento de Artie. Tá, isso ficou meio sem sentido, já que eu não tenho carro e ando de metrô. Mas é simples: inventei de ir até lá em um táxi, achando que seria mais tranquilo. Que nada! Demorei uma hora para chegar em frente ao prédio onde o Abrams morava. Falei gentilmente com o porteiro, o qual me avisou que ele já me esperava. Subi as escadas, bati três vezes na porta do apê e ele prontamente me atendeu.

— Quanta demora, hein?

— Desculpe. Inventei de vir num táxi justamente em dia de trânsito.

— Entendo. Entra aí.

Deu espaço para que eu entrasse, e após sentar-me no sofá, Artie veio em minha direção.

— Antes de te mostrar o que preciso, você tem que ligar para a Shelby.

— Agora? Mas são oito horas da manhã!

— Ela não mora nos Estados Unidos, esqueceu? O fuso horário de Londres é maior. Agora vai e telefona.

— Tudo bem…

Disquei os números correspondentes ao telefone de Shelby Corcoran. Após quatro toques, uma voz feminina – que julguei ser a dela – atendeu.

Alô?

— Shelby?

Sim, sou eu.

— Aqui é o Finn Hudson, irmão adotivo da Rachel. Lembra de mim? Morei com ela nos tempos da faculdade…

Claro que lembro! Há quanto tempo não falo com você ou Carole!

— Ela está mentindo, falou com minha mãe um dia desses. — Sussurrei para o cadeirante à minha frente. — Mas, e então? Como vão as coisas aí em Londres?

Ah, vão muito bem, obrigada por perguntar. Tenho uma filial da Starbucks funcionando a todo vapor e às vezes dou aulas à noite.

— Que interessante… mas eu liguei por outro motivo.

Pode falar. — Mesmo a milhas de distância, deu pra notar que sua voz parecia nervosa.

— Rachel ainda mora com você?

É... na verdade, não. Ela agora mora sozinha, tem um apartamento a alguns quilômetros d-de onde eu moro e está a-até n-namor-r-rando... — Shelby gaguejou tantas vezes numa única frase que acabou deixando bem óbvio o que pronunciei depois:

— Está falando a verdade?

C-claro que s-sim!

— Como posso acreditar em você se está gaguejando a cada cinco letras? — Confrontei-a. Ela não tinha escolha a não ser desabafar, ou aquele telefonema se estenderia por um bom tempo.

Eu não posso contar, Finn! Rach me pediu para nunca te contar sobre o paradeiro dela!

— Por que ela pediu isso? É tão ruim assim?

É pior do que qualquer coisa que você pode imaginar.

— Senhorita Shelby… — Artie interveio no meio da ligação, pondo o telefone no viva-voz. — Aqui quem está falando é Arthur Abrams, detetive particular contratado pelo Finn para saber onde Rachel esteve e onde ela se encontra agora mesmo. E meu cliente tem o direito de saber onde está a mãe da própria filha, sendo que ela apenas faz telefonemas quinzenais para a Madison Berry-Hudson em Lincoln!

Ah, então você já deve saber onde ela está! Não é isso que detetives fazem? Descobrem a informação e depois tentam arrancá-la de qualquer pessoa que saiba de tudo?

— Artie, isso é verdade? — Direcionei minha voz a ele. — Isso é verdade?

— Na verdade, é, sim.

— Então por que não me contou assim que cheguei aqui? Não estaríamos desperdiçando uma ligação entre países aqui, certo?

— Você preferiria ouvir a verdade de um detetive que usa cadeira de rodas ou da avó de sua própria filha? — Não respondi. Ele conseguira me colocar contra a parede. — Responde!

— É… da avó. — Falei, ainda que fosse uma atitude bem idiota.

Quer ouvir da minha boca, então? — Shelby se pronunciou. — Sua amada Rachel Berry-Hudson, que agora se chama apenas Rachel Berry, está presa aí mesmo, nos Estados Unidos, por ter matado um psicopata que você conhece muito bem! — E então ela mesma encerrou a chamada.

Fiquei sem ação ao ouvir aquelas palavras. Como assim? Rachel matou Sam Evans e foi condenada aqui nos EUA por isso? Minha amada Rach estava vestindo um traje laranja e sentada numa prisão naquele exato momento, por isso não podia ver Madison? E como a minha garotinha nasceu?

— Finn… você está bem? — Artie estalou os dedos na minha frente, fazendo-me voltar à realidade.

— Ela… está mesmo presa?

— Temo em dizer que sim, Hudson. Ela foi presa uns três dias depois do Halloween, e os registros da polícia informam que Mad realmente nasceu no hospital da cadeia. Rachel matou esse Sam Evans, Finn. Ela o matou.

— Não… não… consigo acreditar. — Senti lágrimas insistirem em saltar de meus olhos, simplesmente porque eu não acreditei de imediato que o amor da minha vida, a mãe de minha adorada filha, estivesse realmente presa e condenada por um assassinato que eu não vi acontecer. — Como ela pode fazer isso?

— Sinceramente? Eu não sei, cara. Mas você pode acreditar numa coisa: nós encontramos Rachel Berry. Nós a encontramos.

.::.

Voltei de metrô para casa, ainda atônito com todas as informações que Artie me dera após a ligação. Minha Rachel fora condenada a 15 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado de Samuel Evans. Ela só sairia da cadeia após a festa de debutante da Mad, e olhe lá.

Encostei a cabeça na porta do apartamento, respirando tranquilamente pela primeira vez em horas. Só então arrastei-a, dando de cara com uma cena que me fez abrir um sorriso: Madison estava dormindo no chão como se fosse a coisa mais normal do mundo, e Ryder… bem, não se pode dizer o mesmo. Ele estava assistindo televisão, com o rosto pintado com um desenho que – creio eu – deveria ser de um leão, mas acabou virando algum animal exótico. Permiti-me rir após encontrar tudo isso, levando Mad para a cama em seguida. Ao voltar para a sala, encontrei o mesmo homem arrumando os brinquedos, que se encontravam bagunçados pela sala de estar.

— Pelo jeito, vocês se divertiram bastante, não é mesmo? — Comentei, indo ajudá-lo na tarefa.

— É, eu tenho meus métodos para animar crianças.

— E um deles é deixar que elas pintem sua cara.

— Tá, isso foi um improviso. Ela pediu e eu já estava cansado mesmo, então… deixei.

— Espera. — Peguei meu celular e ativei a câmera. — Eu preciso tirar uma foto disso!


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Notas finais do capítulo

Ryder pintado por Madison foi tão fofo que... esses dois vão ganhar um capítulo bônus só deles! Isso mesmo, o próximo será dedicado inteiramente ao dia de aventuras desses dois, só pra descontrair um pouco depois do SAMBA que derrubou FORNINHOS de hoje. Rachel criminosa, presa por MATAR nosso odiado Sam Evans? OI? Não entendeu nadinha? Depois do bônus eu explico, gente. Eu realmente quis passar esse efeito de confusão justamente para manter o suspense, então fiquem ligados [de novo]...

E para quem ainda não leu How I Met Your Mother! ------------------->
fanfiction.com.br/historia/565760/How_I_Met_Your_Mother/



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