New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 20
Confused Passions, Great Friendships & Hidden Secrets


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas! Digamos que... as coisas na minha vida complicaram, e por mais que eu esteja de férias, meus pais resolveram regular minhas tecnologias após alguns acontecimentos meio vergonhosos por aqui. Por isso eu não postei capítulo novo na semana passada. Mas vou tentar regularizar a situação; enquanto isso, a frequência de postagens ainda está indefinida, certo? Certo ;)

Hoje tem: Sebtana. Quartie (Quinn & Artie, para os desinformados. Eu curto esse casal, gente...). Paradeiro de Rachel que somente... é, falei demais. Leiam o capítulo e me animem por comentários/favoritos, porque eu estou meio pra baixo esses dias :/



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— Déda, eu tenho muita coisa pra te contar sobre a minha escola nova!

— Eu sei que você tem, querida. Mas precisamos chegar em casa primeiro.

Por incrível que pareça, Cassandra conseguiu a “escola perfeita” para Madison uma semana depois de eu tê-la trazido para New York. “Tudo pelo jornalista mais criativo do andar”, foram as palavras dela quando Santie falou demais e soltou a coisa toda sobre minha filha. Isso me lembrou de que Santana está dividindo o apartamento do Bushwick junto conosco. Segundo ela, o apê dela era desesperadoramente solitário, e a mesma precisava interagir com o mundo antes que se tornasse uma antissocial. Certo, ninguém jamais entenderá as teorias malucas de Santana Lopez, mas eu aceitei por insistência da Mad.

— Prontinho, querida. Chegamos em casa. Consegue abrir a porta? — Falei, quando já estávamos em frente.

— Eu só tenho que arrastar, não é? — Perguntou.

— Exatamente.

— Então acho que consigo. Mas você tem que me ajudar, papai.

— Tudo bem, Mad Manhosa…

Ambos arrastamos a porta ao mesmo tempo, dando impulso para que a mesma fosse para o lado e entrássemos no apartamento. Só que a cena encontrada foi tão nojenta que eu tapei os olhos da Madison no mesmo instante.

— Querida, vá para o quarto e não olhe para o sofá. Entendeu? — Virei a garota para o lado da cozinha.

— Mas o que tem lá, Déda?

— Vai por mim, você não vai querer saber, Mad.

Ela foi se arrastando de lado até o quarto enquanto eu apenas observava o casal 20 se ajeitar no sofá e tapando os Países Baixos com as roupas. E com “casal 20”, eu só falo de Sebastian e Santana.

— Simplificando em uma única pergunta: que porra é essa, gente? Aqui é casa de família, deviam saber disso. Principalmente você, Santie. E eu vou perguntar de novo: que porra é essa?

— É… acho que o que você viu já diz por si só. — Sebastian tentou dizer alguma coisa, mas a latina jogou sua mão direita na boca dele, calando-o de vez.

— Ele não sabe o que diz, Finkenstein. Não ligue pra isso. — Ela sorriu descaradamente, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Deviam saber que mora uma criança de seis anos aqui. Uma criança! — Gritei, assustando até eles mesmos. — A sorte de vocês é que ela não viu a tempo. Teria sido um trauma se tivesse acontecido. Agora… primeiro, vão me explicar porque guardaram esse “relacionamento” aí em segredo. Depois, vão me dizer porque escolheram o sofá da MINHA casa para satisfazer os desejos carnais.

— Não é necessário, jovem… — Santie foi interrompida pelo Smythe, que a empurrou rumo ao chão.

— Eu mesmo explico, Finn.

POV Sebastian

Santana, você pode vir aqui? Precisamos conversar. — Chamei-a pelo interfone do escritório.

Será rápido?

Só se você quiser que seja.

Já vou, então.

Ela entrou em questão de segundos, com um pacote de Doritos nas mãos e os dedos melados com os farelos.

Isso é jeito de trabalhar, cara secretária?

Você não reclamou quando invadiu a minha casa e fez coisas inimagináveis comigo. — Provocou, tocando no assunto pela primeira vez desde que tínhamos chegado ao prazer. Ou seja, desde algumas horas antes.

É sobre isso que precisamos conversar. — Levantei-me de minha cadeira, andando em sua direção. — Para ser sincero, eu não me arrependo de ter entrado na sua casa e dito que te amava. Eu simplesmente amo você, Santana. Não sei como, nem desde quando. Mas eu apenas amo você. Eu sabia que sua aparição na minha vida não fora por acaso quando iniciamos aquela guerra. Ali, eu já sentia algo. E como todo homem medroso que se preze, eu custei a admitir. — Breve pausa. Ela parecia estar processando junto comigo. — Eu não aguentava mais te encontrar e não poder te tocar, sentir o seu cheiro mais de perto, fazer loucuras com você. Era algo tão avassalador, e a minha primeira reação foi ir direto ao seu apartamento.

Então… é tudo verdade?

Eu te amo, Lopez. E não consigo mais ficar longe de você.

Dito isso, colei nossos corpos e puxei-a para um beijo. Não há muito o que dizer, homens não sabem descrever beijos, e se pudessem, teriam um “quê” de gay em suas vidas. Apenas… foi o primeiro de vários naquele momento, que terminaram em duas pessoas deitadas no sofá, exaustas depois de algumas coisas insanas que foram feitas ali mesmo, no meu próprio escritório.

Uau, Smythe… que poder.

Nunca disseram isso para mim. Principalmente aquelas que já tiveram mais de uma relação comigo. — Falei, encarando-a colocar sua blusa branca com detalhes em preto. — Queria poder gritar ao mundo inteiro que te amo.

É, mas você não pode. Imagine o que a Diaba Cassandra vai fazer quando descobrir essa nossa relação aqui… e depois, eu vou virar motivo de chacota porque não resisti aos seus encantos.

Tudo bem. Você está com a razão aqui. — Consegui ajeitar minha calça, depois de vários minutos tentando fazer isso sentado no sofá. — Mas vamos ficar na seca até o fim do ano?

Claro que não, querido. — Deu aquele sorriso instigante. — Meu lado selvagem não permitiria isso.

— Obrigado pela parte que me toca, Sebastian. Vocês foderam no escritório e já partiram para o sofá deste apê de família. — Finn ironizou, bufando em seguida. — Mas, sei lá, não acham que podiam ter feito isso no quarto, na casa do Smythe aí ou algo diferente de uma sala de estar?

— Nossa, pra quê essa preocupação toda, gigante? — Santana ergueu-se, ficando de pé. — Faria bem à Mad conhecer os prazeres da vida desde cedo. Assim, ela aprenderia rapidinho…

— Não sei onde eu estava com a cabeça quando deixei você ser a madrinha dela. — Fechou os olhos e pareceu respirar bem fundo. — Enfim, eu vou dar banho na Madison. E quando voltar, quero ver os dois devidamente vestidos. E bem longe daqui, se possível.

POV Narrador

Mais à noite, Quinn convidou Artie para passar um tempo na casa dela, comer macarrão com queijo (do tipo que o Abrams adorava por ter uma camada a mais de queijo) e jogar conversa fora. Os últimos tempos – ou seja, desde o Halloween – têm sido difíceis para todos os envolvidos do The New York Times, tanto é que Cassandra havia descontado em Quinn num desses dias, mandando-a fazer uma pilha de coisas que deveriam ser feitas pela editora-chefe, não pela secretária.

Artie sabia o quanto Q estava precisando de um ombro amigo naquele momento, mesmo com as investigações acerca de Rachel ocorrendo a todo instante. Mas, sempre que possível, ele parava o que fazia apenas para deixar a loira feliz. Na verdade, o cadeirante faria de tudo para ver um sorriso no rosto dela. Há anos esconde da Fabray uma paixão secreta, platônica, quase que psicopata por ela, de tão grande. Sonhava todas as noites com um universo alternativo onde ele não usava cadeira de rodas e estava feliz e casado com Quinn, como se fosse a melhor coisa do mundo. Mas tê-la era um desafio enorme.

Seus pensamentos foram – novamente – interrompidos quando uma certa loira atendeu a porta de seu apartamento relativamente grande, que ficava num 5º andar, para Artie.

— É muito bom te ver sem a intromissão da Cassie, sabia?

— Digo o mesmo, Srta. Fabray. — Falou, quando ela deu espaço para que o outro entrasse. — Você realmente me chamou apenas para passar o tempo?

— Quer que eu seja sincera? — Ela pegou uma cadeira e a posicionou na sacada do apartamento, para ficar no mesmo nível que o amigo. — Eu estou uma pilha de nervos, e acho que só você pode me acalmar agora.

— Você, uma pilha de nervos? É muito difícil de acontecer. — Levou um soco de Q como resposta. — Mas é sério. Quinn, você parece ser tão forte no dia a dia que ninguém diria que você está estressada.

— Eu já fui forte por tempo demais, Artie. — Respirou fundo e escondeu o rosto nas mãos, tentando fingir que não ia chorar.

— Você não vai chorar, não?

Dito e feito. A loira, mesmo com motivos aparentemente fracos, começou a chorar.

— Por que nada na minha vida dá certo? Por quê?

— Sinceramente? Eu não posso responder essa pergunta. Não sou um oráculo da vida. — Quando percebeu que a Fabray soltou uma breve risada em meio ao choro, o cadeirante se aproximou mais de onde ela se sentara. — Mas, como seu melhor amigo, eu posso ao menos garantir que te apoiarei em tudo o que fizer, porque é isso que melhores amigos fazem.

— Obrigada, Arthur.

— Vou te apoiar em tudo, menos nisso. Não me chame de Arthur. — Ela revidou, socando-o no braço outra vez. — Viu? Você já está melhor.

— Ah, se eu pudesse ao menos ser o que sempre quis ser… uma jornalista. Uma crítica. Mulher independente, que só tem a ajuda de uma única pessoa, que não é a própria mãe.

— Obrigado pela parte que me toca. Literalmente. — Ele ironizou, escondendo um riso depois.

— Por acaso você se acha a pessoa que me ajuda? — Q arqueou as sobrancelhas.

— Seria narcisismo se eu dissesse que sim?

— Não, porque eu ia dizer o seu nome mesmo, idiota.

— Sempre sei como te animar nos piores momentos. E não se preocupe, eu vou te ajudar nessa sua carreira inexistente de jornalista.

— Faria isso por mim? — Ela ficou de pé, enxugando as lágrimas com os dedos.

— Eu faria qualquer coisa por você, Quinn.

Um silêncio sepulcral invadiu o ambiente. Ou ela entendera errado, ou Artie estava com segundas intenções naquela frase. E com medo de responder algo que o confundisse, ela não disse mais nada. E o detetive, com medo de sair mal daquela situação, também não se pronunciou. E, como numa intervenção do destino, algum ser humano lá embaixo buzinou forte para outro carro à frente, assustando os “pombinhos” parados em seus cantos.

— É… eu vou pegar o macarrão com queijo no forno. Deve estar pronto, ele nunca faz o típico barulho de “pronto” mesmo…

— E eu acho que vou arrumar a mesa, então…

— Consegue fazer isso?

— Ainda não sou totalmente inválido, posso fazer ao menos isso, certo?

— É, acho que sim. Estou meio maluca hoje.

— Ai, jura? Nem notei! — Artie quebrou o clima estranho que se formara ali.

— Já falei o quanto você é o cara mais idiota que eu já conheci?

— Na verdade, você já disse isso centenas de vezes.

.::.

— Carole, não importa o quanto você queira esconder, cedo ou tarde o Finn vai descobrir o que realmente aconteceu com ela.

— Mas eu só quero protegê-lo de algo drástico que ele possa fazer depois!

— Querida, você não acha que ele já está adulto o suficiente para tomar suas próprias decisões? Esconder o paradeiro da mãe de Madison, que é filha dele, não é algo que se faça com o próprio filho. Já deixei de descobrir muitas coisas sobre a minha família por causa da minha mãe, que nunca contava nada para mim. Sei bem como o Finn deve se sentir…

— Mas isso é muito sério, Burt! Imagine a reação dele quando descobrir que a Rachel… que ela…

— Não importa. Não o conheço muito, mas sei que ele precisa saber disso. — Burt, já exaltado, pegou o telefone fixo que estava na mesa e discou os números correspondentes ao celular do Hudson mais novo. — Não vou contar tudo, apenas o necessário para que ele mesmo vá investigar.

— Mãe? — A voz do Finkenstein pode ser ouvida no telefone.

— Aqui é o Burt.

— Ah, oi! Como vai?

— Muito bem. Mas eu preciso te contar algo que você já deveria ter descoberto.

— É sobre a Rachel? — Finn começou a se preocupar.

— Na verdade, é. Carole tem conversado muito com Shelby, a mãe dela, e eu suspeito que provavelmente ela deve saber alguma coisa.

— Sabe que eu nunca tinha pensado nisso? Poderia ter solucionado isso há muito tempo...

— Só estou te ajudando. Então, eu recomendo que você telefone para a Shelby, perguntá-la, confrontá-la e ver se tira alguma coisa dela.

— Muito obrigado pela dica, Burt. Você não sabe o quanto eu estou feliz agora.

— Todos merecem a verdade, por pior que ela seja...

— O que você quis dizer com isso?

O mais velho desligou o telefonema na hora, deixando o grandão sem resposta.


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Notas finais do capítulo

Gente... quanto mistério, não é mesmo? Vou deixar vocês na expectativa. Carole, Burt e Shelby sabem onde Rachel está! Será que nós finalmente descobriremos o que houve com a nossa temida baixinha? O próximo capítulo terá bastante foco nisso, então preparem os forninhos e segurem as Juliana's do mundo!
Comentários? Sempre me alegram ;)



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