New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 17
New York Horror Story, Part 4/4 - This Is a Thriller Night


Notas iniciais do capítulo

Última parte do "Horror Story", gente! Espero que tenham pulado da cadeira com os sustos que dei em vocês na semana passada e hoje também. Agora fiquem com "Sam, O Psicopata Ataca Novamente", e depois mais mistérios sobre essa noite de 2007 serão revistos e solucionados, podem ir preparando a queda dos forninhos ;)
Como talvez já saibam, eu postei os especiais num link separado:
fanfiction.com.br/historia/556099/New_York_Horror_Story/

E já que o Enem será na próxima semana, eu estou pensando em postar na sexta-feira ou no domingo. Darei mais informações no meu Twitter, @_JustAFicwriter. Uma última assombrosa leitura, povão :)



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Agora, se me dá licença, eu vou ali, fazer com que minhas memórias insanas com a Rach sejam eternamente guardadas para mim.

Não… você não… faria isso. — Logo me lembrei do que ele poderia fazer com ela. Os vídeos. A primeira vez. Ou a segunda. — Você é nojento, Sam Evans.

Não me diga que você ainda não fez isso com ela, Finn. — O loiro me encarou novamente, dessa vez com um olhar um tanto quanto estranho. Fiquei na dúvida se ele era um psicopata do sexo ou apenas um jovem gay da vida.

Quero que seja com o consentimento dela, e ao contrário de você, estou esperando por isso.

Que lindo, Hudson. Que lindo. Palmas para você. — Fingiu aplausos. — Na verdade, seu sarcasmo me impressionou tanto que eu vou te deixar presenciar a cena que você provavelmente nunca será capaz de protagonizar.

Dito isso, Sam veio até a área do box e me desamarrou do cano, me deixando livre logo depois. Mentira, ele só desamarrou, porque o pano ainda acorrentava minhas mãos. De início eu não entendi o que ele pretendia fazer me soltando. Por isso só entendi o esquema quando chegamos ao quarto. Rachel estava lá. Com suas mãos presas na cabeceira da cama, e pés amarrados aos pés da mesma. Sua boca também estava amordaçada.

Eu não queria acreditar no que o Evans pretendia fazer. Não mesmo.

Não, Sam. Você não seria capaz disso!

Não sou só capaz como eu também vou fazer o que você acha que eu vou fazer.

E o que você acha que eu acho que você vai fazer?

Primeiro, você tem que ficar caladinho aí no seu canto. — O loiro me jogou numa poltrona que havia no quarto, pegou uma outra corda e me amarrou ali mesmo. Ótimo, depois de matá-lo, vou ter de ir ao hospital cicatrizar minhas marcas. — Agora, assista. Esta é uma noite de terror, b*tch.

Os olhos da Little Rach suplicavam por ajuda, ao mesmo tempo em que Sam se dirigiu até a cama onde ela estava presa e tocou levemente seu rosto. Parecia sorrir de um jeito meio estranho (“meio” é apelido, aquilo realmente não estava normal), quando então tirou a própria camisa xadrez de botões que vestia, sem nem ligar quando a Berry-Hudson tentou gritar. Eu queria muito ter tido uma chance de ajudá-la naquele momento, mas as amarras me cercavam e eu não tinha como livrá-la daquele pecado sem passar por cima do cadáver do psicopata, e a união destes fatos me deixou imóvel ali mesmo.

Sam retirou sua calça logo depois, ficando apenas de cueca boxer na cama. Deus, como eu não queria ter visto aquilo. De repente, ele arrancou o vestido de Chapeuzinho que Rachel vestia, deixando-a apenas de lingerie. O nojo começava a tomar conta daquele ambiente, assim como a vontade de não presenciar a tentativa de abuso do Evans preenchia minha mente e minhas vistas. Ela tentava gritar com toda a força que tinha, mas não era párea o suficiente para impedir que ele jogasse fora sua cueca.

Fechei os olhos, sem nenhuma curiosidade de querer enxergar o que estava acontecendo. Tentei me mexer repetidamente, utilizando a mesma teoria da mordaça: se eu pudesse folgar aquela corda, talvez eu pudesse me livrar da poltrona e impedir minha Rachel de passar por aquilo. E “BANG”, minhas tentativas deram certo em poucos segundos. Ainda de olhos fechados, joguei a corda para um lado e tomei impulso para me levantar. Abri minha visão e rapidamente saltei em cima dele, derrubando-o na cama.

Rachel ainda tentava gritar. Sem sucesso. Ela já não tinha mais suas peças íntimas.

Sam, ainda nu, viu que eu podia matá-lo se quisesse, e simplesmente me empurrou fortemente para o guarda-roupa.

Eu bati minha cabeça de um modo tão brusco na madeira que caí duro no chão, desmaiando num piscar de olhos. De novo. Como numa típica cena de filme de suspense.

.::.

Finny… acorde. Por favor. Acorde, por mim. — Ouvi a doce e ingênua voz da mesma Rach num volume maior.

O-o q-que houve? — Gaguejei, ainda sem conseguir abrir minha visão outra vez.

Está tudo bem. Ele foi embora para sempre, Finn.

Como você t-tem tanta certeza d-disso? — Pisquei repetidamente, ainda gaguejando.

Vem, se apoie em mim que eu vou te ajudar a sentar.

Logo notei que eu estava na cama. Ela já estava vestida. Eu estava sem o pano nas mãos. Rachel me ajudou a sentar no colchão, e eu bruscamente levei minhas mãos à cabeça, sentindo uma fina dor no crânio com isso.

Ai, que dor do capeta…

Calma, respira e relaxe. A dor não vai passar se você continuar tenso.

Você é que está me causando essa tensão toda sem me contar o que houve.

Finn… não se preocupe, ele não chegou a fazer nada comigo. — Respirei aliviado, abraçando-a em seguida.

Eu nunca me perdoaria se algo de ruim acontecesse contigo por causa daquele psicopata, Rachel. Eu nunca me perdoaria.

Hey, está tudo bem agora. Eu estou aqui, ao seu lado e muito bem, obrigada. — Beijou meu pescoço e depois minha bochecha, me abraçando de novo. — Está tudo bem agora. Foi apenas uma noite de Halloween assustadora. Foi apenas isso.

Não sei se vou conseguir esquecer o que aconteceu antes de eu desmaiar de novo.

Isso é algo que nós faremos juntos, Finn. Ambos vamos deletar esta memória traumática de nossas mentes, certo?

T-tudo bem. Vamos conseguir. Eu sei que vamos.

O.k. — Separou-se do abraço. — Ainda quer saber o que houve?

Pensei por vários segundos naquilo. Se Rachel me garantiu que ele não voltaria mais, e se ela realmente não fora tocada, então para que saber o que tinha acontecido? De qualquer maneira, o mal não havia sido interrompido? Não adiantaria descobrir a verdade quando eu sabia que tudo ficaria bem.

Não. Confio em você, Little Rach. Confio em você.

Iniciamos um beijo calmo naquele momento. Coloquei minhas mãos em seu rosto, e ela esticou seus braços em volta de meu pescoço. Aquela relação tão próxima nunca havia antes sido imaginada por nenhum de nós dois. No meu caso, sim, mas só em sonhos. Agora era realidade, e se tudo estava bem, eu teria de aproveitar a vida real que se dispusera à minha frente. Foi por isso que eu aprofundei o beijo, e em poucos minutos já estávamos sem nossas roupas, unidos em um só corpo. Uma só carne. Uma só alma.

— E esta é a história de como Madison Caroline Berry-Hudson foi concebida. — Terminei de contar a história para Artie, que pareceu ouvir tudo atentamente.

Estávamos no meu escritório, dois dias após os acontecimentos da festa de Halloween e da morte de Jesse. Só esperávamos a liberação de Cassandra para irmos ao velório e enterro do (ex)namorado de Blaine, que estava tão devastado quanto a família do falecido.

— Meninos? — Cassie entrou e depois bateu à porta. Que costume feio, chefa. — Já estamos prontos para ir. Terminaram de conversar?

— Sim, nós… — Fui interrompido pelo detetive.

— Já estamos indo, Sra. July. Só preciso acertar um detalhe quanto aos negócios aqui.

— Tudo bem, então. Mas nós não vamos esperar.

— Será rápido, eu prometo.

— OK. — E então ela saiu dali.

— O que você ainda quer saber, Abrams? Já contei tudo.

— Você contou a sua versão dos fatos, Finn. Cometeu uma enorme burrada quando não quis saber o que houve depois de desmaiado, sabia?

— Eu sei. Arrependi-me um bom tempo depois, mas o mal já estava feito, ela tinha sumido de vez e sem dar notícias. — Expirei profundamente.

— Finn, nós precisamos saber o que realmente aconteceu naquela noite de 2007.


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Notas finais do capítulo

EITA, GIOVANA! Cadê nossos forninhos quando a gente mais precisa, hein?
Sobre o que houve quando Finn desmaiou: aos poucos vou revelando, mas tem caroço nesse angu, eu garanto!
Sobre o que Artie agora quer investigar: tem tudo a ver com o que eu falei acima.
Sobre o velório/enterro do Jesse: Blaine tomará uma importante decisão acerca de sua vida e Ryder vai dar as caras novamente, dessa vez para preencher o buraco causado pelo psico morto...
Mais spoilers? @_JustAFicwriter
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