New York Love Story escrita por Vitor Matheus


Capítulo 12
When The Things Get Tense


Notas iniciais do capítulo

Estou postando uma hora mais cedo porque vou viajar agora e não sei se terei internet garantida no lugar para onde estou indo, então... Aqui está.

Não sei se vocês já sabem, mas ontem completou 1 ano da primeira exibição do episódio "The Quarterback" na TV americana. Nem queiram imaginar como fora aquele dia. Todas as emoções dos personagens foram tão reais que, confesso, até chorei na cena de "If I Die Young" - e depois dela, veio a declaração de Rachel que abalou meus forninhos. Sentimos sua falta, Finn Hudson. E ainda sentimos saudades de você, Cory M.

Sobre o capítulo: só tem problemas para nosso Finn hoje! Só consegui ter inspiração na madrugada desta sexta-feira, imaginem só o desespero que foi para fazer tudo isso a tempo de não deixar vocês na mão. Mas "Remember Me" ajudou bastante. (Calma, Yasmin, não plagiei nada; mas aquela perfeição de fanfic merecia ser citada aqui.)

Em homenagem ao Cory/Finn, o início do capítulo de hoje será diferente. Espero que gostem, boa leitura, e comentem no final! :)



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Minha vida tem sido como um vendaval desde que vi você. Eu tenho corrido em círculos dentro da minha mente. E sempre parece que estou seguindo você, garota, porque você me leva a lugares que jamais encontraria sozinho. E mesmo quando eu fico vagando por aí, ainda te mantenho à vista. Você é uma vela na janela, numa fria e escura noite de inverno. E estou me aproximando mais do que pensei que poderia.”

Can't Fight This Feeling” - REO Speedwagon

P.S.: Também conhecida como a primeira canção do Cory em #Glee.

.::.

Já estava tão acostumado com o fato de que a segunda-feira era um péssimo dia para quem trabalhava no The New York Times que acabei me surpreendendo com o fato de que o pior dia da semana acabou piorando mais. Acordei sem sentir o velho cheiro de panquecas feitas pelo Blaine logo às seis e meia da manhã, então logo estranhei e levantei da cama com uma energia que nunca tive.

Vesti-me adequadamente e fui para a sala apenas para descobrir que o Anderson não estava lá. A cozinha estava inteiramente limpa, e um bilhete estava grudado na geladeira de quarta categoria que tínhamos. Cheguei mais perto e pude lê-lo.

Sei que as coisas estão meio tensas entre nós desde aquele incidente, então resolvi sair mais cedo para que não houvesse uma discussão. (Tá, nós praticamente não trocamos uma única palavra neste fim de semana, mas ainda não dá pra encarar diretamente o problema em si.) A comida está na geladeira, basta esquentar no micro-ondas (Eu acho que está quebrado, então tente o forno), comer e ir trabalhar. Já estarei na minha escrivaninha quando chegar lá.

Atenciosamente, a pessoa que você já sabe quem é.”

Aquilo já estava me irritando. Primeiro, porque ELE foi quem fez aquilo, e depois esteve me evitando o máximo possível. Segundo, eu precisava de comida pronta, não congelada. Uma hora teríamos de enfrentar a situação e conversar frente a frente. O problema era que, para Blaine, o que foi adiado sempre pode ser empurrado para outro dia, ou seja, adiado de novo. Ele foge até seu último suspiro, e nem quando a coisa toda fica insuportável, ele se rende.

Optei por sair do apartamento de estômago vazio e comprar alguma coisa na mercearia próxima ao prédio do jornal. Peguei o metrô – que, por incrível que pareça, estava quase vazio – e recostei minha cabeça, suspirando profundamente e expirando o ar com facilidade. Tentei assimilar todos os últimos acontecimentos. A volta de Harmony. A fuga de Blaine. As lembranças de Rachel Berry-Hudson. O sucesso como colunista. Os elogios incessantes de Cassandra. A tentativa de Quinn em me ajudar. Os distúrbios de Santana.

— Bom dia para você também, camarada. — Falando na criatura…

— Você realmente quer me matar do coração com essa aparição surpresa. — Esbravejei, quando a encontrei sentada ao meu lado. — O que faz aqui? Pensei que não gostasse de metrô.

— E eu não gosto. Mas era isso ou empurrar minha bicicleta às turras até o prédio.

— Poderia ter ligado para Sebastian.

— Surtou? Enfiou merda no seu cérebro, por acaso?

— Desculpe. É que aconteceram algumas coisas depois daquele dia incomum no jornal e… acabaram atrapalhando todos os meus pensamentos.

— Que fofo, o Finkenstein está com problemas. — Piscou os olhos, como uma garotinha. — Poupe-me dos detalhes, querido.

— Tudo bem, então eu não vou contar sobre o beijo que o Blaine deu em mim.

— Oi? OI? Vamos conversar, jovem. — Rapidamente ela se mostrou interessada.

Contei toda a situação – desde a parte de Quinn até a coisa da meia-noite – enquanto ela digeria todas as informações recentes.

— Sua vida é mais interessante que a minha. — Disse, ao final de tudo.

— Minha situação está bem tensa para você tentar aliviá-la, não acha? — Fiz cara de interrogação.

— Oh, Hudson… Pobre e coitado Hudson… — Pousou sua mão direita em cima da minha. Obviamente, eu estranhei, mas Santana é Santana. — Quando as coisas ficam tensas, o pior tipo de ajuda é contar sobre elas justamente para mim.

— Grande conselho. Mas eu preciso de respostas concretas.

— Então procura um pai de santo, ué! — Retirou suas mãos, alterando a voz como num piscar de olhos.

— Santie, você tem estado mais nervosa ultimamente. O que houve com você?

— Sei lá o que eu tenho na cabeça, porra. Parece que o Smythe está impondo tarefas exageradas apenas para testar a minha sanidade mental, e infelizmente está dando certo.

— Se eu não te conhecesse tão bem…

— Nem vem que não tem. Eu não sinto coisa alguma por aquele homem.

— Então por que você fala tanto dele? E por que você pensa tanto nele? — Arqueei as sobrancelhas, mostrando meus dotes na argumentação.

— Porra, você usou um bom argumento agora. — Bufou de irritação. — Eu não sei, Finn. Sabe quando sua mente manda você odiar aquele ser para todo o sempre, mas seu coração diz o contrário?

— Tipo Rachel e Sam?

— Também não é para tanto. Aquele psicopata já teve o que merecia. Mas agora estamos falando de algo atual, dos dias de hoje.

— Santana, esse tipo de coisa é normal. Para quem está apaixonado.

— Eu já disse que não estou apaixonada pelo Seb!

— Acabou de chamá-lo de “Seb”.

Ela ia se levantar do banco, mas o metrô simplesmente parou do nada e a latina caiu sentada, voltando para onde estava.

— É o universo conspirando contra você. — Falei. — Admita logo. É bem mais fácil, Lopez.

— Vai sonhando.

.::.

Entrei em meu escritório sem cumprimentar uma única pessoa. Pude até ouvir os boatos de alguns funcionários dizendo “Nossa, o Hudson acordou com o pé esquerdo hoje” ou até “Deve ter levado um pé no traseiro”. Confesso que soltei um breve riso interno quando ouvi esta última frase. Joguei minhas coisas no sofá, liguei o ar-condicionado e me direcionei ao computador, pronto para pesquisar alguma besteira antes de trabalhar de verdade. Acabei passando por um site de notícias, e a manchete principal chocou todos os meus forninhos.

Famoso ex-jornalista da BBC News é visto em clima de intimidade com outra mulher poucos meses depois de se relacionar com ex-colega de trabalho.”

Corri os olhos para ler toda a reportagem, e lá estavam várias fotos de Sebastian e Santana: dividindo uma mesa sem se matarem, chegando a dar risadas e conversando com os rostos bem próximos. “E depois ela não quer admitir que gosta dele”, pensei comigo mesmo. Pelo jeito, as coisas ficaram tensas no meu mundo em vários fatores: eu e Blaine, a coisa toda de encontrar a Rach, a tensão com Santana, o flagra dela com Sebastian, a volta de Harmony…

Isso me fez lembrar de quando a única coisa relativamente perigosa da minha vida se tratava apenas de Sam Evans.

Finkenstein, vamos conversar. — Santie disse, assim que atendi seu telefonema.

Minha vida já está complicada o bastante e você ainda faz o favor de querer conversar comigo?

Sinto muito pelo seu problema com a Berry mais baixa que você, mas o que tenho para dizer é tão importante quanto.

Então, diga! — Quase gritei, apesar de estar sentado numa lanchonete do bairro chamada Spotlight Diner, que por sinal era bem movimentada. Senti vários olhares em minha direção.

Está com seu notebook aí?

Claro que estou. Sempre o levo para todo lugar.

Então, abra seu e-mail. Agora.

Tudo bem.

Ativei o computador e rapidamente acessei minha caixa de entrada. Um e-mail da Lopez estava no topo das mensagens não lidas. Abri-o, e lá estava um vídeo.

Preciso ver esse vídeo?

Se você ficar horrorizado a ponto de querer vomitar, poderá desligar logo depois.

Mas do que diabos você está falando, criatura? — O arquivo abriu na reprodução de mídia.

A cena que apareceu foi a mais estranha que já tinha visto até ali. Sam deixou uma câmera em sua escrivaninha, e segundos depois Rachel apareceu no quarto, sem notar que estava sendo filmada, e começou a beijá-lo loucamente.

Ainda não entendi o propósito disso.

Finn… avance alguns minutos.

Fiz o que fora ordenado e encontrei Rachel e Sam já na cama, debaixo dos lençóis e com seus corpos totalmente colados um ao outro. Eu simplesmente não acreditei no que estava subentendido.

Santana, esse é…

Sim, Finny. O vídeo da primeira vez de sua irmã foi filmado por esse psicopata de nome Sam Evans.

Eu não consigo mais ver isso. — Fechei o notebook, guardei-o em minha bolsa e saí correndo do Spotlight Diner, não sem antes deixar o pagamento da conta. Ainda estava ao telefone com ela. — Como ele pode ser tão nojento a esse ponto, Santie? Como?

Por trás daquele rosto angelical, tem um maníaco que pode muito bem matar a Rachel no final.

E eu não posso deixar isso acontecer.

Hoje eu não vou criticar sua existência nem seus problemas, então só posso dizer uma coisa… Proteja sua amada, Hudson. Antes que seja tarde demais.

.::.

Ao chegar em casa e constatar que o notebook de Rachel – dado de presente por mim mesmo no aniversário de 18 anos da garota – não estava no lugar de costume, deixei minha bolsa na mesa de jantar e fui ao quarto, onde provavelmente ela estaria. Encontrei-a dormindo tranquilamente, apesar de o sol irradiar o quarto abertamente.

Eu sabia que ela estava se afastando de mim apenas para assimilar de vez toda a história que contei sobre minha paixão pela baixinha, então optei por não incomodá-la. Eu estava me aproximando mais do que devia do pequeno coração da garota. Não podia mais lutar contra aquele sentimento de amor que eu nutria. Mas, por alguns segundos, deixei a irmandade entre nós falar mais alto. Apenas cheguei mais perto, dei um beijo no topo de sua cabeça e sussurrei:

Darei a você o tempo que for preciso para me amar, Rach.

— Finn? — Uma certa loira Fabray havia batido na porta e aberto-a, sem que eu percebesse. Minha viagem ao longo do artigo que tinha acabado de escrever fora tão longa que me desconectei do planeta por alguns minutos. — Está ocupado?

— Para falar a verdade, agora não estou mais. — Dei de ombros e levantei meu corpo da cadeira, seguindo o movimento de Quinn em sentar-se no sofá. — Veio para saber da minha resposta?

— Para isso também, mas sinceramente, eu já notei que as coisas aqui no andar dos colunistas estão meio…

— Tensas? É, sei como é. — Completei sua frase. — Aconteceram algumas coisas neste fim de semana, tais como: um rolo que houve entre Blaine e eu e também um “encontro” de Sebastian com Santana que foi parar nos sites de fofoca.

— Oi? Não sabia dessa!

— Eu também não. Imagine só aqueles dois conversando juntos sem se matarem?

Começamos a rir descontroladamente, sem cessar, até que conseguimos controlar o riso.

— Ainda quer falar sobre a minha ideia? — Falou, quando já estava séria novamente.

— Se eu ainda fosse um covarde que não queria nem ouvir o nome de Rachel Berry-Hudson, mandaria você sair por aquela porta para nunca mais voltar. — Sorri ironicamente. — Mas eu acho que escrever sobre ela meio que me ajuda a superar tudo o que aconteceu no passado. Sinto-me mais disposto a conversar sobre como ela era adorável hoje do que antes.

— Então isso significa que…

— Eu tenho uma lista com dezenas de motivos pelos quais eu não precisaria procurá-la, mas tem uma razão intrometida que me faz pensar o contrário. — Respirei fundo, ao ver ela pôr suas mãos por cima das minhas, como se me encorajasse a falar. — Quero fechar o ciclo que não terminamos. Não quero deixar as pontas soltas. Quero uni-las. Até porque eu ainda sinto algo por aquela garota.

— Todos nós sabemos disso, Finn. O olhar que você demonstra ao falar dela, seus textos tão cheios de vida... é óbvio que seus sentimentos ainda não morreram dentro de você. — Quinn comentou, ainda olhando fixamente para mim. — Vou perguntar outra vez. Você quer achar Rachel Berry-Hudson.

Estava convicto de minha resposta. Eu não podia adiar mais um problema da minha agitada e anormal vida. Era hora de resolver a história do meu primeiro amor de uma vez por todas.

— Sim, Fabray. Eu quero. E você vai me ajudar, não é?

— Claro que vou! E conheço a pessoa perfeita para procurá-la neste mundo.


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Notas finais do capítulo

Eita, Giovana! Quem será que tirou aquelas fotos de Sebtana juntos? E quem será "a pessoa perfeita para procurar Rachel"? E qual será a resposta da Little Rach perante os sentimentos do grandão? É domingo, no Fantástico! #mentira #VamosRir É no próximo sábado mesmo, gente.

Quero ver TODO MUNDO comentandoooooo! (Quantos "O"s, André. // Minha Resposta: EU SEI.)



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