Make a Wish escrita por caroline_03
Notas iniciais do capítulo
Primeiro Cap gente... Para ter o segundo preciso de Reviews!
Beijos da Carol...
Era apenas mais um dia de trabalho. Sinceramente trabalhar como garçonete não era para mim, mesmo sendo no restaurante mais badalado da cidade. Meus amigos iam quase todos os dias lá para ficar um tempo comigo, o que eu realmente agradecia, já que normalmente ficava sozinha em meus intervalos.
Eu era apenas mais uma adolescente comum, morando na cidade de Phoenix, o que pode ser traduzido como o verdadeiro inferno na terra. Calor excessivo a maior parte do ano, poucas chuvas, e não é uma cidade litorânea, o que deixa apenas que um mormaço nos cozinhe como verdadeiras batatas no forno, como aquelas que sirvo no “Ville’s” o restaurante onde trabalho.
Moro com minha mãe e meu padrasto Phil, que insiste que eu o chame de pai, já que o próprio desaparecera quando eu era apenas um bebê. Não que eu me sinta mal em falar sobre isso, por que eu realmente não o conheci, então não tem muito do que sentir falta.
Minha prima, e melhor amiga, Alice raramente me visita. Apensar de morarmos uma do lado da outra, preferimos ainda o velho método de “telefone sem fio”. É muito simples: da janela do meu quarto até a dela tem um fio resistente, (e só podia ser como nós passaríamos roupas por lá?) com vários grampinhos. Quando temos um recado para passar para a outra, basta puxar o fio que está preso em um sino. Quando a outra aparecer na janela coloca o recado (normalmente pequenas folhas de papel) em um grampo e passa o fio... É realmente uma espécie de varal. Muito simples... Com toda a certeza mais simples do que pegar o telefone que fica em meu criado-mudo e discar seu numero (que sei de cor desde que tinha oito anos).
O fato é que ainda assim Alice não era minha única amiga. Tânia, a menina a qual andava junto no colégio, e prima também do... É, deixa para lá. Éramos amigas desde o jardim de infância, quando eu a fazia comer minha massinha por que estava com preguiça de colocar no potinho.
Aquele dia estava especialmente chato em meu trabalho. Apenas um bando de turistas (o que eles em vêem em Phoenix é um verdadeiro mistério para mim) tinha parado no restaurante e eu, como uma funcionário modelo, tentava atendê-los todos de uma vez. Nunca entendi o motivo de Zafrina ficar parada no balcão olhando para os lados. Nós ganhávamos comissão e ainda gorjetas... Gordas gorjetas quando o cliente saia feliz. Mas, no entanto, Zafrina não parecia se importar. Na verdade ela só mantinha o emprego (muito mal mantido, devo ressaltar) por que sua mãe a obrigava.
Na verdade estávamos no verão, férias para ser mais exata, e esse era o motivo pelo qual minha adorada mãe me deixava trabalhar. Eu gostava de ser independente, apensar de ainda receber mesada de Phil e outra que minha mãe me dava escondido dele todo mês. Phil era um ex-jogador de basebol, na verdade admito que ele fora até famoso para sua época, porém hoje era esquecido, chamado para um ou outro programa de esportes... Mas, ele tinha achado um jeito de trabalhar ainda da forma como gostava. Agora ele era comentarista, e todos na nossa cidade o conheciam.
Apesar da pequena fama de meu padrasto, eu era a negação. Meus amigos eram populares, porem eu sempre dava um jeito de ficar de fora dos holofotes. O maior problema não é a timidez, é que eu apenas não entendo o motivo das pessoas quererem chamar tanto a atenção. Eu sou perfeitamente feliz da forma que sou... Ou quase.
O maior motivo de minha alegria era que Alice se mudaria para meu colégio, já que fora... Hm, expulsa pelos estudantes de sua antiga escola. Como posso explicar isso? Alice é um doce, mas muitas (na maioria) das vezes é incompreendida. Como poderiam entender o fato de ela usar suas plumas e objetos brilhosos as sete da manha? Bem, se eu não a conhecesse desde que nasci talvez eu também tivesse sérios problemas com ela.
Fui arrancada de meus pensamentos quase felizes quando uma mulher de cabelos brancos (uma das turistas, é claro) me chamou, levantando a mão e abrindo seu melhor sorriso. Às vezes eu me pergunto... O que as pessoas têm contra o “bip” das mesas? É apenas apertar o botão vermelho e dentro de poucos segundos nós iremos até ela. Simplesmente não posso entender.
-pois não, Senhora Mark? –perguntei dando meu melhor sorriso.
-ah, Bella querida. Meu nome é Smith, mas pode me trazer a conta. –sorri sem graça.
É Bella... Querida de mais, memória de menos.
-Emily a conta da mesa 17? –pedi sorrindo abertamente para Emily, a gerente.
-aqui Bella. –ela me entregou o papel e eu corri, usando os malditos patins, para a mesa da senhora Smith que não era Mark. A qual é? É tudo a mesma coisa... Não deixou de ser um sobrenome.
Quando eu estava entregando a conta para a senhora de cabelos brancos, vi Tânia, Mike, Kate, Tyler e Eric (estranhamente desacompanhado por Angela) entrando no “Ville’s”. Sorri e apontei a mesa vazia no canto, entre duas janelas abertas. A tal senhora Smith (que não era Mark) me pediu que eu trouxesse um refrigerante e alguns salgadinhos para o caso de ela sentir fome durante a viagem e então eu corri novamente para o balcão.
Depois que os turistas finalmente foram embora e eu tive sossego corri para a mesa onde estavam meus amigos, e que me receberam com um enorme sorriso e até mesmo abraços vindo direto de Mike (coisa que Tânia não gostou nem um pouco).
Tânia e Mike tiveram um caso algum tempo atrás e parece que ela ainda gosta dela, apesar de eu não querer me meter muito no caso.
-Bella querida, acha que sai antes das onze? –perguntou Kate, irmã mais nova de Tânia.
-provavelmente não. Está muito movimentado. –apontei para a porta, onde entravam mais turistas.
Corri o mais rápido que pude para as mesas que eles estavam, anotando pacientemente a todos os pedidos. O restaurante estava mesmo lotado, e assim eu dei um tapinha atrás da cabeça de Zafrina pedindo um educado “ME AJUDA AQUI CARAMBA!”, já que tinha mais de dez latas de refrigerante e sucos para levar.
Aquilo parece ter feito com ela despertasse, por que depois continuou correndo para me ajudar, até mesmo cobrindo minhas mesas em meu momento de descanso quando fui me sentar a mesa com meus amigos.
Conversava animadamente com Mike e Kate. Eric se mantinha calado, e ninguém falara nada sobre a ausência de Angela na mesa. Fiz uma pergunta a Tânia, mas seu telefone tocou no mesmo instante, fazendo com que ela desse um pulo da cadeira e corresse para fora do restaurante para atendê-lo.
Mike continuava conversando comigo, mas eu estava mais preocupada com o que estava acontecendo com Tânia, já que ela estava branca e me olhava como se o assunto fosse eu. Engoli seco, não queria saber nada que viesse de sua família. NADA!
Mas mesmo assim não pude deixar de notar que a palidez de minha amiga logo fora substituída por vermelho em seu rosto, enquanto ela gritava com a pessoa no outro lado da linha. Depois de muito gritar, Mike me sacudir, e meu tempo perdido tentando entender alguma coisa, Tânia volta para a mesa com seu melhor sorriso de “ALERTA VERMELHO!”
-tudo bem Tânia? –perguntei na melhor das intenções.
-claro, claro... Escuta Bella, você não tem umas mesas para atender não? –ela falou sorrindo amarelo e eu olhei no relógio. Ela tinha mesmo razão.
-na verdade sim. –era estranha essa atitude dela, apesar de ela nunca ter sido realmente a pessoa mais amável do mundo.
Eles saíram poucos minutos depois, todos parecendo alarmados. Passaram por mim sem nem ao menos se despedir. Não consegui deixar de notar o sorriso de empolgação no rosto de Mike, parecia que alguma coisa muito boa estava para acontecer. Dei de ombros e voltei a atender minhas mesas, seja o que for... Eu saberia mais tarde de qualquer maneira.
Meu expediente finalmente acabou e, ainda vestindo meus patins, eu comecei a ir para casa. Eu tinha carro, mas aquele dia em especial estava muito quente e era bom sentir aquele vento no rosto enquanto eu descia a avenida na mais velocidade que um patins consiga atingir.
Com um sorriso no rosto entrei em casa. Minha mãe e Phil assistiam a um filme na televisão. Assim que apareci na sala, os dois tiraram os olhos da tela e sorriram para mim felizes, apesar de nenhum aprovar o fato de eu trabalhar até tão tarde.
-boa noite querida. –minha mãe falou com seu sorriso meigo.
-boa noite mamãe. –beijei seu rosto. –boa noite pai.
-boa noite querida... Ah, aquele sininho que você e Alice usam estava tocando até agora. Ela não sabe que você trabalha hoje? –Phil perguntou com obvia curiosidade.
-não, é que eu precisei cobrir o turno da Claire que ficou doente. –e ele fez uma careta.
-não gosto de te ver trabalhando. –ele falou e eu revirei os olhos.
-já conversamos sobre isso e depois o verão está acabando. –falei com um sorriso meigo já começando a subir as escadas.
Não esperei para ver o que Phil responderia, apenas corri para o meu quarto e fui direto para a janela, vendo uma Alice vermelha balançando o fio com força. Assim que me viu ela jogou os braços para cima em uma “aleluia”. Ri e ela me passou o bilhetinho.
“estou indo para o L.Port.
Quer vir?”
A caneta rosa forte e cheia de gliter fez com que eu fechasse os olhos por um segundo. L. Port. Era outro restaurante de Phoenix, onde normalmente as pessoas levam família para comemorar aniversario e todas essas coisas. Tratei logo de responder.
“desculpe, estou cansada...
O que vai fazer lá?”
Ela ler o bilhete e fez careta na janela, fazendo com que eu risse. Não demorou mais do que dois minutos e novamente o grampinho estava em minha janela.
“aniversario de minha mãe... Lembra?” –bati na testa quando li isso.
“de qualquer forma... Direi a ela que esqueceu. HAHAHA”
Era o resto do bilhete e eu fiz careta também na janela, cansada desse jogo de passar bilhetes. Ela deu de ombros, tristonha e se levantou, me deixando a mostra sua roupa. Um vestido curto azul escuro, com apenas um broche de strass logo abaixo do busto no lado esquerdo. Fiz sinal de positivo para ela e mexi a boca dizendo um simples “gostei da roupa”. O que ela respondeu com um aceno de mão e uma risada que eu podia ouvir até mesmo do meu quarto.
Completamente cansada, tomei um banho e fui direto para a cama, sem pensar em mais nada. O acontecimento com meus amigos no restaurante aquele dia já estava praticamente esquecido. Logo adormeci com meus últimos pensamentos perdidos em qualquer lugar, que eu não tinha certeza de onde.
[Alice]
Aquele vestido me irritava. Não era glamoroso o suficiente para aquele ambiente e sem contar que eu ficava apagada. Não sei por que Bella me convenceu a comprá-lo de qualquer jeito. Minha mãe e meu pai já esperavam na sala, ambos com cara de desanimados.
-onde é o intero gente? –perguntei sorrindo e chamando toda a atenção para mim.
-ah, finalmente. –um pai completamente sem paciência falou se levantando.
-vamos logo, meu bem. –minha mãe disse passando o braço por meus ombros.
Eu simplesmente odiava aquele lugar. Sempre tinha alguém da minha antiga escola lá e eles eram as ultimas pessoas que eu gostaria de ver no momento. Oras... Só poderia ser inveja daquele bando de... De... Esquisitos. Eu sou a ultima moda em Paris e eles me tratam dessa forma? Deveriam agradecer por eu ter passado tanto tempo naquele cabaré.
Meus pensamentos trocaram completamente de foco quando sentamos em uma mesa do lado de fora, na sacada graças a deus, e logo minha mãe se aproximou de mim. Não que ela se aproximar de mim seja uma coisa anormal, não é isso... Mas o que chamou a atenção foi o que ela me disse.
-aquela não é a amiga da Bella? –ela apontou para o outro lado da sacada.
Olhei bem... Sandália azul, calça jeans apertada de mais, Blusa amarelo canário, e uma bolsa cor de rosa... É, com toda a certeza aquela era a Tânia sim.
-si... – e então minha boca caiu, olhando bem para a pessoa que ela estava discutindo. –mãe... Preciso ir ao banheiro.
-você está bem querida? Quer que eu vá junto? –comecei a entrar em desespero.
-não eu to bem, mas me empresta o seu celular. –ela franziu a testa.
-por que quer o meu celular? –ela perguntou.
-o meu está sem credito. –ela revirou os olhos, mas me passou o aparelho que eu peguei e corri para o banheiro sem pensar duas vezes.
Disquei o numero de minha melhor amiga sem pensar duas vezes. Ela precisava saber disso e rápido. Caixa postal... Tentei mais uma vez e nada. Era muito azar que ela tivesse ficado sem bateria logo agora, se bem que se tratando de Bella nada era azar, era apenas normal.
Esperei mais algum tempo e liguei outra vez. Cogitei a hipótese de ligar em sua casa, mas sabia que era tarde e provavelmente Renée e Phil estariam dormindo. Rezando sai do banheiro e passei o mais longe possível da pesa de Tânia, sabia que se ela me visse sairia correndo.
Falsa, falsa, falsa! Era tudo o que eu conseguia pensar. Como ela podia ser tão falsa? De fato nunca gostei de Tânia, mas agora meu ódio apenas aumentara.
Olhei para a mesa deles e estava vazia. Permiti que um suspiro aliviado saísse pelos meus pulmões. Ainda durante todo o jantar tentei diversas vezes me comunicar com minha prima, mas ela simplesmente estava incomunicável.
Assim que cheguei em casa, vi que ela estava conectada a internet e logo deixei uma mensagem instantânea: BELLA, ACORDA BELLA! PRECISO FALAR COM VOCÊ! URGEEENTE!
Mas ela não estava na frente do computador. Sabia por que podia ver seu note-book ligado em cima do criado mudo, enquanto Bella dormia tranquilamente, quase babando. É... O jeito era esperar até o outro dia.
[Bella]
Tinha me esquecido de fechar as cortinas, o que queria dizer que fui despertada pelo sol forte que machucava meus olhos... Maior mentira do mundo. Fui acordada por Alice que tocava o maldito sininho desesperadamente. Levantei e olhei pela janela, enquanto ela fazia sinal para o meu computador. Fazendo uma careta e bocejando o olhei e percebi que tinha deixado meu MSN aberto na noite anterior.
Alice. B: BELLA ACORDA, BELLA! PRECISO FALAR COM VOCÊ! URGEEENTE!
O que não passou despercebido foi o fato de que eram ainda oito da manha.
Bella: o que foi?
E então me telefone toca, alguém tem duvidas de quem poderia ser?
-fala Alice! –eu disse bocejando outra vez.
-Bella, senta e fica calma. –revirei os olhos.
-to sentada.
-eu to te vendo Bella. –bufei e sentei na cama a olhando.
-diga.
-Bella, eu vi a Tânia ontem...
-e...? –e o que isso tinha de tão grandioso?
-e ela estava com o resto do bando. –revirei os olhos outra vez.
-e...?
-para de falar isso. –ela falou séria.
-desculpa, mas não to entendendo aonde quer chegar...
-Edward Cullen está na cidade. –o telefone caiu da minha mão assim que eu ouvi seu nome.
Não, não, não! Não podia ser verdade.
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