O Preço da Honra escrita por Julia Nery


Capítulo 3
O Forte do Abismo




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Afinal, o mapa de Sam não foi de grande ajuda.

O pedaço de pergaminho era algo perto do inútil para alguém que não conhecia a área, e Emma deveria ter pensado nisso. Algum tempo depois de ter saído pelos portões da cidade e adentrado mais na Fronteira, ela perdeu a noção de onde estava. O lugar era uma floresta imensa, com um forte cheiro de orvalho e ervas.

As poucas estradas pareciam exatamente as mesmas, estreitos caminhos irregulares de terra que pareciam levar a lugar nenhum. Ela teve de perguntar a moradores e a viajantes várias vezes até finalmente chegar ao lugar desejado.

Tudo demorou quase 3 horas, e já estava escuro quando Emma se viu escondida em um arbusto, observando de longe as grandes toras pontiagudas que compunham as muralhas da construção que os locais pareciam chamar de "O Forte do Abismo".

Havia dois guardas em frente aos portões parcialmente abertos, conversando baixo e, apesar de ela não detectar nenhum atirador na muralha, ela precisava ser discreta. A floresta estava silenciosa como um cemitério, e qualquer som iria atrair os outros guardas para fora, e tudo se desmoronaria.

Então, depois de dar uma última olhada nos arredores, Emma deu a volta, traçando um arco por trás dos guardas, e posicionando-se atrás deles. Foi difícil fazer silêncio com a quantidade de folhas secas e gravetos no chão, mas ela conseguiu se aproximar o suficiente para realizar seu ataque.

Ela derrubou o primeiro homem com um golpe certeiro e limpo em suas costas, e antes de o segundo pudesse pensar que algo estava errado, Emma lhe passou uma rasteira e enfiou as laminas em seu peito. Ele se engasgou em seu próprio sangue, mas logo estava morto, encarando-a de volta com a surpresa ainda estampada em seus olhos sem vida

Depois de esconder os corpos, Emma esgueirou-se pelo pequeno espaço disponível, adentrando o forte, e rapidamente se escondeu atrás de uma carroça de mantimentos, vendo dois guardas se aproximando. Estavam conversando e pararam em frente à entrada.

— Estou farto de toda essa calmaria – Emma ouviu a reclamação de um deles, seguida de um longo e pesaroso suspiro. – Eu quero alguma ação! Parece que nada acontece nesse maldito lugar. Somos inúteis, por isso fomos mandados para o lugar mais afastado da Fronteira.

— Está procurando por uma oportunidade de ser morto, é isso? – Questionou o segundo, com um evidente som de repreensão. – Se o capitão Phillips ouvir sua baboseira você vai acabar como aquele menino tolo, o prisioneiro. Ouvi dizer que vai ser mandado para a forca. Ele quase conseguiu matar Flynt, sabe. E além do mais, os selvagens estão por aí, escondidos na floresta – o homem estremeceu. – Não deve abusar da sorte.

O primeiro se limitou a bufar.

— Os selvagens! Quem venham, com seus arcos e flechas. Eles não ousariam se aproximar... Como se chamam...?

Emma não pode ouvir o restante da conversa, pois os guardas se afastaram, continuando sua patrulha. Mas pelo menos ela descobrira que o espião mandado por Sam – claramente um garoto— ainda estava sendo mantido ali. Estava prestes a procurar por ele, mas havia pequenas construções junto à muralha, como plataformas de vigilância e pequenos depósitos, e uma delas chamou a atenção dos olhos atentos de Emma. Não era de madeira, e sim de tijolos. Seu primeiro andar não tinha janelas, apenas uma porta de madeira, mas o segundo andar tinha sua única janela aberta, projetando uma luz fraca para o exterior. Obtinha-se acesso por uma escadaria, que conduzia até a entrada.

Emma deu uma pequena espiada de trás da carroça. No centro do forte, no gramado, encontrava-se um pequeno batalhão de dez, talvez doze homens, e havia um oficial à frente deles, quem, pelas vestes de oficial, Emma deduziu ser o capitão Phillips.

Usando a escuridão da noite como sua aliada, Emma andou lentamente até a construção. Logicamente, ela não usaria a porta, e escalou o paredão de tijolos o mais rápido que pode, agarrando os leves desníveis no cimento para puxar-se para cima e alcançar o batente da janela, colocando apenas os olhos para dentro daquele espaço.

De fato, era apenas uma sala de tamanho pequeno, mal iluminada, com apenas uma escrivaninha, uma cadeira, um armário velho e nenhuma presença humana. Deveria ser a sala onde mantinham a papelada. Tinha cheiro de pó e madeira queimada, apesar de não haver nenhuma lareira.Emma abraçou aquela oportunidade, pulando a janela.

Pousando silenciosamente na ponta dos pés, ela seguiu abaixada até a escrivaninha de cerejeira que possuía duas gavetas pequenas. Na primeira, havia uma algema de ferro pesada e sua chave, com alguns papéis embaixo. Não eram importantes, apenas relatórios e listas de mantimentos e munição, nada muito útil, o que a frustrou imediatamente.

Emma estava prestes a olhar a outra gaveta, mas ouviu vozes lá fora, gritando, então correu para a porta, na parede oposta à janela, encostando-se ao lado dela, ficando fora da visão de quem quer que entrasse.

A porta se abriu, e um homem entrou com passos pesados. Era o capitão Phillips.

— Malditos cães – xingou, batendo a porta, sem notar que Emma estava ali. Parece que os soldados não eram os únicos insatisfeitos com o que lhes havia sido designado. – Inúteis como burros mancos.

Emma aproximou-se, então passou o braço pelo pescoço do homem, surpreendendo-o totalmente e tocou a ponta de suas lâminas no pedaço sensível de pele abaixo de seus olhos.

— Mas... o que significa isso?! – disse, com a voz esmagada pela força que Emma estava impondo em suas cordas vocais.

— Grite por ajuda e serão as suas últimas palavras – disse Emma, suavemente.

— Quem...?

— Primeiro – Emma tirou a espada de Phillips de sua bainha e a fincou no assoalho. Depois tirou a pistola de seu cinto. – quero que você vá se sentar, bem devagar. – Ela apontou a arma para o homem e o empurrou em direção à cadeira. – Só vamos conversar.

Emma aproximou-se e sentou na mesa, bem em frente a ele, colocando o pé em seu peito para mantê-lo sentado, sem tirar a mira da pistola de seu rosto.

— Algeme-se – Ela indicou as algemas com a cabeça.

Phillips, hesitantemente, pegou-as e prendeu-se ao braço da cadeira.

— O que você quer, mulher? – murmurou ele.

Assim que ele trancou as algemas, Emma tomou a chave de suas mãos, colocando-a entre seus seios, longe do alcance dele.

— O garoto – Respondeu ela, levantando-se, sacando sua espada e colocando sua ponta no pescoço de Phillips. – Eu quero o garoto que você aprisionou.

— Por que eu deveria dizer-lhe onde ele está, sua prostituta maldita?

Argh, Emma não tinha tempo para aquilo. Ela só queria suas respostas. Ativou suas lâminas e presenteou Phillips com um belo e vermelho corte na bochecha esquerda.

— Argh!

— Isso foi rude – Emma murmurou, recolhendo as lâminas. – Por que não pensa em uma resposta melhor?

— Ele está preso, no fundo do forte, o ladrãozinho barato. Terá o mesmo destino dele!

— Veremos. O que ele estava roubando?

Phillips hesitou. Emma aproximou o rosto dele, apertando a lamina com mais força contra a pele fina. Ela podia ver o suor escorrendo por sua testa, embaixo do chapéu. Ele não aparentava estar com medo, mas estava duro como uma estátua de mármore.

— Oh, capitão – Emma sorriu sarcasticamente. – Não me faça implorar.

— Apenas uma bolsa com algumas cartas inúteis. Estão no armário.

— Bom menino – Emma tirou o chapéu de Phillips e jogou-o do outro lado da sala e, como se fosse possível, aproximou-se ainda mais. Ela conseguia ver com detalhes o tom verde de seus olhos. Já que Emma estava ali, deveria tentar extrair cada informação do capitão. Ela não sabia o que estava nas cartas, e informação nunca era demais. – E Rufus Mason? Diga-me onde ele está.

— Mason? – Phillips bufou, deixando seus lábios se erguerem em um sorriso de zomba. – Está correndo atrás do próprio rabo, mulher. Aquele tolo voltou a Londres pelo que ouvi na cidade.

Emma trincou os dentes, nada feliz. Havia apenas uma vela acesa na sala, o que projetava uma sombra sinistra em seu rosto devido ao capuz, deixando-a ainda mais ameaçadora. Pressionou a espada com ainda mais força contra a jugular de Phillips, e uma linha de sangue opaca correu até seu casaco. Ele gemeu, contraindo sua mandíbula.

— Está mentindo – Emma murmurou entredentes.

— Sua víbora! Eu não sei onde ele está, eu juro!

— Faça um esforço.

— A última vez que o vi foi em Nova York – a mente de Phillips se refrescou. – Mas estava preparando a partida de um navio, então todos achavam que ele voltaria para a Inglaterra.

Emma suspirou, retraindo a espada um pouco. A resposta não a satisfez muito, mas era tudo o que ela tinha. Nova York? Ela não fazia ideia de onde isso era, mas era alguma coisa; um começo.

— É tudo o que sei – disse o capitão, engolindo em seco.

Emma se levantou e deu a volta em Phillips, ficando atrás da cadeira. Abaixou-se e sussurrou:

— Acredito em você.

Dito isso, bateu a cabeça do homem contra a mesa, desacordando-o.

Rapidamente, Emma foi até o armário e pegou a única bolsa que lá havia, substituindo-a pela pistola. Era simples, de couro e com uma longa alça. Abriu-a, e lá dentro estavam algumas cartas, como o capitão dissera, a maioria com os selos de cera quebrados, e uma pequena adaga de prata. O conteúdo parecia intacto. Se não tiraram a adaga dali, provavelmente não haviam tirado mais nada, então passou a alça pela cabeça e saiu pelo mesmo lugar que entrara.

Emma estava levemente ansiosa, sem ideia do que poderia vir a seguir, mas tentava ao máximo se manter atenta. Assim que colocou os pés na grama novamente, ela notou que o batalhão que antes estava organizado em pequenas filas de quatro no centro havia se dissipado. Encontravam-se agora em pequenos grupos espalhados pelo forte.

Escondendo-se pelos arbustos e embaixo das plataformas ao longo da muralha, mantendo-se sempre à sombra, Emma conseguiu tomar o pequeno caminho que levava ao fundo do forte. Ela conseguiu ver pelos espaços abertos na madeira, por onde passavam os canhões, que a muralha havia sido construída na beirada de um grande penhasco, o que fez com que o nome dado ao lugar fizesse mais sentido. Localizou, então, em um canto mal iluminado atrás de um dos depósitos e ao lado de um fétido estábulo, a jaula enferrujada onde o tal garoto estava preso.

Infelizmente, haviam dois soldados de guarda, bem em frente à cela, e Emma não conseguiria se aproximar sem que eles soassem o alarme antes, então escalou até o telhado das outras construções, pulando de superfície em superfície como um gato, tentando ficar fora de vista. Eliminou um ou dois guardas que estavam de patrulha na muralha, e parou bem em cima dos casacas-vermelhas.

Calculou bem seu salto. Então, pulou do telhado, e enfiou suas lâminas nas costas dos homens, derrubando-os na terra. Emma olhou em volta. Nenhuma testemunha. Então, virou-se rapidamente, sabendo que deveria ter assustado o garoto. De fato, ele a olhava com os olhos arregalados, e estava prestes a gritar, mas ela passou seus braços pelas barras, tapando-lhe a boca.

— Quieto – sussurrou Emma. – Estou aqui para ajudá-lo.

Lentamente, ela removeu a mão fina do rosto do garoto, esperando que ele não entrasse em pânico.

— Quem é você? – sussurrou ele de volta.

— Uma amiga em comum – Emma procurava pelas chaves, apalpando os bolsos dos homens jazidos ali no chão.

— Você é inglesa? – Perguntou, confuso, como se aquilo fosse bem contraditório.

— Sim, mas estamos do mesmo lado – Emma murmurou.

Graças a deus, a chave – tão enferrujada quanto a própria cela – estava em um dos casacas-vermelhas, presa a um pequeno arco de metal. Emma abriu a cela com cuidado para não fazer barulho e ele saiu. A luz dos lampiões iluminou seu rosto sujo e jovem. Era magro e estava machucado em alguns lugares, mas os olhos azuis brilhavam de excitação.

— Fique abaixado – Emma pediu, puxando-o de volta para seus joelhos. – Qual seu nome?

— Frederick, madame.

Madame. Emma segurou um riso.

— Quantos anos têm?

— Dezessete, madame.

— Pare com esse negócio de madame – Emma pediu. – Você sabe escalar, Frederick?

— Um pouco – Ele franziu as sobrancelhas, desconfiado.

— Você acha que ainda podem haver guardas na fronteira te procurando?

— Eu não tenho certeza... Talvez.

— Leve isso – Emma removeu a própria capa branca, e seus volumosos cabelos ondulados revelaram-se. Passou-a pelos ombros do garoto, puxando o capuz para cima, e entregou-lhe sua bolsa também. Um movimento arriscado, deixa-lo ir sem supervisão, mas era importante que aquela bolsa chegasse a Sam e, se Emma tivesse de seguir o que estava planejando, ele teria um tempo até que ela fosse capaz de retornar a Boston, e poderia traçar um plano com a informação naqueles papéis. – Não se acostume, vou pegá-la de volta quando nos vermos novamente na cidade.

Ela olhou à volta. Saberia que aquele silencio não duraria muito. A ação que o guarda estava querendo tão intensamente? Emma estava prestes a dar a ele.

— Frederick – Ela se virou para o menino novamente, colocando a mão em seu ombro. – Escute com atenção, é importante. Há um cavalo preso em uma árvore a alguns metros da entrada do forte. Assim que acabarmos aqui, quero que você fuja pela saída dos canhões, bem ali – Emma apontou para o lugar, alguns metros à sua direita. – Tenha cuidado, é uma queda alta. Não nadou até aqui para morrer na praia. Eu vou distrair os soldados pela frente, e quero que leve a bolsa para Sam. Siga pelo sul, eu vou atraí-los para o norte.

— Mas e você?

Emma abriu a boca para responder, mas gritos ecoaram pelo forte, em alto e bom som.

— Ladra! Assassina! – Era Phillips, muito bem acordado e bem irritado. Emma perguntou-se como ele havia se soltado. Ela sabia que se arrependeria de não tê-lo matado. – Achem-na! O prisioneiro está fugindo!

— Eu vou ficar bem, não se preocupe comigo – Emma falou, levantando-se, tirando a chave das algemas de seu esconderijo e jogando-as no estábulo malcheiroso. – Agora, corra, e não olhe para trás, garoto.

Frederick obedeceu, correndo para onde ela mandara, um tanto desengonçado. Emma por um segundo temeu por sua segurança.

Ela levantou-se, ouvindo os passos dos soldados na terra, vindo em sua direção, e preparou-se para o confronto.

Pegou um mosquete em um suporte ali perto, e andou com um passo quase felino até a primeira onda de guardas que se aproximava, correndo com passos pesados, descendo das plataformas de vigilância. Ela sentiu a adrenalina começando a se espalhar por seu corpo. Não era algo que ela não estivesse acostumada.

Ela acertou o primeiro na cabeça com a coronha do mosquete, e ele foi para trás, junto com alguns dentes, caindo em dois de seus colegas. Outro avançou com seu mosquete, mas Emma defendeu com suas lâminas e chutou sua perna, fazendo com que caísse de joelhos e desse a ela a chance de chutar seu rosto com força, juntando-o aos outros no chão.

Emma olhou para cima, vendo alguns guardas em uma linha de fogo, mirando bem em sua direção. Rolando em uma manobra evasiva e ouvindo os tiros falhados, ela correu para a parte da frente do forte, pulando sobre toras e barris. Outro grupo de guardas se aproximou. Um deles investiu contra Emma com a lâmina do mosquete, gritando feito um bárbaro, como se aquilo fosse assustá-la, mas ela desviou-se e agarrou o cano da arma, girando-a e esmagando a cabeça do guarda contra os tijolos de uma parede.

Dois investiram ao mesmo tempo, mas Emma conseguiu saltar sobre eles, pisando em seus joelhos e apoiando-se sobre suas cabeças, e eles acidentalmente mataram um de seus companheiros que vinha por trás, atravessando seu abdome com os mosquetes. Emma ouviu a pele e o pano sendo rasgados.

Os portões estavam a alguns metros, e Emma acelerou o passo, mas então, uma fileira de guardas colocou-se entre ela e sua escapatória, obrigando-a a frear. Ela estava cercada. Phillips os liderava de longe, gritando ordens e incentivos nada educados. Vinte, talvez mais guardas agora estavam à sua volta, preparados para executá-la, encurralando-a cada vez mais, mas Emma viu sua única saída.

Atrás dos guardas, haviam três barris de pólvora.

Ela correu até o guarda mais próximo e contra-atacou sua tentativa de perfurar-lhe o estômago, tomando de suas mãos sua arma. Então, antes que os outros pudessem reagir, ela ergueu o mosquete e atirou nos barris.

O resultado foi massivo. O fogo não atingiu Emma, mas a explosão fez com que ela se desequilibrasse e caísse, com a mão sobre o rosto. Aquilo eliminou boa parte dos guardas, mas não o suficiente para lhe dar uma excelente vantagem, e os sobreviventes, entre eles Phillips, estavam se levantando.

Emma correu em direção aos portões, tropeçando enquanto se levantava. Um dos guardas se apoiou em sua arma e olhou para ela, mas tudo o que ele pode ver foi seu pé voando em direção a seu queixo, e ele foi lançado de volta para trás. Outro se levantou e tentou, desarmado, investir seu punho contra Emma, mas ela desviou e sacou a espada, cortando o ar com a lamina, e também, a barriga do casaca-vermelha.

Emma olhou para trás, para Phillips, que tentava se recuperar da explosão, levantando-se com dificuldade junto a mais guardas que sobreviveram em meio aos corpos no chão. Ela notou a algema pendendo de seu braço esquerdo; ele provavelmente havia arrancado o braço da cadeira. Ela podia ver a raiva nos olhos do capitão, queimando como as brasas em uma fogueira.

— Matem-na! – berrou, e os guardas correram em sua direção.

Emma, sabendo que aquela confusão estava longe de acabar, correu em direção à floresta novamente, esperando que, pelo menos, Frederick estivesse se saindo bem. Os guardas a perseguiram por entre as árvores enquanto Emma apenas corria, sendo abraçada pela escuridão daquela floresta fria e densa, praticamente sem rumo sob um céu sem luar.

Seria uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, comentários são muito apreciados ♥



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