Eu a Apple continuamos nosso caminho até um bairro onde as casas são enormes. Uma daquelas dariam cinco ou mais da minha casa em tamanho.

Dessa vez foi Apple quem me guiou ate uma das casas. A de numero 312.

–- Chegamos... – Apple tocou a campainha.

A porta abriu e uma mulher saiu. Ela tinha cabelos pretos longos e usava óculos de sol. Ainda sim eu pude ver muita semelhança entre as duas.

–- Filha! Por onde você andou menina? – Apple a olhava indiferentemente. A mulher desviou a atenção para mim – Você a trouxe aqui dessa vez? Obrigada, ela sempre se perde quando sai de casa. Sou Rachel Morris, mãe dela.

Pelo que ela disse parecia que essa não era a primeira vez em que Apple se perde de casa, isso sim era ter um péssimo senso de direção.

–- Ethan é... Meu amigo, mãe – Apple disse olhando para mim e em seguida para a mãe dela. Que parecia surpresa e não falava nada

–- Bem, missão cumprida com sucesso. Eu tenho que ir agora. O caminho vai ser longo.

–- Ethan... – Apple segurou meu braço – Você... Vem... Outro dia?

–- Claro, nós vamos ao parque e tomar mais Milk-Shake outro dia. Se cuida. Você também Sra. Morris.

Olhei para Apple, e por um momento parecia que eu vi algo parecido com um sorriso na face dela. O sol não me deixava ver direito e meu rosto estava ardendo. Ainda assim eu seguia adiante, tapava o sol com a palma da mão e andava sempre nos lugares onde ficavam mais sombras. Caminhava sozinho até alguém posar a mão no meu ombro.

–- Ei! Quanta energia! Isso mesmo continue assim.

–- Eu achei que você era muito ocupado.

–- Você ainda é fraco contra o sol, que infantil.

–- K... – eu estava serio e ele percebeu – O que foi aquilo que eu senti? Aquela aura perigosa no ar?

–- Era isso que eu temia acontecer...

–- O que?

–- É um ciclo natural. Toda vez que um guerreiro morre outro surge em qualquer parte do mundo.

–- Foi isso o que aconteceu comigo – adivinhei

–- Sim, mas certa vez no passado vários guerreiros de elementos diferentes surgiram no mesmo local. O que gerou uma guerra. Todos queriam que apenas seu elemento prevalecesse entre os demais, então destruíam uns ao outros, Fogo, Agua, Terra, Ar, Metal, Luz e Trevas. E foi assim durante vários anos. A guerra era incessante e ninguém vencia, pois sempre que alguém morria outro surgia em com os mesmos poderes sempre no mesmo lugar. Eu nasci e cresci nessa época em meio à guerra. Eu decidi por um fim a essa guerra com minhas próprias mãos. E consegui formar uma aliança com outros três guerreiros de elementos diferentes. Ariahnna líder da Terra, Wave líder do Ar e Fang líder do Fogo. E juntando nossos poderes a aliança conseguiu vencer a guerra. E juntos criamos uma espécie de barreira que impediam o nascimento de dois elementos diferentes no mesmo local. Todos os próximos guerreiros nasceriam em lugares diferentes e apenas uma pessoa por elemento herdaria nossos poderes. Ou seja, você é o único guerreiro da agua que existe.

–- Vocês não poderiam acabar com essa coisa de guerreiros elementares?

–- Não. Como eu disse antes é um ciclo natural. Não temos controle sobre isso.

–- Isso quer dizer que mesmo que eu morra ainda sim outra pessoa vai herdar meus poderes.

–- Sim.

–- Mas mesmo você dizendo isso, eu conheci a guerreira da terra.

–- Parece que alguém esta tentando quebrar a barreira.

–- Mas, isso não resultaria em outra guerra?

–- Acho que esse é o proposito. Mas eu não sei quem faria uma coisa dessas. A não ser...

–- Ele faria isso... – Uma voz feminina falou atrás de mim

–- Ele? – perguntei e me virei para ela

–- Ariahnna... – K a olhava atônito