— Você está escolhendo a parte mais difícil, Stellinha. Eu não vou pegar leve com você só porque nos beijamos. — Ele diz sorrindo, e eu juro por tudo que há de mais sagrado nessa terra, que eu quero dá um soco na cara dele e deformá-lo todinho.

— Por causa daquilo? — Pergunto dando uma risada de escárnio. — Oh, Mac. Não seja tolo, querido. Você acha o que? Que eu senti alguma? Oh, já sei. Deve pensar que estou apaixonada por você. Você é mais burro do que eu imaginava. — Eu digo rispidamente, ele me olha sério por alguns segundos.

— Eu vou acabar com você. E vou fazer você engolir cada palavra que disse. — Ele se levanta com raiva, o seu maxilar está apertado e seus dentes cerrados. Será que eu peguei muito pesado? Ah, ele merece. Não falei nada de mais.

Eu deveria estar com medo! Lindsay se aproxima de mim e senta-se ao meu lado.

— O que aconteceu entre você e o Mac? — Ela me olha diretamente nos olhos e eu desvio o olhar.

— Por que você acha que aconteceu alguma coisa? — A indago, agora a olhando.

— Mac, estava sentado aqui do seu lado. Só que depois vi ele e o rosto dele demonstrava tanta raiva, que até estranhei. Vocês estão sempre brigando um com outro, mas ele nunca pareceu estar como está agora. — Ela se explicou e agora entendo. Sabe aquele sentimento de remorso? Pois, bem. Estou sentindo agora. Definitivamente, estou com raiva de mim mesma.

— Não sei. Ele saiu do nada. — Minto, será que eu deveria ir lá pedir desculpas? Eu sei que sou orgulhosa, mas acho que ele merece.

— Olha, se você fez algo de errado sempre há tempo de consertar. — Lindsay diz dando-me um sorriso reconfortante. As vezes é assim, eu não preciso falar nada que ela já sabe. Mas, antes de ir atrás de Mac, vou procurar conversar com Jessica e depois com Adam.

Eu vou me aproximando dela e ela já está fazendo uma cara feia.

— Olha, eu tentei. Mas, sabe como é ne? Acabei por me descontrolar pelas idiotices que ele disse a mim. — Ela diz fazendo bico e eu rio.

— Tudo bem, eu te entendo. Contudo, você vai fazer o desafio ainda? — Apesar de tudo o que eu penso sobre eles, nem todas decisões deveriam ser tomadas por mim, mesmo que eles não soubessem disso. Eu não iria obrigá-los a fazer uma coisa que realmente não querem.

— Claro que eu vou fazer, Stell. E dessa vez vai ser por questão de honra, eu quero que o Don se humilhe aos meu pés, vou fazê-lo de gato e sapato. — Ela diz e dá aquela risada maligna daqueles filmes de bruxa má.

— Você está brincando, NE? — Eu pergunto com medo. Eu não quero que ninguém aqui sofra ainda mais por minha culpa.

— Claro que estou. Donald não tem serventia nem para empregado, aquele traste ruim. Ele me ofendeu, Stell. — Ela diz emburrada e o alívio se alastra pelo o meu corpo.

— Ok, e você também não fica atrás, Jess. — Eu digo rindo e vou a procura do Adam.

— Adam. — Começo a gritar o nome dele e ele aparece dando um sorriso estranho. Ou eu que estou com medo desse povo hoje, ou eles estão assustadores.

— Não olhe para mim com essa cara nem ri desse jeito. Você parece um maníaco fazendo isso. — Aviso-o logo e ele fecha a cara. Assim está bem melhor.

— Vou ignorar as coisas que já me disse. Danny, topou beijar a Lindsay de surpresa e no fundo dava para perceber que não era tanto esforço que ele estava fazendo, mas com uma condição. — Ele diz e não termina, reviro os olhos.

— Não me faça ficar perguntando qual ou o que. Vai direto no assunto. — Eu digo e ele me olha feio.

— Nossa! Mau-humorada que bicho te mordeu? Enfim, estarei arriscando o meu pescoço. Danny pediu que eu atentasse o Mac, ou seja, poderei levar uns cacetes.

— Ótimo, você vai fazer. — Digo revirando os olhos e ele me olha indignado.

— Claro, a decisão é toda sua, não é você que vai sair todo arrebentado de tudo isso. — Ele começa com o drama.

— O, Mac, não vai fazer nada com você. — Tento tranquilizá-lo.

— Sei… Quando Danny ir beijar Lindsay, eu chamo você. — Ele diz e assinto. Agora é a hora em que eu peço desculpas ao Mac. Começo a procurar por ele.

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Eu vou a procura de Mac e nada. Pergunto a todos se o viram, mas ninguém sabe dizer onde ele está. Estou começando a ficar preocupada e quando já estou sem esperanças, ouço alguém cantando….. É a voz de Mac, ele canta? Até que tem uma voz razoável.

Que cheiro de queimado é esse? Acho Mac, ele está abaixado e está mexendo em alguma coisa na fogueira. Porque ele está fazendo fogueira a essa hora? Chegando perto dele, eu vejo uma blusa minha pegando fogo, já toda destruída.

Eu não posso acreditar no quão baixo ele foi, não havia necessidade disso. Eu estraguei a camisa dele sem querer e ele fez o mesmo só por vingança, não estou surpresa. Vindo dele era o minimo que eu podia esperar.

— Que bom que você se vingou. — Eu digo atrás dele, ele se assusta e levanta olhando para mim com raiva.

— Oh, Stell. Gostou da sua nova blusa? Agora você já tem uma roupa para esse verão, esse calor infernal. Já dá até pra desfilar. — Ele diz rindo, continuo o olhando mantendo o meu rosto impassível.

— Eu até riria da sua piadinha se eu achasse graça ou por pena, mas não sinto nenhum dos dois por você. Se você gostou disso, ótimo. Sinta-se vingado, Mac. Você não me surpreende mais. — Eu digo e saio. Sabe aquele prazer que você sente quando não precisa chegar no mesmo nível da pessoa que com apenas algumas palavras você mostra o quanto é tola? Pois, é estou me sentindo sábia. Uma sansei! Um mestre ninja, talvez um budista.

Eu nunca me senti assim antes, sempre costumei devolver na mesma moeda. Acho que estou evoluindo, ou não.

— Deixa de ser burra! Você não é nenhuma ninja, ou ser cheia de sabedoria. Pega logo a mala do Mac e taca na fogueira que hoje eu quero vê-lo como ele veio ao mundo. — Stella pervertida diz cheia de animação, ela tem andado muito fora de mim. Hoje ninguém irá tirar minha paz de espirito.

Estou andando tranquilamente de volta quando Jessica me chama toda afobada.

— O que foi, querida? — Pergunto-a, sinto-me tão amável.

— Stella tira essa cara de maconheira que o, Mac, pegou sua mala e disse que ia jogar tudo na fogueira e mandou te perguntar se isso iria te surpreender. — Jessica diz rapidamente e sinto até minha cabeça rodar.

— Esse filho de uma mãe boa. Prepara uma fogueira perto da dele que eu já vou fazer uma surpresinha lá. — Paz de espírito? Quem tem mesmo? Não sou eu, aquele desgraçado me paga.