Você deve está se peguntando. O que você fez, Stella? Eu não sou do tipo vingativa, mas ele merecia. Apenas fui na sala dele no fim do expediente, como o segurança me ama, ai você me pergunta. Ele te ama? Sim, por incrível que pareça eu dei meu café a ele, foi amor ao primeiro gole. Desde então, ele adquiriu afeto por mim. Ele tem cinquenta anos, a propósito.

E eu sou muito parecido com ele. Para chegar ao meu coração tem que passar pelo meu estômago. Porque eu amo comida, e amo quem me dá comida. E não, eu não sou morta de fome. Mas a comida está no top um da minha vida.

Mac já disse que eu só não engordo porque sou ruim demais pra isso. Enfim, o meu segurança preferido, me deu a chave da sala de Mac. E sim, eu dei uma de vândala. Destruí a sala dele, porque eu sou dessas.

E foi isso, nada de impressionante. Nossa guerrinha continuou desde então, até que eu tirei férias. Aí ele ficou sem conseguir se vingar de mim. Mas, agora eu estou ferrada. Estou presa aqui, não tem como fugir para lugar nenhum.

E toda minha animação para assistir Jessica e Don se pegando se foi, junto com minha esperança de sair viva de tudo isso. Agora estou andando de um lado para o outro, estou apreensiva.

— Stella, Stellinha sua capetinha que destruiu minha camisinha. — É a voz de Mac, nossa rimou. Aquele frio na espinha me percorre, e agora que eu tenho que correr.

— Juninho, essa coisa que eu destruí sua camisinha é pervertida. — Vou tentar levar pela amizade. Só tem um problema, que amizade?

Ele ri e se aproxima de mim. Estou encurralada, com as costas prensada na caverna.

— Isso me parece bom. — Ele sussurra no meu ouvido. Sua você é quente, sexy. Eu me arrepio toda.

— O q-que? — Eu gaguejo, Mac é um… homem abençoado por Deus.

— Você rasgar minha camisinha, pode ser com a boca, ou com a mão. Aconselho a ser com a mão, com a boca pode ser perigoso, para daqui a nove meses. — Ele diz todo charmoso. Eu não sou de ferro, okay? Mac tem seus encantos, assim como sei como provocá-lo, ele sabe fazer o mesmo comigo.

Suas palavras são tentadoras. Um fogo percorre meu corpo, minha boca está salivando.

— Na verdade… Seria uma boa ideia, com a mão. Não quero correr risco de engravidar de um inimigo. Você não é tão valioso assim, e seria muito clichê. Quer dizer, você se apaixonaria muito rápido, seria enjoativo. — Digo, passando a mão pela barba dele. Mmm. É muito inebriante. Ele acha que pode me constranger com pouca coisa, mas não sabe que adoro entrar nos joguinhos dele.

— Não acho que isso iria acontecer. Você ficaria louquinha por mim, entediante. — Ele diz com desdenho. Que filho de uma cabrita desmamada. Que Millie me perdoe, mas saiu sem querer.

— De caça eu passo a caçador. Saio de seu enlaço, e detrás dele. Passando a mão em seus braços, sussurro ao seu ouvido.

— Pois eu vejo você me implorando para te dar um beijo. Para deixar você tocar em mim. Totalmente apaixonado, ajoelhado clamando por um pouco de atenção. Mas infelizmente eu estarei ocupada demais para pensar em você. — Sussurro debochadamente.

Pode parecer infantil isso. Mas é como preliminares, me deixa em êxtase e sei que ele fica também.

— Cuidado, querida. De tanto brincar com fogo, você se queima. — Ele diz olhando para mim com seus olhos pegando fogo.

— Estou disposta a correr o risco.

Dito isso, Mac me pega pela cintura e me empurra contra a caverna, seu corpo colado ao meu, me prende. Não há como sair de seu enlaço. Ele pega o meu rosto pelo maxilar e o acaricia carinhosamente. Seus olhos são abrasadores, sua respiração mistura-se com a minha, tensa. Virando o meu pescoço para o lado, ele dá mordidinhas e beijos nele.

Mmm. Delicia!

Seguro forte o seu cabelo e puxo com força. Trazendo o seu rosto para perto do meu novamente. Dou beijinhos e mordidinhas na sua barba, ele puxa minha perna e enlaço em sua cintura. Pressionando- se contra mim, sinto uma protuberância dura me pressionando. Com uma mão me apertando, a outra ele segura o meu rosto e me beija.

Seus lábios pressionados contra os meus, num forte e voraz beijo. Sua língua adentrando a minha boca, me tomando. Sinto uma volúpia. Ele me beija como se eu fosse o seu oxigênio. Com a falta de ar nos separamos. Esse foi o beijo mais quente e voraz da minha vida.

— Err… — Sabe aquele momento em que você engole em seco e não tem nada para dizer? Eu estava vivendo isso.

Mac estava na mesma posição comigo. A única coisa diferente agora é que nossas bocas estavam separadas, e mesmo assim a distância era minima, mas as palavras estavam longe. Foi quando senti os seus lábios pressionando os meus, novamente. Eu retribui da mesma forma que ele me beijava, de maneira insáciavel. Devorando-me.

Ele me apertava com suas mãos, com seu corpo. E eu fazia o mesmo, enquanto uma mão estava puxando seu cabelo, a outra estava apertando e arranhando seu braço.

Ouço meu nome ser gritado. E empurro Mac, algo impossível já que ele nem se move. Paramos de nós beijar e ele me olha confuso. Eu tentando largar dele, mas ele não faz nenhum movimento para me soltar. Onde está minhas palavras agora?

Ouço alguém gritando meu nome, e reconheço a voz é a Aiden. Mac parece entender, ele suspira e me solta. Arrumando-me, saio dali deixando Mac me olhando de um jeito estranho. Eu não posso arriscar, vai que Aiden nos pega, seria uma falação eterna.

— Nossa, querida que demora. Jessica não vai esperar você a vida toda não. Ela já levou Don no matinho. — Ela diz rindo, mas meus pensamentos estão em outra coisa.

— Onde você estava? — Ela me pergunta séria, e me olha de cima a baixo estreitando os olhos.

— Fui no final da caverna, pensar. — Digo, a centésima coisa que passa pela minha cabeça.

— Ok. Jessica me contou sobre a camisa, se prepare querida. Mac vai acabar com você. — Ela diz quando saímos em direção a onde Jessica está.

Depois de hoje, eu tenho certeza que ele vai acabar comigo de alguma maneira. Só me resta saber qual e como.