P.O.V Eleanor

Já havia passado um tempo desde que havia recebido a noticia de que Hazel havia sumido, e agora estávamos todos reunidos no chalé de Poseidon.

– Temos que fazer alguma coisa – diz Frank nervoso – Não podemos deixar Hazel com Cronos.

– Eu sei, e nós vamos fazer – diz Percy – Mas não adianta nada agirmos com a cabeça quente. Nós temos que sair do Acampamento primeiro.

– Mas acho que devíamos dizer a alguém, quem sabe eles não conseguem alguma informação. – aconselha Annabbeth.

– Ta, mas quem? – pergunta Piper

– Eu já sei – responde Percy

Assim Percy começou a sair do chalé, e todos foram atrás dele , eu ainda não conseguia acreditar nisso... Me sentia culpada, mas também me sentia angustiada por ficar sem saber como Hazel esta.

Logo percebi que andávamos em direção ao chalé dos filhos de Ares. Percy entrou sem bater e nós o seguimos. As crianças de Ares ficaram sem reação por breve instantes, mas depois pareceram bravas, vi Clarisse caminhando até nós.

– O que foi Jackson? – pergunta ela

– Clarisse, precisamos de um favor – diz Percy – Hazel foi seqüestrada por Tártaro, e vamos partir em missão para resgata-la, mas precisamos de alguém que confiamos aqui no Acampamento, caso recebam noticias e para dizer a Quíron

– Sem chance ! – nega ela – Eu vou com vocês, vocês acham mesmo que eu vou deixar vocês irem e depois receberem todo crédito.

– Tudo bem – assenti Percy – Podemos procurar por outra pessoa...

– Não, espera – fala Clarisse – Eu faço

– Obrigado Clarisse – agradece Percy.

Assim todos saímos e fomos direto ao lago que dava ao mar, subimos em um dos barcos que havia lá, todos estavam com mochilas nas costas, mas ninguém falava um com os outros.

Ficamos todos na pequena sala que havia no barco, que já se movia na direção do mar, eu estava sentada ao lado de Frank.

– Desculpa – digo

– Desculpa pelo o que ? – pergunta Percy

– Pelo desaparecimento de Hazel, foi minha culpa... – respondo

– Seria mais sábio ficar quieta – diz Annabetth em um tom meio de deboche

– Não – grita Frank – Ela tem razão! Ela foi a culpada pelo desaparecimento de Hazel, estávamos bem até ela chegar! E agora estamos todos nós em uma jornada para morte, que nem nossa missão é!!

– Frank, ninguém pediu para que vocês apoiassem Eleanor nessa missão, mas ela é nossa amiga, e minha irmã, se alguns de vocês não quiserem continuar, tudo bem, voltem para o Acampamento, e sobrevivam por mais alguns dias, sem saber se vocês fariam a diferença – defendeu Percy – Mas se quiserem continuem, porque eu vou continuar, Tártaro tentará matar-nos de qualquer maneiro

– Eu avisei que era mais sábio ficar quieta – lembra Annabetth com um sorriso – Mas ninguém ouve e depois se arrepende.

– Para de se comportar como se soubesse de tudo, só por que é filha de Atena, não quer dizer que seja sempre sábia – grito e saio em direção a uma das cabines.

Entrei em uma e taquei minha mochila na cama, e me deitei e dormi.

***

Acordei, estava tudo em silêncio, andei até a ponta do barco, onde eu podia ver o mar, a água clara e limpa. O cheio de água salgada, me fazia bem, era como se me fortalecesse para poder continuar. Fechei os olhos, sentindo o vento na minha cara, e alguns respingos de água no meu rosto, até que ouvi alguém me chamar.

– Eleanor – disse alguém

Olhei em volta, mas não pude ver ninguém, até que olhei para o mar, e pude ver uma pessoa, se eu podia chamar de pessoa, sua pele era um pouco azulado, e ela havia uma calda.

– Venha – disse ela me chamando – Tenho uma mensagem de seu pai.

Assim que ela disse isso eu pulei, sem me importar se ficaria molhada ou não, mas mesmo assim desejei com que ficasse seca. Nós nadávamos para o fundo do mar, até que ela parou e olhou para mim.

– O que é você? Quem é você? – disparei as perguntas

– Eu sou uma Náiade, e sou serva de seu pai, meu nome é Ariadne – responde ela gentilmente.

– Você disse que tem uma mensagem para mim de meu pai? Mas pensei que ele não se importasse muito comigo, afinal eu não sou a filha famosa heroína do mundo –digo

– Você esta muito enganada, Poseidon se preocupa muito com suas crias, principalmente culpado – fala Ariadne

– Culpado por que? – pergunto

– Pelo seu nascimento – responde ela e isso foi o suficiente para quebrar meu coração – Poseidon errou em fazer com que recebesse os dons maravilhosos que você tem, que se não controla-lo direito poderá servir de maldição. Você chamou muitas atenções de alguns monstros.

– Mas eu nunca trairia meus amigos, nunca trairia os deuses – defendo-me

– Por isso mesmo – alerta ela – Você é fiel a seus amigos, e isso pode ser uma ótima qualidade, mas um terrível defeito, você seria capaz a aliar-se a Tartaro para não ver seus amigos morrerem? Isso é uma das perguntas da qual os deuses não tem respostas e eles não gostam disso.

– Isso é tudo pelos deuses! Eles me parece ser as pessoas mais egoístas do mundo, dispostos a sacrificar crianças, seus próprios filhos, para que eles continuem imortais e poderosos – grito

– Apesar de tudo, criança, Poseidon te quer viva – fala ela – Ele quer você e Percy vivos, ele ama vocês! Mas se arrepende...

– Você disse que tinha uma mensagem de meu pai para mim – digo tentando mudar de assunto.

– Sim – diz ela – Tome cuidado com o amor, como a própria profecia disse ele poderá ser a salvação do Olimpo, ou a destruição, mas nunca se esqueça nunca pode fugir de uma profecia.

Assim que ela terminou de falar comigo eu subi de volta para o barco e vi que minhas roupas ainda continuavam secas.

Eu não queria que meus amigos se sacrificassem por mim, ou meu irmão, Frank estava certo, essa era minha profecia, minha batalha, e mesmo que isso signifique que devo continuar sozinha. Irei provar aos deuses que consigo salvar o mundo, ou talvez apenas provar que sem os semideuses eles não são nada...

– Eleanor... – chama alguém me interrompendo de meus pensamentos.