Ilusão escrita por Mellconde


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

umm capítulo bem dramático, mais que os outros :x



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ela me empurrou e me olhou assustada.

-nunca mais, faça isso. - ela disse pausadamente

-vai dizer que não gosto?

-deixa de ser ridículo!

Eu lhe dei um meio sorriso e mandei um beijo no ar.

Ela levantou a mão e ameaçou me dar um tapa.

-Bate- eu desafiei

Bella me olhou tentando dizer alguma coisa, qualquer coisa que pudesse me ofender ou me machucar. Mas não conseguiu. Minha pequena saiu do quarto as preças.

-Disse que sua mãe não podia ver o machucado! - gritei

-vai se danar Cullen!

Eu ri e me joguei na cama. Ouvi a porta da sala bater com força.

-Olá, Edward. - ela disse dando um pouco de enfase no meu nome. Acho que estava aborrecida.

-Oi rose. O que ouve?

-Esqueceu que ontem a noite você tinha marcado de me ver?

-Droga. Desculpe Rose, ontem foi um dia confuso.

-Claro, com a Bella na sua casa.

-Não viaja, ontem depois que te vi deixei ela em casa.

-Claro, na sua.

-O que está querendo dizer com isso?

-Você me entendeu Cullen – ela disse cruzando os braços.

-Rosalie, o que eu e Bella tivemos algum dia já passou. Estou com você agora.

-Mesmo?

-Claro – disse a segurando pela cintura.

Ela sorriu e me beijou.

Por mais que eu estivesse mentindo, por mais que eu tivesse beijado Bella naquele dia, nada de realmente importante havia acontecido, a não ser o fato do namoradinho dela ser quem eu pensava que fosse. Um imbecil. Não devia ter se metido com ela. Afinal, Bella é minha.

Rose passou o dia como sempre costumava passar, falando sobre coisas inúteis e fúteis. Mas existiam coisas nela que realmente me faziam sentir melhor. Sei que comecei a história falando mal, como se ela não tivesse nada dentro de si mesma, mas ela era engraçada. Vivia tentando me fazer feliz, mesmo que seu esforço muitas fezes fosse em vão.

Bella passou o recreio sozinha. E como me doía, saber que estava magoando quem eu mais amava. Mas ela precisava de uma lição. Brincava com os sentimentos das pessoas todo o tempo. Ou melhor, os meus. Ela era a única garota que eu havia amado em todos esses anos, meu coração estava em pedaços, e milhares deles, e em cada um, havia seu nome escrito. Eu sabia que a única pessoa que poderia monta-lo de novo era ela. Ela e seu jeito meigo.

Eu sabia que ela estava triste, mas me recusei ir até ela naquele dia. Estou tentando fazer ela correr atrás de mim, lembra?

-Ed – rose disse agarrada em meu pescoço na porta da escola.

-Fala

-hoje você vai até o bar?

-só se você quiser que eu vá- disse e dei o meu melhor sorriso. Aquele que eu sabia que ela nunca iria resistir

-claro que eu quero.

-então nos vemos mais tarde. - eu disse e a beijei

-tchau amor – ela disse e deu as costas.

Eu normalmente deixava Rose em casa, afinal ela é minha vizinha. Mas as vezes ela decidia ir tomar sorvete com as amigas.

Hoje eu não queria voltar para casa, olhar minha mãe assistindo televisão ou qualquer outra coisa parecida. Hoje eu queria dar uma volta, mesmo que apenas no quarterão.

O Sol estava sendo escondido pelas nuvens que ameaçavam chover, então entrei logo no carro antes que começasse. Liguei o som e quando percebi, finos pingos de chuva caiam sobre o vidro do carro. Ainda insignificantes demais para que alguém do lado de fora conseguisse notar.

Eu fiquei ali, vendo os pingos de chuva cobrirem o vidro do carro enquanto uma calma melodia tocava no rádio. Sem querer me peguei lembrando de coisas que agora não seria um momento certo de se lembrar. Lembrei de quando conheci Bella. Quando eu queria a qualquer custo ser notado, queria que a qualquer custo que ela fosse minha.

Lembrei de quando me abraçou chorando no dia em que lembrou da Rose e acabei pegando meu rosto molhado. As lágrimas de saudade caiam vagarosamente enquanto eu tentava prende-las dentro de mim. Desdo dia em que a conheci sua lembrança sempre vem me assombrar. Querer tirar de mim o pouco de força que ainda me resta.

Apoiei o rosto em minhas mãos. Cansado de tentar impedir as lágrimas, deixei que elas viessem, deixei que me vencessem, deixei que tomassem de mim a pouca força que havia dentro de mim. Estava com raiva. Raiva de ama-la tanto e não poder dizer a ela todos os dias de manhã. De não poder abraça-la nem beija-la. De ser tão orgulhoso a ponto de não admitir nem para mim mesmo que eu sentia falta dela. Falta do seu cheiro, do seu sorriso. E principalmente de ouvi-la dizer que me amava.

Levantei o rosto, enxugando-o e encontrei os olhos de Bella me olhando preocupados do outro lado do estacionamento vazio. Eu queria sair do carro, correr até ela e lhe beijar. Mas até o dia em que ela me pedisse desculpas pelo que fez eu não daria nem mais um paço em sua direção. Meu coração está cheio de feridas ainda. Até que elas sarem, não poderei fazer nada.

Ela deu um paço em direção a mim. A expressão de seu rosto era triste, preocupada. Meu coração estava doendo muito, querendo que eu saísse dali e fosse ao encontro dela. Mas agora não faria sua vontade. Liguei o carro e fui embora.

Eu corri, corri o máximo que pude, deixei que meu pé pesasse no acelerador. Mal conseguia ver o que passava pelo vidro ao lado do meu. A última coisa que eu me lembro é de ver as luzes do caminhão vindo na contra-mão.

 


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