Uma nerd muito diferente escrita por Sophia M R


Capítulo 9
Edward Teimoso Cullen


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui!
Antes de tudo. Mais uma recomendação!! UÊÊÊÊÊ!! Sério quando eu vi fiquei tipo: Put* merda! Mais uma?! Cara, obrigada você que recomendou! Muito obrigada mesmo!
Esclarecimentos pela minha demora lá em baixo. Quem quiser leia, mas vai ser enorme. O capítulo está pequeno comparado a outros (esclarecimento também lá em baixo).
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/532836/chapter/9

Eu estava chegando na escola, sozinha. Minhas irmãs já tinham ido na frente. Cheguei no estacionamento e todos olharam para o meu carro. Mas no momento em que eu estacionei foi como se não tivesse ninguém além de mim. Quer dizer, tinha uma pessoa. Edward. Meu coração começou a acelerar enquanto eu estacionava o meu carro ao lado do dele. Desci do carro e ele veio ao meu encontro.

– Oi, Carinha! – eu disse. Ele chegou perto de mim e me abraçou.

– Oi, minha Bella. – disse com a voz rouca no meu ouvido, me fazendo arrepiar dos pés a cabeça.

– Sua?! – perguntei, tentando parecer normal.

– Você não quer ser minha? – me perguntou olhando nos meus olhos, intensamente. Como é que se respira mesmo? Percebi que fiquei o encarando e não respondi. Fala alguma coisa sua idiota! Manda ele te jogar na parede e te chamar de lagartixa, de preferência!

– Eu quero. – falei, e ele ficou olhando para a minha boca. E foi se aproximando, se aproximando. Eu ia beijar Edward Gostoso Cullen!

Pus meus braços em volta do seu pescoço e ele abraçou minha cintura, colando meu corpo ao seu. Ele estava tão perto que eu podia sentir seu hálito, com aquele cheiro de hortelã que eu não sabia de onde vinha. Lembrei que tinha que perguntar isso pra ele, mas não era isso que eu queria fazer no momento. Sua boca foi para o meu maxilar, e ele ficou dando pequenos beijos molhados dali até o pescoço, e aquilo me fez gemer vergonhosa e impacientemente. Virei minha boca em direção a dele. Ele soltou um pequeno riso em resposta, mas roçou a sua boca na minha

– Acorda, Bella. – ele disse ainda com a boca na minha.

– Hum?! – eu disse procurando seus lábios, mas eles estavam se afastando.

– Acorda, Bella! Vamos, levanta! – aquela era a voz da Alice. Abri o meu olho direito, tentando me localizar. Eu estava com a boca no travesseiro. Sirius Tomatinho Júnior me olhava com a cabeça virada de lado e as orelhas bem levantadas, e Alice me olhava sorrindo sapeca. Merda, era só um sonho! Um sonho muito bom, e eu não queria ter acordado.

– O quê é, Alice? – eu resmunguei me virando de barriga para cima, e Sirius rapidamente se deitou em cima de mim.

– Com o que você estava sonhando? – perguntou ela sem tirar aquele sorriso idiota da cara. Eu estava irritada.

– Não te interessa! – falei.

– Tudo bem. Eu entendo. Interessa apenas ao Edward, né? – e nessa hora meus olhos viraram duas bolas de gude.

– O que você quer dizer com isso? – perguntei, idiotamente na defensiva. Vai lá, Bella! Se entrega de vez!

– Eu quero dizer que, seja lá o que você estava sonhando, diz respeito a ele, já que você ficou falando o nome dele. – disse com falsa inocência, mas a cara de inocente deu lugar a um sorriso malicioso. – E depois você gemeu. Oh sim, você gemeu! – reafirmou depois que viu minha cara incrédula. Eu não acredito! Eu não fiz isso. Minhas bochechas atingiram vários tons de vermelho ao mesmo tempo, me entregando. – Ai, meu salto alto! Exclamou Alice, e depois se jogou na cama ao meu lado. – Você estava sonhando com aquilo? – perguntou.

– Aquilo o quê? – perguntei confusa e Alice rolou os olhos.

Aquilo. – disse baixinho como se fosse algo muito errado, e depois suas bochechas coraram. Ela não podia estar se referindo a aquilo, podia? Olhei para a cara dela, e sim ela podia!

– Não! Eu não sonhei com aquilo! – falei um pouco vermelha. Não que nesse quesito eu fosse alguma santa. Mas era meio estranho falar sobre isso com a minha irmã que era virgem. Rosalie que é boa nessa parada! Pelo amor! Eu não poderia falar com ela como eu falo com Rosalie. Alice sempre foi a mais bobinha de nós três nessa área, e agora ela é a única virgem. Se eu falar com ela a garota vai se assustar, já que eu não tenho nenhum tato.

– Então sonhou com o quê? – perguntou.

– Hum…

– Ah, qual é, Bella! Me diz, vai! – me pediu com um beicinho típico de Alice.

– Tá! – me dei por vencida. – Mas que isso não saia daqui! – pedi e ela concordou com a cabeça. – Eu sonhei que estava beijando Edward. Ou melhor, ele ia me beijar, mas você me acordou justamente na melhor parte. – deixei transparecer o quanto eu estava chateada, mas ela estava ocupada demais, se sentando na cama e quicando como uma criança vendo a árvore-de-natal cheia de presentes, fazendo Sirius querer descer da cama. O botei no chão, e ele se deitou no tapete ao lado da cama.

– Eu sabia, eu sabia! – ela disse batendo palminhas.

– Sabia o quê? – perguntei.

– Que você e Edward se gostavam. Quer dizer, dá pra ver essa química de vocês de longe. Parece que vão se agarrar a qualquer momento!. – ela disse.

– Isso não é verdade! – eu protestei, me sentando também, e Alice me olhou com uma sobrancelha arqueada. Até ela sabe fazer isso e eu não! – Talvez seja. Mas só um pouquinho!

– Um pouquinho? Ah, por favor! Se vocês fossem brincar de sete minutos no paraíso, terão que mudar o nome do jogo para sete horas! Eu não sei como vocês não se pegaram ainda. Admita que você gosta dele! – ela disse cruzando os braços no peito e me encarando, eu a imitei.

– Eu não vou admitir nada, por que não tem nada para admitir! – falei e, sem querer, desviei meus olhos. Droga!

– Viu? Você está mentindo! Você gosta do Edward Cullen! Você gosta dele! Rosalie! – Alice gritou.

– Não! – Eu gritei, mas já era tarde demais, Rosalie já ninha entrando no quarto.

– O que foi? – ela perguntou curiosa, por que sabia que se Alice gritou a chamando, aí tinha.

– Nada! – eu disse.

– A Bella está apaixonada por Edward! – Alice disse ao mesmo tempo que eu. Como é? Primeiro ela disse que eu gostava, agora eu estou apaixonada?! Rosalie começou a rir.

– Então ela admitiu? – Rosalie perguntou e Alice fez que sim com a cabeça.

– Eu não admiti nada!

– Admitiu sim! – disse Alice. – No momento em que você não olhou nos meus olhos ao dizer que não gostava dele você fez exatamente o contrário.

– A baixinha está certa, Bells. Quando você vai correr pro seu ruivinho? – perguntou Rose sorrindo. Ah é?!

– Ele não é ruivo. Mas… por falar em Cullen, como vai o Emmett, Rosalie? – perguntei debochada. Qual é! Qualquer um percebe que eles estão, pelo menos, a fim um do outro. Só ela ri daquelas piadas sem graça que ele faz. Rosalie ficou sem graça e Alice começou a rir.

– Isso é tão clichê! – disse Alice.

– Como assim? – Rosalie perguntou vindo se sentar na beirada da cama e pegando Sirius no colo.

– Três irmas gostando de três irmãos. Todos, por incrível que pareça, são da mesma idade. Uma é nerd, outra é “Mulher Fatal” e a outra uma fashionista pirada em moda. Parece até ser uma daquelas Fanfics de Lusco Fusco que a Bella vive lendo. Pode ser mais clichê que isso? Até um bebê o povo acha que tem! – ela explicou e nós rimos. Se eu for admitir, ela até que tem razão.

– Só tem uma coisa que muda. Rosalie disse.

– O quê? – perguntei.

– O irmão do meio não é pegador e a nerd é uma nerd de áraque.

– Ei! – eu disse levantando as mãos na defensiva. – Eu sou inteligente, tá? Tiro dez na maioria das matérias. Não posso fazer nada com meu problema em cálculos.

– E você tirar dez quer dizer que você é nerd? – Alice perguntou debochada. – Fala nais palavrão que eu e Rose juntas, saber cantar, dançar, tocar e sei lá mais o que. E ainda por cima curte uma boa balada. Se isso é ser nerd eu estou chegando perto de ser uma. – ela disse e eu fiquei sem argumentos. Aliás, por que eu estava defendendo esse título mesmo?

– Tá, tudo bem. Agora espera que eu vou por meus óculos de armações bonitas, meu moletom do Nirvana e fazer um coque frouxo. – eu disse meigamente e as duas riram. – Mas, agora, eu posso saber por que você me acordou? – olhei para o relógio. – Alice! São seis da manhã agora. Você podia ter me deixado dormir mais. – reclamei tapando o meu rosto com o travesseiro.

– E perder a chance de te arrumar hoje? Com certeza que não!

– E o que tem de tão importante hoje?

– Bella, querida, hoje é quarta-feira. Nós vamos direto da escola para a loja de roupas, provar os vestidos. Isso e o fato de que eu estou ansiosa para chegar na escola. Todo mundo pensa que você está grávida. Estavam até com pena do seu filho. “Imagine ter uma mãe maluca que nem ela? Tadinha da criança!” foi o que disseram.

– E isso é culpa de vocês! Eu sempre quis ter um cachorrinho desse que parecem filhos de tão paparicados que eram. Aí vem minha família e acha que eu dou maluca a ponto de querer engravidar. – reclamei com o dedo em riste para as duas.

– Tá, foi mal! Mas que hoje o dia vai ser divertido, vai. – disse Rosalie com um sorriso sapeca.

– Beleza, mas agora, vai tomar banho, Bella. Eu escolho sua roupa hoje. E sem discussão! – Alice disse me puxando da cama, fazendo Sirius, com aquele tamanhinho todo, sair do colo da Rosalie e ficar do meu lado latindo para ela.

– Isso aí, meu bebê, defende a mamãe! – eu disse pegando ele no colo. Alice me olhou com os braços cruzados no peito. – Tá, já vou!

₪∙₪∙₪∙₪

Cheguei na escola, dessa vez de verdade, e todos olharam para o meu carro.

– Eles estão doidos pra te ver! – disse Alice rindo.

– Isso por que não é com você! – reclamei estacionado do lado do Volvo de Edward. Saí do carro e percebi todos os olhares em cima da minha barriga. Eu vou matar a Alice!

Essa pigmeu me fez por uma blusa amarrada com um lacinho em baixo do busto, fazendo com que a blusa ficasse soltinha em baixo. Agora todos pensariam que eu estava tentando esconder a barriga.

– Fala aí, mamãe! – disse Emmett e eu estendi o dedo do meio para ele, fazendo eles rirem. Até Edward. Tentei não me lembrar do sonho enquanto eu chegava perto dele.

– Tá rindo de quê? O pai da “criança” é você! Você quem pagou o papel de galinha. Estava namorando e engravidou outra. Eu sou só a pobre coitada, e maluca, que você enganou para o seu bel prazer. – eu disse e nossos irmãos exclamaram “uhh!” Edward cerrou os olhos pra mim. Ele se aproximou ficando bem, mas bem, perto. – O que você está fazendo?! – perguntei nervosa. Não se lembre do sonho, não se lembre do sonho!

– Fazendo carinho no meu filho. – ele disse e pôs as mão na minha barriga por cima da blusa. Nessa hora foi um tal de burburinho, gente parando pra olhar. Estava confirmado. Isabella Swan, que ninguém antes sabia quem era, está grávida de Edward Cullen, o popular.

– Eu vou te matar! – falei para ele, que riu. Victória nos olhava de longe. – Não, vou fazer melhor. – falei e ele me olhou em dúvida. Sorri docemente para ele e pus minhas mãos em cima das suas, depois o abracei e beijei sua bochecha. Escutei o grito de Victória e vi ela vindo até nós. Edward também viu, e me olhou pedindo ajuda. Pega que a batata é sua. – falei sorrindo e ele me olhou indignado.

– Então é mesmo verdade? Você engravidou essa daí?! E ainda mentiu pra mim! – ela disse chegando perto dele.

– Opa! “Essa daí” não! – eu falei me fazendo presente. Mas essas piranhas de hoje em dia! Em vez de brigar com o homem, põe a culpa na mulher. Se bem que tem umas que merecem. Mas eu não sou uma, sou Bella Swan!

– Você não tem que falar nada não. Você quem era a amante! Isso não é coisa de garota decente! – acusou. Percebi que tinha gente atrás de nós prestando atenção.

– E eu lá tenho culpa se você não dava conta do recado. Ele ficou tão entediado que acabou procurando fora. Falei e a a galera fez “Toma!” – E outra. Tá falando de quê se foi você que foi pega no armário com outro?!

Victória me olhou por um tempo e depois saiu gritando. Aos poucos as pessoas foram saindo de perto e entrando na escola. Edward me olhou rindo.

– Quê é que foi? – perguntei.

– O tiro saiu pela culatra. – disse ele presunçoso. Pode até ser verdade. Mas… se não pode com ele, se junte a ele.

– E você nem pra me defender, né?! Eu sou a mãe do seu filho! Quer saber? Quando a criança nascer eu vou proibir você de vê-la! – disse fingindo estar brava. Todos nós rimos.

– Mas eu tinha que sobreviver! – Edward se fingiu de indignado. – Quem é que sustentaria a criança?

– Nossos pais! – eu disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Depois que ela nascer nós dois fugimos para algum lugar longe daqui.

– É um bom plano. – ele disse risonho. E então o sinal tocou. – Bom, nos vemos no intervalo, galera. E Bella, te vejo na aula de Matemática.

– E que essa aula demore a chegar. – desejei com todas as forças e em seguida me dirigi em direção a sala de aula.

Aula de Artes. Era a única a qual eu não tinha que pensar muito, e eu aposto que isso era por causa da minha professora, a Srª. Finigan. Ela era pirada. Se você vomitasse na frente dela e falasse que os pedacinhos que sairiam de você parecias constelações e por isso o vômito representava a Via Láctea ela ficaria admirada e te passaria de ano alegando que você tem um “faro” para obra de artes incomuns.

A única parte chata disso é que eu tinha essa aula com Mike e, caramba, ele não para de falar. Hoje o assunto era como ele conseguiu passar de nível em Silent Hill ou coisa parecida. Não estava prestando muito atenção, já que minha concentração estava na mosca, daquelas de chiqueiro, que voava na sala. Ela pousou em Lauren Malory. Ou ela não tomou banho ou voltou a usar aquele perfume que fez a maioria dos alunos passar mal.

– Bella? – chamou Mike.

– Sim?

– É… então é verdade. Você está mesmo grávida. – ele disse meio desconcertado.

– E foi pela boca de quem que você ouviu essa confirmação? – perguntei um tantinho irritada. O cara diz que gosta de mim, e nem pra confirmar comigo se a história era verdadeira.

– Do Edward. – Mike respondeu. Oi?!

– Como é? – perguntei me virando pra ele.

– Na sexta-feira eu perguntei a ele se essa história era verdadeira, e ele confirmou. – disse ele dando de ombros.

– Ah, ele confirmou? – perguntei para o nada. Aquele ruivo de araque!

– Sim. Por quê? Algum problema?

– Não, problema nenhum. – respondi. Ele ia dizer mais alguma coisa, porém, por sorte o sinal tocou. Rapidamente me levantei.

– Te vejo depois Mike. – eu disse, pondo minha mochila no ombro.

– Espera! – ele pediu segurando a alça solta. Me virei para ele. – Eu vou dar uma festa amanhã e você, suas irmãs e os Cullen estão convidados.

– Tudo bem. Eu vejo com eles depois. – respondi. Me dirigi a saída e dessa vez ele não me impediu. Minha próxima aula era de Matemática e eu queria muito esclarecer as coisas com um certo gostoso Cullen. Por falar em espantalho eu o encontrei no corredor e entrelacei meu braço no seu e, puxa vida, eu me senti em um daqueles filmes em que o herói salva a mocinha. Aí ele vai ser premiado e pede que a amada o acompanhe até o palco, e então de repente o caminho se abre e você consegue passar no mar de gente, que para tudo o que estava fazendo só pra te olhar. Tá legal, eu viajei, mas os alunos pareciam o mar de gente. E eu juro que se olhar queimasse literalmente eu ia estar com uma queimadura de terceiro gral na barriga.

– Puta merda! Isso é culpa sua, Cullen! Se você não tivesse feito aquela cena no estacionamento ninguém ia ter a certeza de algo inexistente e não estariam querendo tirar um ultrassom com os olhos.

– Não é tão desconfortável assim. – ele argumentou enquanto virávamos o último corredor.

– Porque você é só o pai da criança. Quem supostamente a carrega no ventre sou eu, e é exatamente pra onde eles olham, então sim, é desconfortável.

– Eu não me sentiria assim se fosse comigo. – Edward disse presunçoso.

– Ah é? – perguntei cinicamente.

– É.

– Tá legal então. Imagine que você esteja namorando. Imaginou?

– Imaginei. – ele respondeu desconfiado.

– E você e sua namorada vão para os finalmente, e você acha algo digno de Redtube. – eu falo e Edward ri alto.

– Sério isso? – pergunta incrédulo.

– Cala a boca e imagina! – eu o repreendi. – E então no dia seguinte a sua namorada diz para todo mundo que você é péssimo na cama, e, pior, tem pinto pequeno.

– Eu não tenho…! – Edward parou de andar.

– É pra imaginar! E eu não posso concordar já que nunca vi. – ignorei a vontade tentadora de dar uma conferida em suas calças. – Tá, e então você fica sabendo por um amigo bacana que te liga avisando o que esperar na escola. Quando você chega todos te olham e cochicham e então eles dão uma boa conferida no seu menininho. Isso seria legal? – pergunto voltando a andar.

– Não, não seria. – ele prontamente respondeu e eu o olhei como se dissesse “Então…” – Tá, já entendi. Olha depois eles vão parar de falar, e se alguém perguntar eu nego.

– Falando em negar, por que você disse ao…? – fui interrompida pelo Sr. Walter, já que tínhamos parado na porta da sala.

– Entrem, a aula já vai começar. – ele disse com a porta aberta esperando nós dois passarmos.

Entramos na sala, obviamente, e eu me dirigi ao fundão como sempre, mas Edward segurou meu braço.

– Senta comigo aqui na frente. – me pediu.

– Ahm… – tentei pensar em uma desculpa e ele me interrompeu.

– Por favor, Bells! – ele pediu de um jeito manhoso que arrepiou até os pelinhos do nariz. Era a primeira vez que ele me chamava de Bells, e, puta merda, se isso não era fofo e me deixava com vontade de mordê-lo.

– Tudo bem. Mas você faz o meu dever! – avisei indo me sentar na quarta cadeira da segunda fileira, Edward se sentou do meu lado.

E então o Sr.Walter começo a fazer o que ele melhor faz; me deixar com sono. Pus meu caderno na mesa, para fingir que eu copiava, e tirei meu Ipod do bolso. E o professor falava e falava, corrigindo o exercício da aula passada. Edward sorriu, o que significa que ele acertou. Dei uma espiada no seu caderno e era um tal de “X” vezes “Y” elevado a tal, e tinha fração, divisão. Fiquei com dor de cabeça. Pulando aquelas cinco linhas, mais ou menos, de conta eu fui ver o resultado. Era 9!

– Como é que essa merda toda dá nove? – eu perguntei para ele, que me olhou como se eu fosse o próprio Voldemort. Olhando para ele, eu bem que me lembro do Cedrico, só não sei por quê.

– Hum, isso é um seis. – ele disse meio sem jeito, e eu fiquei mais sem jeito ainda. É claro que seria um seis. Quando Bella Swan já deu uma dentro quando se trata de números?

– Tá legal, você não pode me culpar. Sua letra é horrível! – eu disse tentando descontrair. E deu certo já que ele riu.

– Não é tão feia assim! É melhor que a do meu médico pelo menos. – ele disse e foi a minha vez de rir. Mas a letra dele não importava, ele era ótima na matéria.

– Você fica sempre em segundo lugar nas melhores notas de Matemática da escola, né? – perguntei. Ele só perdia para Angela.

– Sim. Mas teve uma vez que eu fiquei em terceiro. – ele disse nostalgicamente.

– Quem tinha pegado seu posto? – perguntei e Edward G. Cullen fechou a cara. E isso ressaltou seu maxilar e, minha nossa, o cara fica lindo até com raiva.

– Mike. – Edward respondeu. E eu me lembrei do que eu ia falar com ele na porta da sala.

– Falando em Mike, sabe o que ele me disse hoje na sala de aula? – perguntei, fingindo inocência. Edward parou de escrever por um momento mas depois continuou como se nada tivesse acontecido, mas eu percebi que sua letra agora era praticamente ilegível.

– Não, eu não sei. – ele disse claramente querendo mudar de assunto mas eu não deixei.

– Ele disse que você disse pra ele que era verdade que eu estava grávida. – falei e Edward pigarreou.

– É mesmo? – ele perguntou.

– É. – eu concordei, esperando ele falar, coisa que não aconteceu. – E então?

– E então o que? – ele perguntou fingindo estar descontraído, mas apertava o lápis na mão.

– É verdade? – eu olhava pra ele, e Edward finalmente desistiu de tentar agir normalmente, largando o lápis na mesa ele me olhou.

– É. – ele respondeu. Que era verdade eu já sabia. Mike pode ser chato mas não era mentiroso. Ele era, com o perdão da palavra, panaca demais para tal ato. Eu só queria saber era o porquê de Edward ter afirmado algo assim.

– E porque você disse que eu estava grávida pra ele?

– Oras, por quê… por quê… por quê sim, ué! – ele disse nervoso. E ele estava corado. Eu queria saber o que se passava na cabeça dele nesse momento.

– Por quê sim não é resposta. – eu disse simplesmente.

– Ah, qual é! Ele quer se enfiar no meio das suas calças, quer que eu faça o quê?! – Edward explodiu e eu caí na risada.

– Sério isso? Se enfiar no meu das minhas calças? Você está parecendo o meu pai falando! – eu disse rindo, e isso pareceu ter desagradado Edward. – Mas mesmo assim isso não era motivo para você ter afirmado algo que não era verdade.

– Está defendendo ele? – ele cruzou os braços sobre o peito.

– Eu não estou defendendo ninguém.

– Não é o que… – Edward começou mas foi interrompido pelo Sr. Walter.

– Algum problema por aqui? – ele perguntou e eu olhei em volta. Todos olhavam para nós. Olha o programa de barraco ao vivo aí, gente! Eu ia dizer que não tinha problema nenhum quando Edward falou na minha frente.

– Sim! Bem, e que Bella está se sentindo mal e não quer me deixar levá-la na enfermaria. Eu estou preocupado com o bebê. – ele mentiu na maior cara dura e o professor me olhou preocupado. Ele não podia ter falado isso! Está tudo sério demais. Quando eles não verem minha barriga crescendo vão pensar que eu abortei, e logo em seguida fazem churrasquinho de Bella com molho Barbecue.

– Eu fiquei sabendo da situação dos dois. Vou te dar um passe para andar no corredor sem que precise esclarecer algo aos monitores, Bella. Vá direto para a enfermaria. Edward, a acompanhe e depois volte para assistir o fim da aula. Alguém tem que garantir o futuro dessa criança. – eu não vou pra enfermaria nem a pau. Se é pra sair de sala que seja para outro lugar.

– Não é nada disso! – eu me intrometi. – É que esse metido aqui não que me deixar comer bolo repolho! – falei a primeira merda que me veio na cabeça.

– Bolo de quê?! – os dois perguntaram.

– Bolo de repolho. Mas ele é tão insensível que prefere me levar pra enfermaria e assistir a sua aula do que ir lá na lanchonete comigo pra pedir um bolo de repolho para a merendeira. Ele não quer saber do filho. – fingi cara de choro.

– Hum, eu não acho que aqui tenha bolo de repolho. – Sr. Walter comentou envergonhado.

– Então eu mando fazer. Eu quero bolo de repolho se não a criança vai ter cara de repolho. – me esquecendo de encenar, me virei para Edward rindo. – Já pensou, Edward? Uma criança enrugada verde ou roxa? – perguntei e o professor me encarou cauteloso. Depois olhou com pela para Edward.

– Vocês podem sair de sala para irem a lanchonete. Não precisam voltar. – ele disse antes de ir até a sua mesa. Eu olhei para Edward, que me encarava boquiaberto.

– Anda logo! Meu filho não quer esperar. Pega logo a mochila! – eu disse ajuntando meu material e Edward rapidamente fez o mesmo.

Quando saímos da sala eu dei um tapa em sua nuca.

– Ai! Por que fez isso?! – ele me olhou indignado

– Tá maluco?! – eu soltei. – Um bando de aluno acreditar que eu estou grávida tudo bem. Fofoca. Mas agora, confirmar para um professor?! Porra, Edward!

– Foi mal! Eu fiquei nervoso! Não precisava me bater! – ele reclamou.

– E queria que eu fizesse o quê?! Te enchesse de beijos? – perguntei debochada e ele me encarou carrancudo. Mas eu tava bolada demais pra ligar. – Primeiro o Mike, agora o Sr. Walter. Depois vai ser pro diretor.

– Não acredito que está defendendo o idiota do Mike? – ele disse indignado.

– Já disse não estou defendendo ninguém. Você que acha que pode sair por aí contando mentiras e me botando no meio! – exclamei. Eu estava bem chateada.

– Ah é? – ele perguntou debochado, parando na minha frente.

– É. – eu respondi levantando o rosto para olhá-lo nos olhos. Ficamos nos encarando.

– Então tá! – ele exclamou chateado.

– Beleza! – eu disse com raiva. Pensei que íamos continuar discutindo mas Edward se virou em direção ao corredor oposto ao que estávamos. – Aonde vai?

– Pra longe de você! – ele esbravejou se virando. Eu vi que ele estava com raiva. Eu só queria saber o por quê! Quem pisou na bola foi ele. Mas de qualquer forma, as palavras dele deram um aperto no meu coraçãozinho. E mesmo que ele fosse o teimoso que não dar o braço a torcer, eu fiquei com vontade de pedir desculpas só pra ele não ficar de mal comigo. Mas quando eu ia falar ele já tinha virado o corredor, e eu fiquei com raiva. Muita raiva. Quem aquele idiota pensava que era pra me deixar falando sozinha?! De Edward Gostoso Cullen ele passou a ser Edward Teimoso Cullen. Bufando eu fui em direção ao refeitório, me perguntando o porquê da briga e o porquê de um dia pro outro Edward não suportar Mike.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, me desculpem pela demora! Vocês tem todo o direito de me xingarem. Mas peguem leve e não me façam chorar! T-T
Sério gente, eu tô começando a acreditar que fizeram macumba pra eu demorar a postar os capítulo. Ou pelo menos inveja ¬ ¬
Tudo que tinha que dar de errado deu. Parece até mentira! Pelo menos da minha parte, se alguém me contasse eu acreditaria, no mínimo, na metade. Então quem tem paciência ultra, mega, super infinita, se achegue e vamos bater um papo.
O último capítulo eu postei dia 30 de Janeiro. Até aí beleza, as ideias pipocando na minha mente e eu toda contente que não iria atrasar com vocês. Mas… se lembram que eu falei do casamento da minha tia?! Então. Aí eu pensei: ah, vai ser moleza! Eu só tenho essas duas coisas pra fazer mesmo! Como eu estava enganada! Eu pensei que estava tudo bem, eu iria escrever e postar, mas antes eu ia lavar louça. E, puta merda, eu cortei minha mão! E não foi com a faca! O prato escorregou e quebrou! E aquele infeliz já tinha caído no chão e nada, quando estava na pia com a minha linda mão perto… foi um dos cortes mais feio que eu já tive na vida. O hospital perto de onde eu moro está fechado, então… Nem escrever na escola eu escrevia, eu tirava foto do quadro. E então chegou dia 23 de Fevereiro pra Março e eu não conseguia escrever nada! Explicando, a primeira data é o dia em que meu pai completou dois anos de falecido, uma semana antes do meu aniversário dia 1 de Março. Quando ele morreu eu ia fazer quinze e ele sempre disse que se eu não tivesse festa ele dançaria comigo nem que fosse no meio da rua. Só que ele não conseguiu, e mesmo se sobrevivesse não conseguiria pois ele não estava sentindo nada da cintura pra baixo. E pensar nisso me deixou mal pra caraca.
E então passou os dias ruins e… meus professores ficaram ruins! Tanto trabalho e dever de casa, mais a anemia que eu descobri que voltou pra me atormentar, e a única coisa que eu conseguia fazer era chegar da escola, fazer o dever e dormir até o dia seguinte. Não tinha nem vontade de comer. Eu ainda tô com anemia, mas acho que está melhorando. Ainda tenho sono excessivo, mas nada que não dê pra aguentar por algumas horinhas. Ainda tenho que fazer exames. Foi isso que aconteceu. Sério gente, me desculpem mais uma vez.
Mas eu finalmente consegui terminar de escrever essa coisa minúscula aí. A ideia foi arrancada de mim a força e eu não conseguia continuar escrevendo. Esse capítulo e o seguinte, que está sendo escrito, era ideia para um capítulo só, mas sabe o ponto A e o ponto C? Você precisa do B para ligar os dois. E eu não conseguia achar o bendito do B então tiver que reformular e botar como dois capítulos.
Mas então? Vocês gostaram? Podem dizer o que não gostaram no capítulo, desde que seja de um modo construtivo que me faça escrever melhor para vocês.
Beijos!!