Uma nerd muito diferente escrita por Sophia M R


Capítulo 6
Histórias da Disney com um pouquinho de terror e conto de fadas da Alice parte 1


Notas iniciais do capítulo

EU SEI, EU SEI!!! Vocês querem me matar. mas eu tenho explicações e aí vai:
Meu computador resolveu ficar de mal comigo por um bom tempo. Sempre que eu ligava ele, dava uns três minutos e a tela ficava azul com umas mensagens em inglês. Eu tentava apertar qualquer tecla do computador mais não dava certo. Meu primo disse, que isso é por que tem que formatar. Eu até pensei que ia perder meus arquivos e ideias de fanfics, mas me veio a ideia de ligar ele e ser o mais rápida o possível, passando meus documentos para um pen drive, e adivinhem? Ele ficou uma, duas, três horas ligado e não veio a mensagem. Então eu resolvi escrever o capítulo e já deixá-lo salvo no pen drive, e ir salvando o arquivo de um em um minuto, por que se caso ele desligasse eu não perderia muito. Por enquanto está dando certo.
Mas por que não usou o computador de um amigo, sei lá? Simples, minhas opções são limitadas. Eu tenho um primo viciado em Cross Fire, um irmão(que na verdade é primo) que é tão leitor e escritor quanto eu, então... Ah! E meu celular pifou.
Lan house? Sem chance! A última vez que eu fui em uma, acabei sendo atropelada no meio do caminho, e eu não gosto de ir nesses lugares sozinhas, e eu sou meio anti-social, tímida e blá blá blá. Nossa, daqui a pouco essa nota vai estar maior que o texto! É isso.
Enquanto ao capítulo, ele realmente é grande, e pra não deixar vocês esperarem tanto, por que eu só vou ver a cara do computador no sábado, já que até sexta eu sou babá, eu resolvi postar logo a metade que está revisada. Nessa parte teremos mais Histórias da Disney com um pouquinho de terror, na outra é mais o conto de fadas da Alice. Eu tinha pensado em botar "Mundo cor de rosa da Alice" mas "conto de fadas" combina mais, por que tem e ver com a Disney. Agora sim, é isso.
Espero que gostem!!



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Bella

– Então, você e Edward Cullen, hum?! – disse Selena, levantando as sobrancelhas sugestivamente enquanto bebia seu milk shake.

Eu tinha acabado de sair do colégio e ela me mandou uma mensagem dizendo que queria falar comigo, e falou pra eu encontrá-la na sorveteria. E aqui estamos nós duas, em plena segunda feira, as uma hora da tarde, tomando milk shake.

– Não viaja, Selena. Nós nos tornamos amigos, só isso. – expliquei. As vezes ela me vem com cada uma.

– Amigos? E aonde fica aquele climão que eu vi entre vocês? Só se forem amigos com benefícios, né?! – disse, debochada.

– De que climão você está falando? – perguntei. – Desde quando existe algum clima entre nós? Tá legal que eu acho ele super gostoso e super pegavel, mas isso não quer dizer nada. Tá legal que ele deixou escapulir que também me acha gostosa, fato que me deixou superfeliz, mas isso não quer dizer que exista algum clima entre nós, não é?

– Se você quer se fingir de burra, tudo bem. – disse dando de ombros.

– Tá, esquece esse assunto. Mas então, professorinha, por que você me chamou aqui? Qual a novidade?

– O que? Eu não posso simplesmente ter te chamado aqui, por que senti saudades da minha amiguinha e queria jogar papo fora? – falou enrolando uma mecha dos seus cabelos negros no dedo. Olhei pra ela com uma cara enfezada.

– Uhum, senta lá, Creusa. Fala logo o que é!

– Tá legal, tá legal! Você não olhou pra minha mão direita quando eu cheguei aqui. – comentou como quem não quer nada e eu automaticamente olhei pra mão dela. E quase fiquei cega com o brilho da aliança com um único diamante, solitário.

– Ah, cacete! Você vai casar! Você vai casar?! – perguntei olhando da mão dela pra ela, que balançou a cabeça rapidamente, afirmando.

– O Henrique fez o pedido ontem a noite, depois de ter preparado um jantar super romântico! Ele disse o quanto me ama, e que ama as minhas loucuras e tals … caramba, Bella, eu ainda estou em estase!

– Eu não sei o que dizer. – falei segurando a mão dela pra olhar o anel de perto. O Henrique tinha um puta gosto, cara!

– Se você não sabe o que dizer com isso, imagina quando eu te contar outra coisa. – disse sorrindo mais que o Coringa.

– Pode ir falando! Você sabe que é altamente proibido me deixar curiosa. – fiz cara do gatinho do Shrek.

– Tá. Lá vai. – respirou fundo e disparou – Eu estou gravida!

Eu fiquei olhando pra ela, vendo se o que ela acabou de dizer não tinha algum vestígio de brincadeira. Não tinha.

– Mulher-com-a-profissão-mais-antiga que pariu! Como assim você está grávida?! – perguntei um tanto quanto chocada. Poxa, não tinha nem cinco meses completos que eles namoravam, e já iam se casar e ter filhos!

– Vou ter que te explicar de onde vem os bebês? – perguntou, debochada.

– Desculpa, pergunta idiota. – falei – Mas é que … vocês … caralh … coles! – mudei um pouquinho a última palavra. Selena odiava que eu xingasse. – Como o Henrique reagiu?

– Então … ele ainda não sabe. Você foi a primeira pessoa para quem eu contei. – disse ela com um sorriso, e eu me senti mais importante que o Obama. Chupa essa, meros mortais!

– Nem fiquei convencida agora! – falei com um sorriso de rasgar o rosto – Mas como foi isso? – perguntei, querendo saber como ela descobriu a gravidez.

– Ah, não foi nada de extraordinário, não. Minha menstruação atrasou e eu me lembrei da vez que não nos protegemos, eu não quis nem saber de teste de farmácia, fui logo fazer o exame de sangue. O resultado saiu ontem, eu ia contar pro Henrique, quando ele me surpreendeu com o jantar. Eu cheguei até a pensar que ficaria perfeito se eu contasse pra ele a novidade no momento em que estávamos abraçados, juntinhos e agarradinhos, mas aí eu resolvi fazer uma surpresa pra ele como ele fez uma pra mim.

– E o que você vai fazer? Quando vai ser? – perguntei.

– Sabe o que é? Eu vou fazer a surpresa hoje, mas assim … eu preciso da ajuda de uma amiguinha que além de cantar, dançar e tocar, desenha super bem, e nem vem! Você desenha bem pra cacete! – disse quando eu ia discordar. Do jeito que eles falam, eu pareço ser uma super garota. Bando de gente bajuladora! – Eu não estou precisando da Bella cantora, até por que eu sei que você nunca cantaria pra nós, nem pra mim você canta! Eu estou precisando da Bella desenhista pra hoje à noite.

– Beleza, eu tô livre! Estou louca pra ver a cara do ser quando descobrir que vai ser pai. – falei, e na minha cabeça veio imagens de uma cara alto, loiro e forte com cara de bobão, babando em cima de um bebê.

– Ele vai ser realmente protetor. – comentou Selena, com um sorrisinho bobo e apaixonado. As vezes era um pouco inacreditável. Minha professora era uma das minhas melhores amigas, e estava na minha frente toda risonha e apaixonada por um policial que ela conheceu em uma noite de bebedeira, comigo ao seu lado.

– Mas então, vai precisar de mim pra que? – perguntei querendo saber qual seria o meu papel nessa história.

– Pra desenhar um bebê hoje a noite. O Henrique está de folga hoje, e eu queria fazer a surpresa lá para as nove horas. – disse em meio a desvaneio.

– Hã?! – perguntei confusa. Selena tinha a chata mania de fugir, sem querer, do assunto as vezes. Ela ia me explicar quando meu celular tocou – Alô?

– Bella, aonde você está? – perguntou Alice do outro lado da linha.

– Na sorveteria com a Selena. – respondi e ouvi ela soltar um de seus suspiros dramáticos.

– Você esqueceu. – falou depois de um tempo.

– Me esqueci de que?

– Sabe para onde estou indo neste exato momento? – me respondeu com outra pergunta.

– Onde?

– Para a casa dos Cullens, não sei se você sabe, mas temos ensaio. – falou com um tom de repreensão.

– Merda! Ai cacete, eu esqueci! – disse me levantando da cadeira, e pegando minha mochila – Estou indo para aí. – falei, desligando logo em seguida.

– Está indo pra onde, doida? – perguntou Selena, curiosa.

– Eu tinha que estar em casa, indo com as minhas irmãs para a casa dos Cullens neste exato momento! Eu e as meninas seremos madrinhas da Esme. – falei, indo até Selena e lhe dando um beijo no rosto – Tchau, até mais tarde.

– Tchau.

Depois que me despedi dela fui andando rápido em direção meu carro. Hoje Rosalie se recusou a deixar seu carro na garagem e foi com ele para a escola. Alice foi comigo e voltou com ela. Segunda feira é o dia mais chato que existe para mim. Eu basicamente não tenho nada pra fazer, a não ser ler algo e ver televisão, por que eu fico tão entediada que nem com música eu consigo relaxar.

Fui dirigindo em direção a minha casa, só que aí eu lembrei que eu tinha que estar indo em direção a casa de Edward. O problema é que eu não sabia aonde ela ficava. Peguei meu telefone, pus no suporte do carro, pus no viva voz e liguei para a minha mãe.

– Bella, querida? – disse ela do outro lado da linha.

– Oi mãezinha! – eu posso ser extremamente fofa quando quero – Sabe o que é … ?

– Sei. – disse me cortando com toda a sua boa educação – Você não sabe onde fica a casa dos Cullens e tem que ir pra lá.

– Beleza, assim eu não preciso enrolar. Me passa o endereço. – falei.

– Tá com o GPS? – perguntou, e eu automaticamente pus a mão no painel pra ligar aquela coisa. Só que a única coisa que eu senti foi o vácuo.

– Mamãe. O meu querido pai comprou um carro bolado pra mim, mas não me deu um GPS. O que eu tinha foi embora com o Nimbus 2000.

– Nimbus 2000?

– É. O meu outro carro! – respondi o óbvio.

– Tá legal. Você pôs o nome do seu carro de Nimbus 2000. – a voz dela parecia incrédula, eu só não entendia o porquê. Qual o problema eu por nomes nada normais em minhas coisas? Foi uma homenagem a Harry Potter. A minha moto se chamava Edwiges. – Quer saber, esquece isso! Me diga aonde você está.

– Na rua da delegacia. – respondi dando um tchauzinho para o Harry Delegado que estava do lado do seu carro de patrulha.

– Vindo em direção a nossa casa?

– É.

– Então vira a direita e pega a estrada. – virei e peguei a estrada.

– Virei.

– Certo. Não tem erro. A casa dos Cullens e no meio a floresta. Eu já estou aqui com suas irmãs. Vai seguindo que do lado esquerdo da estrada vai ter uma trilha bem aberta e com marcas de pneu de carro. Entre na estradinha e vai seguindo que você acha a casa deles, não é tão longe. Vou desligar, beijos.

Fiz exatamente tudo o que ela mandou, achei a trilha, só que ela não me parecia tão grande como minha mãe falou, e as marcas de pneus estavam um pouquinho fracas. A casa não me parecia tão perto da estrada. Fui entrando, e entrando, e entrando, quando avistei uma casa. Se é que aquilo poderia ser chamado de casa. Percebi que estava na hora de eu ligar pra minha mãe.

Edward

Estava todas as Swans aqui em casa. Menos Bella. Pela hora em que ela ligou pra mãe dela já era pra ela ter chegado. Eu realmente queria falar com ela. Ela era divertida e maluca. Diferente das minhas primas que estavam do meu lado. Elas eram metidas de mais, se importavam de mais com a aparência. Tudo de mais. Tânia, Irina e Kate eram realmente chatas de mais. Não que eu não goste delas, mas … é, eu tenho um pé atrás. Ninguém é tão perfeito quanto elas aparentam ser. Quando éramos pequenos, eu e meus irmãos dizíamos que elas eram vampiras. Ideia que foi totalmente descartada quando a família toda resolveu passar as férias em Malibu.

– Terra chamando Edward! – disse Emmett estalando os dedos perto do meu rosto.

– Oi, que foi? – perguntei olhando pra ele.

– Cadê a Bellinha? – perguntou.

– Como eu vou saber?

– Você não é o marido dela? – eu já estava acostumado com os meus irmãos e as irmãs da Bella zoarem nós dois de senhor e senhora Tomato. Só que minha família não estava. Então tia Carmem, que estava conversando com mamãe e Renee, me olhou juntamente com o seu marido, tio Eleazer. Meus pais e Renee também me olharam. Kate, Tânia e Irina também.

– Edward é marido de quem? – perguntou tia Carmem.

– Da Bella. – Emmett fez questão de responder.

– Como assim? – perguntou Renee, confusa – Edward, vocês estão namorando e não nos disseram nada? – minha mãe que estava do seu lado concordou com a cabeça.

– Não! – falei apressado. – Não é nada disso que vocês estão pensando. É que o Emmett está de brincadeira.

– É porque o Edward e a Bella tem o dom de se deixarem constrangidos e depois ficam com o rosto todo vermelho. Então nós os chamamos de senhor e senhora Tomato. – Emmett explicou, finalmente tendo um pouquinho de filtro na cabeça.

– Ah que bonitinho! – disse tia Carmem – Então quer dizer que meu sobrinho anda de paquera por aí?

– O que? Não! – ia tentar, inutilmente me explicar quando o celular de Renee tocou. A atenção foi desviada pra ela, pois poderia ser Bella. E realmente era. Rosalie e Alice queriam ouvir a conversa então ela pôs no viva voz. Todo mundo fez silêncio.

– Filha? – perguntou Renee.

– Mamãe, por favor, me faça uma descrição da casa deles. – disse, e suas voz estava um pouquinho nervosa.

– Não precisa de descrição. Eles são as únicas pessoas que tem uma casa no meio da floresta que uma enorme parede é totalmente de vidro. Alias, só eles tem casas com uma enorme parede de vidro. – isso era verdade.

– Então a casa que está na minha frente, se é que pode ser chamada de casa, com certeza não é a dos Cullens. – disse Bella em um tom meio zombeteiro, meio sarcástico. Renee respiro fundo como se já tivesse ideia do que estava acontecendo. Até Rosalie fez um negativo com a cabeça.

– Amor da mamãe. Me diga que você virou a direita. – pediu Renee com uma mão na têmpora. Tirando as Swans, ninguém estava entendendo nada.

– Virei. – disse Bella.

– Tá, vou ser mais clara. Você virou na direção da mão que você escreve ou da que você não escreve?

– Da que eu não escrevo. – disse pausadamente.

– Bella. – disse Renee com um suspiro – Você é destra meu amor, você escreve com a direita.

Quando ela falou, eu me lembrei do que Bella tinha me dito: “Então resolvi fazer dança, e foi aí que eu descobri outro problema da discalculia: minha falta de orientação. Estava sempre confundindo a direita com a esquerda e vice-versa.”.

Foi a primeira vez que eu vi como a discalculia realmente poderia ser bem chata e desagradável. Bella se perdeu só por que confundiu direita com esquerda.

– Mãe, eu tô perdida! – disse com uma voz meio manhosa. Ela poderia realmente ser dengosa quando quer. Pelo menos por telefone.

Ficamos um tempinho em silêncio. Renee ia se pronunciar, quando ao fundo escutamos uma porta batendo, como se a tivessem fechado com força, e uma voz dizendo “Saia do meu terreno, sua arruaceira!” e depois o grito da Bella.

– Ai, meu Jesus Cristo! Tem um velhinho com cara de mau, me apontando uma espingarda! – disse Bella um pouco apressada e desesperada. Quem estava sentado no sofá logo se levantou – Espera! Aquilo no nariz dele é uma verruga? Gente do céu! Prefiro rasgar uma nota de cem do que ter uma verruga daquelas!

– Bella, para de prestar a atenção na verruga do velho e sai logo daí! – exclamou Alice, quicando no mesmo lugar e olhando para o telefone na mão da mãe, como se a qualquer momento Bella fosse sair de lá.

– Eu estou tentando! – disse Bella.

– Como assim? – perguntou Renee, sacudindo o celular.

– Meu lindo, e limpo, carro atolou em uma poça de lama. Ah, carambolas! O velhinho está se aprox … – Bella não terminou o que ia dizer, já que a ligação caiu. Todos nós ficamos nos encarando, até que Renee se levantou.

– Aonde você vai, mãe? – perguntou Rosalie. Sério isso?

– Como assim aonde eu vou? Eu vou atrás da sua irmã, é claro! E ai desse velhinho se encostar um dedo na minha menina. Se ele fizer algo eu faço questão de apressar a estadia dele no céu! – respondeu com o dedo indicador da mão direita para o alto, balançando pra lá e pra cá. Agora eu sei de onde Bella tirou aquele jeito meio excêntrico, para não dizer louco, dela.

– Renee. – chamou meu pai – É melhor outra pessoa ir e você ficar aqui. Você está um tanto nervosa. – disse meu pai, cauteloso.

– Quem está nervosa? Eu? – perguntou retoricamente, apertando o celular.

– Um pouquinho. – disse Alice calmamente enquanto tirava o celular da mão da mãe. – Porque não fazemos assim, eu e Rosalie vamos atrás da Bella e você fica aqui, por que, eu não sei se você sabe, mas você tem que organizar um ensaio de casamento.

– Não, vocês ouviram o que Bella disse, ele estava com uma espingarda. – protestou Renee.

– É. – concordou Rosalie – Mas ela também disse que ele era um velhinho com cara de mau e que tinha uma verruga horrível na cara. Provavelmente ele era órfão e trabalhou a vida toda pra ser alguém. Se apaixonou e se casou com uma mulher mais bonita que ele, e depois que ele não a satisfazia mais na cama, ela fugiu com um porto-riquenho jovem e bonito. Ele com certeza só deve ameaçar, morreria de medo de passar os últimos dias de vida atrás das grades.

A mãe dela deu de ombros, mas nós a encaramos um pouquinho estupefatos. Mas paramos de encarar quando Emmett disse que provavelmente ela estava certa.

– Mesmo assim, é perigoso. – disse minha mãe – Pelo menos vão com os garotos.

– O que?! – perguntou Jasper.

– Que foi, Jasper? Está com medinho?! – falei.

– Depende. Se esse velho resolver apontar aquela espingarda na minha direção, eu posso me esconder atrás de você? – perguntou pra mim.

– Só se eu estiver atrás do Emmett. – respondi.

– Então eu não estou com medo.

– Eu criei homens ou ratos? – perguntou meu pai, com os braços cruzados na altura do peito.

– Isso quer dizer que você também vai, amor? – perguntou minha mãe. Quem a conhece que a compre.

– Não, eu não posso morrer antes de me casar. – respondeu com um sorriso sem graça. Desculpazinha boa essa.

– Tudo bem, vamos lá, que hoje eu estou a fim de briga. – disse Emmett estalando os dedos.

– Emmett, pelo amor de Deus, não vá bater no velhinho! – advertiu nossa mãe.

– Eu? Querer bater em alguém menor que eu, mais fraco que eu? Como pode imaginar algo assim de mim, mamãe? – indignou-se Emmett, fingidamente, digamos de passagem. Ele se dirigiu a porta e nós o seguimos.

Uma coisa que eu reparei nesse pouco tempo de convívio com Bella, é que ela sempre está metida em confusão. O negócio é que agora que eu e meus irmãos andamos com as irmãs Swans, o problema também nos atinge. Sinceramente, eu estou vivendo mais loucuras junto com elas em uma semana do que eu vivi sozinho sempre. Mas se bem que é um pouco legal. Nós acabamos saindo da monotonia.

Resolvemos ir no meu carro, só que Emmett quis dirigir. Eu não protestei, não estava com cabeça pra pegar no volante. Rosalie foi ao seu lado, no banco do carona. Jasper atrás de Emmett, eu no meio e Alice atrás de Rosalie, com um biquinho de raiva. Eu até tentei fazer o Jasper entrar primeiro que eu, mas o meu irmão é tão tapado as vezes que nem se ligou. Eu realmente tenho me perguntado ultimamente o que Alice viu no meu irmão. Seria muito maneiro ter a baixinha como cunhada, mas o meu irmão as vezes é tão tapado e … tapado!

– Você é tão … tapado! – expus meu pensamento baixinho para Jasper.

– O que? – perguntou confuso e aparentemente ofendido.

– Olha bem para a cara, quer dizer, rosto, quem tem cara é cavalo, da Alice e me diga se ela está feliz de eu ter sentado do lado dela em vez de você. – discretamente nós a olhamos. Ela me olhou e não fez nada, depois desviou o olhar para Jasper, o encarou por um tempo. Até eu entendi que ela estava querendo que ele, sei lá, pedisse para trocar de lugar comigo, mas parece que ele novamente não entendeu, então ela revirou os olhos, bufou e virou para a frente.

– Viu? Não falei? – perguntei.

– Ela está chateada comigo? Por quê? – olhei bem para a cara dele e vi que ele realmente não tinha entendido merda nenhuma. Desse jeito parecia até que ele nunca tinha ficado com nenhuma garota. Sera … ?

– Puta merda! – exclamei um pouco alto, fazendo todos que estavam dentro do carro me olhar. Cheguei mais perto de Jasper e ele tentou se afastar. Segurei o seu braço, e falei o mais baixo possível. Eu não queria constranger o meu irmão. Apesar de a ideia ser tentadora. – Jasper, você já beijou alguma garota?

– O que? Como assim? Por que está me perguntando isso? – respondeu nervosamente com outras perguntas, virando o rosto para a janela. Uma atitude, como uma imagem, as vezes vale mais que mil palavras. Eu não estava acreditando que meu irmão de quinze anos nunca tivesse beijado na boca. Tá legal que eu dei o meu primeiro beijo com quatorze, não tem muita diferença, mas Jasper quando era mais novo, a maioria das amizades dele eram do sexo feminino, então meio que eu imaginei que ele já tivesse ficado com uma dessas amigas. Principalmente a Maria, uma ex-vizinha nossa que tinha uma quedinha por ele. Vivia atrás dele pra cima e pra baixo.

– Eu.não.acredito! – exclamei – É por isso que você não chega junto na Alice? Caraca, mano!

– Fala mais alto pra todo mundo ouvir, bocó! – esbravejou Jasper, e eu preferi deixar ele quieto. Por enquanto. Desviei minha atenção para Emmett, que começou a falar.

– Tá legal. Estamos na rua da delegacia, e agora? – perguntou.

– Em vez de Bella virar a direita, ela entrou pela esquerda. Vira ali. – apontou Rosalie, e Emmett assim o fez. Fomos seguindo pela estrada até achar uma trilha relativamente pequena em comparação a que dava para a nossa casa. Emmett entrou na trilha, e quanto mais ele a adentrava mais ela parecia que ia sumir. Ia diminuindo.

– Cruz-credo! Isso parece até filme de terror. – comentou Rosalie. Eu tinha que concordar com a loira, até o tempo estava meio fechado. Mas era Forks a final. Emmett continuou seguindo e de longe eu consegui avistar o carro da Bella.

– É o carro da Bella. – disse Emmett, parando o carro.

– Não, Emmett. É o carro do Mickey, afinal foi ele quem entrou nessa trilha, e é atrás dele que estamos. – debochou Jasper. Pelo visto seu humor estava um pouquinho ácido.

– Não vai conseguir me enganar, Jasper. Eu sei que estamos atrás da Bella. – disse Emmett confiante.

– Dai-me paciência! – exclamei, esfregando as duas mãos no meu rosto. – Vamos parar com a infantilidade, Pateta e Pato Donald, e vamos logo ver se a Bella está dentro do carro. – falei, fazendo um sinal para que Alice abrisse a porta, e assim ela o fez.

Todos nós descemos do carro um tanto quanto cautelosos em dar o próximo passo, teve meio que um jogo de empurra pra ver quem ia na frente. No final, Rosalie cansou da palhaçada e tomou a pose de liderança. Vivam as Mulheres! Ela foi se aproximando do carro de Bella e nós a seguimos. Não demorou nem um minuto e nós chegamos lá. Também não demorou pra percebermos que Bella não estava dentro do carro.

– E agora? – perguntou Alice, apreensiva. Todos nós olhamos na direção da casa. Aí eu entendi o que Bella quis dizer com “Se é que pode ser chamada de casa”. Aquilo que antes aparentava ter sido uma casa bonita e acolhedora antes, agora estava caindo aos pedaços. Era tipicamente feita de madeira e de dois andares. Estava faltando alguns pedaços dos degraus de entrada para a varanda, algumas madeiras estavam comidas por cupins ou simplesmente se envergaram com o tempo. Não sei por que, mas nesse momento eu me lembrei do filme “A casa monstro”. Até observei melhor para ver se alguma parte da casa não estava se mexendo, pronta pra dar o bote.

– Acho que devemos entrar. – comentou Emmett, porém seu tom de voz estava mais sério. O clima ficou meio pesado.

– E sermos acertados por uma bala de espingarda na bunda, para depois aquele velhinho nos pegar e empalhar nossas cabeças como troféus? – perguntou Alice nervosa. Que imaginação!

– Não se preocupe, se ele tentar te empalhar o Jasper te defende. – falei, tentando descontrair um pouco – Não é, Jasper? – perguntei ao meu irmão que na mesma hora abaixou a cabeça. Alice olhou pra ele como se realmente esperasse uma resposta. E lá fomos nós, eu, Emmett e Rosalie, sermos meros telespectadores. Só que dessa vez, em vez de uma cena de faroeste, era uma típica cena de um romance água com açúcar.

– Pode ser. – murmurou envergonhado. Alice fez uma cara que parecia não estar satisfeita com a resposta dele, mas, por hora, bastava. Dei as costas e comecei a ir em direção a casa, e eles me acompanharam. Fui andando de vagar realmente adiando o momento de ter que bater à porta e perguntar para o Zangado (olha a Disney aí de novo!) o que ele fez com a minha amiga. Só que eu não estava muito longe, então eu realmente cheguei rápido à porta. Respirei fundo e levantei a mão, com o punho fechado, e já ia bater quando a mesma se abriu. Só que não tinha ninguém do outro lado da porta, e eu juro que nessa hora até os pentelhos que não veem o Sol se arrepiaram.

– Ai meu salto alto! – exclamou Alice, se agarrando em Jasper, e percebi que Rosalie sutilmente foi para mais perto de Emmett, que estufou o peito querendo parecer corajoso. Ma foi só vir um barulho da moita mais próxima que a pose de machão se desfez, e quem se agarrou em Rosalie foi ele. Todos nós olhamos para a moita e, acreditem se quiser, de lá saiu um gato preto, que parou e nos olhou, com aqueles olhos extremamente azuis, com superioridade antes de se aproximar e passar por minhas pernas antes de entrar na casa.

– Eu espero – começou Emmett – realmente que no seu carro você tenha alguma calça que caiba em mim, por que eu acho que até voltarmos pra casa eu vou precisar.

– Não, eu não tenho. – respondi – Mas se tivesse, com certeza não seria para você usar.

– Quem vai primeiro? – Jasper perguntou.

– Eu é quem não vou! Edward, faça as honras! – disse Emmett apontando para dentro da casa, e sem ter como protestar eu fui.

Entrei no hall da casa, e, diferente da parte de fora, por dentro estava tudo intacto, e até bem limpinho, parecia que a casa tinha acabado de ser arrumada. Não tinha nenhum sinal de que tinha uma alma viva naquela casa. Ponderei se poderia ter alguma alma morta. Fui m direção a sala de estar, que dava uma visão mais ampla de um corredor que parecia ser o acesso principal para todas as partes da casa. Era de tarde e entrava bastante claridade pelas janelas da casa, apesar de ela ser rodeada por árvores, então as luzes estavam apagadas. Mas tinha uma acesa, a primeira porta do corredor a direita. Fomos naquela direção e cada vez que nos aproximávamos escutávamos barulhos vindo de lá. Tomei coragem para abrir a porta, e dessa vez ela não se abriu sozinha. Assim que abri a porta não acreditei no que estava vendo.


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Notas finais do capítulo

VCS GOSTAM DE SPOILER? SE SIM, QUEM QUER? Mas antes disso....
E aí gostaram? Posso dizer que a outra parte tem mais coisas a La Bella, mas é por uma boa causa. Se Jasper não se toca, alguém te que dar um toque nele. E quem melhor do que nossa Bella?
Agora o assunto é outro, e completamente bobo. Eu quero preencher o meu perfil no Nyah, mas não sei o que dizer sobre mim, a não ser se fosse o meu nome de verdade. Então eu pensei, quem poderia me ajudar a não ser vcs? É assim, quem quiser me faça duas perguntas sobre coisas que vcs querem saber sobre mim, como idade, que parte do Brasil que eu moro sei lá o que vale é a criatividade. Ah, e um bônus para fazer uma pergunta hum, vamos dizer anormal. Em vez de eu fazer sobre a melhor resposta eu farei sobre a melhor pergunta. Quem fazer a pergunta que eu mais gostar de responder ganhará um spoiler e o nome do próximo capítulo, sem ser a parte 2, o outro. Quem não quiser concorrer ao spoiler mas quiser me perguntar algo é só avisar.
Então, perguntei, heim! rsrsrs
Beijos, até a próxima parte!