Uma nerd muito diferente escrita por Sophia M R


Capítulo 16
Pulo para a liberdade.


Notas iniciais do capítulo

Ei, povo! Mil perdões pela demora. Eu queria explicar o porquê de ter demorado tanto, mas minha Internet ficou ruim ontem e eu estou fazendo algo muito feio pra postar esse capítulo. Roubando wi-fi do vizinho. Errado eu sei. Mas resumindo: Enem
Espero que gostam do capítulo, ele ficou bem fofinho. Completamente beward. E com referência a uma outra saga que eu amo demais também haha. Desculpa pelo título clichê, mas eu sou péssima em escolher nomes de capítulos e esse foi o mais legal que eh consegui pensar.
Espero que gostem.
P.S.: Me desculpem se o formato do capítulo estiver ruim. Estou pelo celular. Vou concertar quando estiver com internet no computador.



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Bella

Edward me encarava com um sorriso torto nos lábios. Lábios esses que eu beijei a algum tempo atrás. Tínhamos que conversar sobre assuntos sérios, era verdade. Mas a única coisa que me vinha a mente nesse momento enquanto eu olhava para ele era beijá-lo e beijá-lo. Sem mais.
— O que tanto me olha? – perguntou segurando meu tornozelo e me puxando em direção a ele como se eu não pesasse nada. Foi um momento tão fofo que eu resolvi ignorar o incômodo na bunda e me ajustar de frente para ele. Enquanto Edward estava sentado com as pernas me rodeando eu cruzei as minhas, como quem vai fazer ioga, e apoiei meus joelhos dobrados em suas coxas.
— Estou apreciando a vista. – eu disse baixo. Edward riu e me deu um selinho demorado. Suspirei contra seus lábios. Como era bom beijá-lo. Era calmo, perturbador, era doce, sedutor. E nós só estávamos dando a porra de um selinho. Eu estava carente. Ou precisando de um bom banho gelado. Banho. Levantei tão rápido que Edward quase caiu para trás. Abri meu armário e tirei dois casacos moletons. Um era bem largo, deveria caber nele.
— O que houve? – ele perguntou confuso. Estendi minha mão para ele.
— Vem comigo – eu disse enquanto ele se levantava – Quero te levar em um lugar.
— Isso envolve algo que vai nos fazer fugir de algum outro Pedrão da vida? – ele perguntou desconfiado me fazendo rir.
— Não. Prometo. – falei o puxando pra fora do quarto. Quando descemos a escada presenciamos Emmett dando um super amasso na minha irmã. Olhar para Emmett me deu a sensação de que eu estava esquecendo algo. Mas resolvi pensar nisso depois. Pigarreei para nos fazer presente. Entretanto não resolveu. O grandalhão estava quase engolindo Rosalie. Peguei a almofada do sofá vazio e taquei na cara colada dos dois. Eles se separaram e me olharam como se eu fosse alguma mosca incômoda.
— O que vocês querem? – Rosalie perguntou enquanto revirava os olhos.
— Edward e eu estamos saindo – disse arrastando Edward pela mão até a porta – Tomem conta de Sirius direito.
Não dei tempo de eles responderam algo. Edward riu atrás de mim.
— Que mãe desmiolada você é. – ele observou me fazendo rir.
— Sirius vai entender que a mãe dele tem que resolver alguns assuntos. – expus de forma descontraída, entretanto Edward ficou tenso. Tínhamos que conversar e ele sabia disso. Mas eu acho que muita coisa já tinha sido esclarecida naquela cena no estacionamento, então não precisava me preocupar seriamente – Relaxa, Edward – pedi a ele – Não vamos brigar. Pelo menos não é o que eu quero.
— Não é o que eu quero também. – ele disse enquanto abria a porta do seu carro pra mim.
— Então ficaremos bem. – falei sorrindo.
— Então – Edward começou a falar enquanto saía com o carro – Qual o destino?
— Floresta a dentro – eu disse e Edward me encarou com as sobrancelhas levemente arqueadas – Pela Reserva Quileut.
— E o que faremos lá? – ele perguntou em tom de curiosidade.
— Bem – eu sorri – Muitas pessoas vão até o penhasco para ficarem sozinhos. Precisamos conversar e eu gosto de lá.
— Tudo bem então – ele deu de ombros e internamente sorri, curiosa para saber qual seria a reação dele.

Edward

Era de conhecimento geral que Forks era uma cidade fria e nebulosa. Mas nem mesmo eu esperava que ela poderia ser mais fria e mais nebulosa. Agora eu entendia o por que de aqui ser um bom lugar para ficar a sós com alguém. Além do moletom Bella e eu não trouxemos cobertor ou algo do tipo, então quando resolvemos sentar no capô do carro ficamos abraçados para aplacar um pouco do frio. Bella estava com a cabeça encostada no meu peito, de olhos fechados. Estava um silêncio gostoso, mas eu sabia que tínhamos que conversar.
— Então – comecei. Bella suspirou e levantou a cabeça me olhando.
— Então – Bella incentivou. Foi a minha vez de suspirar. Eu esperava começar com o meu pedido de desculpas, mas o que saiu da minha boca foi completamente diferente.
— Eu tenho ciúmes de você. Muito – admiti. Bella continuou com a expressão neutra – E eu não sei se pelo fato de eu ter sido traído. Ou pelo fato de eu gostar mesmo de você. Eu não vou ser hipócrita e dizer que eu nunca me apaixonei na vida. Acho que de tanto ver o amor que meus pais sentem um pelo outro eu não consigo me envolver com alguém sem sentir algo por ela. Mas eu posso dizer que eu nunca me apaixonei por alguém do jeito que eu estou me apaixonando por você. – Bella mordeu o lábio inferior – Mesmo que não tenha muito tempo que nós nos conhecemos de verdade. É fácil se apaixonar por você, Bella. E eu realmente sinto muito se o meu ciúme magoou você. É só que, pensar que Jacob e Mike te tocaram de um jeito que eu quero poder tocar realmente me deixa com ciúmes.
E agora era a hora em que Bella sairia correndo de mim pelo que eu disse. Ela vai me achar maluco. Como alguém poderia se apaixonar tão rápido? Mas nem eu sei. Bella tem me feito sentir tantas coisas ao mesmo tempo. A vontade de beijá-la, de protegê-la.
Bella acariciou meu rosto. Os olhos castanhos me observando, como se soubesse de todos os meus segredos. Ela se inclinou e me beijou calmamente. Bem, pelo menos ela não correu.
— Você não tem que ter ciúmes do Jacob, sabe? E eu sei que é difícil. Eu te disse, na festa de Mike eu fiquei com tanto ciúmes da sua ex. Victória realmente me irrita com esse papinho de querer voltar com você – Bella resmungou me fazendo sorrir. E entender que eu não era o único que sentia ciúmes – Mas, Edward, ciúme demais sufoca. Pra isso dar certo a gente vai ter que confiar um no outro. Eu não sou ela.
— Eu sei disso. – Eu afirmei. Bella era tão diferente de Victória. Mais doce, mais natural.
— Então sabe também que eu nunca magoaria você ou qualquer outra pessoa de propósito. Qual é, eu sou uma ajudante de Eros. Estou nessa terra para semear o amor – ela acrescentou me fazendo rir. Ela suspirou – Eu quero muito que isso dê certo, Edward. Quando você sentir ciúmes diz pra mim, tá legal? Porque eu serei sincera com você.
— Tudo bem – eu apertei meus braços em sua volta – Eu também quero que dê certo.
Ficamos mais um tempo em silêncio até que Bella se levantou abruptamente e começou a tirar o moletom, sua blusa subi um pouco deixando a pele do seu estômago exposta. Isso foi o suficiente para deixar minhas mãos suadas e sem reação. A que ponto eu cheguei… Bella Swan tinha o poder de me enlouquecer completamente.
— O que você vai fazer? – perguntei cauteloso. Depois de tudo o que eu passei com ela eu sabia que tudo o que parecia não era. Então eu esperei a resposta dela.
— O que você acha? – ela respondeu com outra pergunta enquanto tacava o casaco dentro do carro e abaixava a blusa.
— Eu posso achar muita coisa, mas como eu já achei que você queria me levar para um motel da última vez que você fez algo sem explicar eu prefiro que você me ilumine. – respondi rápido demais e ela riu.
— O certo, Edward querido, é o que nós vamos fazer – ela disse me pondo de pé, se aproximando e pondo a mão na barra do meu moletom o tirando. Não pense besteira, não pense besteira.
— E o que nós vamos fazer? – perguntei depois de engolir em seco.
— Pular – ela disse me dando as costas e chegando na beirada do penhasco. O mar correndo lá embaixo. A puxei de volta para mim.
— Não sabia que você tinha tendências suicidas – resmunguei. Bella se virou para mim e passou os braços ao redor do meu pescoço.
— E não tenho. Qual é, Edward. A gente não vai morrer se pular. Estamos no rochedo mais baixo, o mar está calmo e não tem pedras no fundo. – ela disse como quem explica a uma criança de cinco anos como amarrar um cadarço.
— Isso é loucura, Isabella – ela ficou quieta me olhando com um sorriso pequeno nos lábios – O que foi? – peguntei.
— É a primeira vez que você me chama de Isabella – ela ri e deposita um selinho em meus lábios – Como eu sempre falo, as pessoas só usam meu nome pra me dar bronca. Parece que isso é fato. – apesar de ficar um pouco envergonhado com o fato eu não podia deixá-la me distrair.
— A questão, Bella, é que nós não vamos pular. – disso com firmeza. Bella me olhou e suspirou se soltando de mim.
— Tudo bem – ela disse baixinho – É só que… eu sempre pulei daqui com os meninos. Uma vez eu quebrei o braço, mas isso não vem ao caso. Me traz lembranças e sensações boas, e eu só queria compartilhar com você. A adrenalina e tal. Mas deixa. Vamos pra casa – ela andou até o carro, abriu a porta do carona e sentou lá dentro cruzando os braços. Um biquinho formando em seus lábios e alguns olhares desamparados lançados a mim foram o suficiente para fazer eu me aproximar do carro e me debruçar na janela.
— Você tem certeza que é seguro pular? – perguntei. Bella pulou em seu acento antes de passar o torso pela janela e me abraçar. Óbvio que Bella não seria Bella se ela não conseguisse voltar para dentro e eu ter que a puxar pra fora pela janela mesmo. E então ela se pendurou em mim como um bicho-preguiça, braços e pernas me rodeando, me fazendo rir, e plantou um beijo molhado em minha bochecha.
— Sabia que você ia aceitar. Tire os tênis. – ela disse me soltando e rindo.
— Não tinha como você saber – discordei enquanto a obedecia.
— Tinha sim. – Bella disse me lançando um sorriso malicioso. Ela não…
— Você fingiu pra me convencer? – perguntei incrédulo. Bella riu negando.
— Eu realmente quero te mostrar o quanto isso é legal. Eu só fiz um pouco de drama – ela explicou enquanto fechava as janelas do carro e o trancava. Ela pôs as chaves atrás do pneu dianteiro esquerdo e a cobriu com mato e um punhado de terra – Agora vamos.
Bella me puxou até a beirada e eu olhei para baixo. Olhei para o horizonte e vi que a praia não era longe daqui. Não levaria muito tempo na volta para pegar o carro. Respirei longamente tomando coragem. Eu conseguia fazer isso.
— Então – tentei manter a voz firme – O que temos que fazer?
— Pular – ela disse, o que me acalmou muito. Ela deve ter visto a minha cara pois riu de novo e me explicou – E como quando você vai pular na piscina, Edward. Mantenha as pernas juntas e não caia de barriga. Não preciso te avisar pra não pular de cabeça, certo? Eu sei que não tem pedras lá no fundo, mas vai saber…
— Okey, manter as pernas juntas – murmurei. Bella segurou a minha mão e se afastou um pouco da beirada. O suficiente para uma corrida de impulso. Eu sentia minha pulsação no ouvido, minhas mãos suavam apesar do frio. Acho que ouvi Bella dizer algo sobre contar até três, mas eu estava preocupado demais com o fato de não ter feito um testamento no nome do Sirius para escutá-la.
Quando Bella começou a correr eu somente fui junto. Eu tentei fechar os olhos mas não consegui. Escutei Bella gritar e gritei também. Observando a água se aproximar.
Por um momento. A queda levou segundos, mas foi uma eternidade. E eu consegui pegar cada detalhe do rosto de Bella preso em um grito feroz de liberdade pelo milésimo de segundo em que eu a olhei. E então eu senti essa liberdade. Meu coração batendo acelerado, o grito que eu soltei da minha garganta e pulmões fazendo eu me sentir livre de um jeito que eu nunca senti antes. Mas a minha mão. A minha mão presa firmemente na mão de Bella me prendia. E então eu percebi que nunca poderia ser livre de Bella. Livre sem a Bella. E nem queria.
Essa realidade me atingiu junto com o baque da água gelada. Eu me deixei cair, não lutei ou fiquei assustado. Eu confiei em Bella. Confiei plenamente. Quando a força do impacto finalmente se aplacou eu percebi que tinha soltado a mão dela. As bolhas da água agitada ao meu redor não me deixava enxergar direito então eu nadei para a superfície. Respirei profundamente e olhei ao redor procurando Bella. Ela emergiu a dois metros de mim respirando pesadamente. Quando ela abriu os olhos e seu olhar se encontrou com o meu a única coisa que eu pude fazer foi puxá-la para mim e beijá-la. A adrenalina ainda correndo em minhas veias. Bella colou seu corpo a mim e eu pude sentir seu coração batendo tão forte quanto o meu. Acho que eu esqueci de continuar movendo as pernas, porque nós começamos a afundar. E não ligamos nem um pouco pra isso. O beijo ficou salgado por causa da água. Não que eu esteja reclamando, porque eu não estou. Mas eu posso dizer que, talvez, esse tenha sido o melhor beijo subaquático de todos os tempos.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Perceberam qual foi a referência?
Sobre o capítulo que vem eu tenho uma palavra: Garret.

P.S.: Assunto chato, mas eu ainda não vou poder responder seus comentários. Mas comentem mesmo assim, por favor, porque eu amo conversar com vocês. Quando minha Internet voltar e eu tirar um tempo de descanso eu prometo responder todos os comentários enquanto escrevo mais do próximo capítulo.
Beijos!!



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