Brincando com Fogo escrita por Dreamy Girl


Capítulo 9
Capitulo 9




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A festa continuou até as primeiras horas da manhã. Hinata e Naruto encontraram um cantinho aconchegante na sala de estar e ficaram agarrados, beijando-se como dois adolescentes de escola que não conseguiam tirar as mãos um do outro. Quando a festa acabou, só os quatro permaneciam na casa.

— Acho que deveríamos dar alguma privacidade aos recém-casados agora.

Naruto olhou ao seu redor, percebendo que eles eram os últimos convidados a ficar.

— Sim, aposto que eles querem ir para a cama. E eu quero levar você paraa cama, também.

Fora assim a noite inteira. Beijos quentes e olhares ardentes, e insinuações suficientes para trazer todas as fantasias dela à vida. Sasuke se aproximou, com uma garrafa de cristal na mão.

— Pronto para outra? — ele perguntou a Naruto. Naruto se levantou e tomou a mão de Hinata.

— Não, obrigado. Eu acho que vou deixar vocês dois irem para a cama.

Sasuke riu, oscilando um pouco. Ele agarrou Sakura e lhe deu um beijo rápido nos lábios.

—Ótima idéia.

— Eu acho que exageramos um pouco esta noite — Sakura disse, acariciando o braço dele afetuosamente.

Sasuke oscilou um pouco mais, e Sakura colocou os braços em torno de sua cintura para apoiá-lo.

— Só estou... feliz — disse Sasuke, arrastando as palavras leve­mente, e dando a Sakura um sorriso bobo.

— Posso levá-lo para o quarto para você, Sakura. Será como nos velhos tempos de faculdade — ofereceu Naruto.

— Não — disse Sasuke.— Não preciso dos seus serviços esta noite, Dobe. A minha esposa sabe como cuidar de mim. — Ele er­gueu as sobrancelhas maliciosamente.

Sakura riu.

— Bem, estou aprendendo.

— Vocêé um homem de sorte.

— Sakura, você pode acompanhar Naruto até a porta? — Sasuke se voltou para Hinata e ofereceu-lhe o braço. — Hinata?

Ele esperou até Sakura e Naruto estarem a alguns passos de dis­tância, e então olhou para Hinata, por sob os cílios baixados.

— Naruto é um bom homem. — Ele se inclinou para sussurrar, arrastando as palavras: — Mas é um maldito teimoso... Eu o avi­sei para ter cuidado... E não magoar você.

— E como ele poderia me magoar? — disse Hinata, se pergun­tando se deveria prestar atenção a qualquer coisa que Sasuke dis­sesse naquele estado.

— Eu acho que ele já o fez. — Sasuke resmungou um pala­vrão. — Deixe para lá. Esqueça que eu disse alguma coisa. — Ele tomou a mão dela e sorriu com afeto, e então a acompanhou até a porta da frente.

Naquela noite, a última coisa que Hinata conseguiu fazer foi esque­cer os comentários de Sasuke. Ela recapitulou aquelas palavras de despedida repetidas vezes em sua mente, tentando encontrar sen­tido nelas. Sasuke poderia ter bebido demais, mas não estava tão embriagado que não soubesse o que dizia. Ela ouviu uma preo­cupação real no modo como ele sussurrou em seu ouvido. O que estaria acontecendo? O que Naruto teria dito a Sasuke, para fazê-lo acreditar que ela seria magoada? Ou teria Sasuke simplesmente se enganado ao julgar a situação? Hinata remoeu aqueles pensamen­tos, antes de adormecer naquela noite.

Pela manhã, com a luz do sol atravessando as janelas e tudo parecendo brilhar, ela se levantou cedo, feliz demais para se pre­ocupar com qualquer coisa. Ela passaria aquela tarde com Naruto. Eles haviam combinado tudo durante a recepção, e depois de um beijo de despedida de virar a cabeça, ele a lembrara de que teriam um dia de diversão sob o sol.

— Vamos nos divertir o dia todo — dissera ele.

Um arrepio lhe percorreu a espinha. Naruto estava provando para ela repetidamente que não era o mesmo homem de quem ela queria se divorciar. Ele aprendera como delegar tarefas. E a se divertir. Aprendera que havia mais na vida do que o trabalho. Hinata sorria enquanto tomava um banho e colocava um vestido leve e florido.

Quando Karin telefonou, Hinata não pôde se recusar a se encontrar com ela para um café. Claramente chateada, Karin precisava de uma amiga. Meia hora depois, elas estavam sentadas em poltronas confortáveis, tomando expresso em uma cafeteria local, perto do hotel de Hinata.

— Obrigada por vir me encontrar tão em cima da hora — disse Karin, seu rosto bonito desolado. — Isto é... difícil.

— Eu sei — disse Hinata, a compaixão enchendo seu coração. Karin queria tanto ser aceita. Não deveria ser fácil ser a irmã de Sasori. Hinata ficava feliz que a amiga tivesse conhecido Rick Jones. Ela ainda não sabia quem ele era, mas, a jul­gar pelo olhar de Karin na noite anterior, ele a fazia muito feliz.

— Fico feliz por você ter me ligado.

— Mesmo? Acho que estou colocando você no meio de uma situação difícil.

Hinata colocou a mão sobre o braço da amiga.

— Não, eu não estou no meio de nenhuma atividade. Vocêé minha amiga.

— Oh, Hinata. Eu nem posso lhe dizer o que isso significa para mim.

— Significa muito para mim, também.

—É que todos parecem pensar o pior sobre o meu irmão.

— Não vou fingir que não sei disso. Sasori e Sasuke têm uma longa história, e ela não é nada bonita.

— O seu marido também não gosta dele.

— Naruto acha que Sasori atrapalhou um de seus projetos. Tra­ta-se de negócios, não é nada pessoal.

— Sasori não acabou com a festa ontem à noite. Ele não faria isso.

— Você tem certeza?

— Sim, tenho certeza. Eu estive com ele a noite inteira, exceto durante o tempo em que eu e você conversamos no banheiro fe­minino. Ele nunca reclamou da festa. Na verdade, ele nem sabia sobre a festa até que eu contei a ele.

— Mas você disse que tinha ouvido a música tocando.

— Sasori mal percebeu, e a música certamente não nos incomo­dou. Ele pode considerar Sasuke um rival, mas não é tão mesqui­nho. Eu simplesmente sei, no meu coração, que Sasori jamais faria uma coisa dessas.

Não, Hinata pensou. Se Karin soubesse sobre os crimes ainda mais graves que os irmãos Uchiha o acusavam de ter cometido, ficaria arrasada.

— Karin, acredito em você. Mas Sasuke e Sasori vão ter de en­contrar um modo de resolver suas diferenças sozinhos.

— O meu irmão não é perfeito. Ele é teimoso e orgulhoso, mas é um bom homem. Fiquei triste ao vê-lo sendo acusado ontem à noite na frente de tanta gente. Foi bom Naruto ter interferido.

— Sim, concordo. Sasuke parecia pronto para uma briga.

— E Sasori nunca foge de uma.

— Não é uma boa combinação, imagino.

— Fico feliz por termos conversado.

— Eu também. Espero ter ajudado um pouco.

— Ajudou. — Karin bebericou seu expresso, que até aquele momento permanecia intocado. — Oh, isso é bom.

Hinata deu um gole em seu café descafeínado.

— Então, o que você vai fazer pelo resto do dia? Um sorriso iluminou o rosto de Karin.

— Bem, eu acho que eles estão fazendo uma promoção na Sweet Nothings, hoje.

— Você vai voltar lá e comprar aquele baby-doll cor-de-rosa! — Acho que sim. Só para garantir, você sabe. E bom saber que eu tenho alguma esperança de vesti-lo um dia. O riso de Hinata demonstrava sua alegria.

— Boa menina.

— E quanto a você? Tem planos para o resto do dia?

Hinata assentiu, pensando nos olhos azuis de Naruto fixos nela quando ele lhe desejara boa noite.

— Tenho planos com Naruto para mais tarde.

Karin tomou-lhe a mão e olhou diretamente em seus olhos.

— Espero que dê tudo certo entre você e Naruto, Hinata. Você merece ser feliz.

Hinata não podia concordar mais. Ela queria ser feliz novamente.

— Obrigada. E lembre, estou aqui se você precisar de mim.

Precisamente à uma hora da tarde, Naruto apanhou Hinata na frente do hotel. Ele abriu a porta do carro para ela e tomou-lhe a bolsa, colocando-a no porta-malas.

— O que há na bolsa?

— Tudo o que é necessário para um dia de diversão ao sol — ela brincou. — Roupa de banho, protetor solar, hidratante.

Naruto dirigiu a ela um olhar quente, do banco do motorista. Ele parecia delicioso, vestindo calça marrom e uma camisa polo preta, sentado ao volante de seu potente carro esporte.

— Parece perfeito.

Ele ligou o carro e eles começaram a viagem até a praia.

— Nós vamos ao clube? — perguntou ela.

— De jeito nenhum. Tenho outra idéia em mente. Você está linda, Hinata.

E você também, ela pensou. Seu coração estava leve.

— Obrigada.

Naruto estacionou na frente de uma casa grande e bonita, em estilo chalé, nos subúrbios de Tokio. Uma calçada de pedra e uma cerca de madeira branca marcavam a entrada, e o jardim estava em plena floração, com peônias coloridas e arbustos es­culpidos. Hinata olhou para a casa, e em seguida questionou Naruto com uma expressão curiosa no rosto.

—É minha, e eu costumo alugá-la. Mas está vazia no momen­to e é nossa hoje.

— Muito conveniente — provocou ela.

— Não é mesmo?

Naruto abriu a porta do carro para ela e tirou a bolsa do por­ta-malas com facilidade, entregando-a a Hinata. Com a mão nas costas dela, ele a guiou pela trilha de pedras até a porta da fren­te. Mexendo em um molho de chaves, ele finalmente encontrou aquela que se encaixava na fechadura.

— Aqui está.

—Ótimo, porque arrombamento e invasão não vão ficar bem no meu currículo.

Naruto beijou-a levemente nos lábios.

— Você está engraçadinha hoje.

— Sempre.

— E isso que amo em você.

No minuto em que as palavras escaparam, Hinata soube que Naruto desejou não tê-las pronunciado. Ele se virou rapidamente, mexendo com a chave com gestos rápidos.

— Fechadura complicada — ele explicou, com a voz um pou­co presa na garganta.

Hinata permaneceu em silêncio.

Ele a guiou pela casa, que tinha um ambiente campestre. Pelo que ela podia ver, o saguão de entrada se abria para uma enorme sala de estar, com uma lareira de pedra que ia do chão ao teto, toras de madeira sustentando o telhado, e grandes janelas que la­deavam um par de portas francesas com soleira de carvalho.

— Muito bonita. Há quanto tempo está fechada?

— Cerca de um mês. Os antigos inquilinos se mudaram para a Europa. Os novos chegam na próxima semana. A casa inteira foi limpa e polida até brilhar.

— Estou vendo. — Hinata olhou para piso de madeira encerada sob seus pés e se imaginou dançando sobre ele. — Os cômodos são grandes, mas parece bem aconchegante.

— Fica ainda melhor com os móveis.

Naruto puxou a alça da bolsa pendurada no ombro de Hinata.

— Vamos, quero lhe mostrar o lugar. — Narutotomou a mão dela e a conduziu por uma pequena escada até o jardim privado lá embaixo, iluminado por cores brilhantes.

— Lindo — murmurou Hinata.

Uma piscina do tamanho de um pequeno lago podia ser vista por detrás de uma cerca viva baixa. Narutofez um gesto indicando uma mini-réplica do chalé, que servia como apoio para a área da piscina.

— Duas jarras de margaritas estão nos esperando bem ali, e uma é de morango.

Hinata olhou nos olhos dele.

— Você pensou em tudo.

—É o que vamos ver.

Hinata caminhou pela trilha de pedras pretas até a piscina. Chu­tando as sandálias para longe, ela mergulhou os pés na água.

— Você pensou mesmo em tudo. É a temperatura perfeita para mim.

— Então vamos dar um mergulho.

— Mas onde estão as suas coisas?

— Não preciso de nada.

Ele não precisava de nada? O coração de Hinata disparou.

Em seguida, ele se levantou e tirou a camisa, puxando-a pela cabeça com um movimento gracioso. O sol lhe atingiu o peito nu. Musculoso e bronzeado como uma estátua dourada, Naruto tirava o fôlego de Hinata. Quando ele abriu o zíper da calça, ela respirou fundo, incapaz de desviar os olhos.

— Naruto?

Ele tirou a calça, e o calção de banho apareceu por debaixo dela.

— Por que você está demorando tanto? A casa da piscina tem um vestiário.

— C-certo. Volto em um segundo. — Pouco antes de entrar na casa, ela ouviu o barulho da água, quando Naruto mergulhou na piscina.

Depois de colocar o biquíni vermelho, ela apanhou duas toa­lhas brancas e macias, apertando-as contra o peito. Sentindo-se ridiculamente consciente da quantidade de pele à mostra, Hinata se olhou no espelho e se perguntou o que teria lhe dado na cabeça quando comprara aquele biquíni minúsculo.

— Hinata, você vem? — O tom gaiato de Narutolhe trouxe um sorriso aos lábios. — Estou me sentindo solitário aqui fora.

Ela olhou para a geladeira na pequena cozinha, ao sair.

— Você quer uma margarita?

— Mais tarde, querida.

Hinata mordeu o lábio e saiu da casa da piscina, no exato mo­mento em que Narutosaía da água, levantando a cabeça e fixando os olhos nela. A água escorria por seus ombros quando ele se le­vantou e ficou de pé na piscina. Ele afastou os cabelos curtos para trás, e sorriu, estendendo a mão para ela.

— Largue essas toalhas, Hinata.

— Não me puxe.

— Não vou puxá-la. Pode levar o tempo que quiser, querida. Poderia ficar o dia inteiro aqui, olhando para você.

Mergulhando os pés ria água, ela mexeu os dedos.

—É gostoso.

Naruto correu as mãos pelas coxas dela, molhando suas pernas com a água da piscina.

—É sim.

— Eu não mergulho de uma vez, como antes — explicou ela.

—É, você costumava fazer isso. — O toque deliberado de Naruto em suas coxas fazia seus ossos derreterem.

— Eu mudei. — Ela estava mais madura, mais ponderada. Ela aprendera uma valiosa lição, sendo casada com Naruto. Não o conhecia de verdade, quando eles se casaram. Sua determinação e ambição a haviam pego de surpresa. E ela jurou não deixar que as emoções ditassem seu futuro outra vez.

— Eu também.

Aquele fato não podia ser negado.

Naruto separou as pernas dela e a abraçou pela cintura.

— Quando você estiver pronta.

Ela enlaçou a cintura dele com as pernas e envolveu seu pes­coço com os braços. Ele a baixou gentilmente na água, girando-a lentamente, seus olhares jamais se separando.

Flutuando na água, Hinata sentiu uma onda de paz e felicida­de que não experimentava havia um longo tempo. Ela estendeu a mão para tocar o rosto de Naruto~ sua barba de um dia arranhando seus dedos. Então, ela se aproximou e beijou-o suavemente nos lábios.

Naruto parou e lhe dirigiu um olhar longo e penetrante, seus olhos procurando os dela deliberadamente. Arrepios percorriam o corpo de Hinata, e sua garganta estava seca, com as emoções pode­rosas que a dominavam.

— Hinata?

Hinata pressionou os dedos contra os lábios dele.

— Shhhh, não diga nada, querido. — Ela não queria que o cli­ma ficasse pesado, ou que as coisas mudassem de alguma forma. — Diversão ao sol, lembra?

Satisfeito, ele soltou um grunhido e andou pela água com ela nos braços até chegar à beira da piscina. Apoiando as costas na parede, ele a puxou para mais perto, de modo que os seios dela, acima da linha da água, ficassem apertados contra o peito dele. Naruto a bei­jou ferozmente, sua boca percorrendo o rosto de Hinata, seu queixo, seu pescoço e seus ombros, mordiscando a pele dela e criando ar­repios impossíveis que faziam a mente dela girar em dez direções diferentes.

— Eu já lhe disse o quanto gostei do seu biquíni?

— Você se esqueceu de comentar.

Ele a segurou pelo traseiro, seus dedos espalmados sobre a musculatura firme.

— Gostei. Gostei muito. Do pouco que existe dele.

— Ah, é? — Ela se desvencilhou dos braços dele e mergulhou na água, nadando algumas vezes de ponta a ponta da piscina.

Por mais que ela o quisesse, Hinata tinha uma necessidade pre­mente de proteger a si mesma. Quando ela saiu da água depois do mergulho, encarou Naruto no lado raso da piscina.

— Estou pronta para uma margarita.

— Vou buscá-las.

Naruto serviu uma margarita de morango para Hinata, espalhou sal pela borda da taça, e em seguida se serviu de uma bebida da outra jarra. Colocando as jarras de volta na geladeira, ele retirou dois pratos cobertos, o almoço. Ele pedira ao chef deseu restaurante favorito que preparasse alguns sanduíches gourmet e uma salada, e que os entregasse no chalé, recusando a oferta do chef de servir a refeição. Naruto queria estar totalmente sozinho com Hinata, na­quele dia. Eles só tinham mais dois dias juntos.

Ele franziu o rosto, pensando que seus dias estavam contados no que se referia a ela. Logo, ele seria um homem livre, seu plano estaria completo, e sua vingança conquistada.

Naruto não esperava se arrepender de sua decisão, entretanto. Acostumara-se a ter Hinata a seu lado novamente. Mas fora uma decisão dela voltar a Tokio para pedir o divórcio. Ela não que­ria uma reconciliação, e se ele não a tivesse chantageado para que ficasse em Tokio por duas semanas, ela teria partido muito tem­po atrás, com os papéis assinados na mão. Ele não podia superar aquele fato. Ela o rejeitara, não uma vez, mas duas. Seu ego havia levado um baque, e seu orgulho estava em jogo. Sob vários aspec­tos, ele desejava não ter inventado aquela brilhante estratégia de vingança. Porque Naruto também tinha sofrido as consequências de passar aquele tempo com Hinata, e a necessidade que sentia dela era tão grande que ele tinha dificuldades cada vez maiores em seguir o plano.

Naruto colocou os pratos em uma bandeja, junto com as margaritas, e hesitou antes de levar o almoço para fora. Por que não ceder a seus desejos, agora? Por que não seduzi-la naquele mesmo dia, e acabar logo com tudo aquilo? As coisas estavam se encami­nhando para aquele ponto desde o momento em que ela concorda­ra com seu plano. Por que esperar? Por que prolongar a necessida­de torturante que eles sentiam um pelo outro?

Ele encontrou Hinata em uma espreguiçadeira, espalhando pro­tetor solar nas pernas. Naruto parou para admirar a cena, observando-a aplicar o líquido dourado na pele. Quando ela terminou de espalhar o produto nas pernas, concentrou-se no torso, e depois subiu para o peito. Ela passou o óleo sobre os seios e escorre­gou os dedos levemente por baixo da parte superior do biquíni, certificando-se de que cada centímetro de pele exposta estivesse protegido.

— Você deveria ter me deixado fazer isso — Naruto disse, fazendo piada dá cena extremamente sensual que acabara de testemunhar.

— Você estava demorando demais, querido. Uma garota tem de se proteger, você não sabia?

Naruto colocou a bandeja em uma mesinha de vidro entre a sua espreguiçadeira e a dela. Ele olhou para o busto extremamente atraente de Hinata por alguns longos segundos.

— Está com fome?

— Morrendo de fome — disse ela. — Nadar abre o meu apetite.

Ele gostava daquilo a respeito de Hinata. Ela não era do tipo que não comia quando sentia fome. Normalmente, ela devorava sua comida com entusiasmo. Naruto lhe entregou a taça de margarita.

— A nós.

— A nós — ela finalmente respondeu, com um pequeno sorriso.

Eles conversaram enquanto desfrutavam do almoço e tomavam margaritas ao sol. Hinata contou a Naruto histórias sobre seus alunos de dança, alguns dos quais haviam construído carreiras sérias como bailarinos, e outras almas solitárias que pagavam as mensalidades só para ter a atenção especial de uma professora bonita. Narutogos­tava de ouvi-la falar, da animação em sua voz, e de seus gestos largos que falavam de seu amor e compromisso com o trabalho.

— Sabe, acho que Tokio talvez esteja precisando de um estúdio de dança.

Naruto parou de mastigar por um segundo. Ele olhou no fun­do dos olhos brilhantes de Hinata. Finalmente capaz de engolir, ele perguntou:

— Aqui?

— Por que não? Gosto daqui. Poderia expandir meus horizon­tes nesta direção. É um lugar tão bom quanto qualquer outro.

Naruto não respondeu. Uma coisa seria estar divorciado de Hinata quando ela se encontrasse a quilômetros de distância, mas tê-la de volta ali, como uma mulher livre? Ele não sabia se estava pronto para aquilo.

Quando o silêncio dele se tornou óbvio, Hinata perguntou:

— Naruto, isso seria um problema para você? Que diabos, sim.

— Não, de jeito nenhum — ele mentiu, esperando que a ideia dela fosse apenas uma fantasia passageira.

— Foi só uma ideia. — Ela bebericou sua margarita e deu de ombros.

Ele não podia evitar sentir que a havia desapontado de algum modo, entretanto. Afastando o pensamento de sua mente, ele conti­nuou determinado a aproveitar seu dia com Hinata sem se preocupar.

— Este lugar é muito agradável, Naruto. Estou feliz por você ter me convidado para vir aqui.

— Não se acomode demais, querida. Você ainda tem de cuidar de mim.

— O quê?

Ele apontou para o protetor solar, e então sorriu. Hinata sacudiu a cabeça, um largo sorriso tomando conta de seu rosto.

— Muito engraçado, Naruto.

— E então?

— Tudo bem, deite-se.

Naruto obedeceu sem hesitação. Hinata derramou um pouco de protetor solar nas mãos e se sentou sobre as pernas dele. Naruto olhou nos olhos perolados bonitos dela, mal contendo seu desejo. Quando ela o tocou, suas mãos deslizando por seu peito, ele sufo­cou um grunhido.

Ela espalhou o óleo com dedos leves que pareciam dançar pela pele dele. Ele a observou enquanto ela se inclinava para a frente, concentrada em sua tarefa, o lindo decote bem em frente dos olhos dele, praticamente implorando por seu toque. Ele precisou de toda a sua força de Vontade para não puxá-la contra si e mostrar a Hinata o que ela fazia com ele.

Depois que ela acabou de massagear os braços e ombros de Naruto, ele lhe tirou o vidro de óleo das mãos.

— Acho que você já fez o suficiente.

— Você não parece agradecido — ela disse, e o tom provocan­te dela foi demais para ele.

— Oh, eu estou muito agradecido. Você sabe, este lugar é mui­to isolado. Ninguém pode ver o que estamos fazendo.

Os olhos dela se arregalaram de surpresa. Com aquela ob­servação, ele a apertou contra si e colou os lábios aos de Hinata, parecendo absorver cada centímetro dela. Mas ainda não era o suficiente. Ele a forçou a abrir os lábios e mergulhou a língua em sua boca, sentindo a doçura dos morangos e da paixão desinibida dela.

Dentro de segundos, Naruto tinha Hinata deitada sobre si, e sua excitação tornava o calção de banho desconfortável. Ela se encai­xava perfeitamente nele, e o deixava louco de desejo. Ele desa­marrou a parte superior do biquíni com facilidade, e então havia apenas um pequeno pedaço de tecido separando-o do paraíso. Os seios dela ficaram finalmente livres, e Naruto os acariciou, sentin­do seu peso nas mãos, passando os polegares por sobre os mamilos até que endurecessem, transformando-se em pequenos e lindos picos. Com os olhos fixos nos dela, ele tomou um dos globos per­feitos em sua boca. Os olhos de Hinata se fecharam lentamente e uma linda expressão lhe transformou as feições.

Ele a sugou até que ambos os bicos ficaram úmidos e bri­lhando ao sol quente. Naruto colocou as mãos no traseiro dela, e a posicionou sobre sua virilidade até ela poder sentir a força de seu desejo.

— Mal posso esperar para tê-la.

Hinata gemeu e o beijou ferozmente, seus seios esmagados contra o peito dele. Em mais um segundo, os dois estariam além da razão. Mas Naruto se controlou. Aquilo não estava nos pla­nos. Ele queria uma noite inteira com Hinata, sob seus próprios termos. Ele tinha tudo planejado em sua mente.

E ainda assim, não queria lhes negar aquele momento de pra­zer. Ele escorregou a mão para dentro do biquíni dela, e tocou o local sensível entre suas pernas.

— Está bom? — murmurou ele.

Já além das palavras, Hinata assentiu, seus olhos entreabertos. Naruto acariciou-a cuidadosamente, com movimentos-deliberados, passando as pontas dos dedos pelas dobras suaves de sua intimi­dade. Enterrando a outra mão nos cabelos neros dela, ele puxou a cabeça de Hinata contra a sua e a beijou repetidamente, enquanto o corpo dela se movia para a frente e para trás, encontrando um ritmo sensual.

— Oh, Naruto— Hinata gemeu, enquanto, ele continuava a desli­zar os dedos entre suas pernas.

Ele observou enquanto a tensão cresceu rapidamente e o corpo dela estremecia com força, uma expressão de pura luxúria atravessando seu lindo rosto. O coração de Naruto doeu ao testemunhar o abandono total de Hinata, enquanto sua respiração acelerava e seu Corpo ficava tenso. Ele a acariciou com mais força, mais profundamente. Ela arqueou as costas e atingiu o clímax em movimentos rápidos, que pareciam explosões. Ob­servar o orgasmo dela tirou o fôlego de Naruto. E o fez repensar seu plano.

Depois de satisfeita, um suspiro escapou da garganta de Hinata e ela deitou a cabeça no peito dele. Ele massageou as costas dela, segurando-a nos braços.

— Nossa.

— E, nossa — ela repetiu.

Ideias de fazer amor com Hinata na espreguiçadeira lhe encheram a mente. Que inferno, ele estava pronto e Hinata não iria se recusar. Mas depois que eles fizessem amor, ele teria de cumprir sua pro­messa de lhe entregar os papéis do divórcio assinados.

Ela quer o fim do nosso casamento.

Este é o preço que ela está disposta a pagar.

E estou pagando o preço, também, uma vozinha irritante den­tro de sua cabeça o fazia lembrar o tempo todo.

— Você sabe do que nós dois precisamos?

Hinata deu uma risada, o som emanando do fundo de sua garganta.

— Oh, sim, eu sei.

—Ótimo, então venha comigo. — Ele a ergueu e em um movi­mento rápido, pulou na piscina, levando Hinata consigo


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