The Avengers: XX-23 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 4
Capítulo III - Experimento XX-23


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui estou eu com o meu prometido capítulo do sábado,
Você vai ter o segundo contato com a XX-23 *-*



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Uma grande movimentação agitava a ala americana da Área 51, agentes da S.H.I.E.L.D. e seus cientistas iam de um lado para o outro realizando suas funções e ajudando no desenrolar do Projeto Fênix.

Nick Fury usava óculos especiais e estava protegido atrás de um painel que parecia ser de vidro, mas na verdade era de diamante, enquanto cientistas com roupas parecidas com as espaciais dos astronautas desabilitavam uma incubadora de criogenia e rapidamente aplicavam dois soros seguidamente na pessoa congelada.

Um soro era colorido artificialmente com azul para indicar que era derivado do DNA do Capitão América, e o segundo era colorido com verde para indicar a origem vinda do Dr. Banner.

Após a aplicação rápida do soro, uma equipe também vestida com roupas parecidas com as espaciais, transferia a pessoa congelada para uma cápsula metálica, que a envolvia como um imenso casulo. (todos naquele imenso laboratório de alta tecnologia vestiam essas roupas, exceto Fury por estar protegido pela placa de diamante) Um dos cientistas pediu a Nick:

– Permissão para a incidência de raios vita, Senhor?

Nick concedeu, e a cápsula começou a ser banhada pela radiação que ajudou a criar o Capitão América.

– Permissão para a incidência de raios gama, Senhor?

Fury concedeu novamente, fazendo o casulo receber a radiação que ajudou na criação do Hulk.

É claro que Nick não comentou sobre a incidência das radiações para Banner e Rogers, ele sabia que isso os faria negar o apoio deles ao projeto.

– Iniciem a ressucitação! – Fury ordenou assim que pararam de incidir raios gama no paciente, e vários cientistas começaram a ligar a pessoa que havia sido descongelada pela radiação em vários aparelhos que fariam a reanimação.

– Afastem-se, vamos reanimar o coração com um desfibrilador! – Exclamou um cientista. Todos se afastaram e ele iniciou a contagem. – Três, dois, um...! – E um choque foi dado. – Três, dois, um...! – Outro choque. – Três, dois, um...!. – E outro choque.

Nick aguardava cheio de expectativa. O cientista ligou a pessoa ao aparelho que verifica a frequência cardíaca e a listra verde continuou uniformemente reta.

– Senhor, perdemos o Experimento XY-17. – Comunicou o cientista.

Nick e toda a equipe foram banhados por uma grande decepção melancólica.

– Tudo bem, tragam o Experimento XX-58. – Fury ordenou.

Todo esse procedimento foi repetido várias e várias vezes, eles continuaram sem conseguir resultado positivo algum, apenas iam perdendo num ritmo acelerado todas as cobaias, restando apenas cinco pessoas congeladas.

Os cientistas haviam feito uma pequena pausa, já estavam bastante cansados, os experimentos já duravam mais de treze horas sem grandes momentos para descanso.

– Senhor... – Disse Maria Hill a Nick. Ela estava junto com ele atrás da placa de diamante e usando os mesmos óculos especiais. -... Logo chegará a vez da XX-23... – Maria anunciou com um “pesar” em sua voz e um tom de segredo, ela era a única que sabia da ligação existente no passado entre ele e este experimento em especial.

– Eu sei, Hill... – Fury olhou para o horizonte com um fio de tristeza, mas logo o escondeu. -... Mas não posso fazer mais nada, eu prometi fazer tudo o que fosse possível e isto é tudo o que me resta. – Ele concluiu enigmaticamente. – Tragam o Experimento XY-32! – Nick ordenou para a equipe do outro lado da placa protetora.

Todo o processo foi repetido, havendo uma pequena diferença. O cientista que ficou encarregado de colocar os soros nas seringas especiais, devido à falta de atenção causada pelo cansaço de repetir o mesmo processo tantas vezes, acabou colocando um mililitro a mais de soro verde e um mililitro a menos de soro azul. Na hora do experimento nada foi percebido, e nenhuma consequência foi gerada aparentemente. O Experimento XY-32 também não apresentou sinais vitais, e foi considerado o seu óbito.

– Está na hora da XX-23, Senhor. – Maria anunciou para Nick, que, por sua vez, sem se dirigir a ela ordenou para os cientistas.

– Tragam o Experimento XX-23!

Tudo se repetiu novamente, mas para Nick Fury e Maria Hill a sensação foi totalmente diferente, havia uma pitada extra de aflição e expectativa, mesmo sabendo que só restavam quatro pessoas congeladas e todas as outra vinte e três passadas foram declaradas como mortas, ainda tinham esperança de que esta fosse bem sucedida e acordasse.

Nick obsevou cautelosamente cada processo, e torcia suas próprias mãos enquanto a equipe usava o desfibrilador em XX-23.

– Vamos lá!... – Ele não conseguiu aguentar e falou em voz alta. –... Funcione! ...Acorde!

Tudo se passava em câmera lenta aos olhos de Fury. Um cientista conectou o Experimento ao medidor de frequência cardíaca e como todos os outros antecessores, a linha verde da tela do aparelho permaneceu uma linha perfeita sem nenhuma alteração e o som de “piiiiii...” da máquina pareceu ecoar por toda a Área 51.

Maria colocou a mão no ombro de Fury e tentou consolá-lo de alguma forma.

– Sinto muito, Senhor.

– Não! – Nick berrou em negação, explodindo e tirando a mão de Hill de cima dele. – Não parem! – Ele ordenou para os cientistas do outro lado.

– O que o Senhor quer que façamos? – Um dos cientistas questionou. Nenhum deles se assustou com a reação de Fury, eles interpretaram aquilo como Nick se irritando pela quantidade de fracassos consecutivos.

Fury pensou rápido.

– Apliquem tudo o que restou do soro do Capitão América nela! – Ele ordenou, os cientistas nem notaram que ele falou “nela” ao invés de “no Experimento XX-23”.

– Mas Senhor!... – Um deles protestou. -... Se usarmos tudo na XX-23 não sobrará nada para aplicar nos outros três experimentos que ainda estão congelados...

– A essa altura você ainda acha que se não funcionar nela vai funcionar em qualquer outro?... Apliquem, e não discutam! Ou serão seus empregos em jogo. – Fury comunicou.

Todos se mobilizaram como se ele tivesse falado as palavrinhas mágicas. A verdade era que se XX-23 não fosse reanimada, Fury não dava a mínima para os outros congelados. Nick só se importava com a existência do Projeto Fênix por ela, tudo havia sido feito para trazê-la de volta; ele fez uma promessa por isso há trinta e nove anos atrás quando ela foi congelada para alguém e ainda se sentia na obrigação de cumprir.

– O que devemos fazer agora? – Um cientista se virou para Nick atordoado, ele não estava agindo mais como um cientista, estava sendo apenas um cara que faria de tudo para agradar o chefe e não perder o seu emprego.

– Coloquem-na na cápsula novamente! – Ele berrou.

Nick foi obedecido, e XX-23 foi trancada no gigantesco casulo de metal.

– Devemos banhá-la com, raios vita ou raios gama? – Outro cientista indagou nervoso.

– Eu mandei injetarem o soro do Capitão América, qual radiação você acha que vai ser? – Fury respondeu asperamente.

Os cientistas obedeceram e a banharam com raios vita repetindo a dosagem usada anteriormente, e estavam prontos para abrir a cápsula novamente quando Nick os impediu.

– Não!... Vocês são burros, ou o quê?! Colocaram o quádruplo de soro nela, então ela tem que receber no mínimo o mesmo quádruplo de radiação... Vocês são mesmos cientistas? – Fury explodiu deixando-os mais nervosos e estabanados ainda, mas não o suficiente para impedi-los de fazer o que ele ordenava.

XX-23 ficou quase que uma eternidade sendo banhada pela radiação vita e quando a incidência chegou ao fim, os cientistas tiveram que abrir a cápsula para colocar o Experimento na maca para a ressucitação, acabaram tendo uma imensa surpresa. O Experimento XX-23 havia mudado fisicamente, assim como Steve Rogers havia mudado quando se tornou o Capitão América.

Foram ditos muitos “Oh!”, mesmo surpreso Nick ordenou-os novamente:

– Rápido! Coloquem ela na maca e usem o desfibrilador! – Sem demora ele foi obedecido.

Deram o primeiro, o segundo e o terceiro choque e XX-23 permaneceu com sua linha de frequência cardíaca parada.

– Sinto muito, Senhor, não podemos fazer mais nada. – O mais corajoso dos cientistas se virou para olhar Nick e comunicar a ele a notícia.

Fury se transtornou mais ainda, ele saiu de dentro da proteção formada pela placa de diamante, e mesmo sem vestir proteção alguma contra radiação, tomou o desfibrilador da mão do cientista que o segurava e resolveu ele mesmo tentar reanimá-la.

Nick deu quatro, cinco, seis, sete, oito choques e por aí vai. Quando chegou ao décimo sexto choque ele desistiu e se deu por vencido, devolveu o desfibrilado para o cientista que tomava conta dele e inspirou fundo. Nick Fury, o espião dos espiões, o mais durão de todos, quase chorou.

Mais isso foi até eles escutarem as benditas oscilações na maldita linha verde da máquina de frequência cardíaca, foram “Pii... Pii... Pii... Pii... Pii...” bem marcantes que surpreendeu a todos e não pararam de se repetir enquanto a linha se tornava bastante ziguezagueada.

O Experimento XX-23 deu uma inspirada tão profunda e barulhenta que parecia que ela estava fazendo isso pela primeira vez na vida.

– Rápido! O sedativo! – Um cientista ordenou antes que ela ficasse consciente.

Nick sorriu contente e aliviado, havia cumprido sua promessa.

– Coloquem as três últimas pessoas congeladas novamente na sala das incubadoras! – Ordenou para os cientistas voltando novamente para sua pose de espião de longa data. -... Hill, me ligue com o Diretor da Área 51, preciso comunicá-lo que o Projeto Fênix não poderá mais ser descartado, conseguimos resultados. – Maria Hill sorriu para Nick e o obedeceu contente por ele.

[...]

Os três últimos corpos que sobraram foram reconectados e postos novamente no estado de criogenia ativa, já os outros vinte e três que admitiram o óbito real deveriam ser incinerados. Então, estes foram encaminhados para fora da Área 51 em um caminhão de carga especial que estava sendo guiado pelas dunas do deserto.

Dois agentes da S.H.I.E.L.D. estavam na câmara frontal, um dirigia e o outro checava as coordenadas do equipamento, era uma viagem delicada, já que atravessavam por terra num território inóspito. Dentro do compartimento de carga todos os corpos mortos estavam organizados no “chão” de metal da câmara, um do lado do outro, cada um em um saco prateado especial.

Todos inertes em seu estado de óbito partiam em direção ao incinerador que não ficava tão longe assim, até que dentro de um dos sacos prateados alguém inspirou profundamente e começou a se contorcer. Um deles não estava realmente morto.

O saco foi rasgado de dentro para fora com as próprias mãos da pessoa, ela que na verdade era “ele” sentou-se e olhou para tudo ao seu redor assustado sem entender do que tudo se tratava, notou o símbolo da S.H.I.E.L.D. sobre cada um dos sacos prateados ao seu redor, mas não teve muita noção do que se tratava, ele não tinha memória, não sabia nem quem era.

Ele resolveu se levantar e viu que vestia uma camisola cirúrgica apenas, em seu pulso esquerdo havia uma pulseira também com o símbolo da S.H.I.E.L.D. impresso e uma identificação que dizia “Experimento XY-32”.

De repente, as mãos de XY-32 começaram a se contorcer sozinhas, e a contorção se alastrou por todo o corpo fazendo-o cair sobre uns sacos de corpos e gritar de dor, mas o barulho do próprio motor do caminhão e das rodas atravessando a fina areia alaranjada do deserto impediram os agentes de escutá-lo. XY-32 ficou ali até que os espasmos pararam sozinhos, ele tornou a se levantar, mas ele estava diferente, mais forte, e conseguia sentir isso.

O Experimento XY-32 correu até a porta dos fundos do caminhão, por cima dos corpos, e sem conseguir controlar sua própria velocidade, atravessou o metal deixando um buraco que só mais tarde quando os agentes chegassem ao incinerador descobririam. XY-32 desapareceu nas areias daquele deserto.


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Notas finais do capítulo

XX-23 e XY-32, o trocadilho entre os números foi totalmente intencional... ;)
.
Não esqueça do review para me deixar feliz :D
Até o próximo capítulo ^-^