The Avengers: XX-23 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 15
Capítulo XIV - Um Pouco De Sinceridade


Notas iniciais do capítulo

Olha como a vida é linda, vocês comentam e eu posto mais rápido :D
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Espero que gostem desse capítulo

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"Eu costumava pensar que um dia ia contar a nossa história
Como nos conhecemos e tudo aconteceu instantaneamente
As pessoas diriam: "eles são os sortudos"
Eu costumava achar que o meu lugar era um local próximo a você
Agora eu estou procurando por uma cadeira vazia
Porque ultimamente eu não sei em que página você está
Oh, uma simples complicação, falhas de comunicação destruiram tudo
Tantas coisas que eu queria que você soubesse
Tantos muros que eu não pude quebrar
.
Agora estou sozinha em uma sala lotada
E não estamos nos falando
E eu estou morrendo de vontade de saber: isso mata você de alguma forma, como mata a mim?
Eu não sei o que dizer sobre a reviravolta do destino quando tudo se quebrou
E nossa história se parece com uma tragédia agora. Próximo capítulo" - The Story of Us (Taylor Swift)
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Link camuflado nas seguintes palavras:
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"bem disfarçada"-----> Música (The Story Of Us - Taylor Swift)



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Os dias que se seguiram após o passeio de Lola e Steve pelas ruas de Nova York foram os mais confusos e intrigantes possíveis para Rogers, até a chegada da quarta-feira que era reservada a ele. A garota o evitava e rejeitava de uma forma não muito bem disfarçada.

Sempre que eles se encontravam pelos corredores ela fugia de Steve, dizia que estava atrasada para uma aula, ou que tinha que se encontrar com algum outro agente.

Lola era uma pessoa carismática e agradável de conviver, então não foi preciso muito tempo para que a garota fizesse amizade com um monte de outros agentes que viviam de lá para cá no prédio, logo, durante as refeições ela fez o máximo para não sentar-se à mesa com os Vingadores. Lola se sentava agora com seus novos amigos agentes.

– O que houve com vocês dois? – Romanoff perguntou observando Rogers olhar para Lola sentada em outra mesa conversando com uma mulher.

– Por que acha que aconteceu alguma coisa? – Steve voltou rabugento para seu prato.

– Porque vocês pareciam inseparáveis...?! – Barton disse obviamente engolindo um pouco de seu suco de laranja.

– Nada aconteceu. – Steve retrucou. Natasha e Clint se entreolharam, enquanto Bruce estava distraído, provavelmente consertando algum de seus projetos mentalmente.

...

Quando a quarta-feira finalmente chegou, Lola não teve como fugir, teve que ter um dia inteiro de treinos dirigidos pelo Capitão América. Mas é claro que as coisas não foram como antes.

Ela seguiu uma série de exercícios de aquecimentos passada por ele, depois passou a manhã toda fazendo escalamentos, primeiro na rede militar dele e depois na parede personalizada, sem permitir que qualquer conversa ganhasse asas. Na hora do almoço ela se sentou com outros agentes e Steve foi almoçar com os outros Vingadores.

Depois eles retomaram juntos as atividades vespertinas. Rogers a guiou por mais uma gama de exercícios de alongamento e depois eles testaram levantamentos de peso, e como sempre, ela surpreendia com suas capacidades adquiridas graças à experiência feita nela, Lola começou levantando pesos pequenos e finalizou levantando um peso aproximado do que Steve conseguia levantar.

O final da “aula/teste” chegou, Lola começou a secar o suor que pingava de seu rosto com uma toalha branca e já estava prestes a sair, quando Steve que mexia em uma mochila militar resolveu explodir uma pergunta que o incomodou o dia inteiro:

– Por quê?

– O quê? – A garota que já estava saindo se virou para encará-lo fingindo-se de desentendida.

– Por que você está agindo assim comigo desde que voltamos do passeio aquele dia? – Steve parou de encher a mochila com suas coisas e a fitou.

– Não sei do que você está falando. – Lola continuava fingindo pessimamente.

– O que eu te fiz?... Em quê eu te incomodei? – Ele insistiu ignorando a atuação dela.

– É melhor deixar tudo como está... Você saber não melhorará a coisas... – Ela implorou com os olhos.

– Eu preciso saber. – Steve continuava insistindo.

– Está bem!... – Lola disse como se estivesse explodindo sem paciência. -... Nós estávamos nos tornando amigos, mas isso não é certo... Eu sou cubana, e eu estava com a minha família em Cuba quando a tragédia que eu te contei aconteceu, e aqueles homens que assassinaram minha família sem motivo algum eram soldados americanos...

Steve ficava cada vez mais boquiaberto e chocado à medida que ela falava.

–... Desde aquele dia eu decidi que odiaria os Estados Unidos para todo o sempre, e você... E você... E Você é o Capitão América!... Você é o país em pessoa!... – Lola explicava.

– Mas... Aqueles soldados... Não representam uma nação inteira!... – Rogers estava chocado. Como ela podia odiar o país que ele tanto amava? A sua pátria.

– Não importa!... Quando você era para mim apenas um americano normal era uma coisa, mas agora... Você é o... – Ela não conseguiu dizer “Capitão América” graças a repulsa que sentia por dentro.

Mesmo pasmo, Steve ainda tentou encontrar uma forma deles conseguirem se reconciliar, ele já estava gostando muito dela para desistir do que é que eles tinham por causa de uma decisão que Lola havia tomando quando era uma criança e tinha acabado de passar por uma tragédia altamente traumatizante.

– Mas nós devemos encontrar uma maneira de superar isso... Podemos continuar sendo amigos... – Ele tentava amenizar a situação.

– Não, não podemos! – Lola exclamou rispidamente. -... Eu não quero mais ser sua amiga... Não quero ter nenhum tipo de relacionamento com o Capitão América!

Lola abandonou Steve na sala. Este por dentro sentia um mix de sentimentos, ele estava triste, magoado e ao mesmo tempo sentia raiva da situação, e pena da garota traumatizada.

[...]

Após o treinamento, Rogers dirigiu-se para seu quarto. Tomou um banho e não saiu para jantar, resolveu ficar por lá o resto da noite, processando as coisas que tinha escutado sair da boca de Lola, e ela tinha razão, Steve saber o motivo dela ter se afastado não melhorava as coisas.

Ele refletia sozinho sentado na poltrona de seu quarto quando alguém bate na porta. Rogers se levantou para abrir e se deparou com a pessoa que menos esperava ver ali em sua frente.

– Lola! – Exclamou surpreso.

– Oi... – A garota disse sem jeito mordendo o lábio inferior. -... Preciso falar com você. Posso entrar?

Steve franziu o cenho confuso.

– Pode. – Ele permitiu com uma voz ressentida e saiu do meio do caminho para que ela passasse.

Aquilo a deixou um pouco atordoada, apesar de estar ali pedindo para entrar, a garota esperava realmente ser escorraçada. Lola adentrou o cômodo como um bichinho acuado.

Steve fechou a porta e disse indicando para o sofá:

– Sente-se, por favor. – Rogers falou educadamente enquanto ele mesmo sentava na beirada de sua cama.

Lola se sentou um pouco encolhida.

– Olha, Steve, não quero enrolar... Eu vim aqui me desculpar pela forma que te tratei hoje e que venho te tratando nesses últimos dias... – Ela começou a explicar e quase apertou os olhos esperando que fosse ser agora que Steve iria enxotá-la.

Rogers apenas permaneceu calado, algo dizia para ele que ainda tinha história para ela contar. E estava certo, Lola continuou o pedido de desculpa misturando-o com um desabafo.

–... Quando aconteceu a tragédia com a minha família eu fiquei bastante atordoada e, segundo os psicólogos pelos quais passei, como consequência do trauma comecei a tomar certas atitudes como se elas fossem remediar esse passado, dentre elas está esse meu ódio pelos Estados Unidos... Isso foi muito triste para o meu pai, pois ele é americano, minha mãe é quem era cubana... Durante um longo período da minha infância, meu pai tentava me fazer parar de ter esse ódio... Ele tentava me mostrar coisas boas feitas pelos americanos, mas nada nunca me convenceu... E teve uma época que ele teve a ideia de tentar me convencer apresentando o Capitão América para mim... O quanto o patriotismo dele representava que o país não era tão ruim assim... – Lola ainda se explicava.

Steve se consertou na cama e prestou uma atenção diferente quando o assunto começou a abandonar o lado do trauma e se voltou para ele pessoalmente.

–... Meu pai me contou várias histórias sobre as façanhas do “Capitão América”... Ele me obrigou a assistir todos os filmes que você tinha feito... Mas essa tentativa de te usar só me fez criar mais raiva ainda do que você representava... Me sinto uma completa idiota por isso, quer dizer... Eu assisti TODOS os seus filmes, tudo bem que eram em preto e branco, e que eu era criança quando assisti, mas não há explicação pelo fato de eu não ter sido capaz de te reconhecer cara a cara... Talvez seja porque eu assistia tão contrariada e cheia de ódio que nem sequer queria prestar atenção no seu rosto...

Steve a interrompeu.

– Eu entendo o fato de você ter reagido dessa forma ao seu trauma, através do ódio naquela época... Mas não entendo o fato de você querer descontar isso aqui e agora no que eu pensei que estava sendo uma amizade sincera em crescimento. – Ele foi honesto.

– Steve... Sei que é muito imaturo da minha parte, mas eu nunca parei para pensar em quem era a pessoa por trás do uniforme tricolor... E sem saber eu acabei conhecendo por coincidência do destino, e fiquei muito irritada por isso no início, porque eu comecei a gostar dessa pessoa... – Lola tentava se fazer entender.

Rogers sentiu uma pontada de esperança de que tudo ia ficar bem e os dois iam reatar a amizade.

–... Hoje eu sei entender que você não tem nada a ver com o que aconteceu comigo e nem os americanos em geral... Muita coisa mudou em mim quando eu fui despertada... Mas eu não mudei assim da água para o vinho, ainda tenho um rancor dentro de mim, quero que ele passe, sei que um dia conseguirei superar isso, só que esse dia ainda não é hoje... Apenas posso dizer a você que agora, nesse momento, eu não quero ser amiga do Capitão América... – A garota ainda se explicava.

As esperanças dele foram dilaceradas com essas palavras, mas ela continuou falando:

–... Mas eu gostaria muito de continuar sendo amiga de Steven G. Rogers, se ele conseguir me perdoar. – Lola o olhou esperançosa, afinal ele a havia permitido falar por todo esse tempo e não a expulsara do quarto.

– Ele consegue. – Steve sorriu para ela e rapidamente se levantou para sentar ao seu lado. Rogers pegou as duas mãos da garota e as envolveu com as próprias mãos.

Lola encarou as mãos dele nas dela e depois sorriu para Steve.

– Eu sou uma tola com a alma estragada, tem certeza disso? – Disse ela parando o sorriso.

– Absoluta. – Disse Steve, seus olhos azuis se intercalaram entre os olhos castanhos de Lola, e seus lábios rosados.

Além de ninguém nunca ter feito com ela o que Steve parecia que ia fazer, a garota não sabia como reagir a tal situação, então ela literalmente pulou do sofá se afastando dele e disse:

– É melhor eu ir embora, ou os agentes que vistoriam as câmeras dos corredores vão pensar bobagem de nós aqui sozinhos trancados à noite... – Lola forçou um sorriso desconcertado.

– Você está certa. – Steve concordou e se levantou para abrir a porta para ela.

Eles se despediram, e Rogers pode sorrir sozinho tendo a certeza de que agora tudo ficaria mesmo bem; pelo menos era o que ele esperava.


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Notas finais do capítulo

"Eu não sei o que dizer sobre a reviravolta do destino quando tudo se quebrou
E nossa história se parece com uma tragédia agora. Fim" - The Story Of Us (Taylor Swift)
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CUBA X ESTADOS UNIDOS
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Alguém diria isso?
Adoro misturar a história real do mundo com minhas loucuras fanficcionais *-*
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Não haverá trailer outra vez, porque o próximo capítulo é a Season Finale, e depois dele só teremos o epílogo para finalizar tudo :D
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P.s: Quero muito saber o quanto surpreendi vocês com esse capítulo e o que acharam.
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Beijos