CAPITULO XXVI - TORTURAS

– É claro que não ficaremos aqui. –falei. – daqui a uma hora nos encontramos na saída do castelo. Nem um minuto antes nem um minuto depois.

Exatamente 1 hora depois estávamos todos na entrada do castelo.

– Ainda não acredito que estamos fazendo isso! – Ron dizia.

– Ronald Weasley! Ou você para ou você fica! – falei.

– É verdade. Deixa de ser chato garoto! – Mione me apoiou.

– Então. Qual é o plano? – Mateus perguntou.

– É o seguinte. Vamos aparatar do lado de fora. Lá iremos nos dividir. Eu, Draco, Harry, Gina, Blásio e Isa. Camila, Mateus, Rafa e Figia. E o ultimo Ron, Hermione, Theo e Bruna. Ai la dentro nos separamos. Caso algo aconteça, mandem um patrono. Entendido? – todos concordaram. – vamos.

Aparatamos no lado de fora de onde os aurores e meu pai estavam. Era uma casa muito grande e negra. Parecia que aquele lugar nunca teve cor, pois até o céu naquela região era mais escuro que o resto da rua.

– Eu, Draco, Harry, Gina, Blásio e Isa entramos primeiro. Contem até 30 e o próximo grupo entra. Eles entrando o último grupo conta até 15 e entra também. Evitem seguir os mesmos rastros.

– Boa sorte a todos. E cuidado. Varinha sempre em punho. – Draco disse.

– Não se esqueçam de pedir ajuda sempre que precisarem. – Theo disse.

– Vamos. – Isa disse e fomos. – Me dá a mão Blás!

– Calma isa. Ta todo mundo aqui. – Ele disse.

– Por enquanto. – ouvimos a voz da maior vadia seguida de uma voz diabólica.

Estávamos na área principal da casa, bem no meio do saguão de entrada. O lugar era horripilante. Vermelho sangue eram as paredes e haviam mesas altas e não muito largas negras encostadas nas paredes com portas retratos também negros. Nesses porta-retratos haviam fotos de uma família nada atraente. Bellatrix, Amanda e Joseph Guess.

Haviam quadros como os de Hogwarts que se mexiam, e estes faziam caretas para nós, menos para Draco e Blásio já que eram puro-sangue. Gina também era, mas era considerada traidora do sangue, por isso, também recebia caretas. Cada careta que eu recebia, era um dedo médio aparecendo para os quadros.

– Ora, vejam só! Temos convidados. – ela riu-se novamente.

– Onde está o meu pai?! – Harry berrou.

– O seu pai e amigos levaram todos que estavam aqui. Mas eu não estava aqui com a angel. – ela desprezou a minha angel?! – sabem o que vai acontecer com a menina Potter?! Ficará órfã. Coitada não é mesmo? – ela estralou os dedos e os pais de Laís apareceram amarrados numa cadeira e Laís apareceu presa numa gaiola. – Será incrível ver a dor nos olhos da pequena Lauren, não acham?

– SUA VADIA! BRIGUE COM ALGUEM DO SEU TAMANHO! ELES NÃO FIZERAM NADA PARA VOCE FAZER ISSO! – berrei.

– FIZERAM SIM! ELES SÃO MUITO BEM VISTOS NA SOCIEDADE BRUXA! E SÃO SANGUES-RUINS! EU SOU SANGUE-PURO! DEVIA SER N´´OS, OS SANGUES-PUROS QUE DEVIAM SER BEM VISTOS NA SOCIEDADE!

– MUITO PELO CONTRÁRIO! SABE POR QUE VOCÊ E SUA LAIA NÃO SÃO BEM VISTOS?! PELO QUE VOCÊ FAZ! NINGUEM TEM O DIREITO DE TIRAR UMA VIDA POR ACHAR ISSO SER CERTO! MUITO MENOS VOCE! – Draco berrou. – EU TTAMBEM SOU SANGUE-PURO E NÃO É POR ISSO QUE NÃO TENHO AMIGOS QUE SÃO NASCIDOS TROUXAS OU MESTIÇOS! ELES SÃO COMO NÓS! PODEM FAZER TUDO O QUE FAZEMOS!

– NÃO! PORQUE EU NÃO VOU DEIXAR! – Amanda berrou. – CRUCCIO! – ela torturou os pais de Laís.

– PARA COM ISSO! NÃO FAZ ISSO COM ELES! FAZ COMIGO! – Laís pedia.

– Vamos deixar as coisas melhores. – de repente 10 portas apareceram em nossa frente, no mesmo momento em que Mateus, Camila, Rafa e Figia chegavam. Ouvimos um estalar de dedos e o choro de Laís vindo da nona porta.

– Vá atrás dela. – Isa disse. – nós damos um jeito na Guess.

– Draco! Vem! – berrei e corri na direção do choro da angel.

Ela estava toda cortada e se contorcia no chão da sala gelada. Essa sala era pior que a anterior. Era vermelho sangue e tinha sangue escorrendo pelas paredes, fora o sangue seco que se encontrava nas mesmas.

“- essa sala é assustadora. – Draco falou na minha mente.”

Ah, falei que de uns tempos para cá nós conseguimos entrar na mente um do outro mesmo acordados? No começo nós perdíamos muita energia, mas agora ta de boa.

“- Nem me fale. A gente precisa tirar a angel dali Draco! – falei por pensamento muito abalada.

– Você que tem bons planos aqui! Nem fale que não porque tem sim.”

Não discuti. Se eu tenho os melhores planos, então faremos assim.

– Por que você quer ela Guess? – Isa perguntou.

– Porque eu preciso me vingar de vocês amorzinhos. – Guess respondeu falsamente meiga. – Por que não torturar uma alma inocente? Sabiam que o sangue inocente é o mais saboroso? – ela disse e lambeu os lábios.

– Fique com um de nós. Não com ela. – Blásio disse.

– Fique comigo e deixe eles em paz. – Harry se pronunciou.

– Ta maluco Harry? – ouvi Gina sussurrar. – Ela vai matar não só a Laís, como todos nós. Não adianta falar para ela ficar com você se ela vai matar todos nós.

“- Distraia ela que vou mandar eles saírem daqui. Sem perguntas.” Falei para Draco que obedeceu.

Enquanto Draco distraia a vadia, vaca, puta, prostituta, e todos os piores nomes que cabem a ser citados sobre ela, da Amanda, fui falar com o pessoal.

– Saiam daqui sem ser vistos e vão atrás dos outros. Mandem um patrono para meu pai pedindo ajuda e levem Draco junto. Eu resolvo as coisas por aqui.

– Ta maluca? – Blásio disse. – Olha, não quer dizer que nós somos da sonserina que não somos corajosos. Nós vamos enfrentar isso com você.

– Não. Vocês vão fazer o que pedi. – falei. - Ou vocês verão meu lado sonserina nessa jossa.

Mesmo correndo perigo, eu sempre tendo bom humor! Só que não né.

– Mesmo em perigo fazendo piada. Ai ai. – Draco disse e levou uma cotovelada da Gina.

– Agora não idiota! – Isa falou. E Blásio segurava o riso.

– America! Nós vamos te ajudar! – Harry disse.

– Façam o que mandei caralho! É difícil de entender que eu vou resolver as coisas aqui e vocês vão colaborar. Não é mesmo irmãozinho? – falei com veneno escorrendo pela minha voz.

– Não adianta discutir. Maluquice vem de família. – Gina disse.

– Pelo menos minha cunhada acredita em mim. – falei isso e isa me abraçou.

– Toma cuidado. Nós vamos pedir ajuda.

Dito isso ela saiu e falei para Draco, por mente é claro, que ele podia sair também.

– Então a capitã mandou os peões saírem de campo. Que interessante... Assim podemos resolver nossos problemas em particular não acha? – Guess falou. – Já estava na hora de ficarmos a sós. – dito isso a Laís desapareceu, deixando somente o eco de seu choro. – Ah! Choro de criança! Ótima melodia não acha?

– O que você quer agora? Já não basta ter acabado com os sentimentos de uma criança de 11 anos, vai querer destruir agora de uma adolescente de 17?

– Você se lembra o dia em que comecei a te odiar, não lembra?

– Como esquecer não é mesmo? – falei me lembrando.

“ Já que mudamos o futuro e meus pais estavam vivos, quando tinha 9 anos, num Natal que passamos na casa de uns amigos de trabalho do papai, Amanda Guess estava lá. Quando os pais dela ainda enganavam todos dizendo serem contra as artes das trevas, a família Guess fazia parte do grupo de amigos dos adultos.

Eu desde pequena adorava fazer marotagens e estudar. As coisas que puxei de meus pais.

Eu estava sentada embaixo de uma árvore lendo a história da Cinderela, quando ela sentou do meu lado.

– Oi America!

– Oi Amanda! Como vai?

– Bem, obrigada. E você?

– Bem também.

– Quer ir brincar de pular corda?

– Não, não estou muito afim. – disse e voltei a ler.

– Você vai se arrepender de dizer não pra mim. – escutei ela sussurrar.

– O que disse?

– Nada. Não falei nada, está maluca? – ela disse num tom divertido.

– Pensei ter ouvido você falar... Ah, deixa para lá.

Disse e ela saiu, indo brincar de pular corda com outras meninas.

Depois que almoçamos, eu sentei na beira do lago que havia perto do lugar onde estava sendo o almoço e senti mãos no meu pescoço.

– Deveria saber Potter, ninguém diz não para mim. – dito isso ela apertou mais ainda meu pescoço que mais tarde veio a ficar as marcas de dedos, e me jogou no lago.

– AMANDA! – foi a última coisa que havia escutado antes de cair dentro do lago e me afogar.

Mais tarde no hospital, fiquei sabendo que os pais de Amanda bateram no rosto dela por ter feito aquilo comigo, e desde então, ela me odiava.”

– Pois, mas deveria saber que meus pais bateram em mim só para não falarem que não sabem educar a filha, pois chegando em casa, ganhei até presentes por ter feito algo ruim a alguém.

– Você me enoja garota. Como pode ser tão... tão má para alguém? Eu só tinha 9 anos, e você me afogou por não ter ido brincar com você!

– MAS VOCÊ TINHA QUE APRENDER QUE COMIGO NÃO SE PODE DIZER NÃO!

– VOCÊ SÓ FALA ISSO PORQUE SEUS PAIS NÃO TE AMAM! VOCÊ NÃO SABE O QUE É SER AMADA DE VERDADE! E SABE O QUE VOCÊ VAI FAZER? VAI ME LEVAR ATÉ A LAÍS, E VAI DEIXAR TODO MUNDO EM PAZ! OU EU MESMA IREI ACABAR COM A SUA RAÇA! – falei com todo o ódio reprimido dela.

– NÃO VOU FAZER ISSO! – ela berrou de volta. Peguei minha varinha.

– Cruccio. – lancei a maldição nela, que infelizmente conseguiu usar protego e o feitiço ricocheteou e veio em minha direção. Eu não consegui desviar e a maldição veio contudo em mim.

– Achou mesmo que ia me torturar? – ela deu uma risada fria. – Sinto muito, mas quem tortura aqui sou eu. CRUCCIO.

Senti que meus ossos pegavam fogo, e que os mesmos se contorciam dentro de mim.

– Oh queridinha! Estás sentindo dor, estas? Que pecado! – dito isso, ela jogou novamente a maldição da tortura em mim. E de novo. E de novo.

Com as últimas forças que me restavam, entrei na mente de Draco.

P.O.V DRACO

Estávamos procurando o lugar em que os outros estavam. Depois de muita procura, achamos todos eles numa sala totalmente preta, com as paredes forradas com veludo preto.

– America pediu para enviarmos um patrono para o pai. – Isa falou e foi abraçar as amigas.

– Por que vocês deixaram aquela maluca sozinha com a America? – Theo perguntou.

Então expliquei para eles tudo o que ela havia me dito, até que um grito nos fez calar-nos.

– SOCORRO! – acompanhado de um choro.

– ANGEL! – todos nós falamos juntos.

– Onde será que ela está? – Figia perguntou. Apareceram 3 portas, ambas abriram ao mesmo tempo e saiu novamente o choro de angel.

– Vamos nos dividir. – Bruna disse. – Luna, Neville,Draco, Harry e Gina, primeira porta. Rafa, Figia, Mateus, Ron e Camila, segunda porta. Eu, Theo, Isa, Blásio e Mione, ultima porta.

“Me ajuda... ela.... Matar... eu... vai.”

– CALMA! – berrei e todos olharam para mim. – A America, acabou de pedir ajuda.

“rapido... eu.. Não.... aguent...”

– Onde ela ta? – Hermione quase gritou.

– Eu não sei! Era uma destas portas que apareciam! – falei assustado.

– Merda! Merda! Merda! – isa falava. - onde eu tava com a cabeça para deixar ela lá!

– Calma! Vai ficar tudo bem! – Figia disse.

– Não vai ficar tudo bem! ELA DISSE QUE A GUESS IA MATAR ELA! ELA NÃO AGUENTA MAIS! E NEM TERMINO DE FALAR! ELA JÁ DEVE TA MORRENDO, E EU NÃO VOU DEIXAR ISSO ACONTECER. PEÇAM AJUDA E ACHEM A ANGEL, EU VOU ATRAS DA AMERICA. – falando isso comecei a correr pela casa, até que achei uma escadaria. Subi, nos 2 primeiros andares, não havia nem u sinal de vida. Subi mais e mais. Até que cheguei no 4 andar da casa. Ali, havia choro de criança e... Gritos de dor. Merda!

Entrei na porta em que havia os gritos de dores, e America caída no chão.

– SUA VADIA! COMO VOCÊ PODE?! – gritei e desarmei a filha da puta da Guess.

– Awn! Veio salvar a amadinha é? – ela fez cara de inocente. – Pena que ela só precise de um caixão. Ela iria adorar um bem colorido, alegre. Faça um funeral descente para a mocinha, Malfoy. Coloque músicas também. Ela adorava músicas trouxas não é? – ela disse e riu.

Isso não pode acontecer. Ela não pode morrer. Não agora.