Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 52
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

Oii gente que provavelmente qrem me matar. Me escondo atras do armario para nao levar pedrada.Mas antes que me joguem pedra deixa eu dizer q tava com saudades e dar explicaçoes Bem eu explico a minha demora. Eu como uma pessoa muito boa, fui fazer uma caridade. uma amiga minha entrou em licença maternidade e nao tinha ninguem para substitui-la entao la fui eu fazer uma boa açao. Mas o que eu nao sabia qdo aceitei era que o lugar era longe e que eu chegaria super tarde em casa. Fora q tem alguns sabados que eu trabalho entao nao tenho mais tempo livre. Eu estava escrevendo aos pouquinhos no meu horario de almoço, e tentando digitar no trampo. Pq esse patrao nao e legal q nem o antigo q me deixava digitar textos sem ser do trampo. Bem é issoBem hj temos o castigo do Steve (finaly) eu mudei algumas coisas,pq tinha ficado muito forte - ainda esta um pouco - e provavelmente o Nyah iria bloquear minha conta. Mas vcs vao entender os motivosSegundo tem a Bells contando para o Ed q ele vai ser pai, mas para saber a reaçao so lendo mesmo. Tem bastante Ed, um pouquinho de Bella, e um mini da Britanny q endoidou de vez.Esse capitulo tem mais coisa, mas vou jogar para o proximo pq se nao eu nao conseguiria postar hoje. Bem eh issoMil desculpas pela demoraprometo nao demorar tanto de novo.Muitos ROBeijosboa leituraamo vcs



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Edward

Fiquei com Bella em seu novo quarto até escurecer. Já estava quase na hora de executar minha vingança.

Eu iria livrar o mundo daquele ser inútil hoje mesmo. Não poderia deixá-lo vivo não depois do que ele fez.

Cheguei à sala a tempo de ver os policiais saindo. Deu muito trabalho convencê-los de que Bella não estava em condições de dar nenhum depoimento. E eles só desistiram depois de Carlisle interferir na discussão entre eles e o senhor Swan, alegando que Bella ainda estava em choque e não tinha condições de falar nada, mas garantiu que no dia seguinte ele mesmo faria o exame de corpo de delito.

Não esperei para ver como terminava aquela discussão, não queria perder tempo.

Emmett e Jasper já me esperavam do lado de fora. Ambos estavam sedentos para por as mãos no crápula. Até poderia deixar os dois se divertirem um pouquinho torturando o canalha, mas o golpe final teria que ser meu.

Lembrei-me do olhar do olhar de Carlisle enquanto eu me dirigia até a porta, ele suplicava por pensamentos para que eu não fizesse aquilo, que deixasse para os Volturi resolver, mas eu não podia fazer isso, era minha obrigação para com Bella. Não mereceria o amor dela se deixasse outro se vingar no meu lugar.

Enquanto andava até o carro de Emmett vinha toda hora em minha cabeça o olhar suplicante de meu pai, porem não havia só a suplica para que eu não matasse Steve, ele me escondia algo, algo muito importante e que tinha haver com Bella, mas eu insistiria nisso depois, no momento eu tinha algo mais importante para resolver. Tinha um safado para liquidar.

Fiquei surpreso quando entrei no carro e vi Alice e Rose no banco traseiro do jipe.

“Não nos olhe assim Edward, não vai se divertir sozinho.” – Pensou Alice antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

-- Pensei que vocês iam ficar para ajudar a cuidar da Bella. – Comentei dando de ombros.

-- Bella está bem assistida. Leah ficou de nos ligar caso algo acontecesse com ela, o que eu duvido, já que a quantidade de remédios para dor que Carlisle deu a ela, vai fazê-la dormir até amanhã. – Disse Rose olhando para as unhas perfeitas.

Apesar de estar muito preocupada com Bella, Rosálie não queria perder a oportunidade de lembrá-lo da ameaça que fez a Steve e não duvidava nada que ela fosse capaz de por em pratica.

-- Tudo bem, como dizem quanto mais, melhor. – Elas abriram um sorriso imenso. Não iria falar para elas, que elas não poderiam ir, seria capaz delas me matarem junto com o Steve. – Mas o canalha é por minha conta! – Exclamei deixando bem claro, que quem iria matar o crápula seria eu e mais ninguém.

Emmett deu a partida e logo estavam a caminho da delegacia de Forks.

Não foi difícil entrar na pequena delegacia de Forks, uma vez que o subdelegado que era responsável pelo plantão da noite estava em um sono pesado, sonhando com cerveja, mulheres e boliches, mas mesmo se ele estivesse acordado não nos pegaria, mas era melhor que ele estivesse dormindo.

Seguimos em direção de onde ficavam as três pequenas celas. Forks não era grande e quase não havia ocorrências para que as celas ficassem cheias, (a não ser quando alguém dava uma de engraçadinho e dirigia embriagado ou passava do limite de velocidade) na  verdade elas quase nunca ficavam e quando havia algo grande – o que raramente acontecia – era mandado para Seattle, como no caso de Steve, mas isso não iria acontecer. Provavelmente ele logo seria solto por causa da influencia do cunhado. E se ele voltasse para tentar raptar Bella? E se ele tentasse violentar outra garota?

Não poderia deixar isso acontecer. Não estava protegendo somente minha amada, mas amada de outro alguém.

Steve estava na ultima cela e dormia tranquilamente, até sorria. Em seu sonho ele saia da cadeia e convencia Bella a ir viver com ele em Paris. Ele era tão patético quanto Mike Newton, até parece que Bella iria querer ir, ou eu deixaria levá-la.

Arrombei a grade da cela fazendo Steve despertar e logo sai dali. Foi tudo tão rápido que, o que chamou a atenção dele foi o barulho do aço partindo. Escondi-me na floresta junto com meus irmãos e esperei.

Assim como Alice previu e todos nós sabíamos que ele faria. Steve saiu da delegacia rindo consigo mesmo pela sorte, e se achando muito esperto, por não ter acordado o subdelegado.

Ah, se ele soubesse que Alice havia mandado mais cedo uma cesta com chá e café com um calmante extra forte para o delegado não ficaria se gabando. E se soubesse o que esperava do lado de fora, teria preferido ficar preso.

O safado ainda teve a audácia de roubar as chaves da radiopatrulha, aproveitando que o subdelegado estava dopado. Deixamos que ele curtisse a liberdade um pouquinho.

Quando não consegui mais ler seus pensamentos entramos no carro de Emmett e começamos a caçada.

Alice, Rose e eu ficamos com o Jipe de Emmett. Jasper havia buscado sua moto e Emmett pegou a de Paul. Alice nos guiava enquanto eu ainda não podia ler a mente de Steve, mas foi só por alguns poucos minutos. Logo estávamos perto o bastante para ouvi-lo.

“Paro em um motel para dormir e ligo para Violah deixar tudo pronto. Só vou precisar de alguém para buscar minha Bella” - Cara de pau. Mal ele sabia que não chegaria nem na metade do caminho.

Antes que ele pudesse chegar a algum lugar onde ele pudesse ligar para a irmã Jasper e Emmett o fecharam, o obrigando a parar o carro bruscamente. Ouvi os xingos e impropérios que ele soltava ao sair do carro. Era a minha deixa.

Rose, Alice e eu saímos do carro ao mesmo tempo.

Steve continuava xingando Jazz e Emmett que ainda não haviam tirado os capacetes. Ele nem percebeu que tínhamos nos aproximado.

-- Tirem os capacetes – pedi em um tom que só conseguíamos ouvir. Prontamente Emmett e Jasper obedeceram.

Emmett abriu um sorriso largo ai ver a expressão de choque de Steve, cujos pensamentos estavam incoerentes e não conseguia dizer uma única palavra. Tenho que admitir que estava engraçado ver Steve quase mijar nas calças, mas eu queria acabar com isso logo e voltar para minha Bella.

-- Como vai Steve? Está indo em algum lugar? – Perguntei com calma.

-- Você?! – Exclamou irritado. – Seu moleque atrevido. Acha que vai conseguir me deter? Eu acho que não. Eu vou embora e vou levar a Bella comigo.

-- Vai sonhando Steve. Vai sonhando. – Eu tentava manter a calma, mas se ele continuasse com aqueles pensamentos eu iria mata-lo ali mesmo.

-- Ah Cullen, como você é ingênuo. A Bella só usa você para disfarçar. Ela gosta de homem de verdade, não de playboyzinhos filhinhos de papai. – Ele suspirou. – Ela me ama sabe? – Além de louco era extremamente convencido, eu mereço.

-- Você é louco Newman.

-- Louco de amor. Bella acabou de me ligar, está fazendo as malas para ir embora comigo. – Ela soltou uma gargalhada. – Ela fez uma declaração linda de amor pelo telefone, disse que me amava, que não poderia mais viver se mim. Que está louca para ser minha de novo, para fazê-la gemer como uma cadela...

Ele não terminou seus pensamentos porque eu o acertei com um soco. Pude sentir seu maxilar quebrando contra meu punho e o sangue escorrer por sua boca. Infelizmente o soco não foi o suficiente para matar o filho da puta, mas o deixaria desacordado por algumas horas, o que era péssimo porque ele tinha que estar bem acordado para o que o aguardava.

“Edward o que foi que você fez?” - Perguntou Alice alarmada. – “Não estou entendendo, eu vi uma coisa, e aconteceu outra...”

-- Eu não sei como consegui me controlar um pouco na hora de dar o soco na cara dele. – Expliquei à ela.

Provavelmente ela deveria estar muito confusa, porque me viu realmente matando Steve, mas na hora não sei como eu consegui me refrear e diminuir um pouco o impacto da minha mão em seu rosto.

-- Tudo bem eu sou culpado. – Disse Jasper levantando a mão. – Eu percebi que os sentimentos de Edward eram homicidas, mas também sabia que ele iria se arrepender depois.

Eu o olhei chocado. E desde quando Jasper consegue ser mais rápido do que minha leitura de pensamentos. Talvez eu estivesse com tanto ódio que não percebia nada a minha volta, a não ser a vontade de matar aquele desgraçado.

-- Obrigada Jasper. Eu realmente iria me arrepender depois, mas não consegui me controlar ouvindo-o falar absurdos de Bella.

Todos murmuraram que entendiam, então decidimos amarrar o crápula e leva-lo até o local que reservamos especialmente para isso. Ficava perto da clareira onde sempre íamos treinar, mas era um pouco mais fechado.

Amarramos o corpo inerte de Steve – que já estava voltando a si – em uma árvore e acendemos uma fogueira.

                “Merda que dor de cabeça, e meu maxilar dói muito. O que aconteceu comigo? Onde estou? Por que estou amarrado?” – Os pensamentos de Steve me alertaram de que ele já estava acordado.

-- Bom dia, Bela Adormecida. – Caçoou Emmett chegando perto dele. – Até que em fim. Achamos que não iria mais acordar, e isso seria péssimo, perderia toda a graça.

Emm abriu seu sorriso de covinhas – mas que dava mais medo do que encantava – e isso fez com que Steve arregalasse os olhos. Ele tentava falar, mas por causa de seu maxilar quebrado ele não conseguia abrir a boca.

-- O que eu fiz com você? Não foi nada, só é o pagamento que está recebendo por ter desrespeitado Bella e a Claire. – Respondi ao seu pensamento apavorado.

“Como é que ele sabe o que eu...?”

-- Como eu sei o que está pensando? Simples. Eu sei tudo o que os outros pensam, sei tudo o que se passa em sua mente pervertida sempre soube.

Como se fosse possível seus olhos se arregalaram mais ainda.

“Ah meu Deus, o que esse louco vai fazer comigo?”

-- Não, Steve. Nada de colocar Deus no meio. Isso é entre você, eu e alguns convidados. – Apontei para os meus irmãos.

“Edward, estou ficando angustiada. Também quero ouvir o que ele tem a dizer” – Disse Alice. Ela odiava ficar de fora da conversar.

-- Ah, mas Alice o maxilar dele está quebrado. Ele não vai conseguir falar muito.

-- Não tem problema, eu conserto. – Ela disse alegre indo para o lado de Steve. Em um só movimento ela fez com que o maxilar dele voltasse ao normal, ele gritou mais ainda de dor, mas nem me importei. Provavelmente ele sentiria falta dessa dor depois do que eu fizesse com ele.

Claro que ele estranhou a mão de Alice ser extremamente gelada, e claro que também estranhou o fato dela ter chegado perto dele tão rápido.

-- Ai que nojo, ele perdeu dois dentes e acabou ficando na minha mão. – Ela disse jogando os dentes de Steve no chão. Ele a olhou alarmado.

-- Eu sabia! – Exclamou com a voz embolada. – Eu sabia que vocês não eram normais. Duvido a Bella querer ficar com você agora. Aberração. – Ele tentou cuspir no chão, mas não teve muito sucesso por causa da cara inchada.

-- Bem para sua informação Bella sabe o que somos, e nos aceita assim. E lembre-se que não está em condições de dizer nada.

“Edward?” – Rose me chamou até agora ela não havia se manifestado, o que eu achei estranho, porque normalmente ela iria ser a primeira a jogar tudo que achava na cara dele. “Quero levar um papinho com ele.”

-- Claro Rose, mas, por favor, nada de se exceder. – Disse brincalhão. Ela piscou para mim e disparou para o lado de Steve.

-- Steve lembra que tivemos uma conversinha no aniversário da Bella? – Rose falava com a voz doce, melodiosa, e os pensamentos de Steve iam de admirado a amedrontado. – Claro que lembra. – Ela soltou uma risadinha e depois fez a expressão mais cruel que ela já fez. – Então porque não me obedeceu e ficou longe dela desde aquele dia. – Ela grudou nas partes baixas de Steve como se quisesse arrancar do lugar. Bem eu não duvidava que ela realmente o fizesse.

-- Aaaaah. – Steve começou a gritar de dor, enquanto Rose apertava mais e mais seu ponto sensível.

-- Anda Steve, me diz. Por que não ficou longe da minha cunhada quando eu mandei.

“Aaaah. Tirem essa louca daqui.” – Ele pedia entre lagrimas e... Que nojo ele tinha urinado.

Percebendo isso também Rose largou as partes baixas de Steve reclamando.

“Ai que nojo.”

-- Ah seu nojento, você urinou na minha blusa favorita. – Ela gritou para Steve. – Edward, acho bom você mata-lo logo, se não eu mesmo farei isso.

Ela foi para o lado de Emmett tirando a blusa que havia sigo atingida, quando o mijão não conseguiu segurar. Claro que depois de ouvir as palavras de Rose ele se mijou mais ainda.

Cara, era esse o tipo de homem que Claire e Britanny gostavam? E ele ainda achava que poderia competir comigo.

-- Tubo bem mais alguém que acertar as contas com ele? – Perguntei impaciente, já tinha enrolado de mais. Meus irmãos fizeram que não com a cabeça. – Então, agora é a minha vez.

-- Vocês acham que vão se safar? Estão muito enganados, eles vão saber que foram vocês. Todos vão para a cadeia.

Nós rimos da declaração dele.

-- Serio mesmo? – Perguntei sarcástico e ainda rindo. – Deixa eu te contar um segredo. Não é o primeiro desgraçado aproveitador que eu do fim. E até hoje nunca fui pego. O segredo é fazer tudo bem feito.

A respiração dele começou a acelerar, assim como seus batimentos cardíacos. E a não é sério que ele fez isso? Que homem porco.

-- Cullen eu juro, juro que nunca mais toco em Isabella. Eu vou sumir da vida de vocês, ninguém vai nem lembrar que eu um dia passei por aquela família. – Ele pedia desesperado. – Só, por favor, não faça isso comigo. Pense na minha pobre mãezinha em como ela vai sofrer.

-- Sinto muito Steve, mas você não está sendo sincero. E mesmo que não volte atrás de Bella tem muitas outras garotas pelo mundo. E tem também aquela pobre moça do vídeo que você dopou e drogou lembra?

Esse miserável ainda tinha coragem de usar o nome da mãe. Mas eu não iria ceder. Eu sabia que se fosse comigo Esme também iria sofrer, mas eu não era um pedófilo depravado que ficava por ai cobiçando crianças de 16 anos. Tudo bem que eu cobicei uma de 14 e estou com ela até hoje, mas nesse caso foi diferente: eu a amo, e ela também. E nunca a forcei a nada. Sempre foi tudo reciproco.

Vendo que eu não cederia Steve começou a implorar e a chorar, mas eu não mudaria de ideia, não iria ter pena dele.

O soltei das cordas.

-- Para mostrar que eu não sou um cara tão mal assim. Prometo-te que vai ser rápido e indolor, nem vai sentir. – Disse enquanto o puxava pelo braço. Opa... Acho que puxei com força de mais por que ouvi o som do osso do braço se partindo e ele gritar de dor.

Eu sei que tinha prometido que ele sentiria a maior dor de sua vida, mas eu queria acabar logo com aquilo. Fazê-lo sentir dor, não parecia mais ser o que eu queria, eu só queria que ele deixasse de existir para sempre.

Segurei sua cabeça entre meus braços como se tivesse dando uma chave de pescoço, e apoiei uma mão em seu queixo e a outra no topo da cabeça, para quebrar-lhe o pescoço. Ele se debatia, me xingava, mas nada disso adiantava eu era milhares de vezes mais forte. Então quando eu estava prestes a quebrar o pescoço do meliante Alice arfou e praguejou.

Mas que merda quem é que tinha os chamado na conversa?

“Sei que está com raiva Edward, mas não poderia deixar você macular sua alma desse jeito.” – Disse uma voz que eu reconhecia muito bem. – “Sei também que é justo que faça justiça com as próprias mãos, mas, por favor, tente entender foi um pedido de um pai para o outro.”

-- Carlisle não poderia ter feito isso comigo. – Eu disse olhando por entre as árvores. Então lentamente Aro, Caius e Marcus foram saindo junto com sua guarda. – Como chegaram aqui tão rápido? – Perguntei desconfiado.

-- Eu estava em Denalli e aproveitei para investigar mais sobre os nômades arruaceiros que estão deixando uma trilha de vitimas por aqui. Fiquei sabendo que vocês haviam abandonado a missão para resolver algo de maior importância e liguei para Carlisle, então ele me contou tudo e me pediu para que não deixasse que fizesse isto.

Ótimo. Era tudo o que eu precisava os instintos superprotetor de Carlsile e Esme falando mais alto.

-- Se ele te contou tudo então deve saber o porquê de eu estar fazendo isso. – Disse com raiva. – Ele não pode viver Aro, lembra-se da lei?

O olhei desafiador. Aro ao contrario do que eu pensava me olhou com calma e compaixão e respondeu com a voz branda.

-- Sim eu me lembro das leis Edward, sendo que eu mesma que criei algumas delas. Mas acho que deve haver algum motivo para que Carlisle não queira que você suje suas mãos Edward, e se fosse você eu o ouviria.

Jane estava parada ao lado de Aro, acho que para agir caso eu não o obedecesse. Fazer o que? Se não tem jeito. Soltei Steve frustrado. Meus irmãos correram para mim.

-- Ah senhor, seja lá quem for muitíssimo obrigado. – Disse Steve se rastejando para perto de Aro. – Essas pessoas são loucas e bizarras, por favor, chame a policia.

Aro se inclinou para Steve estendendo a mão, que foi aceita de muito bom grado. Claro que só até ele perceber que a pele de Aro era tão fria quanto a nossa, assim como ele era tão forte quanto nós, sem contar que ele bem se mijou de novo ao olhar os olhos carmim de Aro.

-- O fato de Edward não sujar as mãos com você, não quer dizer que não mereça morrer meu caro. – Aro apertou a mão dele e pude ouvir os ossos sendo quebrado. – Você violou uma regra muito séria, e me surpreendo dos Cullen não ter dado um fim em você antes. Nós os Volturi não damos segundas chances.

-- Mas... Mas... Eu não sabia que vocês tinham leis. – Gaguejou Steve.

-- Mas foi avisado para ficar longe da menina Isabella, e mesmo assim a cobiçou e a tocou. Vejo em seus pensamentos quais são seus planos e me enojo com isso. Por isso que para nós alguns seres humanos só prestam como comida.

-- Ah que cheiro horrível. – Exclamou Jane olhando feio para Steve. – Que humano nojento. Para mim não serviria nem como comida.

Aro deu um sorriso cumplice e olhou para Jane.

-- Não minha querida você vai ter uma tarefa mais prazerosa. – Ela abriu um sorriso lindo. Parecia uma menininha que tinha acabado de ganhar uma boneca. – Lembra- se da regra de não usar seus poderes contra os humanos? – Ela assentiu. – Pode esquecê-la agora.

“Será um prazer.” – Jane pensou e olhou concentrada para Steve que na hora começou a se retorcer de dor e desespero.

Nunca gostei muito do poder de Jane e nem de vê-la usando em alguém, mas confesso que não pude esconder a satisfação de o ver sendo usado em alguém que realmente merecia.

Aro veio para o meu lado e me abraçou pelos ombros. Assistimos Steve se debater por mais alguns minutos – que para ele pareciam horas – no chão. Aro levantou a mão em um sinal claro de que era hora de parar.

Steve ficou imóvel no chão arfando de cansaço por causa das dores. Eu sabia que era tudo psicológico, mas em um vampiro doía para burro, imagine em um humano.

-- Bem. – Aro juntou as pontas dos dedos. – O que faremos?

Olhei a mente dele. É Steve com certeza teria preferido morrer pelas minhas mãos que iria ser bem rápido.

-- Não podemos deixar sobrar nada nem um rastro se quer. – Disse Caius olhando para Steve com satisfação. – Isso me fez lembrar uma reportagem que vi falando de mortes cruéis. Podemos puxá-lo até partir ao meio, ou colocar fogo, acho as duas tentadoras.

De todos os Volturi de longe Caius era o mais sanguinário. Tínhamos muita sorte de certa forma, sermos parentes deles. E dele gostar de nós.

-- Felix. – Disse Caius. – Quebre todos os ossos e depois taque fogo. – Ele falava como se estivesse falando de um boneco não de uma pessoa, era arrepiante.

Vi Steve empalidecer e aconchegas a mão esmagada ao peito.

-- Por favor, por favor... eu... eu prometo que eu sumo. Ninguém nunca mais vai ouvir falar de mim, eu juro.

-- E como posso saber se posso confiar em você? – Perguntou Aro. – E fora que você já sabe muito a nosso respeito. Não posso me dar ao luxo de deixar você dar com a língua nos dentes por ai.

-- Senhor me perdoe, mas quem iria acreditar em mim? Achariam que enlouqueci. Fora que fugi da cadeia...

-- Não acho que mereça uma segunda chance Sr. Newman. Eu li sua mente e não gostei nada do que vi. Não dou segundas chances e muito menos perdoo gente de sua laia. Ah Edward como sinto falta da sua época de justiceiro. Passamos um bom tempo sem ouvir histórias de homens cruéis que atacavam moças e crianças à surdina.

Aro suspirou tristonho. Ele não estava se sentindo mal porque desperdiçaria uma vida como Carlsile teria se sentindo, era mais pelo fato de que para o que ele planejava iria desperdiçar sangue. Se bem que o sangue de Steve nem era tão limpo assim, dava para sentir de longe o cheiro dos entorpecentes que ele usava. Então não seria grande perda.

-- Faça o que Caius disse Felix. – Falou Aro por fim. – Mas faça tudo lentamente, deixe o pescoço para o fim, quero que ele sinta, que ele sofra do mesmo modo que a pequena Bella teria sentido caso ele tivesse conseguido violá-la.

Jasper abraçou Alice forte e ela escondeu o rostinho no peito dele. Apesar de não gostar de Steve e achar que ele merecia todo o castigo imposto, ela não gostava de ver. Já Rosálie olhava a cena de cabeça erguida. E o único arrependimento, era porque ela mesma não está lá, quebrando todos os ossos de Steve.

A cada osso que Felix quebrava Steve gritava. E o pior era que Felix fazia tudo lentamente de proposito, para que Steve gritasse mais e mais. Então teve uma hora que o corpo dele não aguentava mais tanta dor e ele parou de gritar. Caius levantou a mão em um pedido mudo para que Felix parasse.

-- Acho que já é o bastante. – Disse Caius sorrindo. Mas Steve não acreditava que eles fossem realmente parar, ele já estava preparado para o pior, e isso me surpreendeu, e fiquei mais surpreso ainda quando ele aceitou sua sentença, pelo fato de merecer. Nunca em minha existência achei que fosse ver um covarde como Steve ter um pensamento desses, era quase nobre.

Vi Demetri e Alec voltarem cheios de pneus velhos. E eu nem tinha percebido quando eles haviam saído. Felix e Jane amarram Steve novamente e colocaram os pneus em volta de seu corpo. Vendo o que eles pretendiam com aquilo resolvi interferir. Tudo bem que antes eu queria que ele sofresse, mas parecia que agora para mim não fazia mais sentido. Eu queria voltar atrás e manda-lo embora com a promessa de que nunca mais o veria. Acho que Carlisle previu que eu me arrependeria, e eu só fui me dar conta de que ele estava certo, depois de ter visto Steve sofrer e se redimir.

-- Aro, não acha que isso já basta? – Perguntei. – Ele já sofreu de mais, podemos o mandar ir embora e ficar de olho para que ele não apronte.

-- Está arrependido Edward? – Perguntou sem olhar para mim. Ele se virou e olho em meus olhos. – Sim está. Foi por isso que Carlisle me chamou, sabia que iria ficar se remoendo de remorso depois, mesmo que seja por um verme como ele. Mas se o deixasse ir e não falasse comigo sabia que eu descobria de um jeito, ou de outro.

“Não te culpo Edward, nem tem do que se envergonhar. Compaixão é uma dadiva que poucos têm, mas é muito admirada, mas não mudarei de ideia quanto ao castigo que ele merece. Pode ir embora ficar com sua escolhida, nós cuidaremos do resto.”

Ele fez um gesto com a mão e Jane lhe entregou o que parecia ser uma tocha. Ouvi o resmungo baixinho de Alice e fui até ela.

-- Ed, por favor, vamos embora. – Ela pediu manhosa. – Eu já vi mais do que poderia aguentar, não vai adiantar ficar aqui. Eles não vão mudar de ideia.

Assenti e corremos em direção de onde tínhamos deixado o carro e as motos. Rose e Emmett decidiram ficar. Rose porque era maquiavélica sanguinária e Emmett por que fazia tudo o que Rosálie queria. Deixamos as motos em um local fácil para eles encontrarem e pegamos o jipe.

Sentei no banco do passageiro enquanto Alice se encolhia no banco de trás tentando não ver o que os Volturi estavam fazendo com Steve.

-- Não quero que digam uma palavra à Bella. – Pedi.

-- Por mim tudo bem. – Disse Jasper.

-- Por mim também, quanto menos eu pensar melhor. E não se preocupe Rose e Emmett também não falarão nada para ela. Em todo caso os Volturi vão dar um jeito de dizer que ele fugiu para bem longe sem deixar rastros para não ser achado.

Fiquei olhando para frente enquanto Jazz dirigia. Uma chuva fina começou a cair. E fiquei observando as gotículas.

-- É impressão minha ou tudo perdeu o sentido depois que os Volturi entraram em cena, torturando Steve? – Perguntou Jasper. Ele assim como também ficou com pena do cara, acho que a única que queria vê-lo virar cinzas foi Rose.

-- Jazz. – Exclamou Alice. – Podemos, por favor, não falar disso?

-- Vocês sabiam não é? – Perguntei ignorando o choramingo. – Vocês sabiam que eu não queria mata-lo de verdade, assim como Carlisle vocês sabiam que eu me arrependeria depois. Eu só estava tão cego de ódio que não conseguia ver outra possibilidade.

-- Sim. – Respondeu Jasper. – Per isso inventamos aquela palhaçada toda de fazê-lo ficar com medo e tudo mais. Se você quisesse mata-lo já o teria feito. Talvez quando chegamos à casa de Claire para ver Bella você quisesse realmente fazer isso, mas depois iria se remoer em remorso, mas quem iria sofrer mais seria a Bella. Mas também não teria como os Volturi não ficarem sabendo, eles o caçaria em qualquer lugar. – Jazz soltou um suspiro longo e olhou para Alice encolhida no banco traseiro.

Ela tentava a todo custo não pensar, nem ver o que os Volturi estavam fazendo. Ela tentou se concentrar em Bella, mas estava difícil porque ela não estava conseguindo sintonizar em Bella.

 -- Esquece Alice, não conseguirá vê-la. Ela está morando com os tios, e sabe que lá moram lobos suficientes para não deixar você bisbilhotar. – Falei tentando fazer piada. Ela me mostrou a língua e depois passou a se concentrar no clima do dia seguinte.

Finalmente chegamos em casa. Assim que coloquei os pés na sala foi recebido por um abraço de Esme. Ela encheu meu rosto de beijos e depois foi abraçar Jasper e Alice.

Carlisle desceu para a sala e me olhou meio culpado. Ele pediu desculpas por pensamentos, mas eu não disse nada, nem o recriminaria. Ele era meu pai – de certa forma – então ele sabia o que era o melhor para mim. Disparei até Carlisle e o abracei, uma coisa que não fazia há algum tempo.

-- Obrigado. – Disse. Ele se afastou de mim e me segurou pelos ombros olhando bem nos meus olhos. Mas não disse nada, nem por pensamentos. – Você realmente sabia o que estava fazendo.

-- Fico feliz que tenha entendido Edward, e que me perdoe por isso. Você vai entender. – Olhei em seus olhos novamente e seu olhar culpado, mas cheio de esperança não me dizia nada. Eu só sabia que ele me escondia algo muito importante. – Então, porque você não vai trocar de roupa e ir ver Bella. Aposto que ela vai adorar acordar e te ver ao lado dela.

Eu não disse nada só o abracei mais uma vez e disparei para o meu quarto trocar de roupa. Troquei de roupa rapidamente e depois sai correndo para fora.

Ainda era estranho não ver Bella morando com a tia dela, mas confesso que foi melhor. Não sentiria falta dos pensamentos de Britanny. Enquanto escalava até o novo quarto dela, pude ouvir Claire se lamentando e se perguntando onde foi que errara. Bem se ela quisesse realmente sabe, era só voltar a 18 anos atrás quando ainda era uma adolescente, mas infelizmente era a vida real. Podia existir até vampiros e lobos, mas ainda não existia uma maquina do tempo para voltar ao passado e desfazer todo o mal que causamos.

Deixei os problemas de Claire quando avistei minha bonequinha dormindo, tão linda quanto um anjo. Deitei-me ao lado dela e a puxei para o meu peito. Teria que agradecer a Sue por ter escolhido uma cama de casal gigante para Bella. Acho que Sue desconfiava que eu dormia escondido com Bella, ela sempre sabia de tudo, até mais do que a Alice.

Ela resmungou um pouquinho quando tirei o cabelo de sua testa revelando os cinco pontos no machucado que o maldito havia feito nela, mas não acordou. Provavelmente por causa da quantidade de remédios que Carlisle deu a ela. Bella demoraria a acordar. E então tive uma ideia. Será que se eu fechasse os olhos e pensasse bastante em minha vida daqui para frente seria como sonhar?

Bem não custa tentar. E foi o que eu fiz. Fechei os olhos e comecei a planejar meu futuro com Bella. Tudo bem que não era como se eu estivesse realmente dormindo, mas era bom. Principalmente por que tinha Bella envolvida.

Bella

Minha cabeça só latejava um pouquinho, mas ainda sentia como se eu tivesse a maior cabeça do mundo. Parecia que meu corpo era muito pequeno para sustentar minha cabeça gigante e pesada. Mexi-me um pouco e percebi que eu estava sendo abraçada e minha cabeça não estava em meu travesseiro.

Abri os olhos e vi Edward de olhos fechados e com um lindo sorriso brincando em seus lábios. Ele abriu os olhos e deu meu sorriso torto favorito fazendo meu coração disparar e minha cabeça latejar. Fiz uma careta. Seu sorriso sumiu, dando lugar a uma expressão preocupada.

-- Desculpe, não queria te acordar. – Disse com a voz baixa. – Como você está, ainda está cedo.

-- Eu não estou mais com sono. E também está na hora de tomar o remédio para dor e... – Parei de falar lembrando-me de sua expressão assim que abri os olhos. – Por que você estava sorrindo de olhos fechados?

Ele sorriu e seus olhos calorosos me fitaram intensamente. Eu tremi.

-- Estava sonhando com você. – Disse simplesmente. Senti meu queixo cair. – Mas não do mesmo jeito que os humanos fazem, parecia uma ótima ideia fechar os olhos e pensar e planejar no nosso futuro juntos.

Eu sorri e tentei me erguer para beijar seus lábios, mas acabei caindo nas almofadas arfando de dor. Edward me amparou olhando-me preocupado. Fiz biquinho e ele já sabendo o que eu queria baixou a cabeça para me beijar. Por mim ficaria o tempo todo ali o beijando, mas minha cabeça doeu.

-- Não deveria se esforçar demais Bella. Levou duas pancadas seguidas na cabeça. – Disse ele se levantando – ignorando meus protestos – e indo buscar meu remédio. – Fico imaginando se soltou alguma coisa ai dentro – apontou para minha cabeça – tremo só de pensar se você ficar maluquinha igual à Anna.

Mostrei a língua para ele e depois engoli o comprimido.

-- Você disse que estava pensando em nosso futuro juntos? – Perguntei, era a deixa perfeita para contar a novidade. Era melhor preparar ele logo do que chegar ao consultório de Carlisle e levar um susto quando fizesse o ultrassom.

-- Sim. Estava pensando em um pequeno bangalô em Juneau. Só você e eu. O               que acha? – Ele perguntou pegando uma mecha do meu cabelo e cheirando.

-- Bem, vai ser maravilhoso, mas acho que um bangalô é muito pequeno. Eu pensava em algo um pouco maior. Pode ser um chalé de dois quartos...

-- Bella você não está pensando em chamar a Alice para morar conosco não é? – Perguntou ele me interrompendo. – Não pode deixar que ela te chantageie, daqui a pouco Rose e Emmett também vão entrar na onde dela de ir morar conosco e onde fica nossa privacidade? – Ele disse sorrindo.

Eu já ia dizer que ele entendeu errado, mas fui tomada por uma ânsia de vomito extremamente forte e fiz força para me levantar, o que fez minha cabeça doer mais ainda. Edward percebendo minha inquietação ou minha palidez me ajudou a levantar.

-- Bella, amor o que foi? – Perguntou preocupado tirando uma mexa de cabelo do meu rosto.

-- Banheiro. – Foi a única coisa que consegui dizer. Mais do que isso eu colocaria tudo para fora em cima dele. Mas como Edward me conhecia muito bem ele me pegou no colo e me levou para o meu banheiro privativo. Agradeceria a tio Arthy por toda a vida, por ele ter pensado em colocar um banheiro no meu quarto também.

Debrucei-me no vaso e coloquei tudo o que eu comi e não comi para fora. Edward segurou meu cabelo e me ajudou a levantar me guiando até a pia, para que eu pudesse lavar a boca. Na hora eu nem liguei, mas depois que o enjoo havia passado fiquei morta de vergonha por mais uma vez Edward ter que presenciar essa cena, pelo menos desta vez eu não estava bêbada.

-- Amor, você está bem? – Edward me olhava alarmado, enquanto eu procurava no gabinete um chiclete de hortelã. – Bella você está doente? É alguma coisa séria.

-- Não. Isso é normal. Não se encaixa na categoria de doença, mas deve ser tratado com seriedade, principalmente no meu caso.

-- Como assim? Você me está me deixando perdido Bella.

Virei-me para ficar de frente e peguei sua mão levei até meus lábios e a beijei. Depois a coloquei em meu colo e fui descendo, até chegar ao meu ventre.

-- Bella eu... – Ele ia falar alguma coisa, mas acho que algo que ele sentiu em minha barriga o interrompeu, fazendo com que ele olhasse para a sua mão.

-- Parabéns, você vai ser pai. – Eu disse com a voz embargada pelas lagrimas bobas que já caiam de meus olhos.

Edward

Fiquei olhando enquanto Bella deslizava pelo seu corpo. O que aquela maluca está pensando? Não podemos fazer isso, não com ela nesse estado. E então sua mão parou em seu ventre. Fiquei a olhando confuso. Era horrível não poder ler a mente dela.

 -- Bella eu... – Comecei a falar, mas fui interrompido, porque juro ter sentido uma pulsação vinda do ventre de Bella, como se um coração minúsculo batesse ali dentro. Olhei para minha mão, para ver se era ela que fazia aquilo, mas não era.

-- Parabéns, você vai ser pai. – Ela disse com a voz embargada por causa das lagrimas que caiam.

E eu só conseguia ficar olhando para ela como um tapado. E provavelmente se eu fosse humano eu teria desmaiado.

-- Eu vou ser pai? – Perguntei meio incrédulo.

-- É Edward. Pai. Eu estou gravida de um vampirinho ou uma vampirinha. – Ela riu entre as lagrimas. – Só não me faça dizer como isso aconteceu, porque eu não vou explicar. Só o que posso dizer é que, nós não nos preveníamos então é isso o que dá.

Ela colocou a mão por cima da minha. Claro que só eu poderia sentir a pulsação vinda de seu ventre, já que meus sentidos eram mais aguçados, mas para ela era se ela pudesse.

-- Mas olha, isso significa que você tem uma alma. E lembra quando ficava todo tristonho quando me via com o Charlie ou os gêmeos da Leah e achava que não poderia me dar a mesma felicidade. Tudo bem que é muito cedo, mas pelo menos nós vamos ter nosso próprio bebê.

Bella falava, mas eu só ouvia parcialmente. Minha concentração estava toda na palpitação que vinha do seu ventre que ficara mais forte como que para comprovar o que Bella dizia. Eu me formei em medicina duas vezes e uma de minhas especializações foi a obstetrícia, então sabia que o coração de um bebe batia mais rápido do que de um adulto, claro que só podia ser ouvido com os aparelhos da ultrassonografia, mas esse eu conseguia ouvir e sentir como se ele estivesse gritando “Papai eu estou aqui”.

Olhei para o corpo de Bella, e me assustei. Como eu não tinha reparado nisso antes? Para qualquer humano não havia mudança nenhuma, mas mim sim e bem significantes, os quadris dela estavam ligeiramente mais largos e arredondados, assim como os seios estava um pouco maiores. Levantei a camiseta regata que ela usava e olhei para sua barriga. Um humano comum diria que não havia nada ali, mas eu sabia que sim. O ventre de Bella estava um pouco mais arredondado já com uma mínima protuberância.  Nem a própria Bella perceberia.

Então a ficha caiu. Eu iria ser pai, não havia outra explicação. Eu queria rir, e chorar ao mesmo tempo. Queria sair gritando aos quatro ventos minha felicidade, que era tamanha que o ocorrido do dia anterior já não significava mais nada. Steve já era passado, e não importava mais a única coisa que importava era Bella e o pequeno ser que crescia em seu ventre. Eu a abracei com força. Mas depois lembrei-me de algumas coisas e a afastei.

-- Bella?

-- Olha se estiver com duvida de que seja seu mesmo, não precisa se preocupar hoje mesmo vou ao medico e você pode estar lá. Carlisle pode confirmar tudo.

-- Não seja absurda garota. – Eu disse a sacudindo levemente. – Eu sei que o bebê é meu, mas eu me lembrei de uma coisa. Quando você tomou aquele porre já estava grávida?

-- Sim, mas eu não sabia. – Disse ela rapidamente. – Eu nem se quer tinha percebido que minha menstruação não vinha há alguns meses.

-- Mas quando você saiu no tapa com Britanny já sabia?

-- Sim, mas eu tomei o máximo de cuidado. Eu tinha acabado de me dar conta que vinha sentindo enjoos, tontura, fome excessiva, nem tinha feito o exame de farmácia ainda. Quando formos ver Carlisle ele poderá nos dizer de quanto tempo eu estou mais ou menos.

-- Carlisle sabe? – Ela assentiu. Claro que ele sabia, era medico e vampiro provavelmente ela deve ter ficado apavorada. Então veio em minha mente a expressão preocupada de Carlisle no dia anterior quando ele desceu do quarto de Bella. Ele havia escondido os pensamentos de mim dizendo que logo eu saberia. E também foi por isso que ele não deixou terminar com Steve. Por isso ele disse que um dia eu entenderia.

-- Bella. – Ela me olhou. Eu fiquei tão encantado com a ideia de ser pai, que acabei me esquecendo de pensar no que afetaria a saúde de Bella. Se seria humano, ou vampiro e que perigos poderia trazer para a saúde dela. – O que é esse bebê?

-- Eu ainda não sei. Por isso precisamos ver Carlisle. Ele disse que já houve casos de íncubos e as vitimas acabavam gerando filho deles. Quem pode explicar melhor são os Volturi.

-- Era por isso que eles estavam por aqui. – Murmurei.

-- O que disse? – Perguntou-me confusa.

-- Nada meu amor. Que horas vai ser sua consulta?

-- Carlisle não disse. Ele falou apenas para me levar o mais cedo possível.

-- Tudo bem se importa de ir agora? – Ela balançou a cabeça e aproveitando que já estava no banheiro já iria tomar banho. Fiquei a olhando enquanto se despia. Não me conformava por eu ter deixado essas mudanças mínimas mais significativas passar batidas. E devo admitir que gostei das novas formas de Bella.

Claro que ela ficou me tentando a entrar no chuveiro com ela e como eu não resisto a ela, e faço tudo o que ela manda – principalmente agora – acabei entrando no box com ela. Não fizemos nada. Só fiquei apreciando suas novas formas.

-- Acha que minha gravidez vai ser normal, como a de Leah e Anna? – Ela perguntou enquanto eu enxugava os cabelos dela.

-- Não sei, com quanto tempo acha que está? – E não sabia mesmo, nunca tinha visto um caso como este.

-- Pelas minhas contas eu estou com um mês e meio ou dois. Mas minha barriga não cresce. – Ela parecia frustrada.

-- Para você. Eu já consigo ver a mudança. – Ela me olhou com os olhos arregalados. – Provavelmente sua gravidez vai ser como uma gravidez normal. Ou pode ser que seja um pouco mais adiantada do que uma gravidez normal, teremos que ver Carlisle para saber melhor.

Esperei Bella se arrumar e descemos para podermos sair. Claro que com toda a confusão que se passava em minha cabeça acabei me esquecendo que provavelmente os tios de Bella deveriam estar em casa. Estava acostumado em sair na surdina quando ela morava na casa de Claire sem ninguém me pegar.

-- Vou fingir que não vi isso. – Disse o senhor Swan quando me viu descendo as escadas de mãos dadas com Bella.

Por sorte Sue entrou na sala, ela arregalou os olhos ao me ver, mas não disse nada só piscou disfarçadamente para mim.

-- Oh querido, ele veio ontem ficar com a Bella. Estava tão preocupado com ela pobrezinho. Ele ficou acordado quase a noite toda cuidando dela. E como estava chovendo muito pedi para ele ficar.

Eu deveria para Sue pelo resto da vida. Só ela tinha o dom de acalmar a fera que era o promotor Swan.

-- Tudo bem. – Disse Arthur se rendendo. Depois resmungou algo, sobre os jovens de hoje em dia e saiu. Ele estava cuidando pessoalmente do caso de Steve. Ele queria ser a acusação, mas como era parente da vitima não poderia.

O telefone dele tocou ao mesmo tempo em que o meu. Era Carlisle me dizendo para levar Bella para fazer alguns exames. Eu desliguei e o senhor Swan continuou conversando por um tempo com um semblante preocupado, e depois desligou.

-- Sue querida houve um problema, tenho que ir urgente para o fórum. Talvez volte tarde. – Disse ele. Eu sabia muito bem sobre o que se tratava a ligação, mas não poderia falar que não precisavam mais se preocupar.

-- O que houve meu bem? – Sue perguntou apreensiva.

-- Steve fugiu da delegacia. Colocaram sonífero no café do subdelegado Robinson e arrombaram a cela. Steve pegou a radiopatrulha e conseguiu fugir. Preciso falar com Claire quero ter certeza que aquela maluca não fez nada para livrar ele da cadeia. Não daria tempo da irmã ou do cunhado tentarem passar por cima da justiça.

Ele deu um beijo em Sue e saiu as pressas olhei para Bella, e ela estava pálida.

-- Bella, querida não fique assim. Sabe que ele não teria coragem de vir para cá de novo, ninguém deixaria o passar. – Disse Sue tentando tranqüilizá-la.

-- Sue tem razão Bella. Se for o caso, peço para meu pai contratar alguns seguranças para vigiar a casa. – Falei mais por falar mesmo, pois sabia que Steve não voltaria nem como fantasma.

Ela assentiu e a conduzi para o carro. Queria chegar o mais rápido possível até Carlisle, Bella estava muito pálida e tremia. Não era bom no estado dela ficar nervosa daquele jeito.

Tive que parar duas vezes para ela vomitar, mas conseguir chegar em vinte minutos em casa. A ajudei a sair do carro e segurei sua mão para entrarmos juntos em casa.

Britanny

Estava sentada na cama ao lado da mamãe. Ela estava arrasada coitadinha. O marido a havia traído, e agora estava preso. A família dele estava ligando a cada cinco minutos para saber o que havia acontecido e claro para culpar minha mãe. Mas eu só culpava uma pessoa.

 Isabella.

Se ela não tivesse entrado nas nossas vidas nada disso teria acontecido. Ela destruía tudo o que tocava. Destruiu o pai, a mãe, a minha vida e agora a vida da minha mãe. Pessoas como ela deveriam ser limpas da face da terra.

Mamãe recebeu outro telefonema, mas acho que dessa vez não era a família de Steve porque ela atendeu. Esperou a pessoa do outro lado falar e depois desligou e desabou em lagrimas.

-- Que foi mamãe? – Perguntei preocupada vendo seu estado.

-- Steve fugiu. Alguém dopou o subdelegado Robinson e arrombaram as grades para ele fugir. Eles querem que eu vá à delegacia prestar depoimento. Acham que fui eu.

-- Ah mamãe não fique assim. Todos sabem que você não tem culpa. A única culpada nessa história é Isabella.

-- Brity... – Ela ia falar, mas eu a interrompi.

-- Mãe, por que ninguém enxergar que essa menina é uma destruidora de lares? – Perguntei impaciente. – Lembra como nossa vida era boa antes dela aparecer? Não tínhamos problemas e nós duas nem brigávamos, nem o tio Arty brigava com você. Era tudo simples como respirar, mas foi só ela aparecer e tudo virou de cabeça para baixo. Tudo o que ela toca vira ruína.

Mamãe voltou a chorar e eu a abracei. Acho que agora ela estava caindo na real sobre quem era a verdadeira Isabella.

Assim que minha mãe adormeceu. Arrumei-me e fui para a casa de tio Arty, tinha que falar umas poucas e boas para aquela garotinha mimada. E se ela fosse esperta voltaria a viver com a vadia da mãe dela. Não a deixaria estragar a vida de mais ninguém, e isso incluía Edward Cullen. Ele também precisava saber quem era ela de verdade.

Nem precisei tocar a campainha Seth estava saindo para ir a escola, ele me cumprimentou – ele era o único que eu gostava ali alem do tio Arty – e depois entrou no carro da mãe. Ótimo Sue também não estaria lá para me empatar. Ia direto para o quarto, mas ouvi a voz de Leah vinda da cozinha e parei para ouvir.

-- Oi, sim ela está bem. – Uma pausa, ela deveria estar falando com a mosca morta da Anna, provavelmente já foi fofocar sobre o ocorrido de ontem. – Ela parece estar mais conformada sim, na verdade ela está radiante. Não sei viu Anna, mas hoje ele a levou para fazer exames. – Então a vadia não estava em casa teria que esperar, estava quase saindo quando ouvi algo que me interessou muito. – Sim ela precisa saber como vai ser a gravidez, afinal nunca se sabe nesses casos. Também acho que Bella vai ter uma gravidez de risco, mas Edward vai estar ao lado dela, e Carlisle é medico vai poder diagnosticar caso tenha algo errado...

Não ouvi o resto corri para fora feito uma bala. Então a cadela tinha conseguido?

Todo aquele papinho de gravidez na adolescência era pura balela. Eu sempre soube que ela arrumaria algum jeito de prender Edward a ela para sempre. Mas eu não iria deixá-la estragar a vida dele, não mesmo.

Eu não iria perder essa batalha, nem que eu mesma tivesse que tirar aquela coisa que estava dentro dela.



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Notas finais do capítulo

uffa enfim uma formataçao decende.
Meus agradecimentos agatinha Thais Vidolin pela dica.
Puxa é serio vc salvou minha vida. gentee hj eu nao bem, cheguei mais tarde q o normal e to morrendo de gripe, mas prometo q amanha respondo tdos os rewiews
ROBeijos