Edward

Bella finalmente caiu no sono, então eu pude ir até a sala limpar a sujeira. Até que foi rápido, em poucos minutos deixei o tapete limpo e com um cheiro agradável de novo. Depois fui para a cozinha lavar a louça que usamos na noite anterior e arrumar o local. Quando já estava tudo limpo e organizado fiz um café extra-forte e peguei mais uma aspirina.

Não sei o que motivou Bella a beber daquele jeito ontem, mas independente do motivo não iria julgar nem repreendê-la, afinal de contas ela é jovem e os jovens são curiosos, eu entendia perfeitamente isso.

Ainda da cozinha ouvi sua respiração mudar, e depois seus passos trôpegos até o banheiro. Resolvi levar logo a aspirina para ela. Bella deveria estar com muita dor de cabeça por conta da bebedeira. Disparei para o quarto a tempo de vê-la voltar para o quarto. Ela estava com uma expressão terrível: os olhos fundos com olheiras, e rosto meio inchado. Ajudei-a voltar para cama e lhe dei a aspirina e o copo com água.

-- Obrigada.  – Disse com a voz rouca. – Minha cabeça vai explodir, e minha boca está com um gosto estranho.

-- Gosto de cabo de guarda-chuva? – Perguntei ao ver sua expressão.

-- Mais ou menos isso.

Eu ri e a fiz deitar.

-- Fica quietinha, vou buscar um café bem forte para você. – Disse beijando sua testa e disparando para a cozinha buscar o café dela.

Voltei e a ajudei a sentar para beber o café, no primeiro gole Bella fez uma careta e cuspiu tudo.

-- Ah, Edward isso é horrível. – Resmungou ela.

-- Eu sei, mas você tem que beber se quiser melhorar da ressaca. – Bella fez uma careta de desagrado, mas não discutiu e bebeu todo o café em um gole só.

            Quando ela acabou de beber tudo a fiz beber mais alguns copos de água. Bella inda não estava totalmente recuperada, então sugeri que ela dormisse mais um pouco. E enquanto ela dormisse, eu sairia para comprar mais algumas coisas para fazer algo para ela comer, porque ela estaria com muita fome. E então olhei para o céu. Maravilha. Tinha me esquecido que não estava em Forks e não poderia sair por ai em plena luz do dia. Tive que pedir a comida lembrei-me que uma vez Bella disse que gostava de comida oriental, então decidi pedir a japonesa que era leve, já que o estomago dela não estaria muito bom.

Já eram mais de três horas da tarde e Bella ainda não havia acordado, tive que ligar para Alice avisando que só voltaríamos no dia seguinte. Detalhe era um domingo então perderíamos um dia de aula. Alice prometeu que avisaria a tia dela e inventaria uma desculpa para nossa demora, claro que minha querida irmã tinha já sabia de tudo, porem não comentou nada, provavelmente ela deixaria para me atormentar quando eu chegasse em casa.

A comida chegou por volta das seis da noite, e Bella ainda não tinha acordado. Fiquei preocupado e toda hora ia checar para ver se ela estava respirando e me certificar de que não tinha entrado em coma alcoólico.

Como ela não acordava de jeito nenhum resolvi eu mesmo acordá-la.

-- Ei preguiçosa, acorda. – Disse com a voz baixa beijando seu pescoço.

-- Só mais cinco minutinhos... – Murmurou ela.

-- Nem mais cinco segundos. Bella você dormiu a manhã e a tarde toda, precisa comer alguma coisa.

Antes que ela pudesse discordar de mim o estomago dela roncou. Bella levantou da cama lentamente e foi até o banheiro lavar o rosto. Quando ela já estava pronta e mais desperta, a levei para a sala.

Bella comeu em silencio, e depois como não estava mais com sono fomos assistir a um filme. Agradecei novamente por Alice ter pensado em tudo e ter equipado o iate com TV e aparelho de DVD.

O filme estava apenas no meio quando Bella resmungou se dizendo entediada. Ia perguntar para ela se gostaria de ver outro, mas fui surpreendido quando a danadinha subiu no meu colo e começou a beijar meu pescoço.

-- Bella o que está fazendo? – Perguntei temeroso, afinal da ultima vez ela passou mal e vomitou.

-- Te recompensando por ontem. – Ela disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. – Me desculpe por ter bebido de mais e estragado a surpresa que você preparou para mim.

-- Ei, não precisa se desculpar. Como eu disse é normal, jovens tomarem seu primeiro porre, e já que você está tão bem disposta... Tem mais uma coisa que eu quero te dar.

Coloquei-a sentada no sofá delicadamente e disparei para o quarto e depois voltei. Bella ainda estava sentada na mesma posição em que a deixei. Aproximei-me vagarosamente e me ajoelhei a sua frente. Bella me olhou desconfiada, mas não disse nada.

-- Sei que você pode me achar precipitado, talvez eu até seja, mas o que eu sinto por você é tão forte, tão intenso que minha vontade é de sair gritando para o mundo inteiro ouvir o quanto eu te amo e que você é minha. – Ela se inclinou para acariciar meu rosto com e beijou minha testa. – Eu quero que todos saibam que você é minha Bella, pode até ser meio possessivo, mas não consigo evitar. – Coloquei a mão no bolso da calça e tirei a caixinha de veludo vermelho e o abri. Bella arregalou os olhos com a jóia que havia dentro. – Eu sei que ainda é cedo, mas Bella aceita ser minha noiva, e depois minha esposa por toda a eternidade? – Perguntei tirando o anel de diamante da caixinha e colocando em seu dedo anelar.

Ela respirou fundo, deixando algumas lagrimas escaparem e respondeu:

-- Uau, isso foi a coisa mais linda que alguém já disse para mim. Quanto ao pedido de casamento nem precisava pedir, não imagino outra pessoa para passar a eternidade que não seja você, então sim eu aceito.

Ela pulou em meu colo me beijando com volúpia. Entrelacei suas pernas em minha cintura e a levei para o quarto. Deitei delicadamente na cama para não machucar o corpo pequeno e delgado sob o meu.

Ainda com os lábios colados aos meus, Bella ia me ajudando a me livrar da minha roupa. Foi muito fácil me livrar da dela, já que ela só usava um roupão.

Beijei seu rosto, depois fui para o pescoço, colo e seios onde me concentrei. Sorri de satisfação quando Bella gemeu meu nome. Continuei beijando seu corpo. Desci para sua barriga, baixo ventre até chegar a sua feminilidade.  Bella se contorceu e soltou um gritinho quando minha língua entrou em contato com sua carne quente e macia. Fiquei ali a estimulando com a minha boca até ela resmungar dizendo que precisava de mim naquele momento.

Subi meu corpo e beijei novamente seus lábios, enquanto me ajeitava entre suas pernas. Quando a penetrei nós dois gememos de prazer. Eu nunca, nunca iria me acostumar com isso: Com a perfeição de seu corpo. De como ela era extremamente quente e apertada. E de como era extremamente agradável estar dentro dela. A melhor coisa do mundo, que só perdia para beber sangue.

Movimentava-me dentro dela calmamente, querendo aproveitar a cada instante. Para que ter pressa quando se tinha a eternidade?

Bella parecia não se importar com o ritmo que eu escolhi. Ela beijava-me com carinho e adoração. Desci os beijos para o seu pescoço e aumentei o ritmo das minhas estocadas. Bella gemeu e apertou as mãos em meus cabelos. Eu sabia que ela estava perto do orgasmo eu também estava, mas queria prolongar aquele momento por mais alguns minutinhos.

Quando percebi que Bella não conseguiria segurar mais, levei meus lábios até seu seio e aumentei o ritmo de minhas estocadas. Meus lábios voltaram para o seu no exato momento em que atingimos o ápice, abafando nossos gemidos.

Ficamos nos beijando por algum tempo sentido aquela sensação abandonar nossos corpos. Sai de dentro de Bella delicadamente para não machucá-la e virei nossos corpos para ficarem frente a frente.

Bella mantinha o sorriso mais lindo, mais doce e mais encantador que eu já vi em toda a minha existência. Muitos podiam perguntar o que eu via nela, ou o porquê eu estava com uma humana simples, quando podia ter a mulher ou vampira mais deslumbrante. E eu diria que essas pessoas fossem vampiros ou humanos não enxergavam direito, não viam como essa pequena humana era linda e perfeita.

-- No que está pensando? – Perguntou Bella com a voz manhosa, acariciando meu rosto.

-- Em como você é perfeita, e eu tenho muita sorte em tê-la.

-- Você que é perfeito. Tão perfeito que às vezes eu acho que estou sonhando. – Sorri e peguei sua mão que estava em meu rosto e a beijei. Ela olhou para a mão que estava o anel e sorriu. – Meus tios vão surtar quando souberem que estou noiva. – Ela riu alto. – E a Britanny vai fazer uma mandinga.

Não pude de deixar de imaginar como Britanny ficaria, provavelmente histérica. Acho até que seria melhor convencer a Bella a passar um tempo com Arty. Porque na cabeça de Britanny eu a amava e só não ficava com ela porque Bella não deixava, e que um dia eu iria enxergar a verdade e correria para os braços dela. É eu correria atrás dela sim, mas só se fosse para abrir a cabeça dela e colocar um cérebro de volta.

-- Não precisa dizer para eles que é de noivado. – Disse. – Podemos dizer que é de compromisso, que estamos dando mais um passo. Não precisamos contar todos os detalhes, o mais importante é que nós dois saibamos o significado do anel.

-- Ah, Edward eu te amo tanto. – E então ela colocou os lábios nos meus.

  Bella

Acordei me sentindo muito leve e muito bem. Queria ficar mais um pouquinho na cama. Na verdade eu queria ficar ali para sempre naquele barco; só eu e Edward. Sem os problemas alheios, sem minha prima, sem Steve. Mas eu sabia que não era possível então decidi me levantar.

Tomei um banho longo e relaxante. Enrolada em uma toalha fui até o closet do quarto pegar uma roupa e agradeci fervorosamente por Alice e Rose serem perfeccionistas e colocarem algumas mudas de roupas ali. Afinal eu não poderia ir embora de roupão e meu vestido estava em um estado lastimável. Vesti uma calça justa preta e uma blusinha de mangas cumpridas branca, coloquei os mesmo sapatos que eu havia vindo. Depois fui para a batalha com meu cabelo. Olhei triste para o novo comprimento dele. Eles estavam quatro dedos mais curtos do que eu era acostumada, e repicado na frente e para completar algumas mechas um tom mais claro que meu cabelo. Não ficou ruim, fico até bonito me deu uma aparência nova. E Edward elogiou meu cabelo a noite toda, o que era o mais importante.

Já arrumada fui para a sala assistir TV enquanto esperava Edward chegar com o meu almoço. Como não acordei a tempo de ir para a escola, resolvemos partir só de tardezinha e aproveitar mais um pouquinho.

Edward chegou com a minha comida – graças a Deus porque eu tava morrendo de fome. Depois de almoçar resolvemos assistir um filme - ou tentar. Edward propôs de andarmos um pouco pelo cais, mas eu estava com muita preguiça para isso.

Partimos umas seis horas da noite. E enquanto o carro se afastava eu olhava a paisagem da Califórnia pela janela. Era tão agradável e quente. Eu não tinha muitas lembranças boas dali de preferência porque foi lá que eu conheci Stacy Roberts e sua corja, foi ali que conheci a personalidade invejosa e possessiva de minha prima, mas também foi na Califórnia que conheci Edward e reencontrei minha tia.

 A viagem de volta foi rápida assim como a de ida, já que usamos novamente o helicóptero dos Volturi. Cheguei em casa umas sete horas da noite. Edward se despediu de mim com um beijo caloroso.

-- Você não vai mesmo ficar chateada por eu não aparecer mais tarde, nem poder levar você amanhã para a escola? – Não sei quantas vezes ele já havia me perguntado isso, e não sei quantas vezes já havia dito que não me importava que entendesse que ele precisava caçar.

  -- Claro que não Edward. – Disse passando a mão em meu rosto. – Você precisa caçar, seus olhos estão ficando escuros.

Ele deu um sorriso e me beijou. Esperei até Edward sumir com o carro na esquina para poder entrar. Na verdade eu estava adiando confrontar algumas pessoas como Britanny e Steve. Pensei seriamente em ir para casa de tio Arty ficar com Leah e os bebes. Mas minha tia já me esperava na porta de casa, com os olhos ansiosos.

-- Bella!  - Exclamou tia Claire, vindo ao meu encontro. – Ah meu Deus ainda bem que chegou, não sabe quantas desculpas Sue e eu, tivemos que inventar para o seu tio? – Eu sorri. Tio Arty era bem ciumento com suas princesinhas, ainda me admiro ele não ter matado Sam quando Leah ficou grávida. – E então como foi?

-- Perfeito. Foi tudo maravilhoso. – Eu disse enquanto ela me conduzia para dentro de casa.

Para minha sorte Steve não estava em casa, segundo minha tia ele havia ido para Seattle encontrar com o cunhado por causa das acusações do vídeo. Eu achei isso o máximo não iria agüentar ficar sob o olhar daquele crápula, mas como felicidade de pobre dura pouco tive que aturar minha prima de cara emburrada e ainda de quebra Lauren, essa me olhava ansiosa, acho que esperava que eu contasse todos os detalhes do meu fim de semana com Edward.

-- Ah espera ai, vou ligar para Sue, ela disse para eu avisar assim que você chegasse. – Disse minha tia já com o telefone na orelha. Ela falou rapidamente com Sue e depois me puxou para o sofá de frente à Britanny e Lauren.

Minutos depois entram Sue e Leah na sala. Elas me fizeram contar como foi nos mínimos detalhes, claro que omiti alguns como minha bebedeira. Elas ficaram super emocionadas quando disse que Edward tinha comprado um barco e dado meu nome a ele, e se engasgaram surpresa quando mostrei o anel de diamantes. Até Lauren ficou sem fala; só minha prima que fez aquela cara de quem mastiga a língua para não soltar um monte de impropérios que a colocariam em apuros com minha tia.

Mais tarde naquele dia todas já haviam ido embora, Lauren os pais vieram buscar, e Leah estava preocupada com os gêmeos, e Sue com Seth que ainda não havia voltado. Minha tia foi ligar para o namorado crápula e eu aproveitei o momento para me refugiar em meu quarto. Não queria ficar olhando para a cara assassina de Britanny, estava me dando medo de verdade.

Estava em meu quarto trocando de roupa tinha acabado de tirar a blusa, quando Britanny entrou.

-- Ei. – Reclamei. – Não sabe bater na porta? – Perguntei irritada.

-- Nossa calma. Nem parece que teve um final de semana maravilhoso com o ruivo gostoso. – Disse sarcástica.

-- Claro que tive um fim de semana maravilhoso Britanny, mas eu odeio que entrem em meu quarto sem bater na porta, primeiro. É que invasão de privacidade. – Esperei ela dizer alguma coisa, mas ela não disse nada ela olhava fixamente para minha barriga.

-- Desde quando você tem isso? – Apontou para o meu piercing.

-- Desde o ano passado. – Respondi confusa.

-- E a mamãe deixou? Se ela vir isso você vai estar ferrada.

-- Sim a titia viu, na verdade foi ela que me sugeriu por.

-- Não acredito, até você tem um piercing e eu não. – Ela parecia indignada.

-- Você já tentou pedir para ela deixar você por um? – Perguntei meio cética. Até porque minha tia também tinha um e era cheia de tatuagens.

-- Ah, não. Nunca pedi. – Ela ficou me olhando por um tempo e depois fez uma cara de quem acaba de ter uma grande idéia. – Você tem razão, vou pedir para a mamãe me deixar colocar um, até as regionais vai estar cicatrizado. E vou ser a primeira da equipe...

Eu não entendi, ela não tinha acabado de dizer que todas tinham um piercing menos ela?

Resolvi não perguntar, por que ela era louca, e os loucos não se contrariam. Continuei trocando de roupa sem me importar com ela me olhando fixamente. Até que eu já estava vestida com meu pijama e morrendo de sono.

-- Você queria alguma coisa? – Perguntei bocejando e indo para minha cama.

-- Ah você é tão desconfiada, não posso fazer companhia a minha prima enquanto ela dorme. – Ergui as sobrancelhas com uma cara de “Fala logo o que você quer e me deixa dormir”. – Tá, tá bom. Você tem que ser tão difícil? Bem eu queria uma coisa emprestada. Sua pulseira-anel a achei linda e combina com a roupa que comprei ontem no shopping.

-- Sem chance. – Exclamei. – Ela é um presente de Edward e eu nunca tiro. Quer dizer tirei só naquele dia porque Alice disse que não combinava com a roupa, mas fora aquele dia não tiro ela de jeito nenhum.

-- Por que você sempre tem que ser tão chata? – Perguntou-me irritada.

-- Por que você tem que ser tão aproveitadora? – Rebati.

-- Você é cheia de jóias que Edward e as irmãs dele te dão, o que custa me emprestar a pulseira?

-- Porque ela é especial, você pode pegar qualquer outra menos essa.

-- Mas eu queria essa. – Arg, será que ela não entendia a palavra não. Por que ela queria tanto a pulseira? – Ah tudo bem, me empresta aquela que a vovó Swan deixou para você então? Prometo que devolvo.

-- Espero mesmo caso contrario, eu vou até o alem de pegar. – Ameacei. Fui até meu porta-jóias que estava uma bagunça e peguei a pulseira. Eu a adorava, e só não usava porque era muito larga e meu pulso muito fino, então tinha medo de perdê-la. E enquanto não encontrava uma joalheria que conseguia trabalhar com aquele tipo de peça, não a usava. – E se perder eu arranco seus dedos.

-- Nossa que violência. Você já foi mais boazinha. – Disse pegando a pulseira da minha mão.

-- Tudo bem agora some do meu quarto que eu quero dormir. Acho que é por isso que estou de mau humor, porque eu quero dormir e ninguém deixa. – Reclamei manhosa.

-- Tudo bem to saindo. Ah e obrigada, até de manhã. – Surpreendentemente ela me deu um beijo na testa e finalmente saiu do meu quarto. Acho que com medo de eu arrancar os cabelos dela um por um. Joguei-me na cama e a única coisa que me lembro era do meu despertador soando alto em meu quarto. Parecia que eu havia acabado de dormir.

Fui para o banheiro tomar um banho para despertar. Enquanto eu tomava banho eu sentia que alguma coisa me escapava, mas eu não sabia o que. Talvez fosse porque eu havia faltado no dia anterior e havia perdido um trabalho de inglês, porém, ao mesmo tempo eu sentia que não tinha nada a ver com a escola. Resolvi para de pensar nisso e pensar em como eu faria para o Sr. Berty nos deixar fazer o trabalho, era melhor deixar essa parte para o Edward, provavelmente ele iria subornar o professor, normalmente eu era contra isso, mas como não tinha muitas alternativas ia o deixar fazer do jeito dele.

Voltei para o quarto mais desperta, alias eu já estava bem melhor. Estava tão bem que me veio uma vontade súbita de me arrumar – ou talvez só peguei a doença de Alice e Rose. Coloquei um vestidinho azul marinho apertado até a cintura com a saia rodada cheio de babadinhos, coloquei uma meia calça floral, e um sapatinho estilo bonequinha da mesma cor do vestido. Eu estava tão inspirada que até fiz minha própria maquiagem, na verdade só passei um lápis e um delineador básico para ressaltar meus olhos deixando-os meio amendoados. Passei gloss básico e arrumei meu cabelo em uma trança.

 Milagrosamente Britanny já havia acordado e se arrumado para ir à escola. Olhei disfarçadamente para fora, porque corria o risco de cair uma nevasca por causa disso. Tomamos café em silencio depois minha tia saiu para o trabalho, ela já estava um pouco atrasada.

Peguei a chave do meu carro no suporte onde ficavam as outras e vi os olhos de Britanny se arregalarem.

-- Você vai dirigindo hoje? – Perguntou com a voz tremula.

-- Sim.

-- Você sempre vai com o Edward. – Onde ela queria chegar?

-- Sim, mas o Edward não pôde vir me buscar hoje, então vou dirigindo. É até bom, assim meu carro não fica muito tempo parado. Quer uma carona? – Perguntei mais por educação do que por vontade de dar carona, mas claro que ela aceitou.

Chegamos à escola e quando estacionei logo avistei Lauren, Katie, Samantha e mais uma garota que eu não conhecia, minha prima olhava para a menina desconhecida com cara de espanto. Descemos do carro e elas se aproximaram.

-- Brity! – A menina desconhecida, mas que parecia estranhamente familiar soltou um gritinho abraçando minha prima. – Ah minha nossa ele é realmente lindo e vermelho é mesmo a sua cor. – A menina comentava olhando para o meu carro. E minha prima estava com cara de bunda. – É maravilhoso, e... E por que ela está dirigindo seu carro?

O que? Como assim o carro dela?

-- Como é? – Perguntei incrédula.

-- Amber essa é a minha prima Isabella. Bella essa é a Amber Greene, ela é filha do diretor Greene. – Ela nos apresentou sem graça.

-- Ah Bella, posso te chamar assim? Ótimo. Muito prazer. – Ela disse pegando minha mão e balançando. – Ah Brity, fiquei ansiosa a noite toda, eu quero muito ver o Edward Cullen...

Opa!

Como assim ela quer muito ver meu namorado. O que mais Britanny andou falando que era dela, além do meu carro. Olhei para Britanny como quem quer uma explicação e ela apenas moveu os lábios em um: “Depois eu te explico”.

-- Ah eles chegaram! – Amber gritou assim que viu o Jipe de Emmett estacionar. – Ai meu Deus adorei aquele carro prata.

-- É um volvo. – Eu disse cansada. – E o carro de Edward Cullen. – Resolvi dar mais corda para saber até onde isso ia dar. E minha prima estava parecia estar suando que nem cuscuz.

-- Ah minha nossa Brity que sorte. – Disse ela olhando fixamente para o volvo e então Edward saiu do carro. E eu quase fiquei surda de tanto que aquela menina gritava e falava o quanto ele era bonito e perfeito, isso porque ela não viu de perto. – Ai amiga você tem muita sorte, Brity.

Queria muito acabar com aquela palhaçada, mas estava engraçado ver minha prima ficar verde. Não gosto de ver as desgraças alheias, mas minha prima que fez sua própria forca. Sua expressão ficou mais alarmada ainda quando Edward veio em nossa direção, dava para perceber que ele estava se acabando de tanto rir. Ele chegou mais perto, e Amber já dava até pulinhos de Alice. E então ele parou na minha frente e se abaixou para me beijar.

-- Ué porque seu gato está beijando sua prima? – Amber parecia confusa.

Eu me separei de Edward, que tentava conter a gargalhada. Amber olhou para mim e Edward e depois olhou para Britanny, e depois de alguns minutos pareceu compreender tudo.

-- Vamos Amber precisamos conversar.  – Disse minha prima puxando a filha do diretor Greene pelo braço.

Esperei até as duas sumirem acompanhadas das outras garotas. Logo depois os outros Cullen se juntaram a nós também rindo.

-- Você poderia ter me avisado não acha Alice? – Olhei para ela.

-- Ah Bella ai acabaria com toda a graça. – Disse ela rindo. – Sua prima bem que mereceu. Onde já se viu contar um monte de mentiras para impressionar a filha do diretor.

-- Eu não a conhecia. – Comentei.

-- Não mesmo. O primeiro dia dela foi ontem então não tinha como conhecê-la já que não estava aqui. Ela morava com a mãe em Manchester, e a mãe dela é uma atriz então por isso o jeito espalhafatoso, só que a mãe dela perdeu a guarda e ela veio morar em Forks com o pai. O diretor Greene nos reuniu no refeitório e fez uma grande apresentação, claro que sua prima quis ser super amiga dela, já que pelo currículo escolar dela, ela se tornaria a mais popular e isso é tudo.

-- Deve me preocupar que ela seja mais uma louca obcecada? – Perguntou Edward.

-- Acho que não, ela pode ser meio espalhafatosa, mas é uma pessoa legal.

Esperava mesmo que ela fosse. Já bastava minha prima e mais metade da escola.

Indo para a primeira aula, encontramos com Ângela e Ben, que perguntaram se estava tudo bem, pelo fato de termos faltado no dia anterior. A primeira aula até que foi tranqüila mesmo sendo a do Dr. Berty. Para minha surpresa Edward já tinha nosso trabalho de inglês pronto. Quando estávamos em nossa segunda aula avistei os cabelos acaju de Amber. Sentei-me no fundo e Edward ao meu lado. E então a garota se aproximou.

-- Oi. – Disse meio tímida. – Eu queria te pedir desculpas por mais cedo. Eu juro Bella que se soubesse que ele era seu namorado nem teria feito aqueles comentários. Britanny havia me dito que eles ficavam de vez em quando, e eu acreditei.

-- Tudo bem Amber você não teve culpa. Minha prima às vezes exagera um pouquinho. Isso não vai afetar a amizade de vocês, não é? – Perguntei preocupada.

-- Claro que não, ela é legal. Ela é líder de torcida e papai aposta nela para levar a escola ao campeonato nacional das lideres.

Amber foi para o seu lugar e voltamos à atenção para a aula. O dia passou rápido que quando dei por mim já estávamos no refeitório. E eu morrendo de fome. Edward até se espantou com a quantidade de comida que eu havia pegado, mas não comentou nada.

Sentamos-nos na mesma mesa de sempre e logo Ângela e Ben se juntaram a nós. Conversamos sobre amenidades e de como foi nosso fim de semana. Ângela e Ben nos parabenizaram pelo noivado, bem para eles nós contamos que o anel era de noivado.

-- Oi gente. – Exclamou Amber toda feliz com uma prancheta nas mãos. – Vocês sabem que daqui a uma semana teremos o Baile de Boas Vindas, então queria saber se vocês não gostariam de se inscrever para o comitê do baile? – Ela perguntou toda animada.

Todos inventaram uma desculpa, de que não poderia, mas ela não se desanimou com nossas recusas. E saiu para recrutar mais ajudantes. Alguns minutos depois minha prima apareceu com um sorriso enorme.

-- Ah, Bella a Amber se esqueceu de te dizer, ao invés de contratarmos um D.J. nós achamos melhor uma banda, eu deixei escapar que você toca e canta e ela colocou seu nome para fazer o vocal, ela já até falou com diretor Greene. – Disse ela olhando para mim maliciosamente. – Bella, por favor, você precisa fazer isso. Só faltam duas semanas para o baile, e o diretor não contratou nenhuma empresa de aluguel de som, eu disse a ele que você dava conta. O sucesso da festa está em suas mãos. Ah aqui está a listas das musicas que você tem que cantar, mas tem que ser essas. Pode adicionar algumas se você quiser.

Ela saiu saltitando, e por pouco, por muito pouco eu não arrancava os cabelos dela um por um com pinça. Eu sabia que ela não iria deixar a humilhação de mais cedo passar em branco.

Mas que culpa eu tinha dela sair contando mentiras para impressionar a filha do diretor?

Ela fez a merda e acabou se afogando no próprio poço de lama, e eu que pago o pato.

-- Poxa Bella, pior que eu não entendo nada de musica se não te ajudava. – Disse Ben pegando a lista de musica das minhas mãos. – Como ela quer que a festa seja um sucesso tocando Hannah Montana? – Perguntou Ben incrédulo passando a lista adiante.

-- Não se preocupe Ben, a Bella não vai estar sozinha.  – Disse Jasper, olhando a lista de musica. – Nossa você tem razão o gosto dessas meninas é péssimo para musicas, mas vamos dar um jeito.

-- Como? – Perguntei incrédula. A pior parte não era cantar, eu queria saber onde eu conseguiria uma banda e os aparelhos de sonora e acústica.

-- Bella fica calma. – Disse Jasper. – Edward não é o único talentoso em casa sabe. – E então o vampiro loiro e lindo abriu um sorriso travesso. – Nós seremos sua banda, eu posso tocar baixo, Emmett bateria, Edward guitarra ou violão, e você no vocal e as meninas no back – vocals. Está dentro Ângela?

-- Claro, pode contar comigo, eu fiz parte do coral da igreja. – Disse a minha amiga animada.

-- Ótimo. Então tudo resolvido. Bella agora você não precisa mais se preocupar com nada só com as musicas que vai cantar, e não se preocupe vamos dar um jeito nessa lista de mau gosto. – Disse Rosálie pegando a lista e amassando.

Tudo bem não seria tão ruim assim. Já que eu mais uma vez – como sempre – teria o apoio de tanto de Edward e de seus irmãos quanto de Ângela e Ben.

Pensamento vingativo: sim priminha eu faria a festa ser um sucesso e você iria se arrepender de ter me colocado nessa situação.