Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Xii fiz merda: em vez de clicar em editar cliquei em deletar o capitulo O_o. Bom pelo menos agora ele está super completo e mega grande ufa.
genteeeem meu pc voltou e em breve ganharei outro só para mim então poderei postar com mais frequencia para vc. o/ wwweee.
Então galera fiquem ai com o capitulo 44 atualizado se eu conseguir posto o 45 ainda esse fim de semana

Robeijos amo vcs

fuuuiiiii



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Bella

 -- Não acredito que vocês já estão indo embora! – Resmunguei cruzando os braços enquanto via Anna arrumar as coisas dela e do bebê nas malas. – E eu nem aproveitei direito meu afilhado.

Anna parou o que estava fazendo para me lançar um olhar sarcástico.

-- Deixa de drama, você não desgrudou do Charlie nem um minuto sequer.

Isso não era verdade. Eu alternava minhas horas do dia entre Edward, Charlie e o balé. Só quando Edward me chamava para sair, ou me ensinar a dirigir  - já que em alguns dias eu poderia tirar minha habilitação – eu abria mão do meu afilhado.

-- Ah Bells. Não me olhe assim. Não é justo. Sabe muito bem que eu quero ficar, mas você conhece seus padrinhos...

-- Eles bem que podiam vir morar aqui. – Levantei da cama e fui ajudá-la a terminar de arrumar as coisas. – Aposto que Jake iria querer isso também.

Ela mostrou a língua e jogou um travesseiro de Charlie em mim. Continuamos conversando enquanto arrumávamos as coisas.

Felizmente Charlie só acordou exigindo atenção exclusiva e comida, quando já estava tudo arrumado. Charlie agora estava com dois meses; ele ficara enorme e até um pouco pesado. Carlisle havia parabenizado Anna pelo crescimento e desenvolvimento rápido do bebê, e também por ela só amamentá-lo com leite materno.

Seria muito difícil, mais difícil do que da primeira vez me separar deles agora, ainda mais quando ficamos tanto tempo afastadas como no passado. Apesar de ter ótimos amigos aqui em Forks, não era a mesma coisa. Meu relacionamento com Anna ia alem de uma amizade de berçário. …ramos ligadas telepaticamente. Como irmãs gêmeas que nasceram de mães diferentes. Tudo o que acontecia com uma a outra também sentia.

Logo Tom veio nos chamar, senti um aperto não muito legal no meu peito. Era como se algo estivesse por vir.

Depois de muitos abraços beijos, lagrimas e promessas que nos veríamos em todos os feriados e férias juntas, libertei Anna de um abraço sufocante para que ela entrasse no carro.

-- Ah Bella não podemos nos esquecer do nosso aniversário. – Disse Anna colocando a cabeça para fora da janela. – E o batizado do Charlie. – Ela piscou para mim e sentou direito.

Abracei Tom e depois Sandra. Aproveitando o momento que Tom fora de despedir de alguns garotos de La Push – ele não iria aprovar o que eu estava fazendo nunca – para entregar uma coisa a Sandra.

-- Por favor? – Implorei a ela passando o envelope oficio estufado, ela fez uma careta quando leu para quem era, mas algo em meu olhar suplicante a fez pegar o envelope que continha uma imensa carta e algumas fotos minhas para minha mãe.

Há muito tempo eu já havia perdoado minha mãe, mesmo depois de tudo o que ela fez. Eu simplesmente não conseguia odiá-la, e também não seria bom, e dois ou três anos eu seguiria meu destino junto com Edward, e nunca mais a veria. Alem de tudo ela era minha mãe. A mulher que me deu a vida. E por mais estranho que possa parecer eu ainda a amava muito e sentia muita a falta dela.

-- Tudo bem princesa. – Concordou Sandra e me abraçou. – Você é uma menina de ouro Bella. – Ela me deu um ultimo beijo na testa e entrou no carro.

Enquanto via o carro desaparecer, senti os braços de Edward envolver minha cintura. Até aquele momento ele se manteve afastado, dando – me espaço para me despedir dos meus padrinhos e de Anna.

Encostei a cabeça em seu peito e suspirei triste.

-- Vou sentir falta deles.  – Comentou Edward.  – Já sinto até falta das pérolas da Anna. – Eu sorri.  – Vamos entrar? A chuva vai engrossar daqui a pouco.

Enquanto caminhávamos para dentro de casa, vi Jacob olhando para o mesmo ponto onde o carro que Anna estava desapareceu de vista. Eu nem precisava dos poderes de Edward para saber o que ele estava pensando - nem os de Jasper para saber o que ele estava sentindo.

Anna e Jacob tiveram a despedida deles na noite anterior. Alice – como sempre – tinha se incumbido de deixar tudo perfeito. E com certeza foi; o sorriso que Anna exibia quando fomos buscá-la dizia tudo. Era realmente uma pena que eles não pudessem assumir o namoro deles.

Acenei com a mão para Jake, ele retribuiu o gesto e cumprimentou Edward com um leve aceno de cabeça, antes de entrar no carro de Paul.

Entramos em casa e Edward me arrastou para o sofá, já que eu mal me agüentava em pé devido as lagrimas. Ele me abraçou forte e sussurrou palavras de conforto. No fundo eu sabia que estava sendo boba. Não era um adeus definitivo – não ainda. Mas eu queria passar o máximo de tempo possível com os Hastings.

Fiquei em silencio agarrada a Edward, enquanto me acalmava. Ele acariciava meu cabelo esperando pacientemente. Quando minha crise de choro passou, e eu estava melhor olhei para ele e sorri. Edward abriu o sorriso torto de partir o coração e se inclinou para beijar meus lábios. Nada melhor do que os beijos de Edward para espantar minha tristeza.

Ouvimos um pigarro irritado e nos separamos. Era Britanny.

Oh menininha inconveniente.

Ela ficou nos olhando irritada.

-- Bella estou indo para a academia. – Disse simplesmente. Como se eu me importasse.

Ela saiu batendo o pé. Quando chegou à porta ela ainda nos olhou por cima do ombro e depois saiu fechando a porta atrás de si.

Agora estávamos às sós. Só Edward e eu. Steve tinha ido para o hospital bem cedo; tia Claire foi para a loja um pouco antes dos Hastings partirem; e felizmente a família do seboso e os amigos de Britanny e da loira sebosa haviam ido embora uma semana antes.

-- Nem acredito que as aulas começam amanhã. – Comentei meio desanimada.

-- Eu nem acredito que finalmente estamos sozinhos. – Edward comentou.

Olhei para ele desconfiada e ele abriu um sorriso tentadoramente malicioso.

Não precisei pensar muito para entrar no mesmo estado de espírito que ele... E logo eu já estava em seu colo esmagando meus lábios nos dele. Não que estivéssemos muito tempo sem sexo. Na verdade passamos praticamente as férias todas nos amando. Exceto nos últimos três dias – só porque eu quis aproveitar mais meu tempo com Anna, Charlie, Sandra e Tom.

Normalmente ficávamos na casa de Edward, - Alice sempre dava um jeito de tirar os outros da casa para ficarmos sozinhos – já que a minha vivia abarrotada de gente, que não era nem de longe tão sutil como a família de Edward e não tinham desconfiomêtro. Então era super emocionante estarmos sozinhos, sem precisar alertar as visões de Alice para ela poder colocar os outros para fora.

Provavelmente todos eles já sabiam o que fazíamos quando Alice inventava alguma desculpa para tirá-los de casa. Era extremamente constrangedor.

Edward pegou-me no colo – ainda com os lábios colados nos meus – e seguiu em direção ao meu quarto, antes que ficássemos completamente descontrolados e não conseguíssemos sair do sofá.

Edward colocou-me gentilmente no chão. Fui direto para cama e fiquei observando enquanto ele tirava a roupa. Era extremamente sensual vê-lo se despir – mesmo ele fazendo isso em um gesto tão simples. Ele olhava em meus olhos enquanto ia tirando peça por peça.

Quando só lhe restava a boxe ele veio se juntar a mim na cama. Ajudou-me a me despir. E quando não havia mais nenhum tecido separando nossos corpos, deitou-me na cama com seu corpo sobre o meu.

Ele beijava meu pescoço, colo, seios, lábios...

Edward posicionou-se entre minhas pernas mantendo meus olhos presos ao dele e me penetrou lentamente. Embora não doesse mais, o ar sempre me faltava quando ele me penetrava, mas não era um sinal de desconforto e sim de prazer.

Nossos corpos se movimentavam em uma sincronia tão perfeita, que parecia que era ensaiado. E é claro que não demorou muito para meu corpo começar a ter pequenos espasmos.

Percebendo que eu não demoraria muito para atingir ao clímax, Edward apertou minha cintura e rolou na cama invertendo nossas posições. Ele continuou se mexendo sob o meu corpo.

Fiquei parada.

Não tinha a mínima idéia do que fazer.

-- Edward – sussurrei seu nome – eu não sei assim.

-- Não tem segredo. … instintivo Bella. – Ele beijou meu pescoço. – Não se preocupe eu vou te ajudar.

Edward me fez  ficar sentada e segurou novamente minha cintura. Ele ajudava a movimentar meu corpo para cima e para baixo. Depois de algum tempo ele soltou minha cintura e eu continuei sozinha. Espalmei minhas mãos em seu peito, e segui o mesmo ritmo que o seu.

Logo ambos estávamos com a respiração pesada.

Edward passou a mão pelo meu pescoço, depois desceu para o meu seio, barriga até chegar ao meu clitóris.

-- Adoro quando seu corpo fica suado. – Sussurrou.

Eu não conseguia dizer nada a não ser gemer seu nome.

Inclinei meu corpo para beijar seus lábios e Edward me abraçou com força. Nossos corpos começaram tremer. E ainda bem que nossos lábios estavam selados, porque abafou os gemidos          que soltamos – que provavelmente seriam ouvidos pelos vizinhos e pior pelo meu tio – quando atingimos o orgasmo.

Continuamos nos beijando delicadamente enquanto nossos corpos se acalmavam. Com muito cuidado para não interromper o beijo. Edward virou nossos corpos de lado e saiu de dentro de mim. Separamos nossos lábios e Edward me puxou para seu peito afagando meus cabelos.

-- Preciso de um banho. – Murmurei exausta.

Edward se levantou com cuidado ainda me mantendo aconchegada ao seu corpo e me levou para o banheiro. Ele abriu o chuveiro e me puxou para o Box.

Edward lavou meus cabelos e cada parte do meu corpo. E eu fiz o mesmo – claro que lavar o cabelo dele foi mais complicado já que ele era bem mais alto do que eu. Foi inevitável que fizéssemos amor de novo, mesmo eu estando tão exausta não consegui resistir ao corpo de Edward.

Terminamos nosso banho e Edward me enrolou em uma toalha. Ele me pegou no colo novamente, já que eu não agüentava mais ficar em pé, e me levou de volta para o quarto. Sem se preocupar em nos vestir, ele me enrolou no edredom e deitou ao meu lado.

-- Agora você vai descansar. – Disse ele. Dei um sorriso fraco e deixei que exaustão me dominasse.

POV Britanny

Dirigia para a academia com tanta raiva que nem prestava atenção na estrada.

Minhas férias foram um saco. Tive que aturar a presença da Stacy e das cadelinhas seguidoras dela. Além de ter que me fazer de boazinha para aquela amiga da Bella. Arg. Aquelas duas me davam náuseas. Podia apostar que as santinhas, responsáveis e adoradas por todos aprontavam pelas costas. Principalmente aquela Anna, que até filho tinha. Fora que elas acham que eu era completamente idiota e não via o jeito que Jacob olhava para ela.

E no único momento que eu achei que as coisas finalmente iriam melhoras, quando o Edward tinha terminado com insossa da minha prima, quando menos espero eles estão juntos de novo.

E com a ajuda de quem? Da songa-monga II e das irmãs de Edward.

Sabia que para chegar perto dele, teria que conquistar as irmãs, o que era extremamente difícil, uma vez que elas amavam a sem sal da Bella e me olhavam torto. Então eu teria que abalar a confiança que elas tinham em Bella. Eu só não sabia como fazer isso, porque toda vez que eu armava alguma coisa nunca dava certo ou virava contra mim.

Até havia tentado ser legal, ser boa com ela e desistir de Edward Cullen, mas toda vez que eu via os dois juntos e como Bella era tratada pela família dele, algo dentro de mim rugia e dizia que aquele era o meu lugar e não o dela.

Eu iria ter Edward Cullen para mim, e o faria me amar custe o custasse. Era uma questão de honra.

Era bem mais bonita, mais gostosa e bem melhor do que minha priminha nerd e insossa.

Lembrei-me do beijo que presenciei entre os dois logo antes de sair de casa e me imaginei no lugar dela: beijando-o e recebendo todo o carinho dele, e todos os presentes – ainda não engolia o fato de ele ter dado duas jóias raras que ficaria melhor em mim para ela.

Como seria o beijo dele? Provavelmente o melhor que eu já provei.

Eu tinha que fazer alguma coisa logo. O pior é que eu não podia contar com o idiota do Newton – ele era muito amador. Principalmente agora que a vaca da Jessica não desgrudava dele e não deixava nenhuma menina chegar perto. A tonta estava toda feliz porque estava “namorando” ele. Ela nem desconfiava que estivesse sendo usada para fazer ciúmes na Bella. Como se ela fosse olhar para aquele babão namorando Edward Cullen. Ela podia ser sem sal, nerd e insuportável, mas pelo menos tinha bom gosto para homens.

Bem, Mike não podia me ajudar, mas tinha alguém que podia, aproveitei que o sinal havia fechado e peguei minha bolsa a procurar do celular. Após verificar varias vezes constatei que deveria ter esquecido o aparelho em casa. Aproveitando que ainda estava nos limites de Forks fiz o retorno.

Quando entrei em casa não encontrei o casal ternurinha na sala. Dei de ombros. Eles deveriam ter saído. Subi as escadas e fui direto para o meu quarto. Encontrei o aparelho no meu criado-mudo ainda conectado ao carregador. Peguei o celular e sai do quarto. Foi quando eu ouvi: eram gemidos ofegantes não restava duvida e vinham da direção do quarto de Bella.

Será que a santinha anda assistindo filmes pornôs enquanto não estamos em casa?

Cheguei nas pontas dos pés até a porta que estava entreaberta – mas me dava uma visão privilegiada – e estaquei com o que eu vi: Bella sentada sobre o corpo de Edward rebolando; ambos estavam nus e suados. E eu achando que a cadela ainda era virgem. Eu sempre soube que no fundo ela era igual à mãe dela; por fora se mostrava recatada, mas por dentro era uma verdadeira vadia.

Minha mente se tingiu de vermelho e uma raiva sem tamanho tomava conta do meu corpo. Minha vontade era de entrar naquele quarto e encher a vagabunda de porrada. Mas resolvi me controlar, se eu entrasse no quarto e os flagrasse eu sairia perdendo nessa. Tinha que agir com inteligência como Stacy sempre diz – foi a única coisa que a sem neurônios me ensinou de bom.

Conhecia alguém que não ia gostar nada, nada. Ainda sem fazer barulho comecei a filmar com o celular, eu teria uma prova.

Isabella Swan você está ferrada.

Tinha que sair logo dali, antes que eles percebessem minha presença. Se bem que eles estavam tão concentrados e gemendo tão alto que não ouviam nem os próprios pensamentos. A vadia gritou o nome dele e eu quase, quase entrei lá e a puxei pelo cabelo.

Antes de sair tive a maravilhosa visão do corpo longo, alvo e musculoso de Edward.

Que pernas!

Que bunda!

Ele abraçou a vaca – não conseguia mais chamá-la pelo nome depois dessa – e rolou os corpos para que ela ficasse do lado dele na cama, bem nesse momento pude ver seu imenso, grosso e delicioso pênis – claro que filmei isso também. Tinha que admitir que a sem sal era sortuda. Mas não por muito tempo.

Claro que não pude deixar de me imaginar, ali naquela cama com ele.

Eu iria ter Edward Cullen para mim! Agora mais do que nunca eu o queria.

Desci as escadas rapidamente, mas com cuidado para não ser ouvida. Quando já estava na segurança do meu carro dei partida discando furiosamente as teclas do celular. Chamou duas vezes até eu ser atendida.

-- Preciso de você. Me encontre em uma hora naquele mesmo lugar de sempre.

**

Edward

            Bella parecia estar dormindo profundamente, ela estava tão cansada, que não acordaria tão fácil. Vesti minha roupa e disparei para a sala em busca do meu celular que deveria estar jogado em algum canto por lá.

Precisava ligar para Alice o mais rápido possível.

Ainda não acreditava que fui tão burro em não ter percebido a presença dela na casa. Tudo bem que eu estava extremamente distraído, mas eu poderia pelo menos ter me prevenido, fechando a porta... Não posso deixar que ela prejudique Bella.

O pior de tudo foi que a vaca – desculpem-me os pobres animais pela ofensa – ainda filmou tudo, sem contar nos nomes que ela usou para xingar minha Bella por pensamento – não era Bella que tinha um caso com o marido da mãe. Mas infelizmente percebi seus pensamentos tarde de mais e não pude fazer nada. Provavelmente se eu a tivesse flagrado ela poderia ter enviado o vídeo para alguém, ou desconfiado que houvesse algo errado – não que eu fosse deixá-la viver para contar a alguém.

Parei de pensar nas mil e uma maneiras de torturar e acabar com a vida da sebosa aprendiz– estava surpreso com meus pensamentos, nunca fui violento – e peguei meu celular. Havia nada mais nada menos do que 200 chamadas perdidas em meu celular de Alice e Rosalie, havia alguma de Emm e Jazz também, mas a maioria era das duas.

Pode parecer impossível, mas se tratando da baixinha maquiavélica e da loura pervertida 200 chamadas ainda eram poucas.

Disquei o numero de Alice e ela me atendeu em meio toque.

-- Ah! Edward. Até que enfim. – Ela nem ao menos, me deixou abrir a boca e desatou a falar: - Edward como você não a ouviu? Os pensamentos dela são sempre tão claros. E por que não atendeu o celular? Como pôde deixar Bella tão exposta?

Ela nem se quer fez uma pausa.

-- Calma Alice. – Disse tentando parecer tranqüilo. – Eu não consegui ouvi-la a tempo, por que... Bem... Eu estava ocupado. Você sabe o que eu estava fazendo... – Eu suspirei. – Só me diga onde ela está para que eu possa acabar com a vida miserável dela.

-- Onde você acha? A vagabunda está com o marido da mãe em um motel barato em Seattle. – Ela ficou um tempo em silencio e depois voltou a falar: - Acho que a morte é uma saída muito fácil para ela. Temos que frustrá-la, humilhá-la, fazê-la se dar mal na frente de todos. Depois podemos jogar os pedacinhos dela no mar.

-- Ela nos filmou Alice! – Disse com os dentes trincados.

-- E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI? – Ela gritou indignada, e depois mais calma disse: - Não se preocupe Rose e eu, temos tudo sob controle. Você só precisa contar para ela. Vamos resolver tudo antes que ela acorde.

-- Obrigada Alice, você é a melhor.

-- Eu sei. O prazer é meu. Agora você só precisa convencer a Bella de ir ao baile das boas vindas. Tenho o vestido perfeito para ela. – Revirei os olhos isso era tão Alice.

Despedimo-nos e desliguei o celular. Voltei correndo para o quarto de Bella; ela ainda ressonava tranquilamente. Deitei-me com cuidado ao seu lado e a puxei para o meu peito.

Só esperava que o plano de Alice – seja lá qual for – desse certo. Não queria que Britanny saísse vitoriosa nessa. Ainda tinha que contar para Bella o que a prima estava aprontando, não queria atormentá-la com isso, mas prometi não esconder mais nada dela. Já bastava o passado negro de Newton que eu escondia a sete chaves para que ela não soubesse.

Agora só me restava esperar.

Alice Cullen

-- Tudo pronto. – Perguntei assim que desliguei o celular. Rose assentiu. – Ótimo. Está quase na hora.

Fomos para a garagem e entramos nos carros. Rose e eu íamos no carro dela, e Jazz e Emm no jipe.

Edward não foi o único a querer quebrar todos os ossos do corpo de Britanny. Jazz disse que seria legal injetar nosso veneno no organismo dela, só para vê-la se retorcendo de dor, antes de matá-la lenta e dolorosamente. Isso me assustou um pouco Jazz sempre foi o mais pacifico. Emm apoiou veemente o plano de Rose de escalpelar Britanny, depois arrancar os olhos, a língua e por fim quebrar lentamente os ossos do corpo dela antes de a jogarmos no rio. E eles não diziam isso da boca para fora, ou só porque estavam revoltados. Eu realmente os via encurralando a garota quando ela saísse do motel.

Quanto ao Steve nem comento o que eles estavam planejando para ele.

Foi extremamente difícil fazê-los desistir da idéia – que eu estava quase aderindo. Mas consegui fazer com que eles voltassem a razão, deixando-os frustrados. Não podia culpá-los, Britanny era uma pessoa podre por dentro e nós adorávamos a Bella, não podíamos deixar que aquela garota sem moral fizesse alguma coisa com a pessoa que fazia nosso irmão feliz.

Paramos os dois carros em frente ao motel, que mais parecia alguma espécie de albergue pulguento. Não demorou muito para a cretina e o pedófilo nojento saírem do motel.

-- Não podemos fazer nada por precipitado – ouvimos o médico nojento dizer a sebosa. – Temos que agir com inteligência. – Completou depois de morder o lóbulo dela – nojento – Você vai ter o seu Edward, e eu vou consolar a priminha.

Quase tive um ataque, e ainda tive que segurar Rosalie para ela não sair do carro e arrancar a cabeça do médico pedófilo. Jasper estava com a mesma dificuldade em segurar Emmett, nem os poderes dele estavam funcionando.

Se Edward soubesse daquilo matava os dois na mesma hora.

-- Será que você vai achá-la tão boa quanto eu? – Perguntou a sebosa com ciúmes. Essa garota também queria todos heim.

-- Claro que não, gostosa. – Garantiu, ele para tranqüilizá-la, porem a verdade era que ele achava que a Bella seria bem melhor.  – Só me arrependo de não ter comido a vadiazinha antes. Bom, pelo menos, aquele moleque serviu para alguma coisa, não é?

Ele riu, mas Britanny fez uma careta para ele.

-- Alice!  - Emmett me chamou pelo aparelho de escuta. – Jasper está querendo arrancar a cabeça do seboso.

-- Diga para ele ter paciência.

Observamos eles se despedirem com um beijo que me teria feito vomitar - e em praça pública – Britanny estava quase saindo quando Steve segurou o braço dela com fora. Ela soltou “Ai” com aquela voz de piranha dela – sem ofensa aos pobres animais – e olhou para ele sorrindo. Era uma vadia mesmo.

-- Nem ouse mostrar esse vídeo para alguém, muito menos para aquelas suas amigas sem cérebro. Na hora certa vamos usá-lo. – Ela assentiu e Steve deu um sonoro tapa na bunda dela.

-- Esses dois me dão náuseas. – sussurrou Rose.

E como se o tapa ainda não fosse o bastante e ele a puxou para outro beijo e começou a passar a mão em todas as partes do corpo dela. Isso era atentado ao pudor. Onde estavam os policiais dessa cidade quando precisávamos deles?

Quando eles se afastaram e foram para seus carros, nós o seguimos. Rose e eu seguimos Britanny e Emm e Jazz o seboso. Britanny poderia ter passado o vídeo para o celular dele.

Britanny parou o carro no estacionamento de academia grande e chique. Ali além de academia tinha um salão de beleza e clinica de estética, e as lideres de torcida das regiões tinham acesso gratuito. Até que ser líder de torcida tinha suas vantagens.

A ouvimos falar com Lauren pelo celular. Ela iria fazer uma sessão de bronzeamento e retocar as mechas do cabelo. Vi um sorriso lindo, porem diabólico se abrir no rosto perfeito de minha irmã. Não tive tempo de perguntar se ela iria fazer aquilo mesmo, porque o celular dela tocou.

Era Emmett. Rose colocou no viva-voz:

-- Está feito, mas não havia nada no celular dele. Só algumas fotos de Britanny nua e uns vídeos fazendo coisas inapropriadas para a idade dela em Steve. – Retorci a cara de nojo – Vamos poder usar contra eles.

-- Claro que sim. Então o que aconteceu? – Perguntou Rose, também me interessei embora já soubesse parcialmente o que havia acontecido.

-- Bom, enquanto vocês assistiam aquela cena de agarramento nojenta, deixei Jazz sair – depois de ele me prometer que não ia matar ninguém, claro. Ele foi de fininho até o carro do pedófilo e sabotou o motor, além de retirar quase toda a gasolina, então ele não pôde ir muito longe. Ficamos observando, até ele sair do carro para olhar e ligar para o guincho. Enquanto ele quase perdia a cabeça porque o guincho iria demorar, pagamos dois garotos para roubar o celular dele e levar para nós.

-- Vocês são gênios. – Exclamei feliz. Agora só faltava a cobra. – Onde vocês estão?

Perguntei imaginando se iria demorar muito para eles chegarem.

-- Estamos bem ao lado de vocês! – Rose desligou o celular e abriu a janela do conversível. Emmett e Jasper piscaram para nós.

Saímos do carro para executar a segunda fase do plano.

**

Enquanto Jasper e Emmett distraiam as recepcionistas, - que só faltavam babar em cima deles - Rose e eu fomos em direção aos vestiários. Eu sabia onde Britanny sempre guardava as coisas dela e também a combinação do armário, então não demoraria muito. Levei segundos para chegar até o armário, abrir, pegar o celular, apagar os vídeos e qualquer vestígio que a sebosa pudesse recuperá-los, e ainda coloquei alguns vídeos bobos de um web-show idiota que eu assisti um dia desses. Coloquei tudo de volta da mesma maneira que estava. Virei-me para falar com a Rose e...

Cadê a Rosalie?

Ah minha nossa Rosalie Lilian Hale estava aprontando. Porem quando eu cheguei ao corredor, lá estava à deusa da beleza encostada na parede com um sorriso lindo e diabólico nos lábios perfeitos.

Rose enganchou o braço no meu, puxando-me para irmos resgatar nossos maridos.

Quando chegamos à recepção as mocréias estavam quase se jogando em cima deles. E elas não gostaram nada quando chegamos abraçando e beijando-os. Saímos de lá às pressas.

Depois de prometermos que jamais mencionar, muito menos pensar sobre os planos de Steve em instante algum, principalmente perto de Edward, – ele mataria o pedófilo na mesma hora – fomos para casa.

Liguei para Edward quando estávamos fazendo o caminho de volta para casa.

-- Problema resolvido. – Ele me agradeceu fervorosamente, e prometeu que levaria Bella ao “Baile de Boas Vindas” nem que fosse arrastada.

Agora eu podia relaxar um pouco tinha muitas coisas para fazer e organizar, afinal as aulas começaria no dia seguinte.

Edward

Desliguei o celular e suspirei aliviado, um problema a menos. Fiquei feliz por não ter que precisar sujar minhas mãos com um ser imundo como Britanny.

Não demorou muito para Bella acordar. E quando estava mais desperta eu contei tudo à ela,  e claro, ela quase entrou em estado de choque, mas antes que começasse a pirar contei que Alice e Rose, junto com Emmett e Jasper tinham resolvido tudo.

Fiquei a observando enquanto ela se vestia – era um crime deixá-la fazer isso – distraída. Bella parecia estar pensando longe e eu como sempre fiquei frustrado por não ouvir seus pensamentos.

-- Sabe, às vezes eu tenho vontade de dar uma surra tão grande na minha prima, que descontaria todas as surras que ela não levou. – Falou de repente enquanto penteava o cabelo. Ela não era a única que gostaria de fazer isso. – Ou então, contar tudo  o que eu sei sobre ela para minha tia.

-- Eu apoio a idéia da surra. Podemos dizer que ela foi assaltada. – Eu disse passando os braços por sua cintura e puxando-a para mim. – Quanto a contar a sua tia, sobre ela e Steve, temos que ter paciência. Alice garantiu que não demoraria muito para conseguir alguma coisa.

Bella suspirou frustrada, e não disse mais nada. Decidimos então ir para a sala ver TV para o caso de Claire chegar em casa. Apesar, de Alice ter apagado todos os vestígios daquele vídeo maldito, nunca se sabe o que a louca sebosa poderia contar à mãe no momento da raiva. E mesmo sem provas não ajudaria em nada se
Claire nos encontrasse no quarto de Bella.

Estávamos assistindo um filme qualquer quando Britanny chegou.

Minha nossa o que havia acontecido com ela?

Ela usava um conjunto de moletom largo, cujo blusão estava fechado até o pescoço, as mãos estavam cobertas por luvas de couro e um cachecol enrolado no pescoço. Um lenço de seda colorido que envolvia sua cabeça, encobrindo todo o cabelo e o rosto e ainda por cima óculos escuros enorme para ajudar a esconder o rosto. 

Para mim toda aquela tralha era inútil; eu conseguia ver perfeitamente o rosto dela.

Britanny passou rápido por nós sem dizer uma só palavra, mas mesmo assim ela nos lançou um olhar zangado, pela maneira que Bella e eu estávamos abraçados.

Esperei ela ir para o quarto para poder soltar a gargalhada que eu estava reprimindo.

-- O que foi? – Bella perguntou confusa. Apenas balancei a cabeça e continuei rindo. Então ouvi um grunhido vindo do andar de cima e logo depois sons de objetos sendo tacados na parede e no chão.

-- O que deu naquela louca? – Perguntou Bella, assustada com os barulhos que vinham do segundo andar.

-- Logo você vai saber. – Disse beijando seu cabelo e acomodando-a melhor entre minhas pernas.

Voltamos a assistir ao filme ignorando Britanny destruir o quarto. E eu tentei ignorar os pensamentos insanos dela.

Filme estava nas partes finais quando Claire e Steve chegaram na casa. Claire me cumprimentou alegremente e Steve como sempre resmungou fechando a cara – como se eu ligasse. Claire começou uma conversa e me convidou para jantar – de novo. Porem eu não poderia aceitar, já fazia algum tempo que eu não caçava, e isso era perigoso. Eu sabia as conseqüências de quando ficava muito tempo sem caçar.

“Não sei por que Claire suporte esse moleque aqui todos os dias? Ela deveria começar determinar dias e horários certos para visitas.” – Os pensamentos de Steve me distraíram de minhas preocupações com a sede.

Geralmente ignorava os pensamentos dele, eram sempre os mesmos: ele me queria longe. Porque eu era filho do “inimigo” dele no trabalho e porque Britanny – amante dele – vivia correndo atrás de mim. Era motivos de sobra para ele me odiar. Como se eu ligasse, para mim ele e Britanny não passavam de um monte de estrume.

-- Hoje eu não posso Claire. – Disse à mulher que insistia mais uma vez para eu ficar para jantar. – Prometi aos meus irmãos e meu pai que iríamos fazer um programa só de garotos hoje à noite. – Ela riu achando lindo minha relação com meu pai e irmãos.

-- Vem vou te acompanhar até o carro. – Bella disse entrelaçando nossos dedos.

“Vai aproveitando idiota. Porque logo, logo Isabella será minha. E quando eu mostrar a ela o que é um homem de verdade, ela nem ao menos vai lembrar seu nome.” – Paralisei quando ouvi esse pensamento.

Como é?

Então Steve queria minha Bella? A MINHA Bella.

O covarde pedófilo ficou me encarando como se me desafiasse. Fiquei lendo sua mente e estava tudo ali. Ele nunca quis Britanny ele só a usava porque ela o ajudaria a chegar a Bella, assim como Britanny o usava para me fazer ciúmes – patéticos. O trato que os dois fizeram a alguns meses atrás de que um ajudaria o outro. O que Steve pensava sobre Bella e as maneiras que ele a imaginava em seus braços, chamando o nome dele. Era nojento.

Como eu nunca tinha ouvido isso antes? Como eu nunca havia percebido isso?

A resposta era que eu sempre ignorava ao máximo os pensamentos dele e os da sebosa.

Primeiro era Mike, agora esse idiota estava obcecado por Bella, mas nenhum dos dois a teria. Eu a manteria longe dos dois, nem que para isso eu tivesse que levá-la para longe e transformá-la.

O safado pedófilo continuava me encarando desafiadoramente – coitado, mal sabia que eu poderia arrancar a cabeça dele em menos de um segundo. Retribui seu olhar. Quando recebeu toda a repulsa, nojo e ódio em meus olhos o covarde vacilou.

Ele era um parasita nojento. E o mundo não precisava de um ser como esse. Ninguém sentiria falta dele. Nem se importariam se eu acabasse com a vidinha miserável dele.

Sem nem ao menos perceber eu já havia dado dois passos em direção ao safado. Ele vacilou de novo e cambaleou dando um passo para trás.

Era extremamente agradável ver suas pupilas delatadas e a pulsação acelerada de medo. Por alguns milésimos de segundos desfrutei de uma imaginação de Steve correndo desesperado e gritando feito uma mulherzinha e eu atrás dele, me deliciando com seu pânico antes de matá-lo.

“Mas que merda esse garoto está fazendo comigo? Nunca tive medo de nada...” – Ele estava apavorado. Não iria demorar muito para acabar com ele.

Não bebia sangue humano desde a primeira vez que precisei me alimentar – aquela foi a única vez. E eu já mais toleraria um sangue sujo como o dele em meu organismo, mas eu abriria uma exceção. E eu nem iria beber muito, iria só estraçalhar a garganta dele, ver o sangue escorrer antes de matá-lo. Nada de mais.

Agora ele parecia um passarinho preso pelo olhar da serpente – vulnerável, nem iria ter muita graça. Só mais um passo e eu acabaria com o verme. Dei mais um passo pronto para o único, porem fatal golpe quando ouvi a voz da única pessoa no muno que me pararia naquele momento:

-- Edward? – Edward me chamou com a voz tensa. – Vamos. – Ela apertou mais minha mão e me puxou.

Eu nem havia percebido que ela me chamava a algum tempo, nem que Claire me olhava confusa e temerosa, muito menos que meu celular tocava freneticamente.

Dei um até logo a Claire e sai da casa puxando Bella comigo. Pude ouvi Emmett, Carlisle e Jasper escondidos na floresta. Provavelmente Alice deve tê-los alertado.

-- Edward o que foi aquilo? – Bella parecia incrédula. – Por pouco você não ataca o Steve na frente da minha tia. Ela podia ter chamado a policia, e então você teria que matá-la também... – Ela se calou de repente assustada com a hipótese.

Não disse nada sobre o comentário dela. Apenas abri a porta do carona, e a empurrei para que ela entrasse no carro.

-- Edward o que está fazendo? – Perguntou confusa. – Não posso ir agora com você.

Segurei sua cintura para forçá-la a entrar no carro. Ela começou a se contorcer para se soltar. Inútil.

-- Bella não seja difícil e entre no carro! – Ordenei.

-- Eu não posso Edward. Não é assim... – Disse continuando a se contorcer para se soltar. Era mais provável que ela se machucasse e ela sabia disso.

Não queria ter que usar a força com ela, mas eu não a deixaria aqui depois do que ouvi. Peguei-a no colo ignorando seus protestos e a coloquei no banco prendendo o cinto – de – segurança. Fui para o outro lado e entrei no carro logo dando partida.

-- Edward você ficou maluco? – Bella gritou e eu a ignorei de novo, porem ouvi a voz de uma pessoa que eu não poderia ignorar.

“Edward volte!” – Ordenou os pensamentos de Carlisle. – “Você está a assustando”. – Tentei ignorá-lo também e continuei dirigindo. Iria para bem longe, se eu fosse para casa eles me obrigariam a levá-la de volta para casa. Talvez os Denali me ajudassem Katy e Irina adoraram Bella, mas tinha Tanya. Ou talvez eu fosse para a Itália. Eles não iriam poder fazer nada contra ela, já que Bella era minha escolhida, talvez Aro até me ajudasse quando soubesse da história toda. Para eles era um crime quando mexiam com a escolhida de um vampiro. Fosse homem ou vampiro se quebrassem a regra seria punido.

“Você precisa caçar Edward. Está com muita sede não está raciocinando direito, pode ser perigoso para ela.” – Disse Jasper. Não seria mais perigoso do que o pedófilo desgraçado. – “Não se preocupe Alice e Rose vão ficar com ela enquanto estiver caçando.” – Continuou ele tentando me tranqüilizar.

“Leve-a de volta Edward, antes que a tia dela perceba.” – Carlisle ordenou novamente e então senti uma onde de calmaria me envolver o que me fez pensar melhor.

Sem ter alternativa levei Bella de volta para casa da tia.

Bella não disse uma palavra enquanto voltávamos; ela só me encarava. Não sabia dizer qual emoção predominava em seu rosto: se era a confusão, ou o medo. Parei em frente à casa, e logo sai do carro para abrir a porta dela. Ofereci minha mão para ajudá-la a sair e para meu alivio ela aceitou. Há essa altura eu imaginava que ela deveria estar com muita raiva de mim.

Senti Bella envolver seus pequenos braços em minha cintura. Uma brisa passou por nós fazendo Bella estremecer. Inspirei os odores que veio junto com ela. Nesse momento percebi o que Jasper quis dizer que era perigoso para Bella. Ela estava muito perto de mim e eu precisava caçar e o cheiro dela era tentador, e ficava mais forte dentro de um carro fechado, e comigo fora de controle como eu estava...

Estremeci só de pensar o que teria acontecido se Jasper e Carlisle não tivessem me parado – provavelmente teriam usado a força descomunal de Emmett caso eu não ouvisse eles.

-- Me desculpe Bella. – Pedi apertando-a contra meu peito.  – Perdoe-me pela minha atitude?

-- Está tudo bem. Os pensamentos de Steve deveriam ser muito ruins, para você perder o controle daquele jeito. – Ela suspirou. – Não liga para ele. Ele é que nem a Britanny, a inveja já tomou conta dele.

-- É – Disse apenas. Eu teria que dizer a verdade para ela, mas não seria agora.

-- Eu te amo.

-- Também te amo bonequinha.

Ela sorriu e se esticou nas pontas dos pés para me beijar.

Antes de deixá-la se afastar de mim e entrar na jaula das cobras, havia feito um monte de recomendações a ela as principais eram: trancar a porta do quarto, não ficar sozinha com Steve. E que era melhor ela passar mais tempo com Sue e Leah, pelo menos lá ela estaria protegida. Apesar de não ter entendido muito o porquê disso tudo ela concordou. E depois de um ultimo beijo a deixei entrar em casa.

Quando cheguei em casa estavam todos a minha espera. Esme se atirou em meus braços assim que pisei os pés na sala. Retribui o abraço e depois que ela me soltou me virei para Alice. Já prevendo todas as acusações ela tratou de se defender.

-- Não me olhe desse jeito. Só descobri hoje. Assim como você eu ignoro aqueles dois o máximo que eu posso. – Ela suspirou. – E eu tinha razão em não te contar você perde a cabeça muito rápido, não que eu me importe que você mate aquele verme, mas temos que ficar ocultos. Fiquei assustada com o que eu vi.

-- E o que você viu? – Perguntei com medo da resposta, mas mesmo assim tentando ver algo em sua mente, e claro que Alice tentava pensar em outras coisas para não me deixar ver.

“É melhor não saber” – Me respondeu por pensamento. Sussurrei um “obrigado” e então ela pulou no meu colo.

-- Solte-o Alice, precisamos estar no quarto de Bella imediatamente. – Disse Rose que segurava uma mochila rosa. Elas iam fazer uma festinha do pijama. Só esperava que elas não exagerassem de mais e fizessem Bella ficar a noite toda acordada.

-- E Edward precisa caçar. – Disse Emmett vindo para o meu lado. Alice me soltou e eu acompanhei meus irmãos até o Jipe de Emmett meio hesitante.

“Não se preocupe Eddie se o seboso pensar em encostar um dedo sequer em Bella eu mesmo castro ele.” – Pensou Rosalie dando uma risada maléfica.

Ainda podia ouvir os ecos de sua risada à quilômetros de distancia. E ela havia falado serio quando disse que castraria o seboso.

Bella

Confesso que fiquei assustada com a reação de Edward. Primeiro ele quase ataca Steve na frente da minha tia, depois ele me enfia no carro e dirige feito um louco. Mas eu não podia culpá-lo Steve tirava qualquer um do sério, e os pensamentos deveriam ser mais que ofensivos para levar Edward a ter aquela atitude. Por isso eu rezava sempre para que minha tia abrisse os olhos e o mandasse embora. Se isso não acontecesse logo, eu simplesmente seguiria o conselho de Anna iria morar com tio Arty.

Quando entrei em casa tia Claire e Steve não estavam mais na sala, ouvi vozes alteradas vindas da cozinha. Cheguei mais perto para ouvir melhor.

-- ...estou dizendo Claire a melhor coisa a se fazer é afastar esse moleque de Isabella. Esse cara só trás problemas viu só como ele me enfrentou hoje, não tem um pingo de respeito pelos mais velhos. Fora que ele fica colocando Bella contra Brity. – Dizia ele com raiva na voz.

-- Ah pelo amor de Deus Steve. Esse papo de novo não. – Disse tia Claire com se já estivesse cansada da mesma ladainha. – Não sei por que você odeia tanto o rapaz, não tem nada a ver com a rixa que você tem contra o Dr. Cullen não é?

Steve grunhiu ao ouvir o nome de Carlisle.

-- Eu digo que não há nada de errado com Edward, ele é bom ótimo rapaz, muito inteligente e é claro que ele respeita os mais velhos Arty e Sue o adoram. – Ele bufou de novo. – É você que fica implicando com o rapaz. Você nem se quer conversa com ele para saber como ele é de verdade. E quanto a Britanny e Isabella, bem desde quando morávamos na Califórnia Brity implica com a prima, e não posso permitir que Bella fique sem se defender. Eu conheço minha filha e sei que ela não é fácil. Ela simplesmente colocou na cabeça que Edward é dela, acho a culpa é minha, que não fiz nada a respeito desde o começo. Acho que vou marcar um psicólogo para ela.

-- Faça o que bem entender, mas ouça o que eu falo. Se dermos muita folga para esse moleque ele vai querer mandar aqui dentro.

-- Bobagem Stev. – Minha tia riu. – Você deveria deixar de ser menos implicante.

Ouvi a porta dos fundos bater e minha tia suspirar. Steve deveria ter saído. Decidi que seria uma boa hora para entrar na cozinha. Encontrei minha olhando para a porta com o cenho franzido.

Senti cheiro de tomate e queijo pela cozinha toda. Ela deveria estar cozinhando. Depois que a Sra. Newman reclamou que minha tia não alimentava o filho dela direito e que não servia por não saber cozinhar, ela começou a se esforçar para aprender a cozinhar e devo dizer que ela está melhorando muito, desde então.

-- Oi estou fazendo lasanha. – Ela disse alegre, quando me viu entrar pela cozinha. – Viu a Britanny bati na porta do quarto dela, mas a porta estava trancada e ninguém respondeu.

-- Sim, mas ela nem falou comigo subiu direto para o quarto.

Alguns minutos depois Steve entrou de novo na cozinha com o semblante carregado.

Ajudei minha tia a por a mesa. Jantamos em silencio, porem fiquei incomodada com os olhares que Steve me mandava. Por um momento lembrei-me do olhar de Phil antes de me atacar. E então a reação de Edward, a pressa de me tirar de casa, as recomendações dele de não ficar perto de Steve.

Será que Steve estava com a mesma intenção de Phil?

Senti todo o sangue do meu rosto sumir.

-- Bella você está bem?  - Minha tia perguntou vendo-me empalidecer.

-- Sim. Foi só um mal estar. – Respirei fundo. – Se importa se eu subir.

-- Claro que não, Steve me ajuda a retirar a mesa, não é amor.

Steve assentiu ainda olhando para mim daquele jeito maníaco.

Como minha tia não percebia isso?

O que ele queria? Já tinha pegado a filha, agora queria a sobrinha também?

Esse cara realmente queria acabar com a vida da minha tia.

Subi para o meu quarto, e quase gritei quando percebi que havia duas criaturas deitadas na minha cama, mas antes que o grito saísse da minha garganta percebi quem eram então o pânico se tornou alivio.

Eu não disse nada só me joguei nos braços de Alice. Ela me abraçou e Rosalie ficou afagando meu cabelo.

-- Você está bem? – Perguntou Alice preocupada assenti. – Não queria que descobrisse desse jeito, na verdade Edward queria te preparar primeiro, mas como você já sabe da metade é melhor contar tudo.

Enquanto Alice e Rosalie me contavam os planos de Steve e Britanny eu me sentia completamente enjoada. Acho que Britanny tinha razão ao dizer que eu só atrapalhei a vida delas quando cheguei. Mas eu nunca, nunca iria imaginar que Steve me via daquela maneira. Desde o momento em que o conheci o achei um cara legal, cujo único defeito era ser irmão de Violah, e tio da Stacy. Então me lembrei de como ele mudou quando comecei a namorar Edward.

Alice sumiu por um tempo enquanto Rosalie terminava de me contar como conseguiram apagar o vídeo que Britanny havia feito, e conseguiram material para provar que tanto ela quando Steve não prestava. E o porquê da reação de Edward mais cedo, eu já tinha deduzido que era por causa disso. Quando Alice voltou trazia uma grande bacia nos braços. E depois que Rose terminou de me contar tudo o que eu precisava e não precisava saber Alice colocou a bacia na minha frente, onde eu vomitei ruidosamente. Eu me sentia doente, e culpada ao mesmo tempo. Se eu não tivesse aparecido na vida da minha tia isso não teria acontecido.

-- Não deve se culpar Bella. – Disse Alice percebendo meu estado. – Ele teria arrumado outro jeito de magoar sua tia, ou teria olhado para outra garotinha qualquer. Mas também tem que admitir que você seja culpada. Quem manda ser tão linda, meiga, carinhosa e cheia de talentos. – Ela tentou fazer piada. Dei um sorriso fraco.

-- Vem vamos trocar de roupa trouxe o pijama perfeito para você. – Ela disse tirando o mesmo pijama que usei quando fiquei com Edward quando cheguei da Califórnia.

Ela e Rose também colocaram pijamas só para me acompanhar. Apesar de estar cansada e me sentindo péssima, não consegui dormir. Então Alice e Rosalie ficaram me contando as peripécias que as duas aprontavam para me distrair. Quando eu já estava quase dormindo alguém começou a esmurrar a porta do meu quarto. E eu gelei. Será que era Steve.

-- Não se preocupe Bella. Não é Steve. – Disse Rosalie. – E mesmo se fosse ele não sairia vivo daqui. É Britanny e seria legal se você abrir vai gostar de ver. – Ela seu uma risadinha maliciosa, e então constatei que Rosalie Hale havia aprontado.

As duas se esconderam em meu closet enquanto ia abrir a porta do quarto.

-- Jesus Cristo. – Arfei quando vi a situação de minha prima.

Ela estava parecendo uma cenoura. Sua pele estava bem laranja e o cabelo de um verde forte, e pareciam aqueles cabelos das bonecas quando colocamos na água. Completamente terrível. Mesmo que minha vontade fosse de matá-la eu ri.

Agora eu entendia porque ela estava tão coberta quando chegou em casa, e porque Edward estava gargalhando.

-- Está vendo alguma palhaça aqui? – Perguntou cheia de ódio.

O que eu responderia: “Não, mas estou vendo uma cenoura ambulante?”

-- O que aconteceu com você? – Consegui perguntar.

Ela não respondeu só entrou no meu quarto me empurrando. Começou a procurar não sei o que por lá. E depois virou para mim apontando o dedo na minha cara:

-- Olha aqui só vou te dizer uma única vez, é melhor ficar longe do Edward de uma vez por todas. Você está acabando com a vida dele. Ele quer ser feliz comigo e você não deixa.

Meu queixo caiu. Ela enlouqueceu de vez.

-- Eu sei o que você anda aprontando. E se pensa que dando para ele vai segurá-lo está muito enganada.

-- Sério Britanny, você precisa se tratar. Isso já virou obsessão.

-- Não é. É amor. E ele me ama também, mas você não deixa ele me amar. Sua piranha.

Essa foi de mais.

-- Piranha? Tem certeza que sou eu. Não foi eu que perdeu a virgindade com 12 anos e ainda por cima com 2 caras ao mesmo tempo. – Agora foi o queixo dela que caiu. – Eu pelo menos, só transo com o Edward e é por amor.

-- Amor nada, você é uma vagabunda.

-- Aham. Não sou eu que tem um caso com o marido da própria mãe. – Os olhos dela se arregalaram. Opa falei de mais. – E dá para sair do meu quarto.

-- Olha aqui sua ladrazinha de mãe e namorados alheios... – Ela veio para cima de mim. Claro que eu não ia ficar quieta. Enrolei minha mão nos cabelos verdes e embuchados dela e comecei a puxá-la para fora do meu quarto. Ela se debatia e gritava para eu soltá-la.

Quando cheguei à porta a empurrei para fora do meu quarto.

-- Você vai se arrepender por isso Isabella. – Ameaçou massageando o couro cabeludo dolorido.

-- Se arrepender do que? – Minha tia perguntou aparecendo no corredor.

Britanny começou a chorar falsamente e se jogou no colo da mãe.

-- Mãe olha que a Bella fez comigo. – Ai meu pai. – Ela estragou meu cabelo e minha pele. Como vou para a escola amanhã.

-- Britanny como Bella faria isso? – Minha tia perguntou impaciente.

-- Eu não sei, mas aposto que ela invadiu a clinica onde eu estava para fazer isso comigo.

-- Britanny você tem que parar de culpar sua prima por tudo o que acontece com você. Se continuar assim vou ter que ter uma conversa séria com seu pai sobre te mandar para um colégio interno.

Britanny arregalou os olhos.

-- Olha tia, nem que eu quisesse eu poderia entrar naquele lugar eu não sou líder de torcida, muito menos rica para fazer isso. – Me defendi.

-- É claro que não foi você Bells. A gerente ligou agora pouco para mim contando o que aconteceu, as responsáveis pelo erro já foram demitidas.

-- Mas como eu vou para escola amanhã assim? – Perguntou Britanny chorando e o mais incrível, ela estava chorando de verdade, ou tinha se aprimorado no fingimento. – Como Edward vai olhar para mim desse jeito.

Minha tia suspirou pesadamente.

-- Já para o quarto Britanny! – Ordenou minha tia. – E amanhã você irá para escola sim.

As duas foram em direção ao quarto da minha prima e eu voltei para o meu. Alice e Rose estavam sentadas na minha cama com um sorriso enorme no rosto.

-- Gostou? – Perguntou uma Rosalie sorridente. – Fui eu mesma que fiz.

Já deveria ter imaginado aquilo.

-- Obrigada Rose.

-- Estou tão orgulhosa de você Bella. – Disse Alice se levantando para me abraçar.

-- É verdade. Nós já estávamos preparadas para te defender, mas não foi preciso. – Rose veio se juntar a Alice me esmagando em um abraço triplo. – É incrível porque você é tão pequeninha, tão magrinha. Quem vê não imagina a força que tem.

-- Imagina só quando ela for vampira Rose. Vai ser mais forte que o Emmett. – As duas riram juntas. Acho que imaginando a cena: eu nanica dando uma surra no Emmett.

-- Seria bom para o ego dele, enfrentar alguém menor e mais forte do que ele. – Disse Rose risonha.

Ficamos um bom tempo conversando de como seria quando eu fosse vampira. Até que o sono chegou e as duas me obrigaram a dormir. Eram ordens expressas de Edward as duas me deixarem descansar. Eu realmente estava cansada depois de tudo o que aconteceu por hoje. Me sentia um pouco melhor, ainda mais depois de ter enfrentado Britanny.

Eu não deveria ter medo dela, seja lá o que ela estivesse planejando em fazer. Eu sabia que Alice, Edward, Rose e todos os outros Cullen me ajudariam. Foi por isso e claro por causa da presença de Alice e Rose que eu dormi tranqüila.


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