Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Oiiii genteeem demorei, mas voltei

Desculpem a demora, ainda estou sem pc. então é uma luta danada para postar.

O capitulo ainda não está finalizando, amanhã eu vou atualizá-lo de novo, mas achei que não era justo fazerem vcs esperarem mais, mas prometo que valerá a espera. se eu não postar como continuação deste, posto como um capitulo bonus, vcs que escolhem, mas eu prometo que não passa de amanhã ou domingo
bom é isso

muitos Robeijos flores, vou fazer o maximo para postar o mais rapido possivel para vcs.

Ahhh, só avisando que tem pov da Anna, da Leah e do Sam.

E mais uma coisa como tive que praticamente digitar tdo de novo, não saiu muito bem, não está tão perfeito como o outro estava, mas prometo que melhoro no proximo

xoxo



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Anna

Acordei - quer dizer, me acordaram - sem nem um pingo de vontade e muito a contra gosto levantei, e só o fiz porque meu filho exigente começou a resmungar querendo mamar. Sentei-me com as costas encostada na cabeceira da cama com ele no colo.

 Agora dar de mamar não era mais tão desagradável, ainda doía um pouquinho quando ele sugava com muita força, mas era só porque meu pequeno filho era um esfomeado, porem não era como nos primeiros dias. Eu podia ate dizer que era agradável.

Lembro-me que a primeira vez que amamentei a dor era tão forte que pensei seriamente em não amamentá-lo com o meu leite, mas claro que a Sra. Sandra Hastings não permitiu e ainda por cima me deu o maior sermão.

 Fiquei olhando para ele feito boba enquanto o trocava. Vendo- o crescer tão lindo, tão saudável e esperto até me fazia esquecer os apuros que passei na gestação e o parto complicado. Porem em nenhum momento me arrependi de tê-lo trazido ao mundo, só a escolha do pai que eu deixei a desejar, mas isso por enquanto não tinha importância.

Sai do meu quarto e fui até o quarto da Bells, nem fiz questão de bater na porta já fui logo entrando no quarto, eu era a melhor amiga e mãe do afilhado dela, eu tinha essa liberdade. Não a encontrei lá, provavelmente já deveria ter descido para tomar café, em poucos minutos Alice viria para nos fazer provar os vestidos e ela ainda teria que ir para o balé. Nem acreditava que o casamento de Sam e Leah seriam dali a dois dias.

Assim que pisei na cozinha tive vontade de voltar para o quarto, mas claro que não pude porque fiquei rodeada por um monte de gente - só as mulheres na verdade - que vieram paparicar meu filho. Esse povo todo mimando Charlie não daria certo, o que eu faria quando voltasse para Phoenix?

Levei um susto quando realmente reparei as pessoas que estavam no cômodo. Tinha mais gente do que ontem ou era impressão minha. Além de Bella, as tias, as primas e a família sebosa, também estavam o que parecia ser os amigos de Stacy e Britanny da Califórnia. De alguns eu me lembrava como os trogloditas brochas, as gêmeas e a tal de Karen - elas pareciam irmãs gêmeas e perdidas da Hannah Montana. Ô povinho brega. Agora além deles tinha uma japonesa com o cabelo loiro com cara de retardada, e uma ruiva com cara  e jeito de piranha

Leah permaneceu sentada, mas acenou simpaticamente para mim. Eu sabia como era difícil ficar de pé por muito tempo quando se está de quase sete meses, e no caso dela era pior porque eram dois.

-- Mamãe trás ele aqui? - Pediu Leah.

Sue pegou Charlie do meu colo e foi para o lado da filha com Claire no encalço paparicando-o. Claire simplesmente o adorava, não sabia se era porque ela queria muito ter outro filho e não podia mais, ou se era porque o bebê tinha o mesmo nome do seu irmão favorito.

Tanto ela quanto Arty me agradeceram muito pela homenagem, e viviam trazendo presentes para ele.

Mas não eram só os familiares e amigos que ele conquistava. Surpreendentemente o maracujá de gaveta com peruca e a Barbie velha siliconada também ficaram encantadas com ele. Até mesmo o clone mal feito e seboso da Paris Hilton - porem eu sempre evitava que elas ficassem muito perto dele. Mas também Charlie era um bebê lindo, calmo e apaixonante.

-- Anna sua mãe pediu para avisar que só voltará amanhã. - Disse Claire pegando meu bebê do colo de Sue. - Ela teve que viajar ontem à noite até Phoenix. Parece que houve um problema na floricultura, e eles não conseguiram mandar as flores. Então ela teve que ir pessoalmente para resolver.

-- Meu pai foi junto?

-- Não, ele está em La Push com os outros homens ajudando nos últimos preparativos.

Apenas assenti. Olhei para Bella, e provavelmente tínhamos a mesma expressão e estávamos pensando a mesma cosa: “Alice vai surtar”.

Fui para o lado de Leah e Bella, enquanto a sebosa Chefa os amigos nos olhavam e cochichavam. Não gostei nada do jeito que o idiota do Chad olhou para mim - ou melhor, para minha bunda e para os meus seios. Aposto que se Jake estivesse aqui teria olhada para aquele brocha nojento de um jeito que o teria feito urinar nas calças.

Pensar em Jake me entristeceu. Ele estava magoado comigo, e a ultima coisa que eu queria era que ele ficasse magoado comigo. Mas ainda não podia contar para os meus pais que estávamos juntos. Claro que eu também não queria ficar sempre nos encontrando escondidos, ou usando Edward e a Bella. Porem eu tinha uma promessa a cumprir, pelo menos até que meus pais voltassem a confiar em mim novamente.

-- OI GENTE. - Cumprimentou uma Britanny sorridente entrando na cozinha. Ultimamente ela andava muito bem humorada - traduzindo andava bem comida. Nem a reconciliação da Bella com o Edward a fez vacilar, embora eu visse sempre uma sombra contrariada e invejosa toda vez que ela olhava para a prima e o namorado.

-- Tess! Que surpresa boa ver você. - Exclamou indo abraçar falsamente a japinha retardada. - Lindsay! Querida quanto tempo. Seja muito bem vinda aqui. - E abraçou a ruiva com cara de piranha.

Depois cumprimentou os dois bombados e por ultimo as trigêmeas perdidas da Hannah Montana, ela pareceu mais sincera ao cumprimentar as três. E depois começaram os gritinhos de alegrias - falsos - insuportáveis. Só Alice sabia dar gritinhos de alegria com classe. O pior foi quando começaram com: “Nossa seu cabelo está tão lindo”; ou então “O que você fez, sua pele está maravilhosa”.

Leah fingiu estar vomitando, só Bella e eu vimos.

Alguns minutos depois entrou o louro seboso metido a medico, cumprimentando todos com um simples “bom dia”. Deu um beijo no rosto enrugado da mãe e um beijo rápido nos lábios de Claire. Nesse momento vi que Bella ficou mais pálida que o normal, por um momento achei que ela estava passando mal de novo, mas quando olhei para suas mãos fechadas em punho com força e sua expressão assassina, vi que ela estava com raiva. Não, raiva era pouco, ela estava furiosa, quase com ódio. Lancei-lhe um olhar significativo, e ela somente balançou a cabeça e relaxou.

Tinha alguma coisa podre no ar, e Bella sabia. Eu já ia chamá-la para um conversa, mas no exato momento a campainha tocou distraindo a todos. Claire foi abrir a porta.  Ela voltou minutos depois, acompanhada pela Sra. Cullen que segurava Charlie com tanta delicadeza que parecia que ele era de vidro.

É claro que assim que pisou na cozinha todos pararam para olhar a Sra. Cullen. Foi cômico o olhar de inveja de Violah e Thrudy, e o de admiração de Chad e Kevin, que receberam um tapa na cabeça de Stacy e Lindsay.

-- Bem crianças, Esme, Sue e eu teremos que resolver algumas coisas do casamento. - Disse Claire. - Então juízo. Leah e madrinhas, Alice estará aqui em alguns minutos para a prova do vestido. Voltaremos antes do almoço. Violah, Thrudy não gostariam de nos acompanhar?

-- Claro. - Respondeu o maracujá, opis Sra. Newman. - Vocês precisam de alguém experiente para ajudar.

Sue e Esme reviraram os olhos entediadas.

-- Também já vou indo. - Disse Steve terminando de beber seu café. Ele pegou a maleta, deu mais um beijo em Claire e saiu.

-- Anna se importa se levarmos Charlie conosco? - Perguntou Sue.

-- Não, mas ele não vai atrapalhar?

-- Claro que não. - Respondeu Claire. - Ele é tão quietinho, e você precisa de uma folga. Vou lá ao seu quarto preparar a bolsa dele, enquanto você faz uma mamadeira para ele. Tudo bem?

-- Claro.

Ela saiu da cozinha seguida das outras mulheres. E eu fui preparar a mamadeira para elas levarem.

-- Então quer dizer que você já tem filho? - Tradução: “Quer dizer que você não é mais virgem?”

Lancei um olhar de puro desprezo para o idiota bombado que havia me feito a pergunta. Até parece que aquele Chad sem cérebro e brocha teria alguma chance comigo.

-- Serio? Nossa nem parece. Seu corpo parece que não sofreu mudança nenhuma, quer dizer só seus seios... - A garota com cara de retardada começou a tagarelar. Maravilha!

Terminei de fazer as duas mamadeiras - sim duas, porque meu pequeno filho não se contenta com pouco - e fui levá-las para Claire. Ela se despediu de mim, dizendo para não se preocupar e aproveitar meu tempo livre. Estava voltando para a cozinha quando meu celular vibrou. Achei que fosse minha mãe já que ela me ligava a cada cinco minutos, mas me surpreendi ao ver que era uma mensagem de Jacob pedindo para encontrá-lo na trilha perto da casa. Nem pensei em voltar a cozinha e dar alguma desculpa, sai correndo pela porta a fora em direção a trilha.

Não tive que andar muito só o suficiente para a casa desaparecer de vista. Então eu o vi, encostado em uma arvore, lindo e perfeito; vestia apenas uma bermuda jeans - ele não sentia frio não?

Cheguei um pouco mais perto. Wow. Ele estava mais alto ou era impressão minha?

-- Oi Jacob. - O Cumprimentei. - Que bom ver você. Fiquei surpresa com sua mensagem.

E era mesmos, porque o jeito que nós discutimos na noite passada, achei que ele nunca mais iria querer falar comigo.

-- Olha Jake eu queria pedir desculpas por tudo o que eu disse ontem. - Comecei a falar já que ele não falou nada. - Sei que é difícil para você, também não é fácil para mim acredite... - não terminei, porque em duas passadas Jacob já estava na minha frente, me calando com um beijo.

Jake me abraçou forte e eu retribui. Ele era tão quente - isso era normal? Era muito agradável ficar abraçada a ele.

-- Shh. Está tudo bem. Eu é quem devo desculpas. Sou tão egoísta. - Disse encostando sua testa na minha. - Só pensei em mim mesmo. - Ele suspirou e continuou a falar: - Sei que não é você que quer assim... E entendo seus pais; ainda está muito recente. Você acabou de ter um bebê. Imagino o que eles pensariam se contássemos que estamos juntos. Ele só têm medo que você sofra de novo.

Jake me afastou um pouco para olhar meu rosto, mas manteve os braços ao redor da minha cintura.

-- Anna? - Chamou-me depois de alguns segundos de silencio. - Eu juro que não vou te pressionar mais. Prometo que vou ser paciente e esperar à hora certa. Vou ajudá-la a mostrar aos seus pais que você é responsável. Estarei sempre ao seu lado.

Não pude dizer nada, minha garganta já estava fechada por causa das lágrimas que caiam em cascatas pelo meu rosto. Só o abracei com força. Seus braços fortes e quentes me apertaram, e ele me ergueu do chão. Sorri boba olhando seus olhos escuros e o beijei.

Bella

Uh... Parecia que ia ser um dia daqueles. Assim que desci para a cozinha dei de cara com Beck, Milly e Karen, até ai tudo bem; uma vez que elas me pediram desculpas por tudo.

Realmente fiquei feliz em vê-las, mas para contrariar minha alegria, alguns minutos depois aparece Chad Cooper e Kevin Douglas, e a tira-colo trouxeram Tess e Lindsay - achava que nunca mais iria ver essas duas. Dar de cara com os bombados sem cérebros e as seguidoras mais fieis de Stacy não era uma coisa boa, ainda mais de manhã.

Será que eles não tinham noção de horas? Ainda nem eram 8h da manhã.

Já podia ver um dia daqueles. Ainda mais depois de não ter dormido muito bem, e ainda para ajudar Edward estava bancando o difícil de novo. Estava muito mal humorada. Tradução: qualquer gracinha, e eu sairia arrebentando tudo.

Ultimamente eu achava que minha cabeça iria explodir eu vivia dividida, e ficava muito tempo sem dormir pensando. Tudo isso graças a noticia bombástica e repugnante que Edward me dera há algumas semanas trás: Britanny e Steve estavam tendo um caso. Depois do choque fiquei revoltada, estava decidida a desmascarar aqueles dois traidores, mas Alice me convenceu a não fazê-lo; ela previu que minha tia não acreditaria em mim, uma vez que ela estava cegamente apaixonada pelo traste, ou seja, eu estava de mãos e pés atados.

Alguma coisa bem lá no fundo, me dizia que ela só estava pagando pelo que havia feito no passado com Sue e com a Sra. Simpson, - pessoas maravilhosas que eram amigas dela - mas eu não achava que minha tia realmente merecesse pagar dessa forma, ser traída pela própria filha, na própria casa. Ela já tinha se arrependido e pedido perdão, não tinha?

Dava-me náuseas ver como aqueles dois eram falsos. Britanny conseguia dissimular muito bem. Ela não demonstrava qualquer sentimento de raiva ou ciúme quando via tia Claire e Steve juntos, ou trocando caricias. Ao contrario dele que sempre fazia uma careta contrariada quando ela falava de algum rapaz com quem estava saindo. Só um cego não via, o quando ele estava obcecado por ela.

Tinha que haver alguma maneira de desmascarar aqueles dois.

Me doía muito ver minha tinha sendo enganada, porém doeria bem mais vê-la sofrer por ter sido traída pela própria filha.

-- Bella! Bella, estou falando com você. - Chamou-se Britanny impaciente, interrompendo meus devaneios e estalando os dedos no meu rosto - se ela soubesse como eu odeio isso, não faria.

-- O que? - Perguntei confusa, enquanto ela revirava os olhos. Ouvi as risadinhas dos dois idiotas e da trupe sebosa, mas ignorei.

-- Sabe onde a Anna foi? Queria pedir para ela fazer um penteado no meu cabelo. Tenho um encontro hoje.

-- Não, ela não disse aonde ia. Deve estar ligando para a mãe dela, ou arrumando as coisas do bebê. Não sei...

Britanny me olhou desconfiada, mas não falou nada - para a sorte dela, não estava com paciência para piadinhas ou ser pressionada a contar alguma coisa.

Realmente Anna estava demorando a voltar. Ela tinha levado as mamadeiras de Charlie para minha tia há uns vinte minutos. Estranho. E então como flash, veio a conclusão óbvia: ela deveria estar com Jacob. Eles haviam discutido feio ontem a noite: Jake estava impaciente e não queria mais esperar para contar sobre o namoro deles; Anna havia implorado para ele um pouco mais de paciência até consegui novamente a confiança dos pais. E depois disso virou uma discussão.

Anna havia me dito que ligaria para ele, para conversarem e tentar fazê-lo entender seu lado. O que eu achava impossível já que Jacob se mostrou teimoso e cabeça-dura e não a deixou explicar. Se ela não conseguisse eu mesma iria falar com aquele lobo - ladrão de melhores amigas - e diria umas verdades para ele. Caso Jacob não quisesse entender, o problema seria dele. Só mostraria que ele não merecia minha amiga. Ele quem sairia perdendo.

Depois de um tempo ouvindo muita conversa sem conteúdo onde os assuntos principais, eram marcas de carro, roupa, sapatos, e até de camisinha - pessoas com a capacidade de raciocínio limitado - Leah e eu decidimos nos afastar deles, já que a idiotice era contagiosa.

Sentamos em um dos bancos que tinham no jardim. Leah suspirou mais que aliviada por estarmos longe daquele povo.

-- Eu não sei quanto tempo mais eu ia agüentar. Estava quase para mandar todos calarem a boca. - Reclamou Leah. - E ainda bem que eles não insistiram para que ficássemos, seria perigoso para os meus bebês, já pensou se a burrice deles passarem para os meus anjinhos. - Concluiu séria. Eu gargalhei com essa.

Ficamos olhando para o nada sem dizer nada. Só limpando nossas mentes das coisas imbecis que ouvimos dos idiotas bombados.

Alguns minutos depois aparece uma Anna correndo do meio da floresta com um sorriso enorme,  o rosto corado e meio descabelada. Só havia uma explicação: ela havia feito as pazes com Jake, nem era preciso me dizer nada eu conhecia muito bem minha amiga. E era tão obvio que ate Leah percebeu.

***

-- Nunca fiquei tão feliz por ter que ir para o balé. - Comentei enquanto estava no carro de Edward a caminho de Seattle. Ele riu.

-- Imagino.

-- Se eu tivesse que escutar mais uma vez eles falarem em como são bons em tudo, ou em um carro de marca que eles decidiram não comprar eu explodiria a cabeça deles. - Edward segurou minha mão, e levou aos lábios. - E eu achei que nunca mais veria Tess ou Lindsay, mas infelizmente não tenho essa sorte. Não consegui nem me livrar da Stacy. E não gostei nada dos olhares delas para você.

Tess e Lindsay quase comeram Edward com os olhos, como se não bastasse Stacy e minha prima - que anda de caso com o padrasto - dando em cima do meu namorado, ainda vem essas duas. Pior foi o comentário que a Lindsay fez: “Então esse é o cara super gato e perfeito que você tanto fala Stay?”. E nem quando Edward disse que era meu namorado, ela não desistiu, continuou jogando indiretas e dando em cima dele, na minha cara!

-- Ainda bem que você não tem que ler os pensamentos delas. Se é que pode dizer que aquelas ali pensam, porque juro que a cabeça de Tess é oca. - Comentou fazendo-me rir. - E a Lindsay. Bem parece que os pensamentos dela são canalizados para apenas um tema: Sexo. Aqueles dois nem vou comentar porque não tem nada que valha a pena, até desistir de ler os pensamentos deles. São piores que o Newton e sua turma. - Edward parecia bastante incomodado com os pensamentos de Chad e Kevin. - É sério Bella, enquanto eles estiverem por aqui é melhor ficarmos na minha casa.

-- Eu já disse que te amo? - Perguntei. Edward balançou a cabeça negando. - Você é um gênio, por isso eu te amo tanto. É uma ótima idéia ficarmos na sua casa, vamos levar Anna e Charlie também.

-- Com certeza. A burrice ali é tanta que chega a ser contagiosa. Não quero que nosso afilhado fique muito tempo perto deles e acabe contaminado.

Edward estacionou o carro, e assim que descemos encontramos com Ben e Ângela. Eles eram os únicos que eu sentia falta da Forks High School, tirando os Cullen claro, mas eles eu via todos os dias. Também eram os únicos que não eram falsos.

Depois dos cumprimentos Ângela se despediu do namorado e me puxou para os vestiários, não me dando chance que eu me despedisse do meu direito. Edward apenas sorriu e voltou a conversar com Ben.

Fomos para o vestiário nos trocar, que por sorte estava vazio, já que tínhamos chegado cedo. Ângela fechou a porta e ficou andando de um lado para o outro.

-- Ângela pare de andar assim está me deixando tonta, porque não me conta logo. Estou ficando ansiosa. - Geralmente eu não era tão curiosa, mas quando ela me ligou no dia anterior exasperada dizendo que precisava me contar algo urgente, fiquei irremediavelmente ansiosa para saber o que era tão importante que a levara a me ligar em plenas 11h da noite.

Ângela respirou fundo algumas vezes e seu rosto corou.

Epa! Ai vem bomba.

-- Tudo bem, eu vou falar. - Respirou fundo de novo. - Eu... e o... Ben... - Gaguejou corando mais ainda. - Nós... transamos.

Meu queixo caiu, e provavelmente meus olhos estavam arregalados. Porem não era choque. Era mais descrença e claro indignação. Por que até Ângela e Ben que eram mais tímidos do que eu, já foram para os finalmentes. E eu e Edward não.

Depois que ficamos um tempo afastados, achei que iríamos voltar com tudo, porem não foi isso o que aconteceu, e apesar, dos nosso beijos voltarem a ser quentes e provocantes, Edward estava sempre extremamente controlado. Não tínhamos mais toques ou caricias ousadas. O ponto alto foi quando fizemos as pazes, e fomos interrompidos por Charlie.

Estava indignada. Até a Ângela.

-- Bella? Bella você está bem? - Perguntou ela meio temerosa.

-- Claro. Isso é bom. Eu acho. Mas vocês se protegeram né? - Por favor, por favor, diga que sim.

-- Claro Bella não iria cometer esse erro. Não que um filho seja um erro, mas ainda somos muito novos, temos muitas coisas para viver. - Suspirei aliviada. Pelo menos, eles foram responsáveis.

Não pedi mais detalhes; ela já havia feito muito por ter me contado. E também eu não achava legal ficar pressionando, ainda mais ela que era tão tímida quanto eu. Iria deixar que ela se sentisse a vontade para poder contar, sei que Ângela faria a mesma coisa se fosse comigo.

Fomos para a sala de dança conversando sobre assuntos banais. Ângela contou como estava o pessoal da escola: Jessica estava “ficando” com Mike, Katie com Eric - minha prima não ia gostar de saber disso - e Lauren estava tentando algo com Tyler, mas ao que parecia ele não queria nada com ela, mas iria acompanhá-la no casamento de Leah e Sam - todos foram convidados devido a amizade de meu tio com os pais deles. Britanny iria soltar fogo pelo nariz quando soubesse, porque a vitima dessa semana serio o Tyler. Eles até já tinham tido alguns encontros.

Como não tinha quase ninguém por ser cedo a coreógrafa Beatrice nos mandou fazer alongamentos e nos exercitar nas barras. Segundo ela Ângela e eu estávamos progredindo muito bem, logo poderíamos ingressas para a turma profissional, ou então tentar uma vaga em Juilliard School, em Nova Iorque.

Edward

Ben e eu conversávamos enquanto esperávamos nossas garotas. Ele me contava como estava o pessoal da escola, já que ele tinha mais contato com eles do que eu por causa do time. Apesar dele não precisar me contar nada, por já havia lido mais do que o suficiente de seus pensamentos, mas ele não precisava saber disso.

Até onde pude ver, o time estava razoável, e parecia que iria ficar na lanterna por mais alguns anos. Isso por que George Lennox – nosso pupilo – depois que conseguiu o titulo de capitão do time, mudou da água para o vinho; ele estava sendo influenciado por Mike Newton e seus amigos idiotas. George deixara de ser aquele cara legal e humilde para ser tornar uma espécie de segundo Mike Newton.

-- Ele está cometendo os mesmo erros do Mike. Selecionou até o mesmo time. – Comentou Ben meio cansado. – Ele não ouve mais meus conselhos, só segue o que Mike diz. Estou vendo mais um ano de derrota. Não sabia que o Lennox tinha a cabeça tão fraca.

Para ser sincero nem eu sabia. Normalmente os pensamentos dele eram bem coerentes, só por isso o escolhemos. Mas como dizem: as pessoas mudam. Ainda mais quando não tem Emm e Jazz para mantê-los na linha.

-- A culpa não é sua Ben – disse tentando amenizar sua culpa por ter escolhido errado. – Você não escolheu sozinho. Talvez se eu e meus irmãos tivéssemos permanecido no time, Newton não teria tido a chance de encher a cabeça dele de minhocas. Se você quiser podemos dar um jeito de tirar o titulo dele, então você assume. – Sugeri. Essa era nossa intenção no inicio, mas Ben não aceitou na época, por causa da influencia do pai de Newton tinha na escola. Sem mencionar que o Sr. Newton tinha raiva de Ben, por jogar melhor que o filho dele.

-- Não adianta, o pai do Newton ia fazer o treinador Clapp me tirar da liderança, já aconteceu isso. Eu falei para você. – Ele suspirou. – E o treinador morre de medo do Sr. Newton cortar o patrocínio. Ele só aceitou que Lennox assumisse porque viu que seria fácil manipulá-lo. Acho... acho que o único jeito é sair do time.

-- E ai, a vaca vai para o brejo. – Ele deu um sorriso desanimado. – Mas e a faculdade Ben?

Ele não respondeu, ficou calado olhando para o nada. Me chutei mentalmente por ter perguntado. Eu tinha tocado em um assunto delicado para ele. Embora não falasse sobre o assunto, sabia que Ben estava tentando uma vaga para Yale, e tinha grandes chances de conseguir por causa do time da escola.

-- Não tem problema. Eu não sou bom só em futebol americano. Posso tentar por outros meios: minhas notas, por exemplo. Se eu sai do time vou ter mais tempo para estudar.

Era verdade: Ben era super inteligente, e apesar de estar sempre ocupado com os treinos suas notas eram excelentes.

Conversaria com Carlisle sobre isso. Ele conhecia bastante gente e poderia ajudar meu amigo. Ainda faltavam mais alguns anos então teríamos bastante tempo.

Ficamos mais algum tempo batendo papo – na verdade falando do possível falecimento do time da escola – até que as garotas apareceram. Nos despedimos e fomos cada um para o seu carro.

Passamos a viagem toda em silencio, o que era muito estranho. Ultimamente Bella tagarelava mais que a Alice. Ela nem se quer reclamou do quanto era desnecessário continuar no balé, e que era perda de tempo. Ela só bufava e resmungava consigo mesmo.

-- Há algo errado Bella? – Perguntei depois de algum tempo recebendo olhares raivosos e significativos.

Nem precisava ler a mente dela para saber que aqueles olhares significavam, e aposto que se não perguntasse ela teria questionado o porquê de eu não ter perguntado se havia algo errado com ela.

-- Como se você não soubesse. – Murmurou fazendo biquinho.

Estava morrendo de vontade de rir, mas tinha certeza de que se eu fizesse Bella me bateria, e se ela me batesse acabaria se machucando, eu não queria que ela se machucasse, e, além disso, Alice e Leah me matariam.

-- Estou perdido Bella – o que era a mais absoluta verdade. – Sabe que eu não tenho acesso aos seus pensamentos. Então poderia me explicar?

-- Mas tem acesso aos pensamentos de Ângela e Ben. Então sabe perfeitamente sobre o que eu estou falando.

Claro! Algo tão obvio.

Como pude deixar passar?

Ângela e Ben haviam dado um novo passo para o relacionamento deles. Eles não me contataram, mas eu sabia de todos os detalhes. Ângela havia contado para Bella. Sabia como isso a afetava.

Eu a desejava desesperadamente, mas ainda tinha muito medo do que pudesse acontecer caso me deixasse levar por esse desejo novamente.

-- Bella eu sei como se sente, mas é diferente em nosso caso. Sabe que se eu fosse humano, já teríamos feito faz tempo. – Ela bufou incrédula. – Sério Bella, eu estou me sentindo a adolescente virgem sendo pressionada pelo namorado.

-- Mas você não é mais virgem. – Rebateu ela.

-- Se for pensar bem, você também não é. – Ela me olhou incrédula.

-- Mas aquela vez não conta. Nem foi direito... – Bella se atrapalhou com as palavras. – Por isso temos que tentar de novo.

-- Por que isso é tão importante para você?

Ela ficou calada, provavelmente pensando no que iria dizer. Encostei o carro no acostamento da rodovia e fiquei observando-a

-- É... é que... Você vai me achar uma boba... mas é que não consigo parar de pensar no Tanya disse.  – Bufei de raiva. Tanya? Aquela cadela venenosa, não parava de me atormentar nem de longe. Se um dia me encontrasse de novo eu acabaria com ela.

-- Bella? – Chamei interrompendo o que ela iria dizer. – Você não tem que levar em conta o que Tanya diz. Ela invejosa, frustrada. Não sabe o que amar ou ser amada de verdade. Nada de bom pode vir de uma pessoa como ela.

-- Posso terminar de falar? – Ela pediu irritada. – Edward eu não gosto de me sentir insegura, e ultimamente eu vivo insegura com o nosso namoro. – Iria interromper, mas ela me lançou um olhar que se eu fosse humano teria mijado nas calças, e decidi que era melhor deixá-la terminar. – Não é só pelo que Tanya disse, mas por tudo. Pelo que aconteceu naquele dia e o que veio depois. Pode parecer uma bobagem para você, mas para mim não é.

“Sempre vou ficar com isso na cabeça” – Ela parou para tomar fôlego e continuou: - “ E também não é só para provar para você, ou para mim que sou boa em alguma coisa, ou acabar com essa insegurança. Eu te amo Edward e te desejo mais que tudo. Eu só quero me entregar a você e ser sua.”

Não pude deixar de me emocionar com seu discurso apaixonado. Eu entendia o que ela sentia, talvez até mais do que ela.

-- Eu sei o que você sente Bella. Ou acha que também não tenho medo de você decidir, que quer ter uma vida normal ao lado de um cara normal e me deixar.

-- Eu nunca iria querer outro além de você Edward. Não me vejo nos braços de mais ninguém. – Disse por fim. – Mas voltando ao assunto inicial... Até a Ângela e o Ben...

Eu ri nervoso e passei a mão livre nos meus cabelos. Ela era difícil. Não iria desistir tão fácil.

-- Bella juro para você, vamos tentar de novo, mas não agora. Tenha paciência. – Ela estreitou os olhos e fez biquinho; não resisti e a beijei.

-- Tudo bem vou ser paciente. – Disse ela quando a liberei para poder respirar

-- Obrigado. – Sussurrei e voltei a beijá-la.

**

Quando voltamos para a casa de Bella, Rosálie e Alice estavam nos esperando impacientes. Mal parei o carro e Alice já foi abrindo a porta e tirando Bella do carro.

-- Ei... – Comecei a reclamar, mas Rosálie me interrompeu.

-- Desculpe por isso Edward, mas Alice está uma pilha hoje. Ela acabou de descobrir que as flores atrasaram, houve um acidente na decoração da praia e um imprevisto com as madrinhas, então precisamos de todas juntas. – Ela chegou perto de mim quando sai do carro para seguir Alice e Bella que corriam para a casa de Leah. – E para piorar tudo uma das amigas da prima da Bella deu em cima do Jasper, ela está uma pilha.

-- Já percebi. – Disse lendo a mente de Alice, ela estava extremamente estressada.

-- Você vai ter que ir até La Push ajudar, um minuto que Carlisle e os meninos saíram e as coisas por lá desandaram.

-- Tudo bem Rose, cuide de Bella para mim?

-- Claro. Agora vá antes que Alice volte aqui e te mande para lá com um chute. – Nós rimos.

Entrei no carro em direção a First Beach...

Leah

-- Leah?! Acorde querida – ouvi a voz de papai me chamar. Abri os olhos e sorri ao ver meus pais e Seth ao pé da minha cama segurando uma bandeja com meu café da manhã.

Nem acreditava que finalmente chegara o dia do meu casamento. Depois de muitos altos e baixos. Sam e eu seriamos um só.

Sentei-me na cama com as costas apoiadas na cabeceira. Alisei minha enorme barriga. Hoje meus bebês estavam frenéticos, não paravam de se mexer, acho que estavam felizes assim como eu.

-- Acho melhor tomar seu café logo. Daqui a pouco Alice e as meninas estarão aqui. – Disse mamãe enquanto meu pai colocava a bandeja em meu colo.

-- Eu já vou indo, tem ainda algumas coisas para terminar de arrumar em La Push. – Papai disse e depois me deu um beijo na testa.  – Vamos Seth ainda temos que resolver uns assuntos e voltar para nos arrumar.

Papai deu um beijo leve nos lábios de mamãe e Seht veio até mim para beijar minha bochecha, deu um abraço em nossa mãe e saiu correndo.

Comecei a correr logo porque pelo que conhecia daquelas duas vampirar paranóicas por perfeição (eu tinha muita pena da Bella), quando elas chegassem eu não teria mais tempo de fazer nada.

Enquanto eu comia, mamãe tinha ido preparar um banho com sair e essência lavanda.

Mal tinha entrado na banheira quando a campainha tocou. Ouvi a porta ser aberta e mamãe cumprimentar os recém chegados. Pouquíssimos minutos depois. Ou foram segundos? Alice e Rosálie entraram no meu banheiro sem cerimônia nenhuma.

Respeitar a privacidade dos outros, não era o forte delas.

-- Vamos Leah temos muitas coisas para fazer. – Disse Alice estendendo meu roupão. – Afundei um pouco na água quente e aconchegante e fechei os olhos ignorando-as.

Será que pelo menos, no dia do meu casamento eu não iria poder relaxar nem um minuto?

-- É melhor sair logo, ou vai ficar toda enrugada. – Ouvi a voz de sinos dourados de Rosálie.

-- Ou podemos tirar você à força.  – Ameaçou aquele projeto de vampira, e juro que se não estivesse grávida, ela ia vê só.

Com um suspiro contrariado sai da banheira. Alice enrolou – me no meu roupão e me levou para o quarto de costura de mamãe que fora transformado em um salão de beleza. Sentei-me em uma cadeira em frente a um enorme espelho com moldura dourara – provavelmente pertencia à Rosalie.

Rosalie me passou um conjunto cor de rosa, e apesar da cor ser extremamente inocente, o modelo dizia completamente o contrario. Vesti a peça sem dizer uma palavra, porque pelo olhar que Alice me lançava, não pensaria duas vezes antes de me bater caso eu a contrariasse.

Fiquei em pé para que elas passassem o hidratante em meu corpo. Depois voltei a me sentar para que elas pudessem fazer minha maquiagem, cabelo e as unhas.

Alguns minutos depois mamãe e Esme entraram trazendo mais algumas coisas que não pude ver, porque no momento Alice começara a passar o delineador e a sombra nos meus olhos. Ainda bem que a pior parte: que foi a depilação e modelar a sobrancelhas eu havia feito no dia anterior.

-- Alice, Sandra já terminou de arrumar as flores em La Push, agora está fazendo os buques. – Disse Esme. – E a Anna já arrumou o cabelo das madrinhas, daqui a pouco elas estarão para você poder maquiá-las, e vestirem os vestidos. Se precisarem de nós, estaremos na casa de Claire, ajudando as outras a se arrumarem. – Ela soltou um suspiro. Nem precisava olhar para seu rosto, para poder saber que ela fazia uma careta. Mas também ninguém merecia ter que ajudar a família sebosa e a corja de puxa - sacos.

Esme, Sandra, Claire e mamãe se prontificaram para fazer o cabelo e a maquiagem de Violah e sua família, assim como os das amigas de Stacy e das trigêmeas perdidas da Hannah Montana. Esse sacrifício todo se deve ao fato de Stacy ter feito um escândalo, porque também queria que Alice e Rosalie as arrumassem também, mas como as duas já estavam super ocupadas comigo e com as madrinhas – e também porque não queriam – minha mãe e as outras mulheres decidiram fazer o sacrifício. Stacy não ficou muito satisfeita, assim como sua mãe e suas amigas, mas foi o melhor que elas conseguiram. Era isso, ou tentar um horário no único salão de beleza de Forks.

Alice havia liberado meu rosto a tempo de ver Bella, Britanny, Anna, Rebeca e Rachel entrarem no quarto, vestidas com robes de cedas como o meu. Com exceção de Anna todas estavam com os cabelos arrumados em cachos presos com presilhas de prata e pedrinhas azuis.

-- Uau. – Disse virando o corpo para admirá-las melhor. – Vocês estão lindas.

-- Não estão? – Concordou Alice indo para perto delas. – Anna você é um gênio.Agora, sente-se – Alice indicou uma cadeira ao lado da minha – sua vez de ficar deslumbrante.

Anna se sentou enquanto a mini vampira trabalhava em seus longos cabelos pretos.

Quando Alice terminou o cabelo e a maquiagem de Anna, começou a fazer das outras garotas. E enquanto ela trabalhava, Rosalie se aproximou com duas embalagens pequenas nas mãos.

-- O que é isso? – Perguntei curiosa e temerosa ao mesmo tempo. Porem a loira maquiavélica não disse nada, apenas fez um gesto para que eu ficasse de pé.

Rosálie abriu o primeiro pacote, então pude ver que era uma cinta-liga da mesma cor da minha lingerie. Não ousei contestar, e deixei que ela colocasse em mim. Porem quando ela abriu o segundo pacote, não tive como me refrear, tinha que interrompe.

O que ela estava pensando? Sam já era torturado de mais, sem cintas-ligas e meias arrastão.

-- Ah, não Rosalie! – Protestei – Definitivamente não. Eu estou grávida!

-- Sim. Você está grávida, não morta. – Argumentou ela. – Aposto que Sam vai adorar. E nem é tão provocante assim é branca, super inocente. E não se preocupe quanto a isso, conversamos com Carlisle a respeito, e ele disse que vocês podem ter uma lua de mel normal, desde, que sejam cuidadosos.

Ela piscou para mime depois se abaixou para deslizar as meias arrastão pela minhas pernas – e que iam até minhas coxas. Super inocente – e prendeu na cinta - liga.

Já estávamos quase prontas. Todas as madrinhas já estavam penteadas, maquiadas e vestidas com o belíssimo vestido lavanda desenhado e feito por Alice.

Os vestidos eram lindos de alças finas, apertados até a cintura com a saia longa e levemente rodada, o pano era fino e leve e fora bordado com miçangas da mesma cor do vestido. Até as sapatos delas eram da mesma cor dos vestidos para combinar, tudo feito por Esme, Alice e Rosalie. Eu não poderia ter escolhido pessoas (vampiras) melhores para planejarem e decorarem meu casamento.

Agora só faltava eu ser vestida. Como Rosalie e Alice também eram madrinhas, e estavam juntos com as outras, ficou como função de minha mãe e Esme me vestirem. Elas entraram no salão de beleza improvisado carregando meu vestido de noiva. Ambas estavam deslumbrantes, mamãe usava um vestido azul claro de cetim destacando suas curvas e sua pele morena, Esme usava um modelo estilo anos 20 verde-água. Violah iria pirar de inveja quando as visse se é que não já tivesse as visto e neste exato momento estava dando um ataque de pelancas.

Tirei o robe para que elas pudessem me vestir. Mamãe fez uma careta quando olhou para minha lingerie, principalmente a cinta-liga e a meia arrastão.

Fiquei olhando-me feito boba meu reflexo no espelho enquanto Esme fechava os botões de perolas nas minhas costas, e mamãe prendia uma faixa lavanda sob meus seios.

Eu já o havia vestido antes, mas não tinha ficado tão deslumbrada como fiquei hoje. Não sei era por que agora o figurino estava completo, com o cabelo e maquiagem, ou porque havia finalmente chegado o dia. Só sei que fiquei fascinada, vendo minha imagem no vestido longe e branco rendado e bordado com pequenas miçangas, com mangas ¾, solto e com a faixa lavanda para destacar minha barriga. Era uma imagem que eu só via nos filmes.

Ainda estava paralisada olhando meu reflexo no espelho quando minha mãe entrou dizendo que o carro já havia chegado para me buscar. Senti um friozinho na espinha.

Nos últimos dias papai e Harry haviam discutido feio, porque segundo Harry ele quem deveria me levar ao altar. Billy também achava isso, dizia que era um direito dele, e a chance de se redimir e me compensar. Como se quase 18 anos de ausência fosse suprir alguns minutos. Depois de muitas discussões e ameaças por parte de Harry e Billy, papai concordou – mesmo que magoado e contrariado – desde que eu não me importasse. Mas mamãe disse que a escolha era minha e se Billy voltasse a se intrometer nesse assunto ela pararia de falar com ele para sempre.

Claro que eu escolhi Arty. Ele era o meu pai verdadeiro. O amor que sentíamos um pelo outro ia alem de um teste de DNA.

Suspirei aliviada quando papai entrou na sala para me buscar. Ele estava lindo de Smoking. Corri até ele e o abracei com força, esquecendo-me do vestido. Tive que fazer um esforço enorme para não chorar, apesar de a maquiagem ser a prova d’água.

-- Você está tão linda princesa. – Disse me afastando um pouco para me ver melhor. – Quando foi que cresceu tão rápido, hum? – percebi que a voz dele estava embargada como quem estivesse prestes a chorar.

-- Ei, vamos parar com o momento meloso. – ouvi a voz daquele pentelho cabeçudo que eu chamo de irmão. – Papai a Leah não embora lembra ela ainda vai morar com a gente um tempo até os pirralhos nascerem. E mamãe disse que já está na hora. Sam já deve ter chegado na primeira praia, e se demorar muito ele vai aproveitar para fugir. Soube que ele deixou um carro esperando.

Sorte daquele pirralho eu não ter nenhuma coisa para tacar naquela cabeça grande e oca, então me contentei em pirraçá-lo. Mas papai logo nos chamou a ordem e ainda deu uma bronca em Seth dizendo que ele não podia falar essas coisas para uma noiva prestes a subir no altar e ainda por cima duplamente grávida.

Quando mais íamos nos aproximando de La Push meu coração batia mais rápido, mas apesar disso, eu estava tranqüila, acho que era só felicidade que me enchia cada vez mais. Meu bebes começaram a se mexer também. Eles sabiam que havia chegado a hora.

Sam

Estava deitado em minha cama, esperando ansiosamente as horas passarem. O que não estava acontecendo.

Será que o relógio estava com defeito?

Era normal ele ser tão lento desse jeito.

O pior é que não havia nada que eu pudesse fazer para aliviar a ansiedade. Normalmente quando ficava assim, eu me transformava e pronto melhorava. Nas ultimas semanas o que me mantinha sob controle eram as rondas que fazia com a matilha para procurar algum sanguessuga que chegasse perto o bastante. Porem ontem fui dispensando do meu posto, não só eu, mas os outros também, e os Cullen ficariam encarregados de vigiar para nós.

Era estranha essa aliança com os vampiros, era até mais forte do que na época dos nossos antepassados quando os Cullen salvaram toda a aldeia de um massacre, tantos séculos atrás. Mas eu achava que essa camaradagem iria se perder com o tempo, ainda mais depois do que Jacob junto com Paul e Jared fez a Edward. Por isso, fiquei completamente surpreso quando vi toda a família do medico chegando e carregando um monte de tralha e vampira baixinha dando ordens a todos, até mesmo a minha matilha.

Quando muito irritado perguntei o que era aquilo, tudo e quem era ela, para dar ordens a meus irmãos, ela simplesmente virou para mim e respondeu:

-- Vou organizar seu casamento com Leah. Então, por favor, que tal ao invés de reclamar você vir nos ajudar?

Eu ri relembrando a cena. A baixinha com um mega fone gritando com todo mundo quando não saia como ela queria.

Levantei-me da cama, era pior quando ficava deitado. Olhei novamente para o relógio e gemi ainda iria demorar muito para poder ver Leah, mas valeria a espera, porque quando nos encontrássemos ela seria minha para sempre. Só de pensar que quase a perdi e conseqüentemente nossos filhos por burrice minha, fico apavorado. Ainda bem que consegui – com a ajuda de um bom sanguessuga leitor de mentes – ver a verdade a tempo.

-- Já pensando em como fazer para fugir? – Parei de andar de um lado para o outro como uma barata tonta, e olhei para a porta parados no batente me olhando se encontravam Paul e Jacob. Ambos vestidos com smoking, Jake ria do comentário infeliz de Paul. Fuzilei os dois com os olhos.

-- Mas se fosse você eu não faria isso, cara – completou Jacob – Arty deixou os sanguessugas a postos em lugares estratégicos e também tem vários seguranças.

-- Ah, meninos parem com isso. – Ouvi uma voz ao fundo. Era mamãe. – Ele já está nervoso o suficiente, será que vocês podem parar de apavorar meu filho.

Lancei um olhar agradecido a minha mãe, se ela não tivesse os interrompido nem sei o que poderia ter saído daquelas bocas insolentes e eu teria que calá-las a minha maneira.

Mamãe se aproximou com um saco branco em um cabide. Olhei para o saco e suspirei, era o meu fraque. Não sabia como colocar aquele troço que era simplesmente a coisa mais complicada do mundo todo. Às vezes eu achava que a vampira anã havia feito de propósito, e não foi só eu que não gostou os rapazes não ficou muito felizes quando descobriram que teriam que usar smoking, mas Alice nos lançou um olhar que sinceramente me deixou com medo e decidi que era melhor não contraria aquela pequena pessoa obsessiva por perfeição.

Pedi para Jake e Paul ir chamar os outros rapazes que também seriam meus padrinhos – não sei porque tantos padrinhos, e madrinha – enquanto mamãe ia fazer meu café, e papai me ajudava a colocar aquela parafernália toda.

-- Sabe Sam – começou papai – usei um fraque assim quando me casei com sua mãe, claro que não era novo em folha como esse... – e ele continuou a tagarelar e a contar pela milésima vez como foi quando se casou com mamãe. Desde a ansiedade até a insegurança e o medo de ela não aparecer.

Ótimo. Essa conversa era realmente animadora para uma pessoa que estava prestes a por os pés no altar.

Quando já estava bem alimentado – a ansiedade diminuiu um pouco depois que eu comi – e devidamente vestido. Tenho que admitir que fiquei muito bem naquela roupa, apesar de ser extremamente desconfortável. Mamãe entrou no meu quarto toda chorosa, e também já vestida com um lindo vestido longo cor de pêssego – obra de Alice – e um belíssimo chapéu, ela tirou varias fotos minhas, com ela e com meu pai. E depois papai encheu meus ouvidos com um conselho que me pareceu mais um discurso, sobre a responsabilidade de ser um chefe de família.

Quando chegamos a first beach meu queixo caiu: estava tudo absolutamente lindo e perfeito. Também tinha ajudado em algumas coisas, mas não havia visto tudo finalizado. Eles haviam montado um altar de madeira cheio de detalhes e enfeitado com todos os tipos de flores de todas as cores, tinha algumas tochas em volta da pista de dança improvisada para parecer um luau, e perto da pista tinha um palco com instrumentos musicais, um D.J e até uma banda.

O lugar estava cheio de fitas e tecidos transparentes azuis, rosas, lilás e lavanda. Para melhorar o dia estava nublado, mas não iria chover, o que significava que poderíamos aproveitar a festa ao ar livre sem nos preocupar.

Todos os convidados já estavam em seus lugares quando mamãe me conduziu até o altar. Meus padrinhos estavam ao meu lado e meus pais do outro. A um sinal de Jasper que falava no celular – com Alice provavelmente – Edward sentou-se ao piano e começou a tocar a marcha nupcial, que normalmente é tocada em casamentos, porem estava mais alegre, com alguns arranjos diferentes. Nesse momento as madrinhas entraram em meu campo de visão. Não vi para onde elas foram depois, porque o que veio depois tirou completamente minha atenção.

Leah estava extremamente linda com o vestido branco e bordado, mas não era por causa do vestido que eu a estava achando maravilhosa. E sim sua barriga imensa onde meus filhos estavam.

Eu estava tão impaciente que minha vontade era ir até lá e pegá-la das mãos de Arty, porem esperei. Então finalmente eles chegaram.

Peguei a mão de Leah e lhe dei um beijo na testa, depois me ajoelhei e dei um beijo em sua barriga, todos os convidados aplaudiram, mas não prestei muita atenção, porque duas pessoinhas estavam roubando a cena, por estarem frenéticos. Provavelmente estavam felizes.

Repetimos tudo o que o juiz de paz dizia e depois de nossos votos e uma linda declaração que fiz para ela, dissemos o tão esperado sim, trocamos as alianças. E depois de declarados marido e mulher, até que a morte nos separasse nos beijamos.

Ouvimos os aplausos e nos separamos enquanto nossos padrinhos jogavam pétalas de rosas em nós. Depois de tirarmos muitas fotos, cortar o bolo e dançar Leah jogou seu buque que parou na mão da sorridente Claire aplaudimos muito quando Steve a abraçou e aproveitou o momento para pedi-la em casamento oficialmente. E após um discurso de nossos pais, a banda contratada subiu ao palco para tocar acompanhado por Bella, Anna e Seth para fazer o vocal. Bella eu já havia visto cantar, Anna me surpreendeu com sua voz, mas o que me deixou super impressionado foi a habilidade do pentelho do meu cunhado com a guitarra. Ele cantava enquanto as meninas faziam o back vocal. Aposto que ele estava se sentindo o próprio rei do rock.

Puxei Leah que estava conversando com as vampiras para dançar novamente. Eu sei que como noivos, deveríamos estar dando atenção para os convidados, mas naquele momento o que eu mais queria era estar com minha esposa em meus braços. Coloquei a mão em sua barriga, e senti os chutes dos nossos bebês. Olhei para o rosto de Leah que sorria e a beijei.


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