Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oii genteeem, mais um capitulo para vcs.
Espero que gostem porque eu demorei pacas para digitar o/
Proximo capitulo surpresas



Galera queria agradecer a vcs a paciencia o carinho. E também as 19 indicações que eu recebi. Poxa isso é muito. Valeu mesmo. S2




Importante: Sobre a enquete que fiz semana passada, bem vcs ja devem saber o resultado. A maioria foi unanime. Todos mundo quer Lemons.
Então preparem-se pessoas pervas, irei satisfazer seus desejos.
Para quem não gosta, eu espero que não deixem de ler a fic por isso, e não se preocupem porque eu não colocarei agora, começarei aos poucos e é claro terão avisos, para vcs pulerem a parte se quiserem

Bom galerinha adoro vcs.
Soh tenho algo a dizer sobre esse Capitulo. Vocês vão amar.

A capa dessa semana foi feita pela Val, muitissimo obrigada Val



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Edward

-- Eu não acredito que vocês esconderam o plano de mim! - Resmungou Alice enquanto andávamos descalços pela areia molhada de uma praia em Neah Bay. - Sabe o quanto teriam me poupado? Desperdiçamos tempo com coreografias, ensaios, horas convencendo a Bella a participar, mais algum tempo tentando fazê-la experimentar a roupa, e outro impedindo ela de desistir. Fora as reclamações e lamentações...

-- Ei. - Bella protestou. - Eu não tenho culpa. Não queria nada daquilo. Vocês me ameaçaram. - Ela parou e colocou as mãos na cintura com o rostinho zangado. Ficava tão linda. Ainda mais com aquela roupa.

Eu não tinha a deixado trocar de roupa, quer dizer nenhum de nós deixou nossas namoradas trocarem de roupa. Elas ficavam lindas de lideres de torcida.

 Ângela e Ben, haviam se despedido de nós fazia algumas horas. Não sem antes comemorarem bastante com a gente, mas eles tinham compromissos e precisaram partir. E embora gostássemos muito da presença do casal que sempre era gentil conosco - por mais que fossemos estranhos. Sem a presença deles poderíamos ficar mais a vontade para correr em nossa velocidade normal. Bella já estava se acostumando bem com nosso ritmo.

-- Então Alice eu já fiz o que vocês queriam. Agora por favor, podem me devolver meu violão? - Perguntou Bella. Seu tom não era mais zangado, agora era suplicante.

Olhei surpreso para a loira do mal e para a baixinha maquiavélica. O que vi em suas mentes quase me fez avançar nelas e despedaçá-las membro por membro. Por isso todo aquele mistério. Elas tiveram o cuidado de não comentar nada com Ângela porque sabiam que ela não conseguiria esconder os pensamentos de mim.

-- Não acredito que vocês fizeram isso - disse entre dentes.

-- O que é Edward? - Perguntou Emmett.

-- Será que vocês não pensam em como isso pode tê-la machucado? Ferido os sentimentos dela? Admira-me muito você ter feito isso Alice, sem prever o que poderia ter acontecido.

-- Deixe de ser dramático Edward. Eu tinha tudo sob controle. - Disse Alice dando de ombros. - Não causei dano algum.

-- Será que vocês podem me explicar o que está havendo? - Insistiu Jasper enquanto se colocava entre a esposa e eu.

-- Nós precisávamos que Bella participasse - respondeu Rosalie ansiosa - Mas ela estava irredutível, como não podíamos usar Edward como chantagem. Raptamos o violão dela e ficamos com ele por garantia até a hora da apresentação, mas eu juro Ed, não sabia o valor que ele tinha até Alice ameaçar jogá-lo na lareira ontem, quando Bella teve uma crise de rebeldia e disse que ia desistir de tudo... - sua voz morreu quando viu minha expressão.

-- Obrigada Rosalie. - Disse Alice ácida.

E eu só não avancei nela naquele exato momento porque Jasper impediu.

-- Está tudo bem Edward. De verdade, já passou. E eu nem estou com raiva dela. Ela não fez por mal não e Alice? - Bella se apressou para apaziguar. - Não estou mais chateada com você e Edward também não, não é? - Ela pegou minha mão e a apertou, o que me fez acalmar instantaneamente.

-- Desculpe Alice.

-- Tudo bem, eu passei dos limites desta vez. Desculpe-me Bella, da próxima vez eu uso sua prima.  - Alice piscou e as duas gargalharam.

Ficamos um bom tempo conversando e rindo, principalmente das expressões de Britanny e Mike. Alice ainda estava indignada por não termos contado a ela nosso plano, e irritada porque fizemos tudo por debaixo dos panos para ela não poder ver.

-- Eu não tenho culpa Alice. Como eu ia adivinhar - me defendi - Eu achava que vocês só queriam deixar Britanny irritada, não deixá-la com os nervos a flor da pele. Mas de qualquer jeito, a cara dela foi impagável.

Para minha infelicidade começou a chover, não nos importaríamos de ficar por lá mesmo com a chuva, mas Bella era humana e acabaria adoecendo, então a levamos para casa.

Alice devolveu o violão dela, exigindo que ela tocasse para nós. Bella nem hesitou em responder que adoraria. E depois de muitos beijos, mimos e prometer que logo estaria com ela para fazê-la dormir, a deixei sair do carro.

-- Uhm, Alice - disse Bella hesitando antes de fechar a porta do carro. - Depois vou precisar de uma ajuda sua. Quero fazer uma coisa.

-- Ah, Claro Bella. Quando quiser, é só me ligar. - Ela assentiu e fechou a porta.

-- Tchau gente! - Disse Bella acenando.

-- Tchau Bells. - Respondemos em coro. Ela riu e foi em direção à casa enquanto Jasper dava partida no carro.

Eu já estava com saudades da minha bonequinha, mas antes de voltar para ela, eu tinha que conversar com Carlisle.

(...)

Estava sentado no escritório de Carlisle esperando que ele chegasse do hospital.

Por que ele estava demorando tanto?

Parei de ficar andando de um lado para o outro feito uma barata tonta e sentei-me em sua poltrona. A luz do escritório ascendeu. Carlisle não parecia nenhum pouco surpreso com minha presença ali.

“Boa noite filho.” - Cumprimentou-me.

-- Oi pai. - O cumprimentei. Eu estava sem graça e aposto que se fosse humano estaria corando - como a Bella - mas também estava muito ansioso e acho que isso me delatou.

-- Posso ajudá-lo em algo? - Perguntou ele, só que agora em voz alta.

-- Sim... Não... Err... Quer dize... - Ótimo agora eu estava gaguejando, e agindo como um adolescente na puberdade.

“É sobre Bella?” - Adivinhou, ele. Às vezes suspeito que não seja o único que poder ler mentes, e que Alice também não seja a única com o poder da premonição nessa casa. Meu pai sempre sabia quando precisamos de algo ou estávamos com problemas, assim também como às vezes ele parece poder ler nossas mentes. Com Esme também não é diferente ela sempre sabe, quando um de seus bebês precisa de colo.

-- Sim é sobre Bella... E eu - disse por fim. - Nosso relacionamento está muito sério e... Ela está me deixando louco. - Soltei.

-- Edward, não precisa ficar desse jeito, isso é normal em um relacionamento como o de vocês. Afinal de contas vocês dois são apenas adolescentes. - Ele riu. - Mas não entendo, não era para você ficar, tão inseguro desse jeito, já teve relações sexuais antes.

-- Eu sei, eu sei. Mas com ela é diferente. Não sei como agir. Antes era Tanya que sempre tinha a iniciativa, ela é anos luz mais experiente que eu e principalmente bem mais experiente que Bella. E também Tanya também não é frágil como Bella. E se eu machucá-la. E se eu acabar matando-a? - Eu tremi só com o pensamento dessa hipótese.

-- Sabe que não precisa ter medo. Você é bom Edward, jamais machucaria ninguém - ergui a sobrancelha. Ele suspirou. - Tudo bem. Tenho uma sugestão. Por que você não testa seus limites com ela? Assim saberá até que ponto pode chegar sem machucá-la.

O que ele queria dizer com isso? Olhei para o rosto sereno de meu pai, ele só pensou em uma palavra.

 -- Ah... - Exclamei. Eu realmente não havia pensado nisso, embora já tivéssemos chegado bem perto disso. - Acha que vai dar certo? - Perguntei ainda inseguro.

“Se você não tentar, não vai saber. Mas não precisa ser agora. Nada muito apressado. Comece aos poucos para não assustá-la. Eu sei que vocês já devem estar quase lá.” - Baixei o rosto envergonhado. Ainda bem que eu não era humano ou então agora estaria como um pimentão.

Carlisle piscou para mim e saiu do escritório, me desejando boa sorte. Eu tinha muito no que pensar. Olhei para o relógio, eu tinha duas horas para pensar em tudo o que Carlisle disse e me preparar para ver Bella. Sai do escritório e fui direto para o meu quarto eu precisava de um banho gelado.

Bella

Depois de me despedir dos Cullens, fui para casa de tio Arty fazia algum tempo que eu não falava com ele direito, por causa da correria das ultimas semanas. Além disso, eu estava com muitas saudades dele, de Sue, da Leah e do Seth, e é claro eu não estava nem um pouco a fim de aturar o mau-humor de Britanny.

Surpreendi-me por ter sido Embry, um dos amigos quileutes de meus primos ter aberto a porta, eu esperava que Sue a abrisse. Ele me cumprimentou olhando para mim de um jeito desconfortável, eu retribui o cumprimento e tentei ignorar o modo como ele me encarava. Entrei na sala: sentados no sofá estava Leah e Sam, eles pareciam estar discutindo, mas as mãos deles estavam na cintura dela, então não devia ser nada de mais; sentados no chão estavam Seth e mais alguns garotos de La Push que reconheci serem Paul, Quil e Jared. Jacob também estava ali, ao que parecia eu havia interrompido uma reunião particular.

Jacob acenou para mim, retribui o aceno. Por mais que Jake tenha se desculpado comigo e principalmente com Edward, eu nunca esqueceria a atitude covarde dele, no dia da festa de Britanny. Aquilo ainda me machucava muito. Só a lembrança já era o suficiente para me tirar o ar.

-- Líder de torcida é? - Perguntou Leah com me olhando.

Eu havia esquecido que ainda estava com aquela roupa ridícula de líder de torcida. Tinha ficado com ela porque Edward insistira para que eu não trocasse de roupa.

Percebi que todos olhavam para mim. Senti meu rosto esquentar. Claro eu estava corando.

-- Poxa Bella. Não sabia que você fazia parte das líderes de torcida. - Comentou Seth.

-- Não faço. Hoje foi só o teste. E Alice me obrigou a participar. - quando mencionei o nome de Alice, vi os rostos de Jacob, Paul, Jared e Embry se retorcerem.

-- Legal você poderia aproveitar que ainda está vestida e torcer por minha equipe, que está perdendo feio. - Perguntou Quil brincalhão, ele apontou para a televisão e para o videogame, cujo mostrava um jogo de basquete. Todos riram, exceto Jacob que me olhava de um jeito estranho e desagradável.

-- Tudo bem. - Disse Leah se desvencilhando dos braços de Sam e levantando do sofá. - Deixem a Bella em paz. Vem Bella, vamos para o meu quarto, e você aproveita e troca essa roupa.

A segui até seu quarto agradecendo fervorosamente. Troquei de roupa e fiquei no quarto com Leah. Ela queria saber tudo o que aconteceu no teste. Contei tudo nos mínimos detalhes, e ela se acabou de rir com o plano de Alice e dos garotos, e principalmente quando descrevi a cara de Britanny.

Ela riu bastante também quando contei das chantagens de Alice, Rosálie e Ângela. Depois passamos para outros assuntos. Ela perguntou de Anna e isso me lembrou que já fazia algum tempo que eu não falava direito com minha melhor amiga, só trocava mensagens e e-mails. Leah quis saber como Anna estava agora que faltavam apenas dois meses para o nascimento do bebê. Falamos também do bebê de Leah. Os enjôos haviam diminuído um pouco, agora ela só enjoava pela manhã. Seu corpo também estava mudado, seu rosto estava mais redondo e sua barriga já era uma saliência, que dava para ser notada, apesar de ela já estar no terceiro mês não era para a barriga de ela estar daquele tamanho, o que me levava a crer que havia mais de um bebê ali. Perguntei sobre isso a Leah. E ela me explicou que não sabia ao certo, que só faria a primeira ultrassonográfia no próximo mês e que o médico não tinha identificado nada por enquanto. Mas ela também não descartava a hipótese se serem dois bebes. Porem não foi só a mudança em seu corpo que chamou minha atenção:

-- O que há Leah? - Perguntei. Desde que entrara na casa havia percebido que ela estava um pouco triste.

Ela deu um suspiro alto.

-- Ainda está chateada por Sam não deixar você se transformar? - Eu sabia que isso era o que mais a incomodava, apesar de ela estar super feliz com o bebê e não querer arriscar a vida dele.

Leah afagou a barriga por instinto. Ela mordeu o lábio inferior e seus olhos marejaram.

-- Quem me dera que fosse só isso. - Murmurou.

Não precisei de mais nada para deduzir.

-- Emily. - Não foi uma pergunta, e sim uma confirmação indignada e irritada.

Será que essa garota não desistia? Sam estava feliz com Leah, eles iam se casar, iriam ter um filho - ou filhos.

-- Eu briguei com Sam de novo, por cauda das intrigas dela. E dessa vez a briga foi tão feia que eu rompi com ele - arregalei os olhos em choque, jamais pensei que isso pudesse acontecer. - Teve uma hora que não agüentei mais Bella. Sabe ela faz de tudo para me irritar e depois se finge de vitima e ele acredita. Eu cansei de ficar como a implicante, tudo bem que eu tenho o gênio forte, mas eu não implico com as pessoas por qualquer coisa. E se ele não acredita em mim, não tem porque termos uma vida juntos. Espero que agora ela esteja feliz já que conseguiu o que queria.

-- Mas vocês voltaram não é? - Era tão triste ver um casal feliz e lindo separados daquele jeito.

-- Ainda não. Não posso me casar com ele assim. Ele não acredita em mim então não tem o porquê vivermos juntos. Sabe às vezes acho que Sam se arrependeu de não ter terminado comigo para ficar com ela quando teve chance, agora ele está preso por causa do bebê.

-- Impossível Leah. Sam ama você. Eu vejo como ele te olha. É o mesmo olhar que vejo quando tio Arty olha para Sue, ou que Edward olha para mim. Não é algo que se possa fingir.

-- Talvez você tenha razão, mas não vou reatar com ele enquanto ele não começar a ver a verdade e acreditar em mim... - Ela não terminou sua frase porque nesse momento Sam entrou no quarto sem bater. O rosto dele demonstrava raiva, mas quando passou para Leah ficou meio distante e tenso.

-- Algum problema Leah? - Me surpreendi com o tom frio e seco com que ele se dirigiu a ela, normalmente ele era todo caloroso quando lhe dirigia a palavra.

-- O mesmo de sempre. - Ela respondeu indiferente ao tom dele. - Veio me dizer algo?

-- Sim preciso ir, Brad e Collin encontraram rastros de alguns vampiros nômades. - Eu o olhei surpresa. Ele olhou para mim e explicou: - Esses visitantes são comuns por aqui, eles nunca ficam, mas temos que ficar de olho eles não são como os Cullen. Ah, Bella será que você poderia me passar o telefone da residência dos Cullen quero ter certeza que esses visitantes não são conhecidos deles.

-- Claro.

Anotei o numero em um bloquinho que Leah me passou, destaquei e entreguei a ele. Sam agradeceu e depois saiu dando um  “ Tchau Leah” por cima do ombro no mesmo tom frio e seco que ele usou para perguntar à ela se estava tudo bem. Tive vontade de esmurrá-lo até a morte. Onde já se viu fazer isso com ela, e nem levar em consideração que ela está grávida. Olhei para ela, seus olhos estava cheios de lagrimas,  e mais do que nunca eu queria falar umas verdades para Sam. Controlei-me ao máximo para não ir atrás dele e falar tudo o que estava entalado em minha garganta, e fui abraçar Leah tentando confortá-la.

Fiquei com Leah até ela adormecer. Olhei para o relógio ia dar sete horas. Resolvi ir para casa. Era hora de enfrentar a fera. Desci para a sala e encontrei Sue conversamos por um tempo e depois fui para casa.

Quando abri a porta dei de cara com Britanny sentada no sofá de braços cruzados. Abri a boca horrorizada com o estado em que ela se encontrava: o rosto e o pescoço estavam vermelhos, a maquiagem dos olhos borrada, batom borrado, os cabelos estava uma calamidade todo bagunçado, com o penteado desfeito, o rosto e o pescoço tinham vergões vermelhos como se ela tivesse sido arranhada varias vezes; e por fim sua expressão assassina. Senti um friozinho na espinha.

-- Você sabe que horas são? - Perguntou ela zangada. - Onde você estava?

Eu fiquei parada olhando para ela. Limitei-me a colocar minhas coisas em cima do sofá, não iria responder nada. Não devia satisfações à ela.

-- E então? - Ela continuou, quando viu que eu não responderia nada ela desistiu, mas logo voltou a me importunar: - Isabella eu estou com fome. A comida não vai ficar pronta sozinha, sabia? - Ah, não isso já era de mais.

-- Digo o mesmo para você. Se você está com tanta fome assim, porque não levanta e faz você mesma sua comida?

-- Mas é seu dever fazer a comida!

-- Meu dever? Eu não sou sua empregada, nem muito menos sou paga para isso.

Ela me olhou com raiva. Depois olhou para porta, seus olhos se iluminaram e ela me olhou com aquela cara de “você está ferrada”. Olhei para trás e vi que minha tia havia acabado de chegar, eu nem tinha percebido. Tia Claire colocava as sacolas das compras na sala.

-- Oi bonequinhas, como foi... - Sua voz morreu ao ver a situação. - O que houve com você filha?

Ela correu para abraçar a filha.

-- Pergunta para Bella! - Ela jogou a bomba para mim. Minha tia olhou-me meio impaciente, esperando uma resposta. E eu pensava se valia a pena ou não mandá-las catar coquinho.

-- Nem olhem para mim! Eu acabei de chegar, e não tenho nada a ver com isso. - Me defendi antes que a víbora inventasse algo.

Minha tia ficou olhando para nós duas, acho que decidindo se valeria a pena levar o assunto a diante ou não.

Por fim ela suspirou e resolveu mudar de assunto, mas o assunto escolhido era justo o que foi a causa dessa discussão toda. Então bastou jogar só uma faísca para pegar fogo no resto da palha.

-- Então garotas, como foi o teste das lideres?

-- A Bella estragou tudo mamãe... - Britanny gritou jogando-se no colo da mãe antes    que eu pudesse formular uma frase. Acho que ela já tinha ensaiado esse teatrinho. Ela fungava no colo da mãe e fingia que chorava. Ai que vontade de dar uns bons tapas na cara dela...

Tia Claire olhou para mim confusa. Suspirei e respondi:

-- Não estraguei nada. Eu nem fui bem. Nem se quer entrei para ficar no fundo. A Britanny que ganhou o titulo de capitã.

-- Que ótimo, filha! - Disse minha tia mais aliviada do que alegre. Suspeitava que ela temesse o comportamento da filha caso eu ou uma das outras garotas ganhasse o titulo.

-- Não tem nada de ótimo nisso. Porque quem é o capitão do time é um, tal de George Lennox, e eu vou ter que ser par dele no baile de primavera.

-- E o que a Bella tem haver com isso Britanny? - Minha tia perguntou séria. Assim como eu ela já estava ficando cansada desses teatrinhos da Britanny.

-- Porque era para ser o Edward Cullen. - Ela soluçou e eu revirei os olhos. Isso estava ficando tão clichê.

Sim era para ser o Edward, ou qualquer um dos outros Cullen, se ela tivesse alguma chance com eles é claro. Ela tinha medo da Rose e da Alice. Ela se contentaria até se fosse o Ben ou o Mike Newton, o importante era ela ter um cara bonito o bastante, ou com um carro legal para poder passar na cara da Stacy e do Chad. Britanny ainda não tinha superado ter sido trocada tão papidamente.

-- Nós já conversamos sobre isso Britanny. - Disse tia Claire irritada.

-- Mas mamãe, não vê que Bella sabia o que ia acontecer? Era para eu estar agora nos braços dele comemorando. E você deveria ficar do meu lado...

-- CHEGA BRITANNY! - A voz de tia Claire foi tão alta que me fez pular. - Pare de me colocar contra sua prima, e de culpá-la por tudo o que acontece a você. Não tinha como ela adivinhar ou ter interferido nisso. - Na verdade tinha sim e foi isso que eu fiz, na verdade foi o que Alice e Edward fizeram, mas não ia falar isso para elas. - Britanny eu achava que você tinha um pouco de amor próprio. Edward já deixou bem claro que não quer nada com você, mesmo que ele não estive com a Bella, não namoraria você. - Britanny ia falar alguma coisa, mas minha tia a interrompeu. - E não, eu não vou forçá-los a terminarem.

Com essa minha boca se escancarou. Eu jurava que ela proporia que eu me afastasse dele, para saber se Edward sentia alguma coisa por Britanny e desse a ela uma chance. Ou que eu me afastasse dele em definitivo para não fazer a filha sofrer.

Enquanto eu lutava mentalmente para poder fechar a boca à campainha tocou. Que ótimo. Era Edward, seu rosto estava tenso e lívido, provavelmente ele deve ter ouvido toda a discussão.

-- Eu vim com minha família a um pedido de Sam. Ele e Carlisle estão conversando lá fora, então eu ouvi a discussão. Está tudo bem? - Apenas assenti queria falar para ele que não era boa hora, mas Britanny foi mais rápida chamando a atenção da mãe que até então não havia notado nossa visita.

-- Ele está aqui mamãe.

Minha tia olhou para Edward como quem pede desculpas.

-- Olá Edward! - Cumprimentou-o. - Entre preciso falar com você. Sei que já tivemos essa conversa antes, e que você já deixou tudo bem claro. - Ela estava desconfortável em ter que falar sobre aquele assunto, mas como ela fazia tudo o que Britanny queria. - Mas você poderia responder mais uma vez para minha filha sobre seus sentimentos. Acho que para ela ainda não está claro o bastante.

-- Claire. - Começou Edward com sua voz melodiosa. - O que eu disse naquele dia ainda é valido, e agora mais do que nunca. Bella é a mulher da minha vida. Eu a amei desde a primeira vez que eu a vi lá na Califórnia. E... pode ser meio cedo falar disso agora, mas eu quero me casar com sua sobrinha.

-- O que? - Britanny protestou indignada, mas Edward a ignorou e continuou com seu discurso:

-- Quero dividir uma vida com ela. E quero estar com ela para sempre. - Ele piscou para mim. Sabia que ele falava o para sempre no sentido literal. - Nunca vou querer mais ninguém como eu quero sua sobrinha. E quanto a Britanny, não sinto nada por ela, a não ser pena. Talvez pudéssemos ser amigos como eu sou de Seth e Leah, afinal vou entrar para a família, mas é impossível. Me perdoe se eu estiver sendo rude, mas ela é insuportável.

-- Tudo bem Edward. - Respondeu tia Claire, ela virou-se para Britanny. - Agora está claro para você?

Britanny não respondeu, ela olhava para mim com ódio Edward colocou-me meio atrás de seu corpo, provavelmente os planos de Britanny era me atacar. E eu queria muito que ela fizesse isso, estava morrendo de vontade de dar umas boas pancadas nela.

Mas o que ela fez me pegou de surpresa, estávamos de guarda baixa, foi completamente inesperado. Nem Edward com sua leitura de mente, não pode fazer nada. Acho que nem Alice teria previsto isso, foi muito rápido, ela tomou a decisão de ultima hora. A única coisa que eu vi, foi ela pegando meu violão que estava encostado no sofá e depois o tacando na mesinha de centro. Ouvi o barulho agourento da madeira de partindo, eu não vi quais foram os danos, só sei que eu já estava em cima dela dando-lhes tapas e porradas, e por mais que ela tentasse se defender ela não conseguia.

Britanny começou a chamar pela mãe, mas minha tia estava em choque com o violão que um dia fora de seu irmão favorito, partido em dois nas mãos. Eu sabia o que ela estava sentindo, eu sentia também. Também estava sentindo a mesma dor que ela, derramando as mesmas lagrimas, era por isso que agora eu estava em cima da cachorra da minha prima dando maior surra que ela já levou na vida.

Edward me pegou pela cintura e foi me puxando lentamente, enquanto eu ainda dava uns tapas e arrancava algumas mechas daquele cabelo seboso e oxigenado dela, ele poderia ter me tirado de cima dela sem maiores dificuldades, mas Edward também achava que minha prima merecia aquela surra. Ele me abraçou enquanto eu soluçava.

Edward

Estava com Bella dentro do carro, Esme também estava lá a abraçando e dizendo palavras consoladoras, enquanto ela soluçava.  Carlisle conversava com Sam. Os lobos haviam rastreado alguns vampiros desconhecidos e queriam ter certeza de que não eram conhecidos nossos. Alice lhes garantiu que nunca tinha os vistos antes, ela nem mesmo conseguira prever a chegada deles. Os nômades haviam decidido dar uma passada por ali de ultima hora.

Carlisle e Esme tinham mandado Emmett e Jasper levarem o violão de Bella para o concerto. Eles sabiam que não seria a mesma coisa, mas cortava o coração vê-la daquele jeito. E Alice estava se sentindo terrivelmente culpada, um dia antes ela tinha usado o instrumento para chantagear minha pobre, doce e frágil namorada.

Fora isso estava tudo relativamente calmo - ou quase. Alice estava sentada no capo do carro concentrada, tentando ver as decisões dos nômades. Rosálie havia ido com Emmett e Jasper, na verdade ela foi obrigada a ir. Ela queria dar uma surra em Britanny.

Além da conversa baixa de Carlisle com Sam, e dos murmúrios de consolo de Esme outra conversa se destacava; era a tia e a prima de Bella, elas estavam no segundo andar no quarto de Britanny, mas para quem tinha uma super audição era quase como se elas estivessem perto de mim.

-- Não é Justo! Você tinha que ficar do meu lado, não do dela. Olha o que ela fez no meu rosto? Como eu vou para escola amanhã? E só estamos a duas semanas do baile de primavera. - Choramingou Britanny.

-- Do mesmo jeito que você vai todos os dias. E não olhe para mim assim, sabe que mereceu. Não feriu só os sentimentos de Bella, feriu os meus também e não quero nem ver como Arty vai ficar quando souber disso.

-- Tudo isso por um violão velho, que pertence a um cadáver que agora... - Britanny não terminou, Claire havia lhe dado uma bofetada na cara. O barulho da mão em contato com a pele foi tão agudo que qualquer pessoa que estivesse dentro da casa poderia ter ouvido.

-- Sabe Britanny, seria bom você começar a ter um pouco de respeito pelo seu tio, mesmo que ele esteja morto. Porque foi ele quem nos tirou de muito aperto. Graças a ele sempre tínhamos casa, comida e uma vida confortável sem que eu precisasse trabalhar que nem uma louca. Por isso pense duas vezes antes de falar do meu irmão. - Depois Claire saiu do quarto da filha batendo a porta.

(...)

O tempo estava passando rápido, os dias logo viraram semanas, e o fim do ano letivo estava batendo na nossa cara. Tive que usar todo o meu poder de persuasão para convencer Bella a ir ao baile de primavera. De muita má vontade ela cedeu, mas depois até admitiu que foi divertido.

Britanny não me incomodava mais, nem com os seus pensamentos, o que era ótimo. Ela agora nos ignorava, assim como fazia com Bella. Seu rosto ainda tinha alguns hematomas do dia em que Bella lhe dera uma surra.

Britanny causou choque no colégio todo, quando ela apareceu na escola no dia seguinte à surra, dizendo na maior cara de pau que havia batido o carro. O mais surpreendente foi ela ter ido ao baile de primavera, como rainha e o rosto do inchado e roxo. Se Bella podia fazer um estrago desses sendo pequena daquele jeito enquanto ainda era humana, não quer nem pensar no que ela poderia fazer caso fosse vampira.

Já estávamos alguns dias do baile dos alunos, e a algumas semanas das férias de verão, mas não era esse fato que me deixava feliz: o dia 20 junho estava chegando a todo vapor, e eu teria oficialmente 16 anos, (tecnicamente na verdade eu tenho uns 90 anos a mais, mas ninguém precisa saber disso) e é claro eu logo iria poder dirigir. Alice queria que eu fizesse o Sweet Sixteen para comemorar.

-- Ah, por favor, Edward! - Insistia ela enquanto estávamos sentados no refeitório. - Será a festa do ano.

-- Qual parte do EU NÃO QUERO FESTA, está difícil de entender Alice?

Ela cruzou os braços mostrando a língua para mim. Seus olhos fixaram-se em Bella, que estava ao meu lado. Ela tinha esperança que Bella intercedesse ao favor dela, ela sabia que eu não negaria nada a minha namorada. Para minha sorte Bella não falou nada. Alice suspirou e desistiu.

-- A que horas quer que eu te pegue hoje Bella?

-- Eu pensei em irmos direto hoje, o que acha?

-- Perfeito.

Elas deram um sorriso cúmplice.

-- Do que vocês estão falando? Aonde vocês vão? - Perguntei curioso.

-- Nada de mais, não seja curioso. - Bella disse rindo e beijou de leve meus lábios.

Isso era muito suspeito, já fazia algum tempo que essas duas andavam de segredinho, saindo sem dizer aonde iam. O pior, eu sentia que não eram só elas, minha família toda parecia querer esconder as coisas de mim. Ou eu estava ficando paranóico. Talvez eles devem apenas querer um pouco de privacidade de seus pensamentos.

Já no finalzinho da tarde, Alice chegou em casa arrastando Bella para o seu quarto. Elas ficaram lá por algum tempo e depois saíram.

Alice puxou Jasper pela mão e Bella fez o mesmo comigo. Nós entramos no Jeep de Emmett. A baixinha dirigiu por um bom tempo cantarolando uma musica desconhecida e depois parou.

Estávamos no alto de uma montanha. Fiquei surpreso por ela ter conseguido dirigir até ali, sem encontrar nenhum obstáculo pelo caminho.

-- Eu e Jazz sempre viemos aqui. - Disse prevendo minha pergunta. - Então nós já preparamos o caminho. - Ela sorriu e saiu do carro com Jasper. Ajudei Bella a sair do carro e abracei.

Abraçado ao amor da minha existência, vi o que Alice e Jasper quiseram dividir conosco. A visão dali era linda. Dava para ver Forks inteira. Ficamos apreciando o por do sol, mas estávamos em Forks, então logo começou a chover e tivemos que voltar para o carro. Porem não nós saímos de lá.

Jasper envolveu Alice em seus braços e os dois ficaram olhando nos olhos um do outro. Coloquei meu casado em Bella e a puxei para o meu colo, ela deitou a cabeça em meu ombro. Eu afagava e beijava seu cabelo enquanto olhávamos a chuva cair.

Naquela noite enquanto Bella dormia em meus braços eu refleti. Olhei seu rosto tranqüilo e angelical e constatei que eu não precisaria de mais nada se eu sempre a tivesse comigo. Poderia até está sendo egoísta, mas eu pediria a Carlisle para transformá-la para mim. Conversaria com ela antes é claro, apesar de Bella já ter deixado claro sua vontade de se tornar uma vampira. E também não seria agora, eu esperaria mais algum tempo, para ela poder se preparar e decidir se era isso mesmo o que ela queria. Se a resposta fosse sim, acho que eu mesmo a transformaria. E seria o homem mais feliz do universo. Seriamos felizes para sempre. Um casal, amigos, cúmplices e amantes: como meus pais e meus irmãos.


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Notas finais do capítulo

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