Dois Mundos, Duas Vidas escrita por Giis


Capítulo 9
Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/53179/chapter/9

Bella

Tia Claire mantinha os braços ao meu redor, enquanto nos sentávamos no sofá. Toda hora ela afagava meu cabelo e meu rosto, como se não acreditasse que era realmente eu que estava ali.

E eu a entendia, porque a ultima vez que nos vimos eu tinha menos de nove anos. Ela e Renée não se davam bem. Na verdade, minha tia nunca gostou da minha mãe - a pesar de sempre gostar de mim - ela sempre dizia que Renée não era boa o suficiente para o meu pai. Então quando eu tinha 8 anos, estávamos na casa de vovô e vovó Swan comemorando o aniversário de casamento deles, e as duas brigaram feio.

Tia Claire também não foi no enterro de papai, ela disse que não foi porque, se fosse daria uma boa surra em Renée e dizia que tinha sido minha mãe a responsável pela morte de papai - em minha opinião, ela não estava totalmente errada.

Depois da morte de Charlie. Renée não me deixou mais ter contato, nem com ela e nem com meus avôs, que já não andavam bem de saúde e morreram um ano depois da morte de papai.

- Ah, Bella estou tão feliz que você esteja aqui, que eu possa te abraçar de novo - ela falava enquanto me abraçava. Ficamos por um tempo sem dizer nada só abraçadas, chorando e matando as saudades.

Tia Claire era a mais nova. Eles eram três: os gêmeos Arthur e Charlie e Claire que era dois anos mais nova do que eles. Papai e tio Arthur eram gêmeos idênticos, mas só na aparência que se pareciam, porque na personalidade eles eram completamente diferentes. Charlie sempre era mais alegre e menos responsável, ele levava a vida, como ele mesmo dizia:   “aproveitava cada minuto como se fosse o ultimo”, acho que é por isso que ele se dava bem mais com tia Claire do que com tio Arthur.

Meu pai e minha tia, eram muito unidos, estavam sempre juntos, saiam juntos, bagunçavam juntos e encobria um ao outro quando eles aprontavam, tio Arthur era sempre serio e vivia os repreendendo dizendo que os dois deveriam ser mais responsáveis.

Depois de algum tempo em silencio, lagrimas e abraços, ela se afastou um pouco para me olhar nos olhos, pegou meu rosto com as mãos e falou:

- Bella, meu amor, eu estou muito feliz que esteja aqui, mas preciso saber, o porquê de você está aqui sozinha?

Eu sabia que ela me faria essa pergunta, e eu estava pronta para responder.

- É que Renée me colocou para fora de casa, e eu não tinha mais para onde ir - eu disse começando a chorar, ela arfou e colocou uma mão na boca de espanto.

- Mas por quê? Conte-me tudo.

- Bom, eu cheguei da escola e aquele... Aquela coisa que Renée insiste em chamar de marido estava come sempre deitado no sofá, e quando me viu começou a me provocar, mas como sempre eu o ignorei estava bêbado. Então eu fui para o meu quarto, ele foi atrás, ai ele mexeu com o nome de papai - eu respirei fundo e continuei - Eu não agüentei. Tia eu juro que eu fiz de tudo para ignorá-lo, mas eu não podia deixar ele falar daquele jeito do meu pai, não podia... - comecei a chorar e tia Claire limpou minhas lagrimas.

Respirei fundo mais algumas vezes para me acalmar e continuei:

- Então, eu não agüentei e falei tudo o que estava preso na minha garganta durante todos esses anos. Ele não gostou e me segurou com força, e depois quando eu menos esperava, ele me jogou na cama e começou a rasgar minhas roupas e a me tocar - fechei os olhos e sacudi a cabeça, para me livrar das imagens que estavam vindo. Quando abri os olhos reparei que minha tia estava com os dentes trincados, ela fez sinal com a cabeça para eu continuar - Até que finalmente Renée chegou antes que ele pudesse fazer alguma coisa, mas ele foi mais esperto do que eu, e deu a versão dele dos fatos e ela claro acreditou no marido cretino dela. Depois que ele saiu do quarto, ela me bateu e disse para eu ir embora e nunca mais voltar, porque ela não tinha mais filha, que para ela era como se eu estivesse morta.

Minha tia olhou-me chocada, vi a mesma expressão de fúria que tinha visto nos olhos de Edward nos olhos dela.

- Como aquela destrambelhada se atreveu? - Ela começou a gritar, depois se levantou e ficou andando de um lado para outro. - Como aquela vaca teve coragem de colocar uma criança para fora de casa? - ela continuou - E a casa nem é dela, foi o meu irmão que comprou sozinho, com o dinheiro dele. Ela não devia ter feito isto. Espero que ela não apareça na minha frente, porque se não eu nem sei o que eu faço com ela...

- Tia se acalme, eu nem ligava muito para casa. Eu só sofria lá. - eu disse tentando acalmá-la.

Ela pareceu não me escutar ficou andando de um lado para o outro, depois olhou para mim e sorriu. Ela veio até o sofá onde eu estava sentada e me abraçou forte.

- Desculpa meu bem, estou tão nervosa. Mas agora você está aqui comigo e eu vou cuidar de você, e nunca vou deixar nada nem ninguém te machucar. Agora o que você acha de descansar um pouco hein? Amanhã vamos fazer um monte de coisa, e vai poder ver sua prima, quando ela voltar da casa da amiga dela.

- Tudo bem, eu acho que estou meio cansada.

Ela me levou, para o quarto de hospedes que agora seria meu. E disse que no dia seguinte iríamos fazer compras, e arrumaríamos o quarto para ficar com a minha cara.

Tomei um banho demorado e desabei na cama exausta. Logo adormeci acordei no outro dia, descansada e também intrigada. Eu havia tido um sonho, mas não me lembrava de nada, nem como foi, nem onde estava, a única coisa que eu tinha certeza é que Edward estava no meu sonho. Eu sorri.

Depois de escovar os dentes desci para a cozinha, parecia que minha tia ainda não tinha acordado então resolvi fazer um café especial para ela, por ter me acolhido. Estava indo em direção a cozinha quando o telefone tocou, eu corri para atender podia ser minha prima.

Tirei o fone do gancho.

- Alô!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!